Pátio de Azkaban

Minha risada ressoou pelo pátio de Azkaban, um eco de desdém que se misturava com a brisa salgada do oceano, Ares e Angelika, os fugitivos ousados que me desafiaram, não estavam preparados para o desfile da sua própria arrogância.

Sua arrogância será seu tropeço, Ares e Angelika. As palavras saíram da minha boca com uma serenidade calculada, um aviso silencioso de que a sua ilusão de liberdade estava prestes a se dissipar, não precisava de feitiços elaborados ou exibições grandiosas, a minha confiança era a minha maior arma, uma lâmina afiada que cortaria através das falsas pretensões.

Os dois criminosos encararam-me, desafiadores, mas as expressões confiantes começaram a se desfazer diante da minha presença, era um espectro de autoridade, uma força que não podiam negar, o pátio de Azkaban era o cenário onde a sua liberdade efêmera iria desmoronar, os segundos pareciam esticar-se enquanto eu observava cada movimento deles.

Ares erguia a varinha com uma arrogância que se revelaria fatal, Angelika, com seus olhos astutos, buscava uma saída que não existia, eu era o carrasco da sua própria ilusão. Vamos, mostrem-me o que aprenderam em Azkaban. A minha voz cortou o silêncio, uma provocação que desafiava a sua habilidade mágica, não duvidava da sua destreza, mas a confiança excessiva, a crença na sua própria invulnerabilidade, era a sua fraqueza.



Robert - Emily - Laura - Lillian - Aaron

A dor pulsava por todo o meu corpo enquanto eu jazia no chão, vítima da maldição da morte lançada por Angelika, cada fibra do meu ser gritava de agonia, podia sentir a vida esvaindo-se lentamente de mim, enquanto a tortura se intensificava, uma voz sibilante começou a ecoar dentro da minha mente, uma presença familiar que eu acreditava ter perdido há muito tempo.

Deixe ela asssssumir! Deixe sssua ira tomar o controle... Deixe o antigo Robert trazer a morte aosss que aqui essstão... A voz de Circe, a serpente, o Basilisco que uma vez controlei, sussurrou tentações sombrias, era a oferta de poder, uma promessa de vingança, mas eu sabia que ceder àquilo seria perder a minha humanidade, no entanto, o cansaço era avassalador.

Desde o duelo com Adrien, uma sombra crescente dentro de mim aguardava o momento propício para emergir, eu lutara contra aquilo antes, mas, naquele momento, a fraqueza física e emocional me deixava vulnerável, então, resolvi não lutar, permitindo que as trevas se espalhassem como uma maré negra. Quando Angelika cessou a maldição e riu ao lado de Ares, algo mudou, um impulso instintivo me fez reagir, com um chute preciso, derrubei Angelika ao chão e então, girando com agilidade, levantei-me a uma distância segura.

Contudo, ao erguer-me, algo estava diferente, as veias em meu pescoço incharam, tornando-se negras, assim como meus olhos, um sorriso distorcido desenhou-se em meu rosto, uma expressão macabra que refletia a escuridão que eu tentara reprimir. Vocês despertaram algo que deveria permanecer adormecido... Murmurei, minha voz agora ecoando com uma tonalidade sinistra, as trevas dentro de mim tornaram-se visíveis, uma manifestação sombria do poder que eu havia negado.

Angelika e Ares encararam-me, percebendo tarde demais que haviam acendido uma chama que agora queimava ferozmente. Que tolice da parte de vocês... Ofereço uma chance de saírem ilesos... E é assim que decidem me responder? Ri sarcasticamente enquanto caminhava à frente. Bem... Se pensam que são capazes de me vencer, então ataquem à vontade. Aries deu um sinal, e os dois mergulharam sobre mim simultaneamente, lançando o feitiço "Estupefaça".

Protego Horribilis! Um escudo alaranjado instantaneamente se formou ao meu redor, envolvendo-me dos pés à cabeç, as luzes vermelhas do estupefaça colidiram com a bolha laranja e, para a surpresa deles, simplesmente se dissolveram, desfiz o feitiço e encarei os dois, cujas expressões eram de total incredulidade, ri, maravilhado com a eficácia da minha defesa, era como nos velhos tempos, como no massacre que promovi em Hogwarts, sentia que meus poderes estavam operando a pleno vapor, nenhum outro duelo se compararia ao que viria a seguir.

Aries me encarava boquiaberto, então sorri, apontando rapidamente minha varinha para Angelika. Flipendo! Antes que Angelika pudesse reagir, foi arremessada pelo ar, caindo no chão, completamente atordoada e sem entender como foi atacada, dei uma gargalhada ao vê-la se levantar rapidamente, Aries continuava lançando maldições em minha direção, mas sua velocidade já não me impressionava, defendia ou simplesmente desviava de seus feitiços com facilidade.

