Bosque de Godric's Hollow

Ter Fev 23, 2021 11:47 am

Relembrando a primeira mensagem :

palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia

Bosque de Godric's Hollow

O bosque de Godric's Hollow é enorme e denso, sendo que é dentro dele que se encontram os limites da cidade. Ele pode ser visto da praça da cidade e circula todo o terreno. Não é recomendado andar por ele desacompanhado, principalmente se você é muito jovem ou não mora na região. É possível encontrar entre suas árvores, animais mágicos de até médio porte e que podem ser considerados raros e também plantas medicinais e ornamentais que dificilmente seriam encontradas in natura em outras regiões.

Kall at Queen of Graphics

Qua Jun 02, 2021 10:34 pm

And I'm so tired that I might
Quit my job, start a new life
And they'd all be so disappointed
'Cause who am I, if not exploited?

Em algum momento ela se sentiu flutuar, o que era estranho, primeiramente porque odiava voar, altura nunca foi sua amiga, e porque diabos ela estaria flutuando?

A sensação de movimento, um cheiro cítrico, amadeirado e masculino a deixou confortável o suficiente para se perder, e adormecer.

Uma movimentação ao seu lado, uma mão quente em seu ombro e o som de unhas batendo contra o chão de madeira a fez tentar abrir os olhos, a luz a fez piscar várias vezes e fechar os olhos fortemente, quando a sensação de vertigem veio.

Uma voz masculina a fez pular e olhar na direção de onde veio, um suspiro aliviado saiu de seus lábios. Bucky, seu vizinho quente, era ele. Por mais que ele tenha falado, ela não conseguiu absorver, quando seu coração martelava fortemente em seu peito com a adrenalina.

Lembranças claras de presas gélidas contra sua garganta, a fizeram ergue sua mão rapidamente, talvez um pouco brusco demais, seus dedos acariciaram a pele imaculada de seu próprio pescoço atrás de qualquer dano.

- Descul… - Ela começou, mais em um segundo um monte de pelos castanhos e caramelo estava em seu colo, choramingando e lambendo qualquer pedaço de pele que poderia encontrar.

Uma risada escapou de seus lábios, ela o deixou se acalmar acariciando seus pelos, até o cão de acalmar com grandes respirações, um focinho cutucou sua mão apoiada contra o sofá azul escuro que estava meio sentada.

- Olá Bolt! - Sua voz saiu empolgada e alegre, um cão em seu colo, enquanto se estendia para acariciar o outro, que sempre queria sua atenção, quando se encontrava no mesmo ambiente.

Ela e Bucky não era o que podia se chamar de amigos, mesmo morando no mesmo conjunto de apartamentos, eles se esbarravam às vezes, nunca trocando mais do que cumprimentos. Ela já havia ouvido chamar seu melhor amigo canino antes.

E talvez ela tivesse prestado um pouco de atenção demais às declarações "sutis" do senhor Joel. Solteiro, passado sombrio, amante de cães, um sorriso incrível… talvez essa parte não tenha sido o senhor Joel a dizer.

Seu rosto ficou vermelho, ao perceber que não havia cumprimentado Bucky adequadamente, e desviou os olhos dos dele, olhando o apartamento, ou a sala onde estava.

Era pequena, com poucos móveis, algo prático feito para um homem como ele. Uma mesa de dois lugares, sofá, uma TV que parecia nova, e uma grande estante de livros.

- Me desculpe, não queria soar rude observando suas coisas. Não consigo olhar alguém nos olhos quando estou constrangida. Você começou a falar, as luzes me cegaram por um segundo, não consegui entender o que disse. - Ela confessou mordendo o lábio inferior.

Uma pequena dor de cabeça estava surgindo. O cão se moveu em seu colo, tentando se aproximar.

- Okay preciso que vá para o chão. - O cão não parecia feliz, mas depois de um concurso de encarar, ele finalmente desceu. - Dois dedos foram erguidos na frente de seu rosto. - Dois dedos. Como chegamos até aqui? - Perguntou com as sobrancelhas unidas, olhando para se mesma e o cão.

- Me chame de Gwyn. - Foi sua resposta com um sorriso. Ele era tão fofo preocupado.

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Qui Jun 03, 2021 3:55 am

A garota no Bosque

No caminho todo até o meu apartamento eu não pude deixar de notar no quanto ela era bonita.

Principalmente banhada pela luz da lua enquanto estávamos na rua e depois que entramos, mesmo ali na luz fraca de meu apartamento, ela estava ainda mais bonita.

O Bolt foi logo cumprimentá-la, ele gostava muito dela e sempre que ela estava pelo corredor, ele dava um jeito de parar para falar com ela. Senhor Joel nosso vizinho idoso, foi quem nos apresentou.

- Não precisa se desculpar, só fiquei preocupado com a senhorita. Eu estava lhe dizendo que você quase foi atacada. Eu e Bolt chegamos a tempo. Antes que ele pudesse colocar as presas em você. Mas você deve ficar com uma baita dor de cabeça.

Acho que estava esquecendo de responder alguma das perguntas que ela havia me feito, mas não estava conseguindo me lembrar, eu estava absorto em pensamentos.

Estava olhando Bolt brincando com ela e olhando para aqueles olhos penetrantes que ela tinha. Ela era uma mulher muito bonita, só que depois de tudo que me aconteceu, eu tinha medo de me aproximar demais das pessoas e machucá-las.

Quando eu tenho pesadelos, acordo gritando, isso não é vida para ninguém ter que dividir comigo. Afinal, depois dos erros que cometi, talvez seja melhor mesmo que eu fique sozinho.

Talvez meu destino seja ser um lobo solitário, agora não tão solitário, já que eu tinha o Bolt comigo. Ele entrou na minha vida depois que ele foi forçado a se aposentar do exército e eu tinha conseguido me livrar do controle mental dos comensais, nesse momento, inconscientemente eu toquei o meu braço, logo percebendo o que eu fiz e tentando disfarçar o meu feito, fingindo que estava apenas coçando.

Acabei rapidamente me apegando ao bichinho e ele a mim, ele tinha apenas 2 anos quando o adotei. Como eu já tinha servido também, eu entendia os traumas dele e ele os meus.

Fui tirado de meus pensamentos pela memória da pergunta que eu tinha esquecido de responder, então me virei novamente para a garota e falei:

- Eu te trouxe até aqui no meu colo, eu e o Bolt, sua cachorrinha nos seguiu. Apesar de seu apartamento ser no mesmo corredor que o meu, eu não aconselharia você a tentar se levantar agora, a pancada foi muito forte e se você tentar andar agora, pode acabar caindo de novo e piorando tudo. Pode ficar deitada ai no sofá, não é como se eu dormisse à noite mesmo, você já deve ter sido acordada por alguns dos gritos que eu dou nas poucas vezes que tento dormir. Apesar de o meu nome ser James Buchanan, pode me chamar de Bucky, já que você me conhece apenas como senhor Barnes, Bucky foi o nome que eu adotei quando voltei a mim. Então pode me chamar assim. - disse virando o meu rosto para que ela não visse a minha expressão.

