Campo de Quadribol

Soltei um suspiro antes de montar na vassoura e voar para minha posição, ao chegar lá, desviei o olhar para Laura, que jogava no time adversário, ela me encarava com um misto de desgosto e raiva, fazendo-me soltar outro pesado suspiro. Desde o término vinha me sentido meio perdido, nervoso, como se estivesse vivendo um déjà vu do que ocorreu no final do terceiro ano, quando Laura e eu terminamos pela primeira vez sem que eu tivesse a chance de me explicar mas, dessa vez, não permitiria que a história se repetisse, assim que o jogo se encerrasse, iria forçar uma conversa com Laura, nem que tivesse que amarrá-la em uma cadeira para isso.

Respirei fundo e então encarei a goles na mão do juiz, sem desviar o olhar, o vento cortava o ar fazendo a vassoura oscilar levemente, o jogo de Quadribol estava prestes a começar e eu estava pronto para deixar aquela tristeza de lado e me concentrar apenas no jogo. O juiz apitou e a goles foi lançada para o alto, não hesitei, voando em direção a ela, meus dedos se fecharam em torno da bola, segurando-a com firmeza.

O time adversário tentou me interceptar, mas eu era mais rápido, fiz uma manobra brusca, desviando do artilheiro inimigo que vinha em minha direção, meu coração batia forte, sabia que precisava agir rápido, meus olhos varreram o campo e vistei Aaron voando em direção ao aro inimigo, aquela era minha chance de marcar, desviei dos batedores adversários e com um movimento preciso, arremessei a goles na direção dele. Aaron! Gritei, lançando a goles em sua direção.

Senti meu coração disparar quando me aproximei do campo, observando a energia da torcida que lotava as arquibancadas, a atmosfera intensificada pelo fato de que eu estava lá quando não deveria, o que tornava tudo ainda mais emocionante e divertido, respirei fundo permitindo que a mistura de emoções me envolvesse enquanto eu levantava a garrafa que havia trazido para o campo, embora parecesse água aos olhos dos espectadores e demais jogadores, o líquido ali era a poção polissuco que garantiria que eu manteria a forma de Sebastian, não podia correr o risco de perder a aparência, pois ser descoberto poderia significar punições desconhecidas e temíveis, fora que Theo me mataria.

Montei na vassoura, mantendo uma pose casual na intenção de manter meu disfarce, olhei para o lado e Adora me lançou um olhar inquisitivo, sorri e disse em tom de desafioVamos mostrar para eles rui... Adora... Vamos mostrar a eles o que somos capazes! Me corrigi rapidamente, duvidava que alguém além de mim chamava Adora de "ruivinha". Com um leve impulso, senti meus pés se afastarem do chão e flutuar em direção à minha posição no campo.

Com um apito estridente, o árbitro anunciou o início do jogo, soltei um sorriso arrogante, estava ali, participando sem ser descoberto,  examinei os jogadores em volta do campo, meus olhos se fixaram em Daniel, a postura determinada enquanto segurava a goles, balancei o bastão em minhas mãos, meus músculos se contraíram enquanto decolava rumo aos balaços, embora os batedores normalmente aguardassem o contato inicial, eu tinha planos diferentes em mente, uma missão pessoal que exigia precisão e velocidade, eu poderia tentar acertar Daniel, mas sentia que sua ex-namorada faria aquele trabalho por mim, de modo que eu poderia me concentrar em quem queria causar dor.

Meu olhar se fixou em Aaron, a ira emergiu enquanto observava seu rosto enfeitado por um sorriso arrogante, um sorriso que eu iria amar arrancar. Merdinha irritante. Sussurrei entre dentes, meu corpo se propulsou ainda mais rápido, pronto para provocar a queda daquele insuportável idiota, a expectativa de testemunhar o contato e o vislumbre de dor em seu rosto encheu meu peito de satisfação, com um movimento rápido bati no balaço com toda a força que consegui reunir, lançando a bola em direção ao abdômen de Aaron.

