Quartel General do Aurores

palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia

Espaço dedicado as diversas mesas onde os aurores aspirantes e os estagiários se situam. As mesas são extremamente organizadas e todo o luga é planejado para facilitar a vida dos Aurores, uma vez que é comum eles terem que entrar e sair rapidamente.

Kall at Queen of Graphics

Auror

Eu já havia recebido as orientações na semana anterior, por coruja, então tudo que eu precisava era trabalhar, ao chegar caminho até a sala dos Aurores, sorrio caminhando até uma das mesas vazias na sala dos funcionários. Me sento na cadeira pensando o que teria mudado após tanto tempo fora da Inglaterra, mas antes mesmo de me sentir confortável na cadeira sou interrompido por uma das assistentes dos Aurores, vindo rapidamente ao meu encontro, antes que eu pudesse questioná-la qualquer coisa, na verdade antes mesmo que eu a cumprimentasse, ela me informa sobre um memorando que dizia que eu deveria me encaminhar até Azkaban.
Bom senhor Winchester, você será encaminhando para Azkaban, a maioria dos novatos ficam lá antes de serem efetivamente transferidos para o Ministério, todas as instruções serão dadas durante sua ida para lá e posteriormente receberá novas instruções em Azkaban, alguma dúvida? Balancei a cabeça, na verdade considerava aquilo absurdo, com minha experiência eu deveria permanecer ali, na realidade seria mais útil ali, mas decidi não iniciar discussões, afinal, estava ali para corrigir erros e não criar ainda mais. Pegou minhas coisas até que finalmente embarquei em uma carruagem que me levaria, e os demais novatos, para Azkaban

Relatório

Aquilo era entediante, eu estava preso as responsabilidades que o cargo exigia, na verdade nas responsabilidades que o cargo exigia. Afundei na cadeira olhando para os relatórios empilhados em minha mesa, franzi as sobrancelhas e cruzei os braços. Desviei o olhar para xícara de café, tomando um gole logo em seguida, e voltei aos papeis. Não havia dormido direito durante a noite, o que resultou em um estresse fora do normal. Voltei a encarar os relatórios, lendo de maneira minuciosa um a um, descartando alguns e separando outros. Após um tempo me coloquei a realizar um relatório um tanto diferente.
Era um relatório detalhado sobre minhas atividades em Azkaban, estava mais que ansioso para retornar para o Ministério, embora não tivesse trabalhado lá oficialmente por nem quinze minutos, mas eu sabia, e sabia que meus superiores também sabiam, que eu tinha talento demais para ficar preso trabalhando em Azkaban.
Após algum tempo massageei o cenho e peguei o exemplar do Profeta Diário, dentre as noticias havia uma pequena lista de ex-alunos de Hogwarts que participaram da grande batalha e que agora retornavam para Londres, aquilo era irritante e curioso, de modo que me forcei a abrir o edital, meu nome estar ali era algo inconivente mas alguns nomes ali eram ainda mias fora do padrão, dentre eles dois nomes que eu conhecia bem, Marie e Emily, respirei fundo, me perguntando como seria quando esbarrasse com um das duas. Resolvi levar meu relatório para o quartel dos Aurores, era melhor deixar lá pessoalmente do que esperar uma coruja de Azkaban entregar, elas eram treinadas para fazer milhares de voltas antes de finalmente chegar ao seu destino e isso atrasaria muito.
Após as rondas que eram minhas obrigações segui para o Ministério, chegando lá junto com a noite, estava cansado mas precisava deixar meu relatório no Quartel General, para que assim meu superior pudesse julgar o trabalho. Ao chegar no escritório, deixo uma carta selada e o relatório em uma mesa, sobre a qual repousavam diversas cartas volumosas envoltas em papel, estas também permaneciam seladas. sorri e me retirei do Quartel, aparatando para outro lugar logo em seguida.

