Sala do Diretor de Hogwarts

Voltar a Hogwarts durante minhas ferias nao era meu sonho nem planos, mas com as ameças de Victoria eu precisava agir antes que minha cabeça rolasse. Aproveito desse contratempo para tentar me redimir com Emily, ou pelo menos pesar um pouco menos minha coensciencia diante dos ultimos fatos. Naquela manha eu adentro a minha sala do diretor e puxo papeladas de rematricula, puxo as fichas de Laura, Kieran, Viktor e Brunna com uma expressao amarga em meu rosto, o desgosto de voltar atras em uma decisao minha. Começo a escrever as explicaçoes e informaçoes de readmiçao dos alunos, perante uma analise maior dos acontecimentos e dos ideais de cada um na busca pela salvaçao do amigo, finjo que a bravura e determinaçao em salva-lo seja o motivo de minha volta atras na expulsao, apesar de nao ser verdade.

Voce me convocou Adrien? A voz de Emily me tira de meus pensamentos, olho para a mesma diante da estatua que se mexeu e eu nao percebi. Me ajeito na cadeira, noto suas olheiras e sua expressao destruida, seu semblante depressivo e sua clara falta de vontade de viver. Sim, por favor Emily senta. Eu digo em um tom de voz calmo e carinhoso, um que nao uso a muito tempo com ela mas preenchido de culpa, nao consigo coisa diferente. Eu quero começar dizendo que eu... Eu sinto muito pelo seu filho, sei que nao estavamos na melhor relaçao, voce e eu, mas eu jamais ficaria feliz diante dessa tragedia. Eu digo vendo sua expressao de dor e seu desviar de olhar, mordendo o labio inferior segurando as lagrimas que queriam cair. Ela é incapaz de me responder e eu compreendo, dou um suspiro e direciono a rematricula de Laura para sua direçao.

Eu repensei minhas açoes, acredito que um susto seja  suficiente para Laura arender a respeitar as autoridades e por isso... Estou readmitindo ela em Hogwarts como havia me pedido a algumas semanas... Eu digo e vejo a morena desviar o olhar do chao e olhar a carta de readmiçao presa a carta de materiais escolares, uma copia seria enviada a Victoria depois. Sua surpresa e desconfiança é clara, ela me encara em silencio por alguns segundos mas antes de qualquer comentario, eu continuo. E tambem estou deixando a mesa o cargo de Vice-Diretora se desejar... Eu comento e ela ergua a postura, seu olhar fica mais frio do que triste e suas palavras saem arranhada de sua garganta.

Eu nao preciso de sua pena Adrien, muito menos de suas ofertas... Ainda mais agora e... Ela comentou e eu decido interromper, pois que eu estivesse dando privilegios a ela por um sentimento de culpa, nao desejo que ela suspeite de nada. Não é por pena, percebi que minha reaçao sobre Aaron foi um poucoo... exagerada, sem contar que como ex-diretora, como Vice voce me seria de grande ajuda. Eu comento escondendo meus reais motivos de estar lhe privilegiando e a vejo formar duvida novamente em sua expressao. Nao precisa decidir nada agora, mas saiba que a oferta esta a mesa. Quando desejar, é só falar comigo. Eu comento me jogando na cadeira que um dia lhe pertenceu, ela suspira, vejo que existe um lado seu desejando discutir mas ela parece nao ter forças para muita coisa.

Eu... Nao sei, eu preciso de um tempo... De tudo. Ela comentou, sinto um aperto ao sentir a dor em sua fala mas desvio meu olhar tentando nao mostrar meu peso na consciencia. Como eu disse, no seu tempo Ems. Eu digo deixando apelido carinhoso do passado voltar a tona, mostrando que minha intenão em ajudar era verdadera.  Nossos olhares se cruzaram e ficou um tempo emvolto no silencio ate ela pegar a papelada de Laura e guardar em sua bolsa. Ok... Ela falou dava para ver que ela nao desejava muita conversa e eu respeitaria. Ela e levantou e fiz um delicado aceno com a cabeça e assisti ela sair da sala com um peso em meu peito.