A goles foi lançada, e numa disputa entre Daniel e eu ele levou a melhor. Parecia mais concentrado do que eu naquele primeiro momento. Tento seguir ele na mesma velocidade mas era impossível. Sonserina tinha ganhado no ano anterior a mais nova versão da Nimbus, e foram autorizados a usar nos jogos o que dava a eles uma vantagem. Não temos chance de ganhar na agilidade. apesar de falar alto era apenas para mim mesma.

Abro meus olhos quando escuto Daniel chamar por Aaron e jogar para meu irmão a bola. Sebastian que era o mais próximo de mim consegue lançar um balaço na direção de Aaron, aproveitando distração com a bola violenta indo em sua direção eu aproveito para passar rente a vassoura de Daniel em direção a goles. Meus olhos escaneiam a distância entre mim e os aros e também focam em Isadora na frente do gol.

Faço alguns zigue-zagues me desviando dos outros artilheiros da Sonserina, ao olhar para trás vejo um deles muito próximo de mim, teria que lançar a bola dali mesmo. Inclino a vassoura para cima apenas para ganhar altitude e quando chego na altura dos aros arremesso a goles no aro mais a esquerda desviando do corpo de Isadora no aro central.

No campo de Quadribol, onde a adrenalina fluía tão livremente quanto as vassouras cortando o ar, Isadora estava em seu elemento. Como goleira do time, ela sabia que a chave para a vitória estava em sua habilidade de proteger os aros e impedir que a equipe adversária marcasse. Seus olhos, afiados como os de uma águia, estavam fixos nos movimentos do outro time, especialmente em Laura, a artilheira ágil e astuta que parecia sempre encontrar uma maneira de lançar a gole com precisão mortal. Enquanto Laura se aproximava com a gole em mãos, Isadora se preparou mental e fisicamente. Seus reflexos estavam afiados, prontos para qualquer movimento repentino. Ela sentiu a tensão no ar enquanto Laura lançava a gole em sua direção com força total, determinada a superar a defesa impenetrável de Isadora.

Com um movimento rápido e fluido, Isadora mergulhou no ar, estendendo-se ao máximo para interceptar a gole que foi ao aro esquerdo. Seu corpo parecia flutuar no tempo, seus pensamentos focados apenas em uma coisa: defender os aros a todo custo. Com um estalo sonoro, ela sentiu a bola bater em suas mãos, uma sensação de triunfo se espalhando por ela enquanto a segurava firmemente.

Mas Isadora sabia que sua tarefa ainda não havia acabado. Com a gole segura, ela se levantou rapidamente, seus olhos já procurando seu colega de time, Daniel. Com um gesto rápido, ela lançou a bola ao ar em direção a ele, calculando a trajetória com precisão milimétrica. Sabia que Daniel estaria pronto para recebê-la e iniciar um contra-ataque devastador. Enquanto a gole voava pelo ar em direção a Daniel, Isadora sentiu um misto de emoções correndo por suas veias. Havia a excitação da batalha, a determinação de defender sua equipe e a confiança em suas próprias habilidades. Mas também havia uma sensação de camaradagem, uma conexão especial que se formava entre ela e seus companheiros de time enquanto trabalhavam juntos para alcançar a vitória.

Com um sorriso vitorioso nos lábios, observo o balaço atingir Aaron em cheio, mas minha expressão se transforma em frustração quando vejo que ele continua firme na vassoura, meus olhos estreitam-se em desapontamento, minha vontade de vê-lo caído no chão cresce ainda mais. Saco... Queria ter derrubado ele. Resmungo baixinho para mim mesmo, sentindo a irritação borbulhar dentro de mim, rapidamente pouco o cabo da vassoura, desviando de um balaço vindo em minha direção, mas mantendo meus olhos fixos em Aaron.

Enquanto Aaron se recupera do golpe vejo Laura roubar a goles e voar na direção do aro, apesar de evitar qualquer contato com uma Winchester tinha que admitir que ela voava bem, porém quando ela arremessa Isadora consegue impedir de marcar um ponto. Além de gostosa ainda joga bem. Solto um pequeno sorriso olhando para Isadora, depois solto um suspiro profundo e encaro Aaron, estava determinado a tirá-lo do jogo, meus olhos se estreitam focando na figura de Aaron com uma intensidade quase palpável, como se toda minha determinação pudesse se materializar em um olhar direcionado a ele.

Com um olhar determinado volto minha atenção para o balaço, minha intenção permanecendo a mesma, acertar Aaron e retirá-lo da partida, se possível bem machucado, solto um sorriso e voo realizando uma série de manobras ágeis, desviando habilmente dos outros jogadores enquanto me aproximo do balaço. O vento zunindo em meus ouvidos, a adrenalina correndo pelas minhas veias, a expectativa pulsando em cada batida do meu coração, a paisagem ao redor se torna um borrão enquanto eu me concentro apenas no alvo à minha frente, Aaron, o irritante, o presunçoso, a bonequinha de porcelana de Hogwarts.

Finalmente, chego perto o suficiente, o balaço está à minha mercê, uma esfera de metal ansiosa para cumprir minha vontade. Hora de aprender uma lição boneca. Murmuro me preparando para o golpe, olhando fixamente para Aaron, com um movimento rápido e violento, bato no balaço com toda a minha força, lançando-o em direção a Aaron, o balaço voa velozmente, cortando o ar com um zumbido ameaçador, como uma fera selvagem libertada de suas correntes e ansiosa para fazer seu trabalho, meu coração bate mais rápido, meus músculos tensos, enquanto aguardo ansiosamente pelo impacto.

Poção Polissuco:

Eu me viro no ar, a vassoura cortando o vento enquanto os olhos ficam fixos na Goles. Estamos no meio de um jogo intenso de quadribol e como artilheira, sinto a pressão de cada jogada. Laura, nossa artilheira, lança a bola com determinação, pronta para marcar. Mas, de repente, vejo Isadora, a goleira adversária, se lançar a frente com um movimento ágil e defender o gol. Minha respiração fica pesada, a raiva fervendo dentro de mim. Não é apenas pelo jogo, mas também por Isadora. Eu não a suporto, especialmente depois de tudo o que aconteceu com Derek. Mas agora não é hora para sentimentos pessoais, tenho que me concentrar no jogo.

Volto minha atenção para o campo, e vejo Sebastia, nosso batedor, voando em direção a Aaron, o artilheiro da Sonserina. É uma corrida contra o tempo, e Sebastian consegue acertar Aaron antes que ele possa pegar a goles lançada por Daniel, Com a Goles em jogo novamente sem um receptor, vejo uma oportunidade. Com um impulso forte, alcanço a gole e a segurei firme, pronto para aproveitar a chance. Boa, Sebastian! Eu grito, elogiando o garoto por sua ajuda enquanto voamos em direção aos aros da Sonserina. Finalmente, chegamos perto o suficiente, depois de desviar de Daniel e Nicholas, eu lançei a gole com toda a força que tenho, mirando diretamente no gol adversário.

Solto uma estridente gargalhada ao ver o balaço acertar Aaron mais uma vez, desta vez ele se inclina drasticamente, o que me faz observar com certa espectativa mas, para minha frustração, ele volta a se firmar na vassoura. Mas que merda! Resmungo para mim mesmo, desapontado comigo mesmo. Devo estar arremessando fraco. Murmuro com a cara fechada, enquanto observo o bastão em minhas mão.

