Sala do Diretor de Hogwarts

Os corredores de Hogwarts pareciam menores sob o peso da minha raiva, eu caminhava com passos rápidos, determinados, o rosto rígido e os punhos cerrados, o cenário escolar estava envolto em uma nuvem de tensão, cada passo ecoava minha fúria, eu sabia que Adrien estaria aqui, não tinha dúvida de que aquele arrogante não teria outro lugar para se esconder, o olhar que trocava com professores e funcionários que cruzavam meu caminho variava de curiosidade a reconhecimento, alguns pareciam intrigados, outros cautelosos e eu não poderia me importar menos, cheguei à porta da sala da direção e a abri sem hesitar, eu não iria bater, não iria anunciar minha presença, não para aquele monte de merda que Adrien era.  

Assim que entrei a expressão arrogante de Adrien se transformou em choque ao me ver, mas rapidamente ele soltou um sorrisinho presunçoso, parado em sua habitual postura de idiota na frente da mesa da direção, seu olhar debochado encontrou o meu e, por um momento, o silêncio pairou entre nós, silêncio que Adrien quebrou com seu sarcasmo característico. Sinto lhe dizer isso, mas sua esposinha não está aqui, deveria procurar em outro lugar... Mas, se não consegue segurá-la em casa, isso é um problema Ele disse zombando, a provocação apenas inflamou minha raiva ainda mais e o ódio que eu sentia por ele borbulhava sob a superfície.

Eu caminhei em sua direção sem dizer uma palavra, minha expressão rígida e os olhos fixos nele, não havia necessidade de palavras, a raiva que eu sentia me impulsionava, assim que me aproximei, sem aviso, meu punho encontrou a boca de Adrien com um soco rápido e preciso, o impacto ecoou na sala vazia e sua cabeça virou com o golpe, em um momento de confusão, ele tentou reagir, mas eu estava tomado pela fúria acumulada, então, antes que Adrien pudesse reagir, meu punho voou em direção ao seu rosto novamente, atingindo-o com força, o segundo impacto fez sua boca sangrar, de modo que sangue voou pelo ambiente.

Eu o segurei pelo colarinho, meu aperto firme, então comecei a desferir golpes, os socos que se seguiram foram uma explosão de pura fúria, um desabafo violento do fato da vida da minha filha ter sido ameaçada por sua incompetência, então o empurrei sobre a mesa da direção, minha fúria praticamente gritava e aumentava mais e mais, um ódio me dominando a cada segundo, apenas crescendo, como se as trevas que por anos dominei se fortalecessem dentro de mim e agora gritassem para que fossem libertadas.  

Adrien se levantou, zonzo, então sacou a varinha, tentando mirar em mim, mas ele ainda não havia se recuperado dos primeiros golpes, então rapidamente chutei sua mão, arremessando sua varinha para longe, me aproximei novamente, minha mão esquerda agarrando seu pescoço enquanto os golpes continuaram com o punho direito, cada soco liberando uma parte do veneno que acumulava dentro de mim, eu não prestava atenção a seus gemidos de dor ou a sua tentativa fraca de defesa, eu queria que ele sentisse o que eu sentia, queria que ele soubesse a raiva e o medo que ele tinha causado.

Soltei seu pescoço e agarrei os cabelos de sua nuca, batendo seu rosto violentamente contra a mesa da direção, pressionando sua cabeça contra a superfície dura. minhas mãos tremiam de raiva e minha respiração estava ofegante. Você tem noção da sorte que tem? Gritei, minha voz ressoou na sala, ecoando. Sorte de que Laura e Aaron estão bem! Falei com intensidade. Porque, se algo tivesse acontecido com eles por sua causa! Por causa da sua incompetência! Gargalhei histericamente. Ah Adriem... Se algo tivesse acontecido a eles eu não hesitaria nem um pouco em matá-lo aqui e agora! Eu não me importava com as consequências, com as palavras que eu estava proferindo, apenas queria que Adrien soubesse o peso do que estava em jogo, que sua vida miserável estava em jogo.