Assassinato em Godric's

Aparatei no Ministério e, após passar pela inspeção rotineira no átrio caminhei para o quartel dos Aurores, tinha muito o que fazer e pouco tempo, então queria ir o mais rápido possível, primeiro solicitei os arquivos referentes à família Schneider, mas como esperava ali não havia muita informação, eles tinham vindo da Alemanha alguns anos atrás, o pai, Victor Schneider era bruxo e conseguiu um emprego como Autoridade Flu no Ministério, mas acabou sendo morto durante a invasão do Ministério, a mãe era trouxa e passou a viver em Godric's Hollow, em uma casa que comprou após a morte de seu marido, por ser um vilarejo bruxo famoso e com pouco movimento acho que seria o lugar ideal para criar seus filhos, Antonin e Suyane, algum tempo depois desenvolveu uma doença trouxa e acabou falecendo. Os garotos, ficaram sozinhos, mas devido a idade, próxima dos dezessete, conseguiram uma ordem ministerial par viverem na casa recebendo visitas de um representante do ministério regularmente, boas notas em Hogwarts, mas nada excepcional. Em termos simples a ficha da família não era nem de longe algo que pudesse ajudar no caso.
Depois busquei os relatórios e fichas sobre os animagos registrados e, como também já esperava, nenhum animado registrado que se transformava em um animal de grande porte estava vivo ou vivia em Londres atualmente, mesmo assim expedi um pedido para que enviassem um Auror para recolher depoimentos de todos, uma tarefa irritante e, por sorte, exercida por outra parte do departamento. Por fim decidi iniciar meu relatório, seria bom ter algo pronto antes de ir ao Mungus questionar a garota sobre o que ocorrera naquela noite, principalmente por saber o que perguntar e não perder tempo, já que eu não tinha ideia de como estaria a garota. pós longas horas eu finalmente terminara o relatório, bem como perdera o resto da noite de sono, o que era irritante, em breve teria de retornar para Azkaban e ir para lá sem um descanso digno seria péssimo.
Após terminar o relatório fiz duas cópias e arquivei a original, uma das cópias manteria comigo, a outra enviaria para a Assessora de Magia, uma vez que era de meu interesse mantê-la informada sobre tudo. Pode encaminhar isso para o escritório da Assessora de Magia por favor? Disse entregando o relatório para um Auror que passava, ele me encarou, depois deu de ombros e pegou o relatório Espreguicei e me levantei, já havia recebido um memorando que a garota encontrava-se em condição de responder algumas peguntas, então deixei o Ministério indo em direção ao Mungus.