— Legendas

A primeira semana no castelo estava calma, tranquila e sobre ordens, os professores já colocavam suas aulas em pratica, os alunos já tem seus deveres a fazer e eu com calma planejo os dias do torneio que pretendo iniciar em abril, ao mesmo tempo em que minha cabeça se pega escapando para Emily que continua calada em luto pelo filho. Com licença diretor, posso falar com o senhor? Ergo minha cabeça e posso ver Laura adentrando, sua postura totalmente diferente da que estou acostumado, ela se mostra frágil, delicada e inocente, quando geralmente é o diabo vestido de ovelha. É meu dever escutar a todos os alunos senhorita Winchester, mas seja breve. Eu digo em um tom indiferente, eu e ela temos nossos problemas pessoais que são difíceis de deixar de lado. Me obrigo a parar de anotar o que escrevo quando começo a escutar as desculpas aveludadas de Laura

Sua voz aveludada me incomoda, como se eu estivesse escutando uma falsa Laura falando comigo mas escondo um sorriso notando seu desespero, um desespero que a força se curvar a meu poder, um desespero que eu aprecio. Pelo menos admite que suas ações sempre foram sabendo se esconder atras da Emily, ela sempre foi facil de manipular e controlar, você soube fazer isso muito bem. Eu provoco sabendo que ela so precisa ser cutucada um pouco para mostrar as clássicas garras dos Winchesters mas para minha surpresa ela se mantem em seu papel de boa moça. Solto uma gargalhada ate notar que apesar de sua falsidade, ela havia se planejado bem para entregar aquele papel. Pego com minhas mãos os trabalhos do ano passado que ela deixou de fazer após ser expulsa e mordo meu lábio interno, um pouco irritado.

Respiro fundo sabendo que o que desejo dizer nao posso e encaro ela irritado por infelizmente nao ter outra escolha a nao ser oferecer a ela o mesmo direito que os demais alunos tiveram em relação ao cargo de monitor.  Preencha esta ficha e quando eu tiver um tempo darei uma olhada na sua solicitação . Eu digo puxando um papel da gaveta, meu tom é repleto de indiferença e desgosto. Ela abusada como é pega uma das minhas penas e afrontosamente se senta a minha frente, eu respiro fundo e volto a escrever o que antes estava escrevendo ate sua voz voltar a me perturbar.  Aqui está. Ela diz e eu puxo sem delicadeza e dou uma olhada demorada, o suficiente para ela se levantar indicando que sairia.

Meu primeiro inteiro é recusar seu teste por mais completo que se esteja, mas em um ultimo momento a culpa pelo filho de Emily recai sobre mim e em meu poder qualquer atitude que imagino que possa faze-la feliz se torna tentador dentro de mim, isso incluía ajudar a Winchester por enquanto. Winchester, espere... Eu digo, é visível meu desgosto na voz mas ela para e me encara esperando que eu continue. Com um suspiro profundo eu puxo um papel ja pronto da gaveta e coloco sobre a mesa. Por favor leve isso com você e apresente a Senhorita Dubois, é um comunicado de minha decisão de mudança. Eu digo e vejo seu olho brilhar, consigo ver que seu intuito parecia completo com minha escolha. E peça a ela o distintivo de monitora, explique a situação e nao arranje confusões ou nem tera o direito de por ele em seu peito, entendido? Eu digo em um tom severo e ameaçador, a loira segura um sorriso debochado e o substitui por um inocente enquanto se aproxima pegando o papel. Obrigada senhor Diretor, nao irei lhe decepcionar. Ela diz, posso sentir um deboche em seu tom mas decido deixar passar por meus motivos pessoais e apenas inclino minha cabeça indicando a porta para que ela saia e me deixe em paz.

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Ao observar Anastasia adentrar minha sala com determinação estampada em seu rosto, não pude deixar de sentir uma pontada de admiração por sua coragem. Seu nervosismo era perceptível, mas sua postura transmitia uma determinação inabalável. Assenti em cumprimento quando ela se dirigiu a mim, reconhecendo seu respeito pela posição que ocupava. Enquanto ouvia suas palavras, pude perceber a firmeza de seus argumentos e a clareza de suas intenções. Anastasia não estava ali apenas para pleitear seu cargo anterior, mas sim para defender o que considerava justo para a Grifinória e para Hogwarts como um todo. Ela não hesitou em apontar as falhas de Laura Summiregis Winchester, demonstrando uma compreensão aguçada da responsabilidade que o cargo de monitor implica.