E entenda Adrien que se você voltar a colocar a vida de meus filhos em risco novamente. As palavras eram carregadas de um ódio sombrio, meu olhar fixo no rosto machucado de Adrien. Não... Não somente isso... Emily vai voltar para Hogwarts Adrien... Então se algo acontecer com quem eu amo nem todo o ministério vai ser capaz de me impedir de acabar com você. Aquele encontro não seria apenas sobre a fúria que eu sentia, mas sobre fazer Adrien entender que suas ações, passadas e futuras, teriam consequências. Se eu sequer sonhar que por influência de um monte de merda inútil como você a vida deles foi colocada em risco eu volto ali e... Acredite... Enterro você e todos que alguma vez olharam para você com algo menos que desprezo sobre os escombros de Hogwarts.

O arremesso contra a parede, Adrien cai sem forças, o rosto encharcado de sangue, eu já havia passado meu recado, estava pronto para ir embora, então a voz de Adrien ecoou pela sala. Eu vou... Eu vou te denunciar... Algo sombrio e sinistro pareceu tomar conta de mim, a mesma sensação de anos atrás, de quando eu abraçara as trevas, sensação que eu lista tanto para retribuir, mas que agora não via problema em deixar sair um pouco, um sorriso torcido surgiu nos meus lábios enquanto eu o encarava, eu me aproximei dele, lentamente, tirando minha varinha das vestes, me agachei na frente dele, a ponta da varinha sendo pressionada contra seu pescoço, minha voz saiu em um sussurro gélido.  

Me denunciar? Os olhos de Adrien se arregalaram quando a varinha tocou sua pele. Acha que o Ministério vai fazer algo contra mim por bater em um amontoado de bosta feito você? Sorri, um sorriso sombrio. Acha que com tantos segredos que tenho guardado a sua denuncia vai chegar a algum lugar? Subi a varinha, a pressionando em suas têmporas, Adrien me encarava assustado. Você não tem ideia do quão fundo nas trevas eu já estive, Adrien... Das coisas que já fiz... E se você acha que tudo o que tem para se preocupar é com alguns tapinhas está completamente enganado.Meus olhos brilhavam com uma intensidade aterradora enquanto eu o encaravam. Eu vim aqui apenas te dar um aviso amigável Adrien... Um aviso de que se algo acontecer à minha família, Adrien, não haverá nada que me segure... E você será apenas primeira vítima da minha ira... Sorri enquanto pressionava ainda mais a varinha. Me irrite só mais um pouco e eu não me importo em cruzar certos limites... Então... Se comporte ou a próxima vez que eu vir aqui não será como o controlado Ministro da Magia...  Minha voz baixou a um sussurro sinistro enquanto eu terminava. E sim como o Robert que uma vez controlou um Basilisco e o libertou nos corredores de Hogwarts... Você compreende o que estou dizendo Adrien? O questionei, meus olhos fixos nele, meu olhar transbordando com uma mistura de ódio e crueldade. Sim... Você entende... Deu dois tapinhas no rosto dele e me levantei, preparando para ir embora, porém, assim que minhas mãos tocaram a maçaneta ouço ele terminar sobre como aquilo seria diferente se ele estivesse com a varinha em mãos.

Me viro para e sorri, apontei minha varinha na direção da sua e a fiz flutuar até mim, então comecei a caminhar pelo escritório. Acha mesmo que seria diferente? Disse fazendo a sua gatinha dançar entre meus dedos, então a arremesso próximo a ele. Então vamos... Me mostre. Sorri e indiquei a varinha com a cabeça. Vai ser divertido deixá-lo aqui a beira da morte... Disse o encarando com um sorriso arrogante no rosto.