Thanks to Eretria FG

Encontro Inesperado

Entrei no Ministério e respirei fundo, havia tanta coisa acontecendo ultimamente que fazia com que eu me perguntasse se as coisas voltariam a calmaria em algum momento, o que para mim parecia ser uma coisa impossível, primeiro a descoberta de que, mesmo com minha experiência eu iria atuar em Azkaban, depois meu encontro nada amigável com Edward, de quebra ainda teve aquele sinal modificado em Azkaban e agora um assassinato em Godric's Hollow, só me faltava encontrar mais alguém que eu odiava, ou que me odiava. Respirei fundo e segui para o Quartel dos Aurores, tinha que arquivar tudo o que descobri com a garota, o que era praticamente nada graças a Assessora. Mas embora não tivesse informações oficiais eu tinha informações não oficiais, graças a Legilimência eu havia descoberto que a garota vê quem a atacou e ao irmão antes do ataque de fato, destruindo os túmulos em Godric's Hollow, um homem que aparentava minha idade, com traços fortes, como se de uma descendência bem específica e certamente incomum aos londrinos, mas embora fosse algo, ainda assim não era muita coisa e o rosto do atacante não estava cem por cento visível, a iluminação no cemitério, durante a noite, não é exatamente adequada, mas já dava para ter uma ideia de o que procurar.
Caminhei para a mesa que estava usando no Ministério, uma mesa emprestada por assim dizer, depois massageei a testa e cocei a nuca, puxando os relatórios para perto de mim e começando o trabalho, para meu azar ninguém batia especificamente com a descrição que consegui na mente da garota, nem no Ministério ou arquivos em meio ao mundo trouxa, o relatório do Mungus dizia que o garoto morrera rápido, sem qualquer indicio de duelo, apenas a maldição da morte limpa e aplicada friamente, já a garota, que agora certamente seria inútil, apresentava marcas de mordidas. Isso tudo é um saco! Respirei fundo e preenchi o relatório anexando todas as informações referentes ao caso e depois o arquivei, até que tivesse novas pistas o caso estava empacado.
Após algum tempo eu estava cansado e precisava me manter, minimamente, acordado, então resolvi ir até uma mesa no final do corredor e beber um café. A mesa continha uma máquina de café, velha demais e aparência nada confiável, mas era o que tínhamos para hoje, peguei um copo e comecei a me servir, a máquina era lenta e derramava o café no copo a velocidade de uma lesma, mas estava tudo bem até a temperatura do café subir de maneira absurda, me fazendo soltar o copo no chão. Máquina idiota!
Enquanto olhava a máquina pensando se a arremessava ou não em uma parede, uma voz conhecida se dirigiu a mim, uma voz que não ouvia a cinco anos, firme e carregada de ódio, eu senti o sangue sumir de minha face, mas não por pavor ou medo, mas por uma reação única, como se eu estivesse cercado de neve ou Dementadores para ser mais exato, a sensação que apenas eu mesmo causara diversas vezes, a sensação vinda de uma intenção assassina fria e intensa, no fim, eu a moldara bem. Me virei para Marie, ignorando sua demonstração fútil e sem sentido de habilidade, uma demonstração que talvez fizesse crianças em algum aniversário suspirar, mas ali, para mim, era simplesmente ridícula. Então a ovelha negra realmente retornou das trevas... Se eu não te conhecesse eu diria que sua palidez poderia ser surpresa ao me ver de volta... Ela se escora na mesa próxima, me lançando um olhar como se fosse superior, aquilo quase me fez gargalhar de sua cara, pobre garota, tantos anos e ainda era... Aquilo... O que houve? Você não conseguiu se tornar o grande e temível Lorde Winchester, rei da escuridão e das trevas e decidiu se redimir com o mundo bruxo, baixando suas orelhinhas e colocando o rabinho entre as penas para retornar e se tornar o auror que vai salvar a pátria e honra do ministério de agora em diante?
A encarava impassível, me questionando se devia ou não perder meu tempo respondendo, mas era obvio que ela não me permitiria partir tão facilmente, o que era irritante, Marie era exatamente a pior pessoa para eu me encontrar, ela me lembrava meu auge nas trevas, quando minha presença fazia o alto escalão dos Comensais abaixar a cabeça, ela era minha maior realização, alguém que eu investira minhas habilidades, alguém que me fazia, por assim dizer, sentir inveja do meu antigo eu, antigo eu que eu decidira abandonar. Fico de fato surpresa de ter conseguido retornar para a sociedade bruxa. Fez seu caminho muito bem feito... Quem aqui dentro você manipulou? O ministro? Não... talvez o vice... Ou a secretária, sabemos como consegue mexer com a cabeça das mulheres não é?
Me aproximei dela, calmamente, sem estresse e, obviamente, sem medo de suas novas habilidades. É um prazer revê-la... Irmãzinha... Soltei um sorriso de canto de boca, mas não um amigável, um sorriso que demonstrava a crueldade de alguém, talvez o mesmo sorriso que o assassino lançou para a garota e seu irmão. Marie... Quanto ódio... Não deveria estar me agradecendo? Afinal, você era quem mais desejava ser filha das trevas, então achei que a informação de ser filha de Darliguv lhe agradaria... Na verdade você abraçou tão forte e firmemente essa informação que acho absurdo querer descontar em mim... Respirei fundo e peguei outro copo, enchendo-o lentamente na máquina lerda, depois de cheio me virei para Marie novamente. Entendo que precise culpar alguém... É justo... Você sempre foi uma fraca carente de afeto e atenção que julgava que a culpa era de todos, menos sua... Tomei um gole de café, depois olhei na direção de Maria. Você sequer questionou não é mesmo? Simplesmente aceitou a informação e saiu fazendo a vontade das trevas... Ou seria suas reais vontades?
Terminei meu café e joguei o copo no lixo perto da mesa. Com relação à sua pergunta... Ao contrário de você eu tinha documentos que autorizavam cada movimento meu, minha aliança com as trevas e tudo mais, na verdade ainda tenho uma medalha pelos meus feitos e participação na queda de Darliguv sabia? Tudo assinado por Gerard, Albert e Victor... E você? Soltei um sorriso, ao contrário de Marie eu não era um manipulável, era um manipulador e consegui cada prova ao meu favor desde o início de minha empreitada. Sabia que foi por indicação minha que você recebeu o perdão Ministerial? Pois é, eu conversei com a cúpula do Ministério e os convenci que você e os demais fracos de Hogwarts tinham se envolvido devido minhas ações, algo necessário par a queda de Darliguv, claro que isso me custou um pouco... De fato, aquilo fez com que a confiança em mim decaísse por alguns ministeriais, mas aquilo era indiferente, afinal o que não tinham plena confiança em mim eram velhos e a maioria já não atuava mais ali.
Respirei fundo e sorri. Respondendo sua pergunta... Não, não precisei manipular ninguém... Na verdade essa pergunta até ofende... Olhei para ela, depois respirei fundo novamente, como previ a presença de Marie despertava o pior de mim e aquilo era ruim, então tentei acalmar meus pensamentos. Me desculpe... Por Hogwarts e pelo resto.Ela me olhou sem entender nada. Você esta certa... Estou tentando me redimir pelo passado... Estou fazendo o meu melhor e não peço que esteja ao meu lado, mas gostaria que não tentasse me prejudicar... Nós dois sabemos que se eu usar todo meu conhecimento para ajudar ao invés de destruir posso fazer coisas grandiosas, permita-me tentar consertar um pouco do que destruí...