Esquivei-me da última maldição lançada por Aries e, em resposta, disparei a Maldição da Morte contra os dois, Aries saltou para o lado e fez um sinal para Angelika, então correu em minha direção, Angelika apontou a varinha e lançou três "Estupefaça" seguidos, protegi-me de dois e esquivei-me do terceiro com relativa facilidade, antes que Aries pudesse se aproximar mais, girei rapidamente o corpo e desferi um chute direto em seu peito, fazendo-o voar na direção oposta.

Incendio! Conjurei, apontando a varinha para Angelika, no entanto, ela conseguiu se defender com calma, Aries já estava de pé novamente, apontou a varinha na minha direção, demonstrando uma sede absurda pela vitória. Petrificus Totalus! A voz de Aries soou grave, recorri novamente ao "Protego Horribilis", me protegendo do feitiço, desfiz a bolha e lancei um feitiço impactante em Aries, arremessando-o para trás mais uma vez. Angelika lançou feitiços de desarmamento contra mim, mas me desviei habilmente e apontei a varinha para ela.

Sectumsempra! Conjurei, arremessando-a alguns metros para trás, Aries olhou para ela e apontou a varinha para mim novamente, mas eu já conjurava um novo feitiço. Diffindo! Um corte apareceu no tronco de Aries, fazendo-o largar a varinha e apertar o peito, caindo no chão gritando de dor, apontei a varinha para o chão na direção de Angelika.

Confringo! O feitiço explosivo atingiu o piso, com um estalo horrendo, o chão começou a ceder, forçando Angelika a saltar para trás, aproximei-me rapidamente de Aries, agarrei-o pelo colarinho e o arremessei contra uma pilastra, fazendo-o se esparramar no chão de concreto. Expelliarmus! Angelika lançava. Protego! O brilho dos dois feitiços se encontrou, Aries estava de pé novamente, um sorisso dominava minha face, apontei a varinha para frente. Bombarda Maxima!

A explosão reverberou, capturando a atenção de todos no duelo, instintivamente, nos afastamos do epicentro, protegendo-nos dos destroços voadores, quando a poeira assentou, meus olhos encontraram Angelika, um sorriso insidioso se formou em meus lábios, parecia que a sorte estava do meu lado, apontei a varinha para ela, mas antes que pudesse conjurar um feitiço, Aries dominou-me, envolvendo o braço ao redor do meu pescoço numa tentativa de sufocamento, optei por não lutar diretamente contra ele, em vez disso, forcei minha cabeça para trás com toda a força, golpeando o rosto de Aries com minha nuca.

Ele gritou de dor, soltando-me enquanto cambaleava para trás, sangue jorrando de seu nariz quebrado, girei meu corpo e acertei um chute forte na lateral da cabeça, derrubando-o gemendo de dor. Antes que Aries pudesse reagir, Angelika apareceu, desferindo um chute na minha perna e me derrubando, ao tocar o chão, girei meu corpo rapidamente, evitando outro chute dela, notei que Aries começava a se levantar, então apontei a varinha para cima e fechei os olhos. Lumos Solem! A luminosidade momentânea do feitiço cegou Aries e Angelika.

Aproveitei o instante para me levantar, desviando de um feitiço de Aries quando abri os olhos, sorri e girei o corpo rapidamente, avançando na direção de Aries, meu movimento tão imprevisível que ele só percebeu tarde demais para evitar, toquei sua varinha em seu peito e sorri. Bombarda Maxima! O grito de horror de Angelika foi quase uma sinfonia, a encarei com um sorriso, ela apontou a varinha para mim, corri em sua direção, abandonando minha varinha e retirando meu punhal das vestes, Angelika gritou a Maldição da Morte, mas eu já previa seu ataque, jogando meu corpo para o lado e desviando da maldição.

Antes que ela pudesse lançar outra, joguei-me para o lado e cravei o punhal nela, vi em seus olhos o engasgar de suas palavras, ela largou a varinha, agarrou o pescoço, o sangue quente escorreu pelo ferimento profundo em seu pescoço causado pelo punhal, sorri, afastando-me dela, observei os restos de Aries no chão e Angelika lutando para respirar, ajoelhei-me, pegando a varinha que Angelika usava e toquei suas costas com a ponta da varinha. Avada Kedavra! O lampejo verde atingiu Angelika, pondo fim aos pequenos tremores de seu corpo enquanto ela caía sem vida, respirei fundo, olhando ao redor, antes de caminhar até onde deixara minha varinha, pegando-a e sorrindo, não haveria mais misericórdia dali em diante, qualquer fugitivo ou Comensal enfrentaria a morte, sorrindo, continuei meu caminho por Azkaban.



Robert - Emily - Laura - Lillian - Aaron