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(C) Ross

Qui Jun 03, 2021 10:13 pm

And I'm so tired that I might
Quit my job, start a new life
And they'd all be so disappointed
'Cause who am I, if not exploited?

- Oh Merlin, pare de me chamar de senhorita. - Pediu rindo, e balançando a cabeça de um lado para o outro, o que foi uma péssima ideia. Pois novamente seu mundo girou, à fazendo apertar as laterais do sofá e fechar os olhos fortemente.

Um dos cães cutucou sua mão esquerda com o focinho.

- Infelizmente me lembro dessa parte. - A ruiva murmurou com um riso sem graça, suas bochechas se tornaram vermelhas. - Já estive lá várias vezes, e sempre tomei cuidado. Dessa vez… Bem

Mordendo o lábio novamente, a ruiva passou as mãos pelos cabelos, sentindo algo como casca de árvore sobre eles. Fazendo uma careta enquanto puxava, era realmente casca de árvore seca, provavelmente do momento em que bateu a cabeça.

- Aparentemente você não é o único a precisar de um banho geral. - Ela brincou para o cão, que balançou o rabo animadamente, sem saber do que o esperava. - O adotei hoje, sabia? Isso me lembra que amanhã preciso levá-lo para um Check-up.

Uma pessoa normal, provavelmente ficaria em choque por um período de tempo maior, mas ela sempre foi boa em ignorar momentos traumáticos. Pelo menos até a hora de dormir, essa noite provavelmente seria difícil.

Quando Bucky tocou seu próprio braço, algo pareceu diferente, ele pareceu se distanciar, e fingiu coçar em seguida, isso quase a fez sorrir. Se não fosse o incômodo claro sobre ele, ela teria perguntado.

Ele pareceu se perder em pensamentos por alguns segundos, olhos azuis celestes perdidos. Ela resistiu a vontade de tocar sua mão para trazê-lo de volta, ele parecia um homem privado e quando começou a falar, a surpreendeu.

Um sorriso se espalhou por seus lábios com sua preocupação, uma parte sua ficou tímida, além de seus tios, não houve muitas pessoas a se preocupar com ela, em seus 22 anos. Tnha que admitir que a tocou.

Prendendo seu lábio inferior entre os dentes, ela o ouviu e apreciou a forma que ele falava, sem hipocrisia, ou fingir que não acontecia. E estava feliz de ele não ir às reuniões de condomínio.

Senhora Hanter, era uma vaca. Pensar na velha senhora, já fazia seu sangue ferver, seu gato brigava com todos quando fugia, arranhando, mordendo e quebrando coisas pelos corredores. Bucky tendo pesadelos, era seu motivo favorito de reclamação nas reuniões.

- Bucky então. - Disse com um sorriso e estendeu a mão para ele, a mão do mesmo braço que o viu tocar, para conforta-lo, seu braço parecia mais firme, do que deveria, mas decidiu ignorar esse pensamento. - Bucky, todos temos momentos difíceis, não se envergonhe por isso. Sinta vergonha de quem não entende.- Falou séria, depois um sorriso surgiu em seus lábios. - Vou tentar ficar quieta. - Murmurou sem um pingo de convicção, o mundo estava deixando de girar, e ela já estava louca para se levantar.

- Você faz algo para dormir? Chá, música, ou poções. Sempre existe poções de sono, sem sonhos. - Ela sugeriu, ao vê-lo virar o rosto, mordendo o lábio inferior, seu rosto parecia cansado, ele ainda continuava quente como o inferno, mas ainda assim, parecia cansado.

Não era seguro ficar sem dormir. Ou comer… Pois eu estomago roncou vergonhosamente, no segundo seguinte.

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Sex Jun 04, 2021 12:40 pm

A garota no Bosque

Chamar as pessoas de senhor, senhora ou senhorita, acho que era mania minha por conta da minha criação; Desde antes de me alistar acho que já tratava as pessoas assim.

- Desculpe-me senho.... Gwyn, acho que é só mania do tempo em que servi. Prometo me esforçar para não repetir isso. Dessa vez você se descuidou, lá pode ser perigoso, quando for assim, permita-me ao menos acompanhá-la!

Ela iria acabar morrendo em uma dessas suas buscas por Ingredientes no bosque. Estando com ela eu pelo menos poderia protegê-la enquanto ela pegava os itens necessários.

Mesmo que eu não a conhecesse muito bem, acompanhá-la em suas caminhadas, seria bom para o Bolt já que ele gostava dela e havia se dado bem com a cachorrinha dela. Eu já não durmo mesmo, mal não iria fazer, então esperava que ela aceitasse meu convite.

Achei que ela não tivesse percebido o meu toque no braço, mas ao estender a mão para apertar, não tive tempo de trocar para o outro braço, mas aparentemente ela não achou tão estranho assim.

Eu havia perdido o meu braço quando estava sob controle mental dos comensais e como eu não era útil para eles sem braço, eles me deram uma prótese.

Quando eu tive o que chamaram de recalibracao afetiva e consegui sair do controle deles e fui resgatado, ganhei uma prótese melhor, mas não era uma coisa que eu saía divulgando sobre mim. Achava que as pessoas olhariam mais ainda como monstro se soubessem.

- Eu sei, mas os meus foram um pouco mais complicados do que isso. Os traumas que eu tive.. Mas isso não é papo para agora, talvez um dia. Já tentei de tudo sabe? Mas nada afasta o pesadelo, nem mesmo as poções de sono sem sonhos. Meus pesadelos sempre parecem achar um caminho para me atormentar. A música pode servir para abafar os meus gritos para vocês, isso posso tentar. - disse rindo. - Mas acho que a Senhora Hanter iria me odiar igual pela música alta. Vou fazer algo para gente comer.

Deixei ela por alguns minutos enquanto fui para a cozinha preparar algo para comer. Eu não tinha muitas opções de comida por ser um cara solitário. Então tinham comidas prontas que era só esquentar, cereais, pão, queijo, presunto leite e achocolatado.

Preparei então alguns sanduíches para mim e para ela com um copo de achocolatado para cada um e voltei para a sala, ajudei ela a se sentar e entreguei o prato dela.

- Desculpa pela falta de variedade, não tenho muita comida em casa. Sabe como é, cara solitário, essas coisas.

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(C) Ross

Ter Jun 08, 2021 1:53 am

And I'm so tired that I might
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Uma sobrancelha ruiva se ergueu, e seus braços se cruzaram sobre o peito, quando ele começou a chamá-la de senhorita novamente. Suas próximas palavras a pegaram de surpresa, seu rosto se tornou vermelho, e mordeu o lábio novamente.

- Sabe, você não precisa. Foi um caso isolado. E agora tenho ele. Não posso ficar te impedindo de dormir. E sim, você precisa.

Mordendo o lábio novamente, ela o ouviu e bufou quando o ouviu falar da velha megera.

- Ela pode tentar, mas não vai conseguir nada comigo e Joel por perto. - A ruiva afirmou erguendo o queixo, seus olhos verdes brilhando como se chamas estivessem por trás.

Um sorriso rastejou por seus lábios, seus olhos rastrearam pelo ambiente atrás do objeto desejado.

Quando ele voltou, um prato com mais sanduíches do que qualquer um deles poderia comer, a fez rir.

- Merlin homem, você vai alimentar um batalhão? - Perguntou com uma sobrancelha arqueada, enquanto ele a ajudava a se sentar, um pouco exagerado, mas uma parte dela dizia que era melhor do que discutir.

Arrepios surgiram em seu corpo, não de um jeito ruim, a partir do local em que suas mãos a tocaram. Ela tentou empurrar para baixo, não era hora de babar em seu vizinho, principalmente com ele observando cada passo seu.

Seu estômago roncando a fez pegar um dos sanduíches, o cão a olhava com seu melhor olhar pidão.

- Você já comeu até demais. Não mesmo. - Negou, após engolir uma mordida, seu peito se apertou com a carinha de pidão.

Depois de devorar seu sanduíche e tomar o achocolatado, começou a perambular pela sala, parando na frente do velho rádio.

Com algumas torções dos botões, uma música animada dos anos 40, começou a tocar. Girando rapidamente, rápido demais, piscou e seus olhos logo focaram nele, enquanto tentava disfarçar sua tontura momentanea.

- Dança comigo? - Barganhou com seu melhor olhar de filhote de cachorro, antes de aumentar um pouco mais o volume e um sorriso maroto se espalhar por seus lábios.

Uma mão estendida para ele.

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Qua Jun 09, 2021 2:14 am

A garota no Bosque

Eu sabia que não precisava acompanhá-la, mas eu queria. Eu precisava mesmo fazer algo com as minhas noites sem dormir.

- Por favor, me deixe fazer isso, você acha que foi coincidência eu estar por lá hoje? Eu estava andando com o Bolt, eu não consigo dormir à noite, eu tenho medo dos meus próprios pesadelos que me assombram à noite, eu só consigo dormir às vezes quando a manhã se inicia em dias que eu não trabalho. Quando tenho que trabalhar às vezes só tomo um café bem forte e vou. Vou me sentir mais seguro se você me deixar ir com você senho... Gwyn.

Eu normalmente não me conectava tanto assim às pessoas, mas claro, sempre me importei com elas, afinal, a salvei sem nem mesmo conhecê-la direito. Mas não era sempre que minha preocupação se demonstrava tanto.

Essa garota mexia comigo de um jeito diferente, não eram muitas garotas que mexiam comigo desse jeito. Na verdade desde que me isolei do mundo depois de tudo que aconteceu comigo, nenhuma garota chegou a mexer comigo.

- Sei que você e o Senhor Joel sempre vão me proteger, mas vocês não deveriam ter que fazer isso. Sei que aquela velha me odeia, mas ela tem razão em me odiar, eu me odeio pelos meus gritos durante os meus pesadelos. Por isso acho que estou sozinho também, as poucas garotas que conheci, desistiram logo que foram acordadas pela primeira vez por um sonho ruim. - ri de forma um pouco triste.

A piada dela sobre os sanduíches me fez dar risada e eu falei:

- Bom alguns eu vou dividir com o Bolt aqui, não é garoto? - o cachorro abanou o rabo em resposta às minhas palavras.

Ela estava mesmo me chamando para dançar? Fazia tempo que eu não sabia o que era fazer isso, eu não dançava há muito tempo, principalmente musicas agitadas como aquela.

Mas percebi que se eu não aceitasse o pedido, ela insistiria até que eu me levantasse do sofá para acompanhá-la. Então peguei em sua mão e me deixei ser puxado por ela.

- Dançar? Claro, mas a última vez que dancei, eu só dançava valsa. Perdoe-me se eu parecer desengonçado

Ao fazer isso, me levantei tão rápido do sofá que nossos corpos ficaram praticamente colados e não sei se foi a música, a luz, ou o Bolt me empurrando para ainda mais perto dela, a verdade é que eu acabei beijando-a de forma calma e ao mesmo intensa.

Eu não tentei me afastar nem nada do tipo, simplesmente a beijei e só separei nossos lábios quando fiquei sem fôlego. Então falei meio timido:

- Me perdoa por isso Gwyn, não quis assustá-la nem nada. Ainda quer dançar?

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(C) Ross

Qua Jun 09, 2021 3:46 am

And I'm so tired that I might
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Gwyneth era conhecida por ser uma mulher decidida, delicada, empática e compreensiva com as emoções dos outros, por isso ao vê-lo falar sobre seus pesadelos, e não conseguir dormir, não pode negar seu pedido novamente. Era algo difícil, que mesmo assim por algum motivo, ele estava se abrindo para ela.

- Tudo bem, mas… Irei cozinhar e iremos fazer compras também. - Falou decidida, apontando para a cozinha, erguendo o queixo, seus olhos verdes o encarando, sem deixar brecha para discussão.

Se ele iria cuidar dela, ela também cuidaria dele, da forma que sabia, e que ele claramente necessitava, um sorriso gentil rastejou por seus lábios, antes de morder o lábio com o pensamento. Deuses, ela tinha que parar com isso, essa mania, daqui a pouco se machucaria, como várias vezes já aconteceu.

- Aquela velha megera odeia todo mundo, ela vai encontrar qualquer coisa para reclamar, seu próprio gato foge de casa, porque não a suporta. E ela não tem razão nenhuma, todos nós temos pesadelos. E você não deveria se sentir mal por isso.- A ruiva bufou irritada, era um momento raro, principalmente vê-la xingar alguém.

Mas a velha senhora, como dito anteriormente, tinha esse dom. Ninguém deveria ser amargurado daquele jeito.

Ela odiou vê-lo se culpar por aquilo, não deveria. Ele deveria ter o direito de se sentir, como quisesse em sua própria casa, apartamento. De qualquer forma vai para o mesmo caminho.

Novamente seu lábio inferior estava preso entre os dentes, ao ouvi-lo falar de outras garotas, é claro que ele teve outras garotas. Outras mulheres. O porque a incomodou, era outra história… Sim ela sempre o achou sexy, não apenas isso, como fofo, cavalheiro e gentil, pelas vezes que o viu ajudando as pessoas ao redor. E aquele sorriso…

- Se elas se incomodaram tão facilmente, acho que era, por não serem a certa. - Gwyn falou, corando, em seus ouvidos soou completamente diferente. Ela só não esperava que ele entendesse errado.

Mas ela não podia mentir, que o pensamento agora que veio, não estava rondando sua cabeça. Ela sempre teve um barranco por ele, mas também simpatia por seu passado, ninguém merecia passar por aquilo. E Gwyn, sabia no fundo que o senhor Joel, havia deixado escapar menos da metade, do que realmente havia acontecido com ele.

Seu coração se derreteu ao vê-lo interagir com Bolt, homens grandes e fortes, com fachada de mal, e bichinhos eram seu ponto fraco. E não havia discussão sobre isso.

- Devo temer por meus pés então?- Brincou com a mão ainda estendida para ele.

Os próximos acontecimentos foram rápidos e a desarmaram completamente. Em um segundo ele estava a sua frente, patas chutaram sua bunda literalmente, a jogando para ele, a fazendo se chocar contra seu peito, os lábios dele estavam sobre os seus.

Fosse outra pessoa ela teria rido, e nunca acreditaria na história contada. Mas era ela ali, beijando seu vizinho quente com um passado traumático, dando seu primeiro beijo, com seu vizinho quente com um passado traumático!

Mas seu surto mental veio apenas depois que seus lábios se separaram. No início ela não tinha certeza do que fazer, depois… Não tinha certeza se queria separar seus lábios dos dele.

Seus olhos verdes com um toque de avelã, encarou os azuis celestes dele, procurando algo que nem ela sabia ao certo, após seu tímido pedido de desculpas. De todas as emoções que pareciam escorrer de seus olhos, arrependimento não era uma delas.

Em um movimento ousado, se ergueu na ponta dos pés e pressionou seus lábios contra os dele novamente, uma de suas mãos contra a bochecha direita dele, a barba dele fez cocegas contra a palma de sua mão, sua outra mão no ombro esquerdo de Bucky, estranhamente firme, mas ela o ignorou. Seja o que for, um dia eles lidariam com isso.

- Você me deve uma dança, e é um cara sortudo. - Ela provocou, quando a faixa mudou, para algo ainda dos anos 40, apenas lento. Não era valsa, mais algo próximo.

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Dom Jun 13, 2021 3:06 am

A garota no Bosque

Eu sabia que não precisava acompanhá-la, mas eu queria. Eu precisava mesmo fazer algo com as minhas noites sem dormir.

- Eu posso aceitar isso, mesmo achando que não é tão ruim assim o que eu tenho em casa, pelo menos eu não morro de fome - disse dando uma gargalhada.

Talvez Gwyn realmente fosse diferente das outras, em alguns momentos aquela noite ela havia encostado em meu braço e não havia se incomodado com nada, mesmo percebendo que algo estava errado.

As poucas que chegaram a ver meu braço, saíram correndo assim que tirei a minha jaqueta, algumas outras saíram depois que tiveram o que queriam de mim, mas não sem antes me chamar de aberração.

Eu ainda não estava pronto para que ela visse o meu braço, mas eu estava confiando nela cada vez mais e rápido, apesar de estranho para um cara como eu, isso poderia ser uma coisa boa. Mas será que ela seria capaz de aguentar os meus surtos? Ou minhas tentativas de afastá-la?

Isso seria algo que só o tempo poderia dizer, mas já era um começo que meus gritos não a incomodavam, e olha que incomodavam ao prédio inteiro, menos ela e o senhor Joel.

- Será que eu é que não fui feito para ficar com alguém? - disse triste - Eu acho que um cara como eu, talvez não mereça ser amado. Se bem que, o Bolt aqui consegue me amar, não é garoto? Mas eu duvido que alguém conseguiria amar uma abominação como eu, como as outras pessoas fazem questão de frisar.

Quando fiz o meu comentário sobre não saber dançar músicas rápidas ela perguntou:

- Devo temer por meus pés então? - ouvi ela perguntar

- Bom se a música for lenta não há nada que temer.

Ela além de retribuir meu beijo, tinha me puxado para um novo beijo e mesmo encostando, e mais uma vez ela não pestanejou, nem se afastou ao encostar em meu braço. eu sei que ela sentia algo de diferente ali, mas não se importou com isso.

Depois de nosso segundo beijo achei que ela tivesse esquecido de nossa dança, mas a minha sorte não era tão grande não é mesmo? Assim que separamos nossos lábios ela falou:

- Você me deve uma dança, e é um cara sortudo.

- Acho que os seus pés é que tem sorte, já que a música mudou bem quando eles estavam prestes a ser destruídos por um sem jeito na pista de dança. - disse rindo

A puxei para mais perto, coloquei uma de minhas mãos em sua cintura e a outra segurando a sua mão e começamos a dançar, seguindo o ritmo da música, uma música romântica, que parecia ser o universo me mandando um sinal.

- Sabe Gwyn, eu já me sentia atraído por você antes, mas depois de conversar com você hoje, percebi que você é bem diferente das pessoas que eu já conheci em geral. - disse a beijando novamente.

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Qua Jun 16, 2021 1:41 pm

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Ela corou com o ‘’mal tentendido’’. E mordeu o lábio inferior, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

- Não são ruins, as coisas que tem, quero dizer. Mais a um limite de quanto fastfood, alguém pode comer. - Ela brincou rindo, seus olhos estavam nele, observando o sorriso permanente após sua risada.

Ela o viu se transformar de sorridente para hesitante, e triste. E não gostou disso, no final de seu discurso seu próprio rosto estava sério e ela queria soca-lo.

- Você como todos os outros foram feitos para ser amados, existem várias formas de amor. Como você apontou, a forma que Bolt te ama é uma. - Ela parou tentando controlar seu raro momento de raiva, em uma noite esse homem estava conseguindo fazer seu sangue ferver de várias formas.

- Você não é uma abominação, espero que seja a primeira e última vez que te ouço dizer uma coisa dessas. Você seria se não se arrependesse de seus erros, se não soubesse distinguir o que é certo ou errado. Ou estivesse fazendo o que seja lá, que tanto te perturba no passado. - Sua voz era alta e clara, suas mãos pequenas haviam ido parar de cada lado do rosto dele, o fazendo a olhar nos olhos, sem poder desviar.

A sinceridade transbordava em seus olhos, um olhar de conhecimento e verdade. Ela tirou as mãos de seu rosto e deu um passo para trás.

Uma de suas mãos ergueu a regata branca suja de barro e a outra puxou a calça jeans que usava para baixo, expondo uma série de pequenos cortes quase invisíveis, ela poderia ter usado feitiços e poções para apagar as marcas completamente, mais ela não o vez, para lhe dá forças nos momentos difíceis, provar que ela já havia passado por coisas suficiente e que nada, nem mesmo ela mesma poderia e tiraria sua vontade de viver.

- Me mutilava, não vou dizer que o desejo foi completamente embora, seria uma mentira. Sempre existiram momentos difíceis e sempre existirá. Na escola era o bullying, e meus pais. Não era a filha favorita, por mais que tivesse boas notas, não era a estrela em quadribol ou a supermodelo, e para os puro sangue bem… Havia palavras ruins sendo jogadas, uma adolescente frágil e boba que se importava com a opinião dos outros. - A ruiva abriu seu coração para ele, por que? Era um mistério.