Olá irmã

Encarei Marie e respire fundo, de fato era insuportável lidar com ela, desde Hogwarts, ela sempre se considerou algo, especial, mas no fim das contas nunca foi nada impressionante, apenas uma garota com síndrome de grandeza que nunca conseguira fazer nada para provar que merecia ser grande. Mas eu sabia que apesar de tudo a pessoa a minha frente tina o mesmo desejo que eu, se redimir, Marie podia falar de mim, mas ela também não fizera apenas coisas boas em seu passado, embora nem mesmo chegasse perto do que eu fizera.
Sabe... Acho injusto essa sua distribuição de ódio gratuito contra mim... Ela me encarou, sorri e depois caminhei para perto dela. O que eu fiz? Ela abriu a boca, como se fosse listar tudo que eu tinha feito, mas continuei a falar. Não! Quer dizer eu sei o que fiz contra o mundo bruxo, contra os Watsgrint, Aslan, MacAlister, Blackheart, Kedrame, Guinever, Rufligan, Summiregis e outras famílias sem importância que nem mesmo me lembro o nome... Mas e aos Stonkovick? O que eu fiz contra você Marie? Notei a face de Marie mudar, respirei fundo e soltei um sorriso, o mais amigável que conseguia. Tudo que eu fiz com você foi mentir sobre quem era seu pai e, ao meu ver, sua mãe fez o mesmo... Ou o que? Acha que não sei a verdade? Errei sobre Darliguv, mas seu pai verdadeiro não era exatamente uma flor de pessoa não é mesmo?
Me aproximei ainda mais de Marie. Aproveita que suas memórias estão bem guardadas e reveja a verdade... Tudo que eu fiz foi fazer você acreditar que seu pai era Darliguv Marie, daí em diante eu não tenho mais culpa de nada... Você fez suas escolhas dali em diante, eu não lhe dei ordem e Darliguv também não, você e ninguém além de você decidiu trair seus amigos, matar e torturar e até mesmo criar uma facção de Comensais infantis... Você desejava as trevas muito mais do que eu, a sua ânsia por ser a Lady das Trevas gritava em você mais do que jamais gritou em mim... Então eu pergunto... O que houve Marie? Com a queda de Darliguv o espaço para uma nova Lady estava aberto e você ainda acreditava ser herdeira dele então ou você foi fraca, medrosa ou decidiu seguir o mesmo caminho que eu... Me afastei sem deixar de encará-la. Marie, Marie, Marie... Você não é melhor do que eu, fez coisas ruins e agora busca sua própria redenção... A diferença é que eu entrei nessa por ordens e a sua por escolha própria... Eu posso ser um monstro, mas você não fica tão atrás como quer acreditar.
Olhei para a máquina de café, talvez eu devesse pegar outro copo antes de ir para minha mesa, melhor não, a máquina demorava demais e eu já perdera o sono mesmo, me virei para Marie. Com relação à Emily, de fato eu duvido que ela me perdoe, afinal, ao contrário de você, ela eu realmente prejudiquei, tinha boas intenções no início, mas de boas intenções o inferno está cheio. Respirei fundo, de fato seria um saco lidar com Emily, se é que algum dia iria conseguir me aproximar dela o suficiente para conversar, mas não me preocuparia com aquilo por hora. Nunca fomos amigos Marie, nem em Hogwarts e nem agora e, portanto, pouco me importa o que você pensa, tive meus motivos na época para mexer com sua cabecinha, mas você não me é útil agora, então não precisa se preocupar, desde que não se aproxime de mim eu não vou me aproximar de você... Mas tem minha palavra, mesmo que não acredite nela, se não me prejudicar não tenho porque te prejudicar... Acredite ou não estou realmente tentando mudar e passei os últimos anos corrigindo alguns de meus erros e pretendo seguir este caminho. Resolvi retornar para minha mesa, estava atrasado com meu trabalho e Marie não faria isso por mim, na verdade duvidava até mesmo que ela ficasse fora do meu caminho, bufei, depois me virei para ela. [b]Vamos trabalhar juntos de novo Marie, goste você ou não, espero que consiga fazer isso...[ /b] A encarei, esperando sua reação.

