Torres de Vigia de Azkaban

palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia

As torres de segurança de Azkaban são altas e imponentes, construídas com pedra cinza e cercadas por paredes grossas. Cada torre possui uma entrada protegida por um portão de ferro maciço e uma escadaria íngreme que leva ao topo, onde estão localizados os postos de observação equipados com telescópios mágicos, que permitem a vigilância constante das águas ao redor da ilha e das redondezas. As torres também são equipadas com alarmes e dispositivos de segurança mágicos avançados para detectar e repelir qualquer tentativa de fuga ou invasão, além de uma janela que é enfeitiçada para permitir que o guarda consiga ver quem se aproxima do presídio bruxo, independente de qual seja a direção de onde ele venha, esta foi uma das mudanças criadas para melhorar a segurança após as fugas do passado.

Kall at Queen of Graphics

Ronda

Caminhava pelos corredores de maneira calma, cumprimentando um ou outro guarda, estava animado naquela noite, embora realizar rondas em Azkaban não fosse, por assim dizer, meu emprego dos sonhos. Resolvi caminhar até uma das torres, não era minha obrigação guarnece-las, pelo menos não naquela noite, mas imaginei que o guarda lá aceitaria um café. Assim que acessei a torre olhei ao redor, observando o clima, sempre tempestuoso, sempre tenebroso, embora não utilizássemos o serviço de Dementadores era muito comum velos sobrevoando a prisão, como se estivessem esperando algum preso tentar fugir para se alimentar das lembranças do mesmo, respirei fundo, realmente o lugar era tenebroso. Encarei o guarda ali presente, quieto, centrado em sua respectiva função, claro que o local sem vida não passava nenhum tipo sentimento e isso fazia com ele ficasse mais calado ainda.
Caminhei até o guarda, eu já tinha conversado com ele antes, recém formado e enviado para Azkaban, aquela deveria ser uma de suas primeiras noites de guarda no lado externo, ele me encarou e notei que ele ficara nervoso, ele desviou seu olhar para mim levemente, me cumprimentando, depois voltou a olhar em direção ao nada, aquilo era engraçado, me fez lembrar de meus primeiros trabalhos como Auror, alguns anos atrás, na verdade me lembrou quando fui apresentado a Albert, na época eu era um jovem que queria namorar a filha dele, mas claro que a arrogância de ambos mudou a situação rapidamente. Encostei numa das muretas grossas e gélidas daquele lugar enquanto entregava o café quente para o novato, ele agradeceu, mas desviou minimamente seu olhar do além. Não precisa olhar ao redor com tanto nervosismo, assim os Dementadores podem acabar querendo descer aqui e devorar sua alma... Acabei por encarar os Dementadores novamente. Não estou nervoso Robert! O encarei. Apenas não gosto muito daqui, não quero ser arrogante mas... Esse lugar me dá arrepios.
Sorri, de fato, não era o melhor lugar para um novato. Acredite em mim... Existe sim coisas muito piores... Se eu fosse comparar meu passado à Azkaban, o presídio iria parecer um playground de criança. Não precisa se preocupar, logo você se acostuma... Além do mais você tem grandes Aurores te acompanhando na guarda, então, use o tempo que está aqui para sugar o máximo de conhecimento que eles possam te passar... Quem sabe isso não te leva de volta para o Ministério? Sorri e lhe dei um tapa de leve no ombro, depois voltei a me afastar, voltando para o interior do presídio.

Aquele lugar era cheio de escadas, por mais que eu tivesse seguido o caminho que achava que Tyler tinha feito, eu não conhecia Azkaban, então não sabia se as celas ficavam somente para baixo ou se elas se ramificavam por todo o lugar, que eu tinha que observar era enorme . -Como é que vou encontrar você aqui? – pensei no quanto de celas eu teria que procurar.

Fui subindo as escadas mas logo percebi meu equivoco quando dei de cara com dois guardas. Eu havia subido até a torre vigia deles – Sério Lilith? – me repreendo, mas sorrio poderia me divertir um pouquinho com aqueles dois. Dois minutos faria muita diferença? – Rapazes! – eu digo em saudação quando eles me olham e sacam suas varinhas.

Estava de noite, e fresco. De repente as coisas começaram a se tornar mais frias. E na hora entendi que tinha outro problema além dos dois guardas a minha frente. Dementadores. Era eu nunca havia tido a necessidade de conjurar meu patrono. Sempre conjurava quando estava sozinha, eu adorava a forma que meu patrono tinha, uma brilhante, pequena e poderosa Mamba-negra. – Expecto Patronum! – conjuro o feitiço, era fácil para mim lembrar de coisas felizes, apesar de a minha felicidade se por em meu ser de diferentes formas.

Vejo hostilidade em ambos seus olhos, era fortes e bem ágeis então talvez eu tivesse que ser mais rápida do que o de costume. – Bombarda! – apontei para a parede de proteção que daria para