Sua tia a encontrou quase morta em seu banheiro, não pelos cortes, e sim pelas poções que segundo sua mãe a fariam emagrecer, ela tomou uma poção mal feita, que a fez vomitar suas tripas, ficar sem forças até para respirar.

Ela queria se encaixar no padrão, ser como os outros, talvez ser amada por seus pais como seus irmãos. Mas não era assim, você não podia forçar alguém a te amar, ou fazê-los amá-lo, se eles já não faziam.

- Queria ser amada, e isso me fez fazer coisas, coisas que não deveria e não me orgulho e olhando para trás não faria. Mas me fez ver que ninguém pode fazer nada, se o outro não te ama ou se não aparece ninguém. A coisa é não perder a esperança e viver a vida, não ter medo de ser quem é. Eu não tenho, não mais. - Ela murmurou pegando seu rosto entre as mãos novamente, seus polegares acariciando suas bochechas, o carinho e simpatia estava em seus olhos, mais uma resolução de aço também. - Então não fale isso sobre si mesmo. Você não é.

Ela bufou uma risada quando ele falou da música, seu corpo relaxou em seus braços.

- Se você machucá-los demais vai me dever uma massagem. - Avisou cutucando seu ombro direito, antes de envolver seus braços envolta do pescoço de Bucky.

- Bem, isso é bom, afinal você já me beijou, significa que sou diferente das outras. - Ela brincou com uma pontada de ciúmes, mordendo o lábio inferior. - Mais louca? Irritante? Chata? Sem noção?

Ele a parou com seus lábios se encaixando novamente nos seus. Fechando os olhos, ela se aproximou mais, parando de dançar, suas mãos se embrenharam em seus cabelos curtos, enquanto ela tentava acompanhar seu ritmo, aprender com seu beijo, entender as sensações que sua boca na dela estavam causando em seu próprio corpo.

Mas a cada pensamento, seus lábios a faziam esquecer o seguinte.

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Qua Jun 16, 2021 5:58 pm

A garota no Bosque

Eu tinha entendido o que ela queria dizer, mas eu tive que fazer aquela piada e ela ainda ficou mais linda ainda envergonhada.

- Eu não levei a mal, eu concordo que essa comida não é saudável. Por isso eu faço exercicíos e consigo manter esse corpinho. - disse fingindo me achar o tal. - Sabe eu nunca me importei muito com o que eu como, não depois do que rolou comigo, eu tinha que comer coisas que ninguém nem imaginaria. Essa comida é até boa comparado àquilo.

Eu acho que a Gwyn realmente não me acharia um monstro se visse o que tem por baixo da jaqueta. Eu realmente acho que ela não fugiria de mim, mas eu não sei se eu estava pronto para descobrir qual seria a reação dela quando visse o meu braço.

A nova prótese era até bonita e tudo o mais, mas o motivo de eu ter que usá-la não era nada legal. Eu fiz coisas no meu passado das quais me arrependo. Mesmo que eu não tivesse nenhuma escolha, pois estava sendo controlado.

Os comensais tinham legilimentes que trabalhavam para eles, que trataram de roubar minhas memórias e me fazerem de escravo deles. Se não fosse o meu melhor amigo aparecer em uma das minhas missões, eu nunca teria voltado à mim.

Eu consegui recuperar algumas memórias, mas em partes só, já que eu não era um legilimente e nem poderia pedir para nenhum deles me devolverem minhas memórias. Não sem levantar suspeitas de que eu estava fugindo dali.

Eu me lembrava de uma menina, mais nova que eu, que parecia ser minha irmã e uma outra garota, que estava sempre andando com a gente, que eu também me sentia apegado, provavelmente uma prima, ou alguém da família. Mas tinha um problema eu não fazia ideia de como elas poderiam estar agora.

- Eu preciso da sua ajuda Gwyn, para achar duas pessoas. - disse tentando me lembrar algo sobre elas sem muito sucesso. - Eu só consigo me lembrar de flashes delas e de como elas eram importantes para mim, talvez uma irmã e uma prima. Mas não agora, pode esperar essa pesquisa, é só que eu preciso que alguém saiba que eu preciso achá-las, caso eu me esqueça delas de novo. - disse meio cabisbaixo.

Consegui dar um pequeno sorriso, quando ela falou que eu era digno de amor e que existiam várias formas desse amor ser expressado. Mas eu ainda assim, me sentia um monstro.

- Talvez você esteja certa, talvez eu não seja tão uma aberração assim, mas é como eu me sinto. Eu nunca vou repetir o que eu fiz no passado. Eu sinto muito que você tenha passado por isso Gwyn, essas pessoas eram idiotas e mereciam um belo soco na cara. Você é linda, não deixe ninguém te fazer acreditar em algo menos que isso. Eu fico feliz que você ainda esteja viva e que eu pude te conhecer. - disse acariciando o seu rosto e tirando uma mecha de cabelo do caminho.

O que estava acontecendo comigo? Eu não sei, mas eu estava me sentindo mais protetor em relação a ela do que nunca, mas ao mesmo tempo eu não queria arrastá-la para uma vida comigo, com tudo que passava pela minha cabeça e sendo a pessoa quebrada que eu era.

- Eu sou uma pessoa quebrada Gwyn, mas por algum motivo eu não quero que você vá embora da minha vida. - disse olhando para ela sério. - Ou pelo menos por hoje se você puder. Eu gostaria de ter a sua companhia essa noite, mas não vou fazer nada que você não queira, só iria apreciar a companhia. Eu durmo até no chão para que você fique mais confortável.

Passei meus dedos por suas cicatrizes de forma carinhosa.

- Nunca mais faça isso, você é linda e aquelas pessoas eram idiotas de não perceber isso.

Estávamos nos beijando novamente, já tinhamos esquecido que havia uma dança para prestar atenção, separei nossos lábios apenas para falar essas coisas que eu tava querendo dizer e a peguei em meu colo a levando de volta para o sofá e a sentando em meu colo para que pudéssemos aproveitar melhor aquele beijo.

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(C) Ross

Qui Jun 17, 2021 2:59 am

And I'm so tired that I might
Quit my job, start a new life
And they'd all be so disappointed
'Cause who am I, if not exploited?

Gwyn mordeu o lábio inferior fortemente para evitar o comentário que queria sair por seus lábios.

Que corpo senhor.

Esse corpo havia lhe dado sonhos nada puros, nas primeiras vezes que se viram, e ela nunca o havia visto sem no mínimo três camadas de roupa, ele sempre parecia estar com frio, pelo número de roupas que usava.

Sua linha de pensamento sumiu, quando ele deixou um pouco mais de seu passado sair, e inconscientemente ela apertou seu braço. Ela não gostou disso, nenhum pouco das imagens que sua mente invocou.

E uma série de receitas começou a passar por sua mente, ela já sabia o que faria e estava pronta para se afastar e começar a fazer uma lista, quando ele começou a falar novamente, e ela estava quase pulando no lugar de excitação pela ideia.