Enquanto Aaron se esforça para se manter na vassoura após o impacto, meus olhos varrem o campo em busca de oportunidades, meu olhar sendo atraído pela graciosidade de Adora enquanto ela voa pelo campo, exibindo habilidades que rivalizam com sua beleza, uma parte de mim admirando sua beleza enquanto a outra, uma maior, sentia um desejo por ela. É ruivinha você não me escapa. Solto um sorriso enquanto cochicho pra mim mesmo, mas logo volto minha atenção para o desafio imediato à minha frente, um balaço que vem em minha direção.

Com uma manobra rápida desvio dele com facilidade, mantendo meu foco em Aaron. Quem vê assim acha que quer me acertar amor Desvio meu olhar para Kiara, que arremessou o balaço, com um sorriso presunçoso me lanço novamente em direção ao alvo principal, Aaron. Com uma expressão determinada, ajusto meu movimento e acerto o balaço com precisão, mirando mais uma vez em Aaron.

Sinto a adrenalina correr em minhas veias enquanto o balaço corta o ar em direção ao seu alvo, determinado a alcançar meu objetivo e realizar o desejo de ver Aaron fora do jogo de uma vez por todas, após arremessar, com o canto dos olhos vejo a delícia da Adora realizar um arremesso perfeito, marcando um ponto para a Corvinal e, quando ela marca, não consigo deixar de vibrar, não pelo ponto da Corvinal, mas pelo sorriso no rosto dela.

Poção Polissuco:

Observo atentamente a dinâmica do jogo, meus olhos acompanhando cada movimento dos jogadores adversários, meu coração bate acelerado no peito, enquanto me preparo para agir no momento certo, o vento sopra forte, bagunçando meus cabelos e trazendo consigo o aroma fresco da grama recém-cortada do campo de Quadribol, enquanto observo o jogo vejo Laura parando próxima, atenta a partida. Laura eu... Conheço a falar, mas ela apenas me ignora e volta a voar, talvez ter deixado Nicholas não tenha ajudado minha situação.

Solto um suspiro e volto a observar o jogo notando Sebastian, o batedor do time adversário, gargalhando com uma expressão de pura malícia estampada no rosto. O que deu nesse garoto hoje? Resmungo entre dentes, franzindo o cenho antes de voltar minha atenção para o jogo que se desenrola diante de mim.

Num piscar de olhos, estou novamente em movimento, minha vassoura cortando o ar enquanto tento alcançar Adora e evitar que ela marque para o time rival, em algum momento, enquanto me distraía com Sebastian, Adora pega a goles e parte em direção ao aro, eu não podia deixar ela marcar, enquanto tento impedir Nicholas de aproxima para impedir Adora também e nossas vassouras acabam trombando uma na outra, uma oportunidade que Adora não perde, passando por nós dois e indo em direção ao aro.

Idiota! Grito com Nicholas enquanto pouco minha vassoura e parto na direção de Adora. Enquanto voo vejo Aaron desviar por um triz de outro balaço arremessado contra ele por Sebastian, não sei o que Aaron fez, mas certamente Sebastian parece querer acertar alguma pendência, decido me focar em impedir Adora, porém, mesmo com toda minha destreza, não fui rápido o suficiente e vejo Adora lançar a goles em direção ao aro.

Apesar de se move com habilidade Isadora não consegue impedir que sua marque um ponto, o que me faz fechar a cara. Droga! Exclamo, sentindo um misto de raiva pela perda do ponto e por não ter sido capaz de impedir. Isadora! Grito chamando sua atenção, ela rapidamente pega a goles e arremessa em minha direção, estico o braço, apanhando a goles no ar com habilidade e determinação.

Com a goles em mãos, giro meu corpo rapidamente, sentindo a adrenalina correr em minhas veias enquanto voo a toda velocidade em direção ao aro da Corvinal, desviando com maestria das investidas dos jogadores adversários, me aproximo do aro com determinação, meus músculos tensos, meus sentidos aguçados, me preparo para o momento crucial e, com um movimento fluído, dou um giro com a vassoura enquanto arremesso a goles em direção ao aro, minha mente focada apenas na meta de fazer a goles atravessar o aro e marcar o ponto da Sonserina.