Ao mencionar os delitos de Laura, senti um aperto no peito, pois era evidente que ela não seria a melhor escolha para representar a Grifinória. Anastasia não apenas expressou sua indignação, mas também demonstrou humildade ao reconhecer suas próprias imperfeições e sua disposição para melhorar. Quando ela finalmente concluiu seu pedido, pude perceber a sinceridade em seus olhos, e não pude deixar de me sentir impressionado com sua determinação e convicção. Era evidente que Anastasia estava disposta a lutar por aquilo em que acreditava, mesmo que isso significasse confrontar uma decisão minha.

Após ponderar sobre suas palavras, reconheci que havia cometido um erro ao escolher Laura como monitora da Grifinória. Anastasia estava certa em suas críticas, e eu precisava corrigir essa injustiça. Levantei-me de minha cadeira e estendi a mão em direção a Anastasia, com um sorriso sincero nos lábios. Anastasia, suas palavras não apenas demonstram sua determinação, mas também sua integridade e coragem. Reconheço meu erro ao escolher Laura como monitora, e é com grande admiração que aceito suas críticas. Você não apenas merece seu antigo cargo de monitora da Grifinória, mas também algo mais elevado. Eu disse vendo o olhar confuso da menina, dei as costas a ela e voltei ate minha mesa, onde ao dizer isso, retirei uma insígnia de monitora chefe da Grifinória de minha gaveta e a entreguei a Anastasia.

Parabéns, Anastasia. Você é agora a monitora chefe da Grifinória. Tenho certeza de que você honrará este cargo com sua dedicação e comprometimento. Hogwarts está em boas mãos sob sua liderança. Após entregar a insígnia de monitora chefe da Grifinória a Anastasia, fiz questão de reforçar os direitos e deveres que acompanham esse cargo. Olhei nos olhos dela com seriedade, transmitindo a importância da responsabilidade que agora recaía sobre seus ombros. Anastasia, como monitora chefe da Grifinória, você não apenas tem o dever de representar sua casa com honra e integridade, mas também de garantir que todos os monitores estejam desempenhando suas funções de maneira adequada. Eu disse mostrando as vantagens que o cargo lhe dava sobre Laura e os outros monitores.

Você é a voz da Grifinória e deve agir com justiça e imparcialidade em todas as situações. Estou confiante de que você levará essa responsabilidade a sério e será um exemplo brilhante para seus colegas. Terminei com um sorriso encorajador, transmitindo minha confiança em sua capacidade de liderança e voltei para minha cadeira me sentando enquanto podia ver o sorriso radiante no rosto da menina que parecia ter ganhado na loteria, assim como eu. E lembre-se que qualquer coisa que achar suspeita no movimento dos monitores, nao hesite em agir. Eu disse sabendo que ela entenderia o que eu queria dizer e de quem eu estava falando. Com um sorriso Anastasia afirmou confiante com a cabeça, agradecendo em suas palavras enquanto apertava o distintivo com força contra o próprio peito antes de sair de minha sala.

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Eu observo atentamente a jovem medibruxa à sua frente. Meus olhos azuis, normalmente frios e calculistas, estudavam cada expressão, cada gesto, buscando sinais de fraqueza ou manipulação. Eu não era ingênuo o suficiente para não perceber que havia mais do que simplesmente uma proposta de caridade por trás das palavras cuidadosamente escolhidas daquela mulher. A resposta dela as minhas perguntas não me surpreendeu. Ela falou sobre a imagem de Hogwarts, sobre como uma campanha de doação de sangue poderia melhorar a reputação da escola e, por consequência, a minha como diretor. Eu não era tolo; entendia o jogo político por trás das palavras dela. E, embora normalmente não me importasse com a opinião dos outros, havia algo na maneira como ela apresentava sua proposta que me intrigava.

Por um momento, considero recusar sua proposta. Não gostava de ser manipulado, não gostava de me sentir que estava sendo usado como peão em um jogo maior. Mas então eu olho para ela, para aqueles olhos determinados e aquele sorriso confiante, e soube que não podia resistir. Muito bem, você venceu, medibruxa. Vamos realizar essa campanha de doação de sangue em Hogwarts. Um sorriso triunfante se espalhou pelo rosto dela, mas antes que ela pudesse agradecer, eu ergo a mão para detê-la.Mas, será no próximo mês. Não posso arriscar que isso atrapalhe o próximo jogo de quadribol. Preciso garantir que meus alunos estejam em perfeitas condições para competir.Ela assente, compreendendo minha preocupação. Ela sabia que não podia me pressionár demais, que precisava jogar de acordo com minhas regras se quisesse alcançar seu objetivo final.

