Quartel General do Aurores

O Ministério da Magia se encontrava em sua rotina habitual quando eu adentrei o quartel dos Aurores. O ar estava impregnado com a atmosfera mágica daquele lugar, repleto de colegas de profissão, cada um imerso em suas tarefas e responsabilidades. O som constante de pena sobre papel e murmúrios de conversas preenchia o ambiente.

Sentando-me à minha mesa, com a pena em mãos e os relatórios das rondas recentes diante de mim, comecei a registrar cada detalhe. A calma que eu tanto buscava em meu trabalho estava presente, um refúgio temporário na escrita cuidadosa dos eventos que haviam transcorrido nas ruas do Beco Diagonal. A cada palavra, eu relembrava os sorrisos, as risadas e a sensação de segurança que tentava proporcionar aos moradores e visitantes daquela comunidade mágica.

Entretanto, esse momento de tranquilidade foi abruptamente interrompido quando um memorando apareceu diante de mim. A mensagem urgente era de Noah, um dos Aurores e amigo próximo. A mensagem, direta e urgente, relatava uma situação de emergência em Godric's Hollow. Quase que no mesmo instante, Um patrono prateado surgiu, desta vez do próprio Robert, o Ministro da Magia. Curiosamente, ambos informavam praticamente o mesmo, uma situação crítica que exigia atenção imediata.

Meu coração acelerou com a seriedade dessas mensagens. Sem hesitação, deixei os relatórios de lado, peguei minha capa de Auror e, num piscar de olhos, aparatava para Godric's Hollow. O ar ainda estava carregado de urgência enquanto eu me materializava em um local conhecido pelas histórias de bruxos e trouxas, pelas lendas e pela tradição mágica que permeava suas ruas.

Ao chegar cedo ao Ministério da Magia naquela manhã, fui recebido por uma sensação de tranquilidade incomum. A habitual pilha de relatórios sobre minha mesa havia diminuído consideravelmente desde que a era dos Comensais de Lilith e Eliot chegara ao fim. Era reconfortante testemunhar a paz que agora reinava sobre o mundo mágico, um sinal de que nossos esforços como Aurores e protetores da comunidade bruxa não haviam sido em vão.

Com um sorriso nos lábios, acomodei-me em minha cadeira e dei início às tarefas do dia. Os poucos relatórios que aguardavam minha atenção eram rapidamente resolvidos, refletindo a calmaria que se estabelecera após anos de tumulto e conflito. Era uma sensação de alívio poder desfrutar da tranquilidade, mesmo que temporária, sabendo que o perigo iminente havia sido afastado.

Contudo, a paz não significava ausência total de trabalho. Ainda havia casos pendentes, antigas investigações que exigiam minha atenção e dedicação. Mas lidar com esses assuntos parecia menos árduo agora, envolto pelo conforto de saber que o mundo bruxo estava seguro, pelo menos por enquanto.

Após algumas horas dedicadas ao trabalho burocrático, decidi que era hora de sair do escritório e fazer uma ronda pelas ruas de Londres. Afinal, o dever de um Auror não se restringia às paredes do Ministério; era nosso compromisso manter as ruas seguras e proteger a comunidade mágica de qualquer ameaça que pudesse surgir.

Levantei-me da minha mesa com determinação, sentindo a energia pulsante da cidade mágica à minha espera lá fora. Com um aceno para meus colegas, deixei o conforto do escritório para trás e me encaminhei para as ruas movimentadas de Londres, pronto para enfrentar qualquer desafio que pudesse surgir em meu caminho.

Enquanto avançava pelas ruas familiares, minha mente permanecia alerta, consciente de que, mesmo na calmaria aparente, o perigo poderia estar à espreita. Como Auror, minha missão era permanecer vigilante e proteger aqueles que dependiam de nós para segurança e proteção.

Com cada passo que eu dava, renovava-se o compromisso de servir e proteger, mesmo nos momentos de paz. Pois, como aprendi ao longo dos anos, a verdadeira bravura reside não apenas em enfrentar o perigo quando ele se apresenta, mas também em estar preparado para enfrentá-lo mesmo nos tempos de calmaria.

Ao retornar ao Ministério da Magia, entrei no prédio com passos decididos, determinado a concluir minhas responsabilidades do dia. Dirigi-me diretamente ao setor dos Aurores, onde me sentei em minha mesa e preparei-me para preencher o relatório detalhado sobre a ronda que realizara no Beco Diagonal.

Com meticulosidade, descrevi cada passo que dei, cada loja que visitei e cada interação que tive com os residentes locais. Detalhei quaisquer observações notáveis, desde atividades suspeitas até qualquer sinal de perturbação na ordem pública.

Após finalizar o relatório, assinei-o com minha assinatura característica e o entreguei ao superior responsável pela revisão e arquivamento. Satisfeito com meu trabalho, dediquei-me a preencher mais alguns documentos pendentes, garantindo que tudo estivesse em ordem antes de encerrar o expediente.

À medida que o dia chegava ao fim e as luzes do Ministério começavam a se apagar, finalmente senti-me satisfeito com o trabalho realizado. Guardei minhas coisas, despedi-me dos colegas e fiz o caminho até a saída do prédio.

O ar fresco da noite acolheu-me ao sair do Ministério, envolvendo-me em sua serenidade reconfortante. Era hora de voltar para casa, onde podia relaxar e recarregar as energias para mais um dia de deveres e desafios. Com passos leves e o coração tranquilo, segui o caminho até minha residência.