Adeus irmã

Observei Marie deixando a sala, depois acabei por sorrir, quilo era incrivelmente hilário, quase tanto como era irritante, após anos encontrar Marie era algo completamente fora do esperado, mas uma coisa era fato, Marie havia ficado mais forte, mas não a ponto e ser um ameaça, na verdade poucas pessoas poderiam ser consideradas uma ameaça para mim, mas o fato de Marie despertar o pior de mim, as lembranças, aquela sensação de poder incalculável, mas o pior de todos era minha imaginação, encarar Marie me fazia imaginar como seria se eu não tivesse recuado, anos atrás, onde eu estaria se tivesse prosseguido com meus planos e me sentado na cadeira que Darliguv ocupava.
Respirei fundo, eu avia tomado uma decisão no passado e não voltaria atrás nela, sabia que todas minhas decisões tinham consequências, mas a que escolhera foi a que trouxe menos. Olhei para minha mesa e respirei fundo novamente, era melhor voltar ao trabalho, pensar sobre o passado ou o que poderia ser o futuro caso tomasse outro caminho não me levaria a  lugar algum e Marie teria que entender que ou trabalharíamos juntos amigavelmente ou as coisas seriam ruins para todos e apesar de seu ódio eu sabia que ela desejava compensar seus erros tanto quanto eu. Sorri e voltei para minha mesa, para continuar meu trabalho.

Trabalhando

Eu estava tentando a terceira posição mais confortável de ficar sentado em minha cadeira, a cada tentativa minhas chances de conseguir ajeitar minha dor nas costas diminuíam. Esbarro em minha papelada na mesa e ela se desorganiza toda, respiro pegando uma por uma das fichas criminais e queixas abertas precisando serem analisadas e deixando elas na lateral da mesa empilhando-as novamente como antes. Me aproximo com a cadeira da mesa e com a varinha aceno para a pilha de fichas.

Falo vendo as fichas começando a flutuar e entrar na gaveta de minha mesa magicamente cabendo sem nenhum aperto, sorrio admirando por alguns segundos a magia, como era sensacional. Fecho a gaveta depois de tudo muito bem guardado e olho para minha mesa vendo que restou uma ficha a pego pronto para guardar mas paro notando seu selo de inconcluso.

Leio em voz um pouco alta e depois fecho a boca lendo o restante da ficha em silencio, lendo o relato de uma enfermeira que veio aqui a uma reclamação de comensais terem atacado o St. Mungus, olho a data vendo que faz-se já quase duas semanas desde este ataque. Me pergunto quem ocupou esta mesa nos dias em que estava em trabalho de campo, quem havia deixado um ataque importante desses sem ser investigado e terminar como inconcluso.

Sinto uma fúria ao ver uma oportunidade ter saído por meus dedos por incompetência de outros. Guardo a ficha sabendo nao poder ser feito nada mais por agora, o ataque havia se passado, os comensais escapados e o St. Mungus a essa altura consertou os estragos certamente penso derrotado colocando os braços sobre a mesa, era chato um dia de trabalho mais parado, ficar com trabalho de mesa nunca foi meu forte. Batuco minhas pernas ansioso esperando que algum trabalho de campo surja para eu ser o primeiro a me voluntaria para sair dessa mesa sem graça e parada.

Atemporal - Trabalhando - Ministerio