Quartel General do Aurores

palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia

Espaço dedicado as diversas mesas onde os aurores aspirantes e os estagiários se situam. As mesas são extremamente organizadas e todo o luga é planejado para facilitar a vida dos Aurores, uma vez que é comum eles terem que entrar e sair rapidamente.

Kall at Queen of Graphics

Eu sai do consultório de Julie com um pouco de raiva. Ela ainda não me havia liberado para voltar ao serviço. Ficar em casa mesmo que por uma semana estava me deixando louca. Mas decidi que aquilo não me impediria de voltar a meu posto, eu poderia muito bem apenas entrar e caso fosse perguntado eu mentiria, não que fosse fácil mas com os anos em hogwarts havia vira um hábito, mesmo que terrível, ainda um hábito.

Tentando não chamar muito atenção, e falhando ao tentar, caminho pelo ministério indo em direção ao quartel general.  E assim que chego próximo de minha sala percebo como o quartel estava vazio. – Ou Robert esta fazendo um excelente trabalho ou meus aurores estão fugindo de sua presença – penso alto enquanto entro em minha sala.

Estava tudo como eu havia deixado, exceto o cheiro. Era como se ninguém tivesse entrado na sala desde que eu fui sequestrada. Passeio por minha sala até que vejo a foto de Tiphaine, ainda se movimentando em minha mesa. Penso em como foi minha semana, e em como estava começando algo com Nathaniel. Me sinto um tanto culpada por não ter pensado nela e então me lembro de como antes de sumir eu havia deixado em sua sala um bilhete, pedindo uma segunda chance.

Sento em minha cadeira, pegando o telefone de comunicação interna de setores. Disco o ramal do setor que cuidava da liga de esportes. – Eu gostaria de falar com a Srta. Foucault por favor – eu digo e a voz do outro lado hesita por alguns momentos. E pergunta quem gostaria. – Marie... Stonkovick do quartel general – a pessoa do outro lado suspira algumas vez. – A srta Foucault deixou de trabalhar no ministério já tem alguns meses – o informação me atinge como um soco no estomago. Desligo o telefone sem agradecer pela informação. Sua partida era a resposta para muita coisa, e bom meu passe livre de nossa história, agora encerrada de vez.

Tento esquecer tais pensamentos e não havia muito que fazer dentro de minha sala, uma vez que todos os relatórios estavam indo para as mãos de Robert por enquanto. Deixo minha sala e me encaminho para a sala do auror sênior quando sou parada em meu caminho pelo chefe do departamento. “Ótimo, era o que precisava” – Boa tarde senhor – digo cumprimentando-o.

Ele, com razão, parecia surpreso em me ver. Ele disse que andava tão ocupado que sequer havia prestado atenção na minha liberação. – Deixe-me verificar. Não acha que talvez seja cedo de mais para voltar? Sabemos que o que passou.... – eu pigarreio interrompendo-o. Apesar de termos nos tornado mais próximos não podia chama-lo de amigo mas bom, foi ele quem me avisou da vaga há alguns anos. – Estou bem senhor, na verdade estava atras de Winchester para me inteirar do que perdi nos meses que se passaram. – digo distraindo de procurar a liberação de Julie, aquela que eu ainda não possuía. Mas ele era esperto – Não me tome por tolo Marie. Vá para casa e só retorne com a autorização de sua psiquiatra. São ordens – pega no pulo. Merda, porque tinha que ter sido logo ele a aparecer. Concordo com a cabeça. – Sim senhor – ele me deixa em meio ao quartel indo em direção a saída do mesmo. Bufo com raiva por ter sido pega no flagra.

Antes que algo pior aconteça decido mesmo ir embora do quartel general, a ultima coisa que eu precisava era de um medida disciplinar antes mesmo de voltar. Mas antes que eu pudesse dar meia volta meu nome é chamado e me viro pra ver quem era.

Some kind of interview / Marie - Boss

Reconheci logo o rosto do rapaz que havia me chamado. Nos esbarramos, se é que poderia chamar de esbarrão, no mesmo dia que fui resgatada do ritual, quando estava prestes a sair do hospital ele havia pedido uma entrevista e bom eu havia negado.

Não me surpreendia o fato de ele ter vindo ate aqui para fazer a cobrança da entrevista que eu havia prometido, eu procuro alguma forma de fugir da entrevista, mas de maneira alguma eu estaria livre, uma hora teria que dar meu depoimento, Emily já havia feito então. – Bom, para sua sorte eu estou com o dia tranquilo. Podemos fazer a entrevista por aqui mesmo. – eu digo e aponto para uma mesa que tem disponível proxima de ambos.

Ele ajeita seus apetrechos, pena, pergaminho e obviamente a lista de perguntas, que eu por acaso percebi que não era tão pequena assim, estremeço por alguns instantes, afinal eu havia sido mandada ir para casa. – Eu não deveria ter voltado ao serviço tão cedo, então se pudermos fazer isso de forma rápida eu agradeço, caso contrario estarei em problemas – eu digo não para apressa-lo apesar de parecer ter feito o mesmo efeito.

Segundos após meu apelo, Ragnar - me surpreendo por ter me lembrado de seu nome - dá inicio as perguntas de sua lista.

Some kind of interview / Marie - Boss

Conversando com uma amiga.

Depois que a reunião com Marie acaba eu me levanto as pressas e tento ir atrás de Ellie, os meses se passaram desde o Ritual e eu nunca parei para pensar em como ela havia se sentido com o voto perpétuo e notar seu pequeno nervosismo hoje na sala me fez perceber o que havia perdido. Vejo a morena entrar na sala dos aurores e eu acelere meus passos indo atrás entrando em seguia na sala, ela se vira me olhando mas nao dá bola achando que estou somente para dividir o espaço.

Falo me aproximando da morena que me encara curiosa em saber o que eu tinha para conversar com ela. Olho ao redor para me certificar que esta somente nos dois na sala, sei que quando se tratava daquele assunto, Ellie gostava de ser o mais discreto possível. Volto a olhar para a morena.

Pergunto de uma vez, sei que se eu tento enrolar ela ia acabar levando uma bronca dela me mandando ir direto ao assunto e por isso decidi ir direto, eu sei que não é um assunto que ela queria conversar, especialmente dentro do Ministerio mas sei que é necessario que conversemos sobre o que aconteceu.

Conversando com uma amiga. - Trama Pessoal - Ministerio da Magia

Conversando com uma amiga.

Escuto Ellie e estava certa, nao seria fácil essa caçada mas estávamos em maior numero desta vez, alguns morreram e a filha de Nathalie estava presa. E sim, Marie havia voltado ao trabalho mais intensa. uma reunião no primeiro dia de sua volta para exigir a cabeça dos comensais, podia sim ter um pouco de vingança em seus pedidos.

Digo sabendo que nao é o que Ellie quer ouvir ou espera ouvir de mim mas os comensais causaram problemas e horrores demais desde a queda de Darliguv, a sociedade em si estava cansada deles.

Pergunto pois seus questionamentos me fazem pensar se o voto perpetuo ainda esta ativo ou se eu posso voltar a prender Lilith e Eliot sem por a vida de Marie em risco. Nossos sobrenomes são chamados quando Robert se aproxima de nossa mesa, vejo a morena ficar nervosa e por um momento fico também pensando se ele havia escutado alguma coisa.

Me viro para Ellie aliviado, parece que Robert nao ouviu nada de nossa conversa, empurro uma cadeira para que o auror sênior se sente e o encaro esperando para ver o que ele quer conversar. Ele começa a falar e eu sorrio, eu tinha certeza de que estava certo sobre as localizações, escuto sua preocupação sobre separar os aurores em duplas, ele tinha uma carta razão, a dupla que encontrasse o esconderijo se descoberta nunca sobreviveria.  O encaro surpreso quando espero dele uma ideia de busca em grupos mas me surpreendo quando ele pede que nós dois somente procuremos por mais de 50km de campo por um esconderijo.

Escuto ele falar sobre mapas trouxas e possíveis casarões abandonados de época espalhados entre esse espaço. Claro essas ideias ajudavam a diminuir o grande espaço de busca mas ainda sim era muito trabalho para somente dois aurores. Olho para Ellie um pouco nervoso, por mais que aceitássemos a ideia de Robert, ainda nao tinha certeza se eu tinha como prender Lilith, ou se prende-la causaria minha morte.

Digo sabendo que nao é o que o auror sênior gostaria de ouvir de aurores de cargo menor que o dele mas seu pedido era uma loucura, nao tinha como somente eu e Ellie ficarmos responsável pela busca inteira. Por mais que eu saiba que se acharmos o esconderijo nao deixaremos sermos visto, nao quero imaginar Ellie em uma situação de risco ao meu lado, me sentiria um lixo se algo acontecesse com ela comigo ao seu lado.

Digo olhando para Robert, por mais que eu achasse sua ideia uma loucura e um risco a mais para mim e Ellie, se ele mandasse eu teria que aceitar fazer, pois ele era como o comandante do esquadrão, abaixo somente da chefe que era Marie. Saio de meus pensamentos sobre hierarquia quando ele ou Ellie falam.

Conversando com uma amiga.  - Trama Pessoal - Ministerio da Magia

Final de Buscas

Fico aliviado em ver que Robert percebe a loucura de sua ideia em somente eu e Ellie procurarmos pelo esconderijo dos comensais com tantos outros aurores experientes dispostos alem de nos dois. Fico feliz quando ele me coloca como responsável por aquela tarefa, me sinto confiante e empolgado pois quero mostrar meu valor a ele e Marie que são meus superiores. Ser o responsável pelo encontro do esconderijo do grupo que procuramos era minha melhor oportunidade de ser visto para um cargo superior dentro do esquadrão. Alguma dúvida? Perguntou e eu saio de meus pensamentos sobre meu futuro no Ministério e volto meu olhar a Robert que espera uma resposta para terminar nossa conversa.

Nenhuma Winchester, vou começar a estudar os relatórios sobre a queda de Darliguv hoje mesmo. Se os comensais pretenderem refazer o Ritual de novo eles não precisar esperar a próxima superlua atingir o céu. Digo sabendo que Nathalie quer a volta do antigo lorde e reler os relatórios sobre uma era a qual eu não presenciei era importante para eu poder traçar o perfil dos meus inimigos. O que me da exatamente 27 dias para achar eles antes que tentem algo novo. Pensando nessa logica, devo pegar mais três a quatro aurores para fazerem os reconhecimentos de áreas nas próximas semanas comigo. Digo olhando para meu chefe que parece gostar do que eu tenho em mente, usar aquela semana para estudar o passado de Darliguv e sua ligação com os comensais para a partir disso trilhar um pensamento próximo a de seus seguidores para chegar o mais próximo do esconderijo.

Vou tirar essa semana para estudar os relatórios da época de Darliguv e junto a Ellie vamos procurar também informações importantes nas anotações de sua mãe. Digo terminando minha frase com o olhar sobre Ellie ao meu lado que parece concordar com minha ideia de usar esta semana para estudar antes de planejar qualquer reconhecimento de área. Ate o inicio da semana que vem te garanto que apresento em sua mesa um excelente plano de reconhecimento de área. Robert parece estar de acordo com minha ideia e se levanta depois para fazer as demais coisas que precisa. Olho para Ellie ao meu lado mais uma vez e espero que a sala se torne mais uma vez vazia com somente nos dois.

Ellie aceita tomar um cafe comigo depois? Nao acho seguro que continuemos aquele assunto por aqui... Falo relembrando nosso assunto pouco antes de Robert nos interromper e tentar voltar com ele dentro do esquadrão era arriscado demais, podíamos ser interrompidos mais uma vez ou pior escutados por alguém que não quero que escute.

A volta por baixo

Há alguns meses atrás se podia dizer que eu era um chefe exemplar, atualmente, nem tanto. Desde os últimos acontecimentos, o amadurecimento familiar mudou minha rotina de uma forma que meu trabalho deixou de ser minha primeira prioridade. Agora metade do meu tempo eu focava em ajudar Marie com o orfanato e continuar em busca de uma conexão com uma criança que fosse nosso primeiro filho(a). Estava sendo exaustivo ao mesmo tempo que um sonho se realizando. Abro  a porta do quartel dos aurores uma hora depois da qual eu deveria ter entrado, pela quarta semana seguida, permanece surpreso em nao ter sido chamado por Robert para um puxão de orelha.

As investigações sobre minha ausência parecem parar por incompetência de funcionários e aurores Juniors que apesar de receberem ordem preferem vagabundear pelos corredores do quartel ao invés de irem fazer seus deveres. Desculpem o atraso, quero relatórios das ultimas buscas em torno de Oxford, agora! Disse entrando na sala onde a maioria dos aurores ficavam esperando por ordens minhas. Me sento em uma mesa de centro e espero ate que alguns joguem sobre ela pastas contendo fotos magicas de locais que estávamos procurando pelo esconderijo dos comensais. Nenhum dos locais a qual buscaram havia tido êxito ou qualquer pista sobre o esconderijo.

Obrigado, quero que agora procurem por estes próximos dois pontos. Ainda hoje! Respiro fundo e coloco meus dedos sobre minhas têmporas frustrados, meses se passaram e nao consegui entregar nada do esconderijo a Robert. Por um breve momento penso em apresenta-lo tudo que já consegui sobre os integrantes da Domus que vieram ate a Inglaterra, mesmo que incompleto é algo com que posso provar meu valor dentro do cargo. Saio de meus pensamentos quando um memorando surge pelo tubo preso a parede. Um memorando de Robert. Todos dentro da sala central param suas conversas e olham atentos. Me levanto e pego, temeroso de que seja uma chamada para conversar, que em meu caso certamente nao seria bom.

Quando abro e percorro meus olhos por seu aviso eu franzo meu olhar confuso e admito que irritado ao ler que uma comensal tem o direito de sair do Ministério a partir daquela mensagem como uma mulher livre. Isso nao é possível... Digo chocado com a decisão de Robert que na verdade nem cabe a ele e sim a um juiz. Jogo a mensagem sobre a mesa e deixo que os demais aurores leiam e se enfureçam igualmente, uma algazarra começa no salão e eu passo longos minutos procurando uma justificativa, sem êxito. Indignado, eu pego meu casaco e o visto saindo em direçao a sala de Robert.