Robert - Adrien

Eu encarava Adrien com um orgulho antigo, um ar de superioridade que eu havia esquecido que possuía, eu era arrogante e sabia daquilo, mas aquela arrogância, aquele sentimento, não vinha sem uma justificativa, eu tinha feito muito em meu passado, tinha lutado batalhas que Adrien nunca imaginaria, na verdade, ao meu ver, quando colocava meu poder e experiência em comparação não somente com Adrien, mas com qualquer outro Bruxo de Londres, sentia como se estivesse prestes a duelar contra uma criancinha, aquele pensamento me fez gargalhar, me distrair com meu próprio orgulho, momento que Adrien aproveitou bem. Adrien tinha conseguido um momento de vantagem, aproveitando a distração que meu orgulho proporcionou, ele rapidamente me arremessou para longe, sua ação rápida e astuta encontrando o alvo perfeito, meus pensamentos se embaralharam por um instante enquanto eu era envolto pela surpresa do ataque, mas a sensação de seus golpes em meu rosto foi um chamado rude de volta à realidade, sangue escorria de minha boca e eu sentia uma pontada aguda em meu braço direito, a dor parecia pulsar em sincronia com minha fúria, um eco distorcido das batalhas que travara e das cicatrizes que acumulara ao longo dos anos, por um breve momento, aqueles golpes pareceram uma libertação da pressão acumulada em meu peito.

Minha visão girava levemente, com um esforço tentei mirar minha varinha em direção a Adrien, no entanto, antes que eu pudesse conjurar qualquer feitiço, outro golpe veio, um rastro ardente de frustração e raiva percorreu meu corpo, mais golpes vieram, a sequência incessante de socos despejando minha fúria de volta a mim, enquanto eu continuava apanhando, sentia um ódio aumentar mais e mais, Adrien era uma mancha borrada de movimento, seus ataques quase uma dança coreografada, a dor se tornou uma sinfonia e cada soco era como um acorde, ecoando em meu corpo e alimentando algo sombrio e primordial dentro de mim. Em um momento de lucidez percebi o quanto eu estava permitindo que Adrien se sentisse poderosos ao me atacar, eu era um homem que enfrentara as profundezas do poder proibido e estava me deixando perder em um confronto como um mero novato, era hora de retomar o controle. No meio do próximo soco, em um movimento calculado, uma palavra mágica ecoou em minha mente e minha varinha se ergueu com precisão. Estupefaça! A expressão de surpresa em seu rosto, enquanto era arremessado para longe, foi meu combustível, alimentando meu retorno à realidade.

Estar ali, no centro de um embate físico, sentindo meu corpo sofrer as consequências de cada golpe e ataque, trouxe à tona uma sensação estranha e poderosa, uma sensação que, em meio ao desespero e à luta, me fez lembrar do que eu já fui, do que já fiz, das escolhas que moldaram minha vida, eu era um homem poderoso, experiente e com um grande arsenal de habilidades e aquele duelo com Adrien estava me fazendo relembrar isso. Me levantei, zonzo, cuspindo um pouco do sangue que se acumulava em minha boca, levei a mão até o nariz e com um puxão forte o alinhei ao rosto novamente, sabia que teria que tratar aquelas feridas mais tarde, mas, naquele momento, tinha que humilhar um verme que se achava demais. Encarei Adrien, senti uma raiva crescer, ser acertado por um ser tão mediocremente inferior me inflava. Adrien começou a ladrar algumas coisas, as palavras de Adrien, suas provocações, suas investidas, tudo parecia ecoar dentro de mim como um eco distorcido, eu o encarava, ouvindo cada palavra dito pelo futuro cadáver, ouvindo-o falar sobre como eu não era uma lenda e sim um mero peão em um jogo maior, aquilo não me incomodou, eu conhecia a verdade, não aquela publicada em artigos ou escondida em arquivos no fundo do Ministério, mas a real verdade.