Lá estou eu, no centro do furacão, diante do gol. Daniel se aproxima com a Goles em mãos, determinado a marcar um gol contra minha equipe. Meus músculos estão tensos, os sentidos aguçados enquanto calculo o momento perfeito para agir. Com um salto poderoso, estendo-me ao máximo, os dedos se esticando para alcançar a Gole. Sinto o ar cortando ao redor de mim enquanto me lanço no caminho da bola, meus reflexos agindo instantaneamente para bloquear o gol. E então, com um movimento fluido, seguro a Goles firmemente em minhas mãos, negando a chance de pontuação ao adversário, quando Daniel tenta arremessa-la na direçao de Kieran.

Não há tempo para comemorar. Com a bola em minhas mãos, meu instinto toma conta. Eu voou entre os jogadores adversários, driblando habilmente para evitar qualquer tentativa de recuperação. Meus olhos escaneiam o campo em busca de uma oportunidade, e então eu a vejo. Adora/Laura, minha companheira de equipe confiável, está pronta e esperando no canto esquerdo do campo adversario. Com um passe preciso, entrego a bola a ela, confiante em sua habilidade de marcar e sigo ao seu lado bloqueando qualquer tentativa de frustrarem nossa jogada. Eu a vejo voando em direção ao gol adversário, sua determinação irradiando confiança.

É um momento de pura adrenalina, de pura conexão entre nós, jogadores. Sabemos que cada movimento conta, cada passe, cada defesa. E é essa união, essa confiança mútua que nos eleva acima dos desafios do quadribol.

O jogo foi reiniciado logo após o primeiro ponto para a Corvinal. Podia ver a fumaça saindo da cabeça de todos os sonserinos. Sorrio e escolho um espaço mais afastado da movimentação inicial.

Aaron estava sendo perseguido pelo balaço e por Sebastian, que era outro que estava focando em acertar apenas meu irmão. Aquilo me incomodou um pouco mas como estávamos em times diferentes eu teria que deixar que ele lidasse sozinho com as adversidades. Laura eu...  a voz de Daniel surge bem ao meu lado.

Fecho meus olhos e respiro fundo. Não podia. Não agora. Ele estava tentando me desestabilizar. Avanço minha vassoura assim que vejo o olhar de Viktor. Viktor aqui! eu grito estando mais alta que ele naquele plano. E onde não tinham jogadores do time adversário. Vai para perto dos aros grito segurando a bola que ele jogou para mim.

Vejo Nicholas acertando um dos balaços em minha direção, mas consigo desviar voando para perto de onde Derek, era arriscado levar o balaço até meu companheiro de time mas a chance que eu tinha de me livrar do balaço é conseguir voltar a bola para Victor.

Derek. O balaço eu digo ao passar por ele e fazer uma curva baixa enquanto tinha os artilheiros da sonserina em minha cola. O estrondo do bastão acertando o balaço acaba me desconcentrado, vejo o reflexo de Skriniar ao meu lado. Dou a volta por baixo de sua vassoura fazendo-o se perder em minha movimentação. Não era possível chegar até Viktor. Adora! grito por minha amiga. Ela estava mais longe mas era a opção mais viável agora.

A Adrenalina estava tomando mei corpo todo com o início movimentado do jogo. Aaron já havia sido acertado por dois balaços enviados por Sebastian que estava estranho desde que nos vimos no vestiário quando ele me beijou na frente de todos.

Skriniar seguia Laura com a Goles mas fora enganado por uma manobra esperta da loira. Eu sobrevoo o campo esperando minha oportunidade de lançar um dos balaços. E ali estava quando escuto Laura chamar por Adora sabia que era a minha chance. Acelero minha descida até onde Derek estava para acertar um dos balaços. Bato meu ombro no seu o tirando da reta da bola de ferro Foi mal... não vi você acerto o balaço desviando-o em direção a Adora.