Tudo bem, se a ruiva estava quase pulando de sua pele com o pensamento de fazer uma lista de pratos que queria fazer para ele, agora ela realmente estava dando pequenos pulinhos de empolgação/excitação. Mistérios sempre foram seu amor e ódio eternos, uma parte sua sempre amou desvendá-los e a outra sempre odiou que eles existissem e ela tinha aspiração de se tornar uma jornalista um dia.

Mas a forma que ele falou… Como se fosse capaz de esquecer quem era… O olhar em seus olhos a destruiu um pouco e fez sua empolgação baixar. Seus olhos encontraram os dele por segundos, talvez minutos inteiros, antes de se desviaram atrás de sua bolsa.

Um caderno seu hobby escondido, ela sempre amou fazê-los e esse era um novo que ela ainda não havia usado, por mais que tenha seu nome no interior do caderno. Voltando para ele novamente, ela o estendeu para ele.

- Escreva. Coloque suas lembranças, não apenas delas, como as outras. Qualquer coisa que queira ou não esquecer. - Sugeriu suavemente, o caderno estendido para ele.

Seus olhos se desviaram dos dele, quando ele focou em sua história, não era algo que gostava de falar ou se abria com frequência, na realidade nunca havia acontecido, contar sua história a alguém.

Ela e sua família não se falavam, apenas seus tios para ser sincera, eram quem ela via algumas vezes por ano, eles eram os únicos que ela sabia que realmente se importava e cuidaram dela em sua adolescência, e crises. Tentaram entendê-la. E ela não via seus pais, desde que saiu no meio do jantar de noivado de sua irmã perfeita.

Os comentários eram mais do que estava disposta a suportar após sair do hospital. Seus tios a acolheram antes de decidir começar a morar sozinha.

- Posso te contar um segredo? Todos estamos quebrados Bucky… E talvez nunca estaremos inteiros novamente. - Um sorriso sem humor estava em seus lábios. Determinação e confiança brilhou em seus olhos. - Eu não vou, por mais que você tente. Na verdade, quero ver você tentar. - A ruiva desafiou, erguendo o queixo.

Suas próximas palavras a fizeram morder o lábio inferior com força indecisa.

Tia Maggie, a mulher que tinha como uma mãe, iria chutar seu traseiro se descobrisse que estava ao menos cogitando a ideia de passar a noite de um cara solteiro, que estava a beijando segundos atrás, ao qual ela era claramente atraída.

Encontrando seus olhos azuis novamente, ela viu a sinceridade neles, que ele dormiria no chão se necessário, que não faria nada que ela não quisesse. O toque em suas cicatrizes, fez seu corpo estremecer, ninguém nunca havia feito isso.

As próximas palavras a fizeram corar e sorrir. Antes de sentir seus lábios sobre os seus novamente. Sua alma quase saiu de seu corpo com o susto, quando ele a ergueu como se fosse nada.

É caramba aquilo para uma garota como ela, era… A fazia se sentir feminina e querida, e caralho o homem parecia não fazer nenhum esforço, pois seus lábios não se separaram dos seus.

Tudo bem, ela ficaria essa noite, que sua tia não descobrisse nada, e que sua força de vontade fosse maior do que o desejo se espalhando por seu corpo pelo homem que atualmente a tinha no colo, e fazia seus neurônios entrarem em curto, com seus beijos.

- Vou ficar… - Prometeu separando seus lábios por alguns segundos para respirar, o hálito dele batendo em seus lábios, suas mãos estavam envolta de seu pescoço. - Mas você vai ficar no sofá e deuses preciso de um banho, esse monstrinho também. - Murmurou apontando o cão deitado de barriga para cima, piscando seus olhos se arregalaram. - Você é uma menina!

O grito surpreso saiu de seus lábios com um riso.

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Sex Jun 18, 2021 3:30 am

A garota no Bosque

Eu não sabia explicar o porque, mas ela fazia eu querer desabafar com ela, ela parecia ser uma pessoa confiável. Uma que eu não me incomodaria mesmo em ter por perto mais vezes.

- Mas alguns de nós são quebrados e não tem vergonha do passado. Mesmo que não juntem as peças de novo, pelo menos tem a consciência limpa. - disse envergonhado pelo que eu ja fiz no passado- Eu tenho vergonha do passado e não sei se algum dia consigo me perdoar pelas pessoas que machuquei.

Torcia para que ela não tivesse prestado atenção nesse ultimo pedaço, mas sabia que seria impossível ela não ter me ouvido. Quando ela falou que queria ver eu tentar afastá-la de mim, dei um sorriso triste.

Eu podia ser mestre em afastar as pessoas quando eu queria, muitas pessoas falaram que ficariam ao meu lado. Mas nenhuma ficou de verdade. Tirando o Bolt, eu só tinha uma pessoa que me ajudava. O nome dele era Steve e foi ele que me ajudou a sair do transe.

Ele era um cara teimoso, por mais que eu tentasse afastá-lo, ele sempre continuava ao meu lado e me chamava de idiota por ter feito besteira e ter tentado afastar ele. Mas aí o Steve faleceu, me deixando sozinho novamente, agora eu tinha o Bolt claro e aparentemente a Gwyn.

Eu não gostava de afastar as pessoas de mim, a questão é que eu achava ser necessário, por achar que ninguém merece ter que passar pelos meus problemas junto comigo. Eu aprendi a abraçar a minha escuridão e acho que ninguém precisava ficar preso no escuro comigo.

- Eu prometo que irei escrever minhas memórias nele, ou o que eu conseguir pelo menos. - disse tpegando uma pena e já escrevendo o que eu conseguia me lembrar e fazendo um desenho das meninas. - Porque eu não consigo me lembrar da importância que elas tem para mim? Isso é tão dificil. Eu já to ficando com dor de cabeça de tanto tentar me lembrar. - disse levando minhas mãos às minhas temporas.

Eu realmente não conseguia me lembrar muito mais do que o rosto delas de quando éramos pequenos e de que elas eram importantes para mim. Eu só conseguia sentir que elas eram especiais para mim de alguma forma.

Ficar 10 anos sendo controlado por comensais e tendo a sua memória sequestrada, não é nada legal. Minhas memórias estavam voltando aos poucos, mas a maioria ainda confusas, talvez o caderno realmente fosse me ajudar a encontrar algum sentido nelas.

- Obrigado pelo caderno. - disse com um sorriso sincero no rosto. - Sobre tentar te afastar, você nunca me viu ter um pesadelo de perto, ou sabe toda a minha história. Depois que você descobrir, você pode assim como todo mundo, querer ir embora, e eu não irei te julgar caso você faça isso.

Quando ela falou que precisava tomar um banho e o monstrinho, que agora descobrimos ser uma monstrinha também, mostrei para ela onde o banheiro ficava e levei uma toalha para ela.