Adrien continuava suas provocações, mas nada daquilo me afetava, mas, então, ele mencionou minha filha, Laura, aquilo sim era imperdoável, aquele monte de merda repugnante ter a coragem de citar o nome da minha filha, fez com que minha ira reacendesse, uma fúria cega, com um movimento rápido apontei a varinha para ele. Sectumsempra! No entanto, somente após lançar o feitiço compreendi que era aquilo que Adrien desejava, um momento de fúria bem aproveitado por Adrien que, demonstrando agilidade surpreendente, desviou do ataque e, com um movimento rápido, reagiu com um feitiço poderoso, um Bombarda Máxima, que explodiu com uma força avassaladora. O impacto me atingiu em cheio, a explosão se espalhando e me arremessando pelo ar, meu corpo colidindo com a parede da sala, a dor se irradiou de meu corpo, uma sensação quase eufórica enquanto minha mente tentava compreender a magnitude da situação, o mundo girava e a sala estava mergulhada na penumbra. Naquele momento, de alguma maneira, eu sentia algo diferente, de alguma forma eu sabia que um sorriso sádico se formava em meu rosto, então minha mente se desprendeu do presente, do sangue e da dor, eu me vi em outro lugar, um salão em ruínas, completamente destruído, sangue e corpos espalhados, uma atmosfera pesada, um ar tenso, gritos e dor por cada canto que eu olhasse, aquilo não era uma projeção de minha mente, aquilo era uma memória, aquela era a Batalha de Hogwarts diante de meus olhos, para cada lado que eu olhava eu via uma cena mais aterrorizante que a anterior, imagens evocando uma emoção que eu tinha enterrado profundamente, era como se minha mente tivesse se transportado para o passado, para um momento crucial de minha história, me transportado para a encruzilhada do passado, para o momento da decisão que moldou meu destino.

Naquele instante, as vozes do passado ecoaram em minha mente, um coro de tentações e desejos sombrios, vozes que eu parara de escutar, de dizer, anos atrás, então, em meio ao caos daquela cena, um silencio profundo se fez, eu olhei ao redor, o tempo congelado, então uma voz sussurrou em minha mente, um chamado sedutor para abraçar a escuridão que residia em mim, para me tornar aquilo que eu realmente era, sem restrições, sem medo, era uma voz que conhecia meus segredos mais profundos, minhas fraquezas e anseios mais sombrios. Por que se sujeitar a eles?... Por que se humilhar?... Você é melhor, mais forte, mais poderoso... Os subjugue... Os comande... Se entregue a quem você realmente é...  Eu vejo quem você é Winchester... Eu sei o que você fez Winchester... Você é um assassino... O assassino mais perfeito que eu jamais vi... Você nunca foi um portador da luz... Então... Seja sincero à você... E se entregue à mim... Se entregue ao que você é... Se entregue à escuridão... A visão desapareceu, deixando para trás uma sensação de vertigem, eu estava de volta à sala da direção, meus olhos encontrando Adrien, que parecia exultante em seu triunfo momentâneo, no entanto, sua expressão não mais me irritava, ao contrário, meu sorriso se alargou.