Enquanto me posiciono na vassoura, sinto a tensão e a empolgação da multidão ao meu redor, ansiosa pelo início da partida.

O apito ecoa pelo campo, e as Quaffles são lançadas, iniciando o jogo. Mas, para mim, tudo parece acontecer em câmera lenta enquanto persigo o Pomo de Ouro com os olhos, tentando localizá-lo entre o frenesi das jogadas.

Minha mente está em sintonia com a vassoura, cada movimento calculado em busca do brilho dourado que representa a vitória para minha equipe. Eu sei que não posso me deixar distrair pelas Quaffles voando ao redor ou pelos batedores tentando me derrubar. Meu único objetivo é encontrar o Pomo de Ouro e capturá-lo.

Os minutos passam, e ainda não avisto o Pomo. A ansiedade cresce dentro de mim enquanto tento manter a calma e a concentração. Eu sei que a paciência e a determinação são essenciais para ser um bom apanhador, e é isso que tento lembrar enquanto continuo minha busca incansável.

Finalmente, depois de um tempo que parece uma eternidade, avisto um brilho dourado reluzindo entre os jogadores. Meu coração dispara de excitação enquanto me lanço em direção ao Pomo. Em minha busca pelo pomo vejo Kiara e não deixo de sorrir com a imagem, afinal podia me lembrar bem da conexão que eu e a morena compartilhamos há alguns dias, queria repetir aquela dose. Ela havia conseguido acertar um balaço na ruiva do time adversário, pisco em sua direção quando nossos olhares se encontram e então volto a procurar pelo pomo que àquela altura já tinha sumido novamente.

Eu estava no meio da partida, meu coração batendo rápido enquanto voava pela arena, os olhos fixos em Laura. Eu sabia que tinha que acertar aquele balaço, mostrar a todos minha habilidade e determinação. Concentrei-me, mirando com precisão, pronto para disparar, quando de repente, algo me atingiu com força. Olhei para baixo e vi Kiara, com um olhar desafiador, empunhando seu taco a minha frente. Uma mistura de emoções passou por mim. Raiva por ter sido interrompido, tesão pela energia intensa que Kiara emanava. Mas não havia tempo para pensar nisso agora, o balaço que eu iria mirar em Laura agora era acertado por Kiara em direçao a minha irmã. Com um resmungo frustrado, voo rapidamente em direção a Adora, que estava caindo em direçao ao chão após ser atingida pelo balaço. A peguei nos braços pouco antes de bater no chão e a levo de volta à sua vassoura, garantindo sua segurança antes de voltar minha atenção para a partida.

Depois de deixar minha irmã em segurança, meu foco voltou para os balaços. Um sorriso provocante se formou em meus lábios enquanto eu via Kiara mais ao longe. Há tensão no ar, uma eletricidade palpável entre nós enquanto nos enfrentamos na arena. Sem hesitar, eu voo em sua direção, mantendo minha expressão desafiadora. Você realmente acha que pode me deter, Kiara? Eu digo me aproximando, a morena me encara com um sorriso de prazer enquanto tenta me acertar com os balaços que passam perto de seu bastão. Aproveitando essa fração de distração, eu me movo com agilidade, desviando habilmente de seus ataques e manobrando para uma posição estratégica.

Um sorriso travesso brinca em meus lábios. quando encosto minha vassoura na dela e com uma mão seguro em sua nuca selando nossos labios em um beijo intenso no meio do ar e da partida. É melhor você se concentrar, querida Eu digo, mantendo minha voz baixa e provocativa. ao me afastar de sua boca, seu olhar vacila perdido nos meus e eu sinto meu coração acelerado mas me esforço muito para manter minha concentração no balaço que vem em nossa direçao e ela nao percebe. Enquanto ela se esforça para processar minhas palavras, eu não perco tempo. Com um movimento rápido e preciso, lanço meu balaço em direção a Nicholas, aproveitando sua distração.