Fiquei esperando ela na sala para terminarmos nossa conversa, quando ela chegou, falamos um pouco mais e a levei para o meu quarto, mostrei onde ficavam as cobertas e o resto das coisas e voltei para a sala, mas não sem antes dizer:

- Obrigada por ficar por aqui hoje. Qualquer coisa eu estarei lá na sala se precisar. - me aproximei dela enquanto falava e continuei. - Boa noite Gwyn, durma bem, bons sonhos e até amanhã. - disse a beijando uma ultima vez.

Fui para a sala e me deitei no sofá, sabendo que logo seria acordado por um pesadelo. Mas eu pelo menos não estava sozinho.

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(C) Ross

Sex Jun 18, 2021 8:56 pm

And I'm so tired that I might
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And they'd all be so disappointed
'Cause who am I, if not exploited?

Gwyn se aproximou, quase o tocando, seus olhos o procurando.

- Bucky, todos temos coisas que queremos esquecer, por machucar a nós, os outros… Você se arrepender é um começo. Em algum momento, irá encontrar uma forma de se desculpar, que não vai apagar, mais te deixar no mínimo confortável a noite… Você se arrepender de machucar essas pessoas já é um grande passo Bucky… E duvido que faria isso por conta própria. - A ruiva afirmou, ela tinha fé em suas palavras, e em quem ele era, mesmo mal se conhecendo, sempre foi boa em julgar as pessoas.

E ela acreditava que Bucky, era bom. Que ele não era o vilão da história ou o bicho papão que ele se achava.

Não acreditava que ele foi capaz de machucar alguém, por livre e espontânea vontade, havia mais do que ele estava falando. Mais ela não o empurraria, cada coisa em seu tempo.

Seus olhos estavam nele, enquanto o via franzir a testa em concentração para o caderno.

- Vá com calma, força não vai ajudar. Dê tempo para seu corpo se curar, entender… Cérebro é algo delicado Bucky, de tempo para si mesmo. Amanhã, passaremos pelo que lembra e tentaremos preencher as lacunas. - Prometeu, pegando suas mãos enluvadas nas suas.

Ela cutucou seu ombro e bufou fingindo irritação.

- Pare de ser tão pessimista, me veja fugir. Antes de supor que vou o fazer. Coisa que não vai acontecer. - Prometeu se aproximando novamente com hesitação, encostando seus lábios nos dele por alguns segundos antes de se afastar. - Use-o bem. - Murmurou com um sorriso se erguendo.

Bucky mostrou o quarto e banheiro, a deixando sozinha com uma muda de roupa, graças a Merlin era precavida e havia uma muda de pesas íntimas e meias em sua bolsa, então ela tinha o necessário por enquanto, mesmo que sua casa ficasse praticamente ao lado, ela não podia sair pelos corredores do jeito que estava.

Depois de um longo tempo, pois além de tomar seu próprio banho, banho a cadela que estava com o pelo incrivelmente emaranhado. Um feitiço de secagem e limpeza a cadela, que havia decidido chamar de Betsy, estavam limpos e cheirosos.

Betsy havia odiado o banho com todo seu coração, a fazendo rir.

Saindo do banheiro e quarto, foi da boa noite para Bucky. Era estanho, principalmente porque usava apenas a camisa dele, mais um sorriso se espalhou por seus lábios com seu boa noite.

- Boa noite Bucky, bons sonhos, e durma bem. - Seus lábios se encontraram no final.

Em seguida deu as costas para ele, com o coração aos pulos, entrou no quarto com as crianças seguindo-a e fechou a porta suavemente atrás de si.

O cheiro dele a circulou, assim que sua cabeça bateu contra o travesseiro, e aquilo foi tão reconfortante, quanto nos livros e logo sua mente estava pesada e sonolenta.

Off

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Qui Jul 29, 2021 11:13 pm

Um tempo para a religião

Minha situação entre Sacerdotisa de terceiro grau e jogadora de quadribol não estava sendo das melhores. Eu não estava encontrando tempo para me conectar com minha religião e eu já estava sentindo os efeitos em minhas ações. Eu estava agindo por impulso, alguns escapes de magia aconteciam aqui e ali sem que eu controlasse, estava irritada e o maior sinal de que eu precisava tirar uma folga: fazia uma semana que eu dormia no bosque sagrado. Aquele definitivamente não era o lugar para isso e, mexendo alguns pauzinhos, consegui tirar uma semana de folga dos treinos e dos jogos. Tínhamos um reserva no time que era muito bom como apanhador, ele teria que dar o melhor de si no jogo.

Fiz uma pequena bolsa com algumas peças de roupa e, com a ajuda de mamãe, me mudei para o coven por aquela semana. Usaria o tempo para me reconectar e reencontrar meu equilíbrio. Não levei vassoura ou qualquer outro instrumento que me lembrasse o trabalho. Até levei minha varinha, mas era só uma precaução, não pretendia usá-la.

Logo que cheguei, as meninas que estavam ali vieram correndo me abraçar. Fazia algum tempo que eu não aparecia.

-Tá bom, tá bom. Eu vou ficar aqui por um tempo. Voltem aos seus afazeres. - falei rindo, depois de cumprimentar cada uma delas.

-Mãe, posso usar aquela cabana que eu costumava ficar? - perguntei, virando-me para a mulher que tinha me dado a vida.

-Claro, amor, ela tá vazia. Ninguém gosta de ficar lá, de qualquer forma. - ela respondeu rindo e me deu um beijo na testa antes de seguir para seus próprios afazeres.

Fui para a dita cabana. Ficava afastada das demais e era possível ouvir os ruídos da floresta mais alto ali do que nas outras. Eu não me incomodava. Até gostava daquela quietude toda. Minha energia espevitada do dia era tomada pela calma na noite.

Deixei a mochila sobre a cama e olhei a pequena cabana. A cama confortável, o banheiro particular e a pequena mesa com duas cadeiras. O ambiente estava empoeirado e com um mexer de mão, o fiz ficar limpo. Tudo ali era feito de madeira, bem simples. Normalmente eu deveria trocar a roupa para a túnica de trabalho, mas ela não me ajudaria no que eu pretendia fazer.

Na cintura da calça de moletom que eu vestia, prendi meu Athame com a proteção no gume. A camisa larga ia por cima escondendo o punhal para que as crianças não pudessem vê-lo de forma alguma. Não queria que elas aprendessem da maneira errada o que eu iria fazer. Tirei o tênis e as meias antes de sair da cabana para a floresta. Andei por alguns muitos metros até não conseguir enxergar minha cabana e escalei uma árvore em que os galhos eram largos o suficiente para me acomodar ao longo de muitas dezenas de minutos.

O horizonte era todo árvores, para qualquer lado que eu olhasse. Lembrar daquilo me trouxe a calma que eu estava procurando. As coisas estarem ao meu controle me deixavam calma. Ninguém entrava tanto assim naquela mata, então eu não teria companhia ali tão cedo. Assim conseguiria me conectar com a Mãe e seu Consorte tão fácil quanto respirar o ar puro do local.