Olhou para mim mesmo, estava ferido, mais do que imaginei que estaria, mas nenhuma ferida era, de fato, impeditiva de continuar aquele confronto, empurro a parte da estante que estava sobre mim e  me levanto, então encaro Adrien, que com um sorriso arrogante desferiu um novo feitiço, simplesmente ergo a varinha. Protego. Conjuro o feitiço, vendo o feitiço de Adrien se dissipar à minha frente, de alguma maneira, apesar de tudo, minha mente estava leve, meu cargo, minha família, aquelas amarras simplesmente não existiam mais, pela primeira vez, me sentia livre, livre do medo de magoar Emily, livre daquela sensação de ter que me controlar o tempo inteiro, pela primeira vez sentia que podia ser quem nascera para ser, então sorri. Naquele momento tudo passou pela minha mente, a euforia ao receber a carta de Hogwarts pelas mãos de Victor, a alegria ao conhecer Jack no expresso, meu nervosismo quando vi Emily pela primeira vez, entrando pela porta da cabine do expresso, a seleção para a Sonseina, a admiração por cada canto de Hogwarts, por cada traço de magia, meu primeiro embate contra Edward, quando esfregara seu rosto no chão das masmorras, a primeira vez ganhando uma partida Quadribol, a primeira vez vencendo um duelo no clube de duelos, o pedido de namoro para Emily, a raiva que sentira quando Albert, pai de Emily, nos proibiu de ficarmos juntos, o dia em que conheci Julie, a irmã que nunca tive, meu primeiro encontro contra um Comensal, quando um deles, John, invadiu um baile em Hogwarts e matou uma professora na frente de todos, a ira me controlando e partindo para cima daquele Comensal, sendo capaz de acertá-lo alguns feitiços antes que os professores intervissem e o afugentassem, a tristeza de ver uma amiga arrasada pela morte da mãe, o momento em que me tornei monitor e o dia em que foi capaz de afastar dezenas de Dementadores do Salão Principal de Hogwarts, o  momento em que John me sequestrou e levou diante de Darliguv, a primeira vez que senti a maldição Crucio, o medo de, por falta de força, por falta de poder, perder tudo que mais amava, perder Emily, o desejo por poder aumentando em meu interior, o momento em que decidi que iria me aliar e fazer o que fosse para me tornar forte, o vírus de Enzo, que quase matou Julie, meu confronto com Comensais, o meu encontro com Gertard, que me ensinou Oclumência e Legilimência, a revelação que fiz a Albert sobre Darliguv me procurar, as ordens de Victor, Albert, Gerard e Alexia para que eu, com 14 anos, me aliasse a Darliguv  para derrubá-lo por dentro da organização, o sofrimento que passei treinando e sendo constantemente testado, tanto pelo Ministério quanto pelos Comensais, a revelação sobre ser herdeiro de Salazar Slytherin, a descoberta sobre Circe, o verdadeiro Basilisco de Slytherin, o dia em que encontrei os jardins de Salazar e que despertei e tomou controle de Circe, a sensação de formar um elo mental com ela, a revolta dos caçadores de bruxa, o dia em que o líder dos caçadores caiu pelas minhas mãos, a manipulação que fiz na mente de Marie, alterando suas memórias livremente para que ela acreditasse ser filha de Darliguv e minha irmã, tudo em prol do que eu planejara, meus planos para eliminar todos que eu considerasse um risco, Gerard, Albert, Victor, Darliguv e Alexia, o momento que ordenei que Circe vagasse por Hogwarts eliminando todos que encontrasse pela frente, meu duelo contra Jack, Victória e Edward, meu duelo contra Klaus, Kedrame, James e Alycia, meu duelo contra Emily e Julie, meu duelo contra Jack e Emily, o momento em que enfeiticei Jack para escolher entre Emily e Patrícia, a morte de Patrícia, cada uma das incontáveis mortes feitas e planejadas por mim, cada vez que minhas mãos estiveram banhadas em sangue, que eu sentiu o peso de minha adaga perfurando o coração de meus inimigos, muitos deles na verdade amigos, o momento em que Darliguv caiu e que eu estava prestes a matar Alexia e, então, a voz de Emily ecoando pelo Salão Principal, a decisão, naquele momento, de mudar, não por mim, mas por Emily.

Sorri. No fim... Tudo foi por Emily... Encarei Adrien que não compreendia o que dizia, então pisquei lentamente, naquele momento foi como se o tempo parasse, de alguma forma, em um simples piscar de olhos, todas as mortes, todos os nomes, todos os rostos, todos que eu pessoalmente matara, passaram por minha mente, tantos rostos, muitos deles amigos, pessoas que eu sorrira junto pelos corredores de Hogwarts, então abri os olhos novamente, olhando para Adrien. Você não tem ideia do que fez Adrien... Sorri, meu sorriso tomado não por ódio, mas por uma tenebrosidade, um mal indescritível, o que ele havia desencadeado era muito mais do que ele podia compreender. meu corpo doía, minha mente estava fragmentada, mas uma força obscura havia sido libertada em meu interior. Por favor, não morra rápido... Acrescentei, meu olhar fixo em Adrien, minha varinha se ergueu novamente, mas agora não era um gesto de desespero ou retaliação, era a promessa de algo mais, uma escuridão que eu havia mantido sob controle por tanto tempo, mas que, agora, por algum motivo, se manifestava em sua plenitude. Expulso! Conjurei, mas eu sabia que Adrien se defenderia daquilo, eu esperava aquilo. Fumus Uma forte fumaça negra tomou conta do lugar, eu usara aquele feitiço tanto que já obtivera a maestria nele, apontei a varinha para a parede na lateral. Carpe Retractum! Rapidamente fui atraído para a parede, sendo puxado para fora da fumaça, desfazendo o feitiço lançado anteriormente e apontando a varinha para  Adrien. Sectusempra! Disse mirando em seu peito.



Robert - Adrien - Voz Sinistra