Entendido, diretor Zarek. O próximo mês será perfeito. Agradeço pela sua consideração. Eu aceno com a cabeça, satisfeito comigo mesmo por ter conseguido o que queria. Mas enquanto observava a medibruxa se retirar de minha sala, uma pequena voz em sua mente sussurrava que talvez, apenas talvez, eu tivesse cedido não apenas por interesse próprio, mas também porque, em algum lugar dentro de mim, eu achava a loira gostosa. No entanto, eu rapidamente afastou esses pensamentos, ate por que eu sabia que meu coração só pertencia a uma garota bonita, chata, mas bonita.

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Eu estava sentado em minha sala, tendo uma conversa com Kieran, mais uma vez perguntando como ele conseguia se sentir em paz depois de tudo o que aconteceu. Estava a horas ali com o rapaz ouvindo as mesmas desculpas esfarrapadas de que nao sabia como se sentia tao em paz depois de anos vivendo um inferno mental.  Kieran, como você consegue ficar em paz depois de tudo? Eu questiono, como fiz inúmeras vezes antes. Kieran, já impaciente, gritou: Eu já disse milhões de vezes, eu não sei! Sinto meu olha piscar enquanto eu contenho minha vontade de tapea-lo no rosto para aprender a me respeitar mas enquanto a discussão continuava, um elfo bateu na porta e entrou com uma gaiola cheia de diabretes da Cornualha. Com um sorriso malicioso, fiz um aceno ao elfo que ameaçou se aproximar de Kieran com a gaiola.

Ultima vez, tem certeza que encontrou a paz divina Kieran? Eu pergunto nao acreditando em sua atuação, eu nao via logica ele atacar duas alunas, desmaiar e magicamente estar curado de anos amaldiçoado. Magia nao funcionava daquela forma. Kieran, no entanto, permaneceu indiferente à provocação. Eu, finalmente perdendo a paciência, pego um diabrete com a mão e quase o esfregou na cara de Kieran, esperando uma reação agressiva, mas nada aconteceu. Ahr! Como isso é possível? Eu digo frustrado jogando com toda a minha força a criatura de volta para dentro da gaiola. Com um aceno mando o elfo ir embora e volto a me sentar a frente do moreno. Eu ja disse que eu nao sei! Ele disse de forma rispida, eu mordo o vestibulo interno de minha boca querendo mata-lo.

Cala a boca! Você nao sabe mas alguma coisa aconteceu E você vai descobrir para mim! Eu digo em um tom autoritário e vejo um sorriso soberba surgir no rosto dele. Faço uma massagem em minha barba, apreciando seu crescimento desde dezembro e friamente começo a expor suas punições pelos ataques. Voce esta proibido de participar do quadribol, E de frequentar as aulas com os demais alunos, como ano passado. Eu comento lembrando que Kieran havia sido afastado da mesma forma depois do ataque a Kiara. E estou removendo 300 pontos da sua casa por suas atitudes. A adaga envenenada, os ataques a Regan e Adora e sei la mas o que que andou aprontando. Eu digo em um tom impaciente e posso ver a surpresa e indignação escrita em seu olhar, os pontos eram uma sentença de morte social para ele dentro de sua própria casa.

300 Pontos? Esta falando serio? Ele perguntou irritado e eu solto meu sorriso maléfico para o menino e me debruço sobre minha mesa aproximando meu rosto um pouco do dele. Estou mas como sou uma alma caridosa, posso diminuir para 150 Pontos, caso você descubra o que aconteceu com você que te curou divinamente. Eu digo com um sorriso de vitória, ele só teria a opção de me contar a verdade ou busca-la para mim. Volto a me sentar na cadeira. Pois além de você, ainda preciso saber como curar sua irmã e Rosalie antes que elas percam a cabeça como você perdeu... Duas vezes. Eu digo em um afiado, alfinetando seu pesar de culpas e solto um sorriso falso enquanto me levanto e caminho ate a porta da direçao, abrindo-a para que Kieran se retire. Ate por que, o bem estar de TODOS os meus alunos, é importante. Nao descansarei ate que elas também estejam salvas dessa horrível maldição Eu digo por fim com um sorriso gélido enquanto vejo Kieran se levantar derrotado de nossa conversa, ele so tinha dois caminhos agora. Aceitar a morte social ou batalhar para me informar o que o salvara da maldição.

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