Encostei meu corpo no tronco da árvore e fechei meus olhos, mentalizando minha conexão e meus deveres. Muitas coisas vieram à minha mente, algumas que não concordo, outras que só faltam me estapear. Fiquei bastante tempo ali. Quando abri os olhos novamente, já estava escurecendo. Era esse o momento que eu queria.

Tirei o Athame do bolso e pressionei a ponta contra meu dedo indicador da mão esquerda, fazendo um pequeno corte por onde uma gota de sangue saiu.

-Com esse sacrifício, dedico minha vida à ti, Mãe. - recitei, olhando para meu dedo antes de levá-lo até minha testa e marcá-la.

Fiquei mais alguns momentos ali, depois de ter limpo e guardado o Athame de volta à minha cintura. Conjurei 'Lumus' com minha mão direita para descer da árvore em segurança e voltar ao coven para fazer a primeira refeição do dia. Aquele jejum tinha sido proposital e dedicado inteiramente à Mãe. Que ela me guie para o melhor caminho.

Ayn não está ali | Novembro, 2051

@credits

Qua Fev 14, 2024 5:44 pm

DON'T IT MAKE MY BROWN EYES BLUE

A saida da festa da piscina foi tranquila, nossa mãe permitiu que voltássemos sozinhos e com Regan ao meu lado, me despedi dos meus amigos e caminhamos ate o trem e descemos em Godric's Hollow's, caminhando pelas ruas agora sem neve eu e Regan conversávamos sobre Beatriz. Ela é mais tímida, essas festas nao são as preferidas dela, e eu também acho que ela gosta de alguém mas nao sei quem... Nao sei se isso também tem haver com ela nao querer ter ido. Eu comentei caminhando lado a lado da loira ate perto da entrada de nossa casa quando notei a sombra de um corpo que eu conhecia muito bem. Kieran? O que faz aqui? Eu perguntei nao escondendo meu sorriso, sim já era madrugada mas eu me sentia acordado como se fosse de manha. Brunna veio também? Minha irmã perguntou, uma mistura de interesse e curiosidade em seu tom, Kieran a olhou e seu pequeno sorriso se desfez. Nao, ela prefere estar em lugares melhor na visão dela. Ele disse de forma árida para minha irmã, era um tom que eu andava reparando dele com ela mas ainda nao havia tido tempo de perguntar se ele tinha algum problema com Regan. Eu por outro lado, estava entediado demais para voltar para casa, ai pensei... Ele disse se desvencilhando da porta de minha casa e desceu os degraus indo ate nos dois que estávamos parados entre os degraus e a cerca da casa. Será que eu bestie nao quer dar uma volta no bosque? Conversar ate o sol raiar. Ele comentou e eu segurei um sorriso tentador, meus lábios se partiram para responde-lo mas deixei meu olhar cair em Regan ao nosso lado que só assistia. Vai logo Vik, sua mãe só vai acordar depois das 6h e minha boca é um tumulo. Ela comentou com um sorriso imaginando as safadezas sobre aquele momento, eu sabia ler ela muito bem. Eu ainda fiquei alguns segundos pensando antes de sorrir e esticar minha mão para Kieran que com um sorriso vitorioso segurou e começou a me puxar para o bosque da vila.

A noite estava calma e o bosque de Godric's Hollow acolhedor enquanto eu seguia Kieran pelas trilhas conhecidas e pouco iluminadas. O som suave dos grilos e o farfalhar das folhas sob nossos pés criavam uma melodia tranquila. A aura de mistério da floresta parecia ecoar meus próprios sentimentos tumultuados. Ao lado de Kieran, eu me sentia vivo de uma maneira que ia além da simples agitação adolescente. Ele me puxou para um claro aberto, onde a lua lançava seus raios prateados, criando um ambiente etéreo. Eu conseguia sentir a presença dele ao meu lado, cada gesto, cada respiração, e percebi que algo estava mudando dentro de mim. Por que me trouxe aqui? Eu perguntei, e Kieran virou-se para mim, seus olhos refletindo a luz lunar. Havia algo em seu olhar que eu nunca havia notado antes, algo que me fazia sentir vulnerável e, ao mesmo tempo, mais conectado a ele do que nunca. Eu queria passar um tempo com meu melhor amigo, nao posso? Ele perguntou com um sorriso sarcástico, ousando se aproximar de mim, meu coração saindo quase por minha boca enquanto pensamentos que eu sempre reprimi gritavam em minha mente. Vik... começou Kieran, mas antes que pudesse terminar, eu me aproximei dele, instintivamente, nossos olhos fixos um no outro. A tensão no ar era palpável, e eu podia sentir o pulso acelerado dos dois. Eu sempre fui apegado a nossa amizade, na verdade ano passado eu percebi que via a gente muito alem da amizade e quando você se aproximou da Lillian... Isso me destruiu, me desculpa se eu me afastei... Se eu causei dores. Sem pensar muito, eu levei uma mão ao rosto de Kieran, acariciando sua bochecha suavemente. Seu olhar não se desviou do meu, e eu pude sentir o calor entre nós aumentando. Era como se o universo estivesse se alinhando para este momento. E peço mil desculpas por tudo que fiz e... Eu te amo muito seu cu de ferro! Se depender de mim, nunca vou sair do seu pé. Kieran disse me arrancando uma risada no final, uma risada calorosa enquanto meu coração estava a mil por horas. De repente, meus sentimentos ficaram claros como água cristalina. Era mais do que amizade o que eu sentia por Kieran, era como uma atração casual que eu sentia sempre que estava perto dele. Eu estava começando a me apaixonar por Kieran, e o medo de estragar nossa amizade estava em combate com a minha urgência de expressar o que sentia.

Eu tenho tanto medo de estragar nossa amizade... Eu disse desviando meu olhar dele, uma mistura de sentimentos se passando por mim, um misto de confusoes e desejos. Nada nesse mundo vai conseguir fazer eu deixar de ser seu amigo idiota. Esta grudado comigo ate a morte, sinto lhe dizer. Ele disse com um sorriso, guiando com seu dedo meu rosto a voltar a olhar para ele, percebendo agora minhas possíveis intenções e receios. Kieran... Respondi suavemente sem completar, eu inclinei meu rosto em direção ao dele, sentindo o calor de sua respiração misturando-se com a minha. O toque dos nossos lábios foi suave, hesitante no início, mas logo se tornou um beijo cheio de emoção reprimida. Era como se o tempo tivesse desacelerado, permitindo-nos explorar esse novo território juntos. A floresta testemunhou esse momento íntimo, e tudo ao nosso redor pareceu desaparecer. Quando nos separamos, nossos olhares se encontraram novamente, agora carregados de uma nova compreensão mútua. Eu sorri, sentindo-me leve, e Kieran retribuiu com um sorriso tímido, como se também estivesse descobrindo algo especial.

Momento acontecendo nos últimos dias de Janeiro, antes de ir para Hogwarts.

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