Zafira saiu do banho e suspirou exasperada, mesmo depois de todo o ritual de limpeza, e um dia para si mesma, ainda era relativamente cedo, e ela estava sem um pingo de sono, seus relatórios em dia e sua próxima viagem de acompanhamento marcada, apenas na próxima semana, à lua cheia estava longe o que a deixava incrivelmente entediada.

Sua melhor amiga não havia dado sinal de que voltaria para casa naquela noite.

Quando ela deu? É mais fácil arranjar informações de um mudo.

Aquela vozinha zombou, e uma risada baixa saiu sim, sua amiga era opiniosa, mas se ela não quisesse falar, poderia ficar o resto da vida o que era frustrante e irônico, mas ela provavelmente falava o suficiente para ambas.

Amassando seus cabelos castanhos mais uma vez, e puxando a toalha para longe, ela a estendeu e começou a arrumar seu cabelo e maquiagem, ela sairia sozinha então, ficar em casa sozinha era chato e deprimente, quem sabe ela fizesse uma ou duas amizades novas ou simplesmente bebesse o suficiente para dormir sem sonhar.

Apesar que sua cabeça explodiria no dia seguinte, mas quem se importa? Ela prometeu a si mesma, fazer o que queria e viver cada dia como se fosse o último e o faria.

Seus olhos foram para o guarda-roupa, seus olhos verdes à procura de algo, sua amiga por incrível que pareça era muito melhor do que ela nisso, dando de ombros, e pegando uma saia rosa clara, puxando para o salmão de tecido cetim com elastano toque de seda de cintura alta, e uma blusa simples branca cropped de alças finas, saltos é claro, pois seu irmão havia roubado toda à altura e deixado ela e sua irmã com um metro e meio, okay, talvez um pouco mais no seu caso. 1,62 mais ela sempre iria negar fervorosamente e colocar mais dois centímetros para si mesma.

Pegando uma bolsa de lado simples, e se sentando na beirada da cama para colocar seu suporte de varinha, à muito tempo ela havia aprendido a não desgrudar de sua varinha. O pensando a fez parar e um suspiro melancólico sair de seus lábios, antes de limpar a garganta e aparentar para Hogsmeade sem pensar duas vezes, que à depressão tomasse um belo chute no rabo, e fosse parar no buraco… Okay era uma noite para relaxar.

Antes de sair, ela correu de volta, tropeçando no meio do caminho claro, e pegando um casaco preto e um cachecol amarelo.


…


As ruas de Hogsmeade estava razoavelmente movimentadas, à maior aglomeração era nós pubs e restaurantes da pequena vila, onde o calor mantinha os clientes dentro, conversando rindo e dançando, um sorriso de saudades surgiu em seus lábios ao ver uma grande família em um jantar acalorado, rapidamente desviando os olhos quando uma criança chorando surgiu no meio das pessoas, seus peito se apertou.

Ignorando a dor, seus passos se tornaram mais rápidos em direção ao seu destino, Três vassouras. O local que havia ganhado dinheiro e perdido dinheiro em sua infância, um sorriso mais animado tomou o lugar em seu rosto, ao som das pessoas e o calor que se chocou contra seu corpo ao abrir à porta. Seus olhos verdes com um toque de castanho nas bordas, correram pelo ambiente, o balcão estava abarrotado de gente, o casal atrás do balcão e garçom pareciam prestes a desmoronar.

Os olhos da proprietária foram para os seus e seu alívio óbvio, a fez se aproximar. Ambas haviam estudado juntas em Hogwarts, e eram amigas.

- Me ajude! Essa é para a mesa 6, essa para a 3 e essa para a 8. - Nenhum cumprimento apenas um pedido com tom de ordem e uma demanda, ela havia feito aquilo tempo o suficiente para decorar para quem era quem as variedades de drinks.

Seu pai não havia ficado feliz com sua escolha de profissão e negado seu fundo, mesmo que grande parte viesse da fortuna de sua mãe. Daí ela trabalhou para pagar seu curso, e viagens de magizoologista, o que é irônico contando que ela normalmente não tinha um pingo de equilíbrio, mas possuía um inabalável, quando estava com uma bandeja.

Valsando pelo bar, não conseguiu ao menos tirar o casaco e o cachecol antes de voltar para o balcão para a nova remessa, com quatro novos pedidos e um extra para si mesma.
 
- Esse da 11, ele pode ser o último, ao contrário dos outros, apesar do olhar, não pareceu querer briga. Flennir foi idiota e trocou. - Sua amiga deu um olhar irritado para o homem, que deu de ombros.

- Vou pagar pela bebida, mais quero música e dança, pelos meus saltos gastos. Um whisky de fogo. - Zafira falou com uma voz autoritária fingida, que fez a mulher rir.

- Claro senhora, tenha certeza de encontrar um par, Deus proteja os homens e mulheres quando tirar esse casaco. - Ela piscou de brincadeira, olhando a morena de cima a baixo.

Zafira piscou de volta, girando nos calcanhares para sua última rodada, apesar de ainda mais cheio, as pessoas estavam com suas bebidas e menos irritadiças, seus olhos correram estrategicamente atrás de um lugar livre para poder sentar antes da música, provavelmente iria demorar, pois as pessoas ainda estavam chegando.

No final faltava apenas sua própria bebida, e a do cliente da mesa onze. Ficando seus olhos nele por dois segundos antes de se encaminhar, ela tinha quase certeza que já o havia visto antes, mas a memória estava nublada, e não tinha certeza de onde.

Tut-tut vamos lá Dory, você lembrará, está na frente de seus olhos, literalmente.

Aquela vozinha, zombou com  impaciência, mas havia humor também o que a fez bufar.

- Olá! Os donos se desculpam pelo erro, está muito cheio. - Ela se desculpou, os outros ela não havia feito isso, mais com ele por algum motivo pareceu precisar, ele não parecia irritado como os outros, mais chateado, até mesmo frustrado, e mais uma vez aquela sensação surgiu. - Desculpe, nós nos conhecemos? Merlin posso jurar que já vi você antes… - Ela murmurou à última parte mais para si mesma do que para ele.

Inclinando a cabeça para o lado suavemente, seus olhos brilhando com curiosidade, o riso em sua mente quase a fez se contorcer.

Realmente Dory, você deveria lembrar do cara que babava nos jogos e treinos de Quadribol, quando não era seu time claro, e te deu alguns sonhos interessantes...

A confusão nublou suas feições por um instante, até que a resposta brilhou em suas mente, seus olhos se arregalaram e ela corou, realmente corou. Colocando a bandeja e sua bebida sobre a mesa.

- Winchester! - Exclamou surpresa, mas no meio do burburinho saiu baixo, como à boa lufana, amante de tudo e de todos, ela o abraçou rápido e beijou cada lado de suas bochechas. - Esse era um rosto que não esperava ver, o menino de ouro de Hogwarts. - Ela brincou, com um sorriso malicioso se endireitando. Sim os anos podiam ter passado, mas ela sempre foi uma criança provocadora e uma adulta pior ainda, ele só não sabia disso, não que Winchester houvesse caído em alguma delas, eles não tinham contato suficiente, na escola. Por mais que quando dada liberdade, ela era um pé no saco, pobre de seus irmãos, talvez isso explicasse o motivo de eles terem ido para casas diferentes.

Uma risadinha saiu por seus lábios, ela e seu irmão eram o pesadelo de sua irmã.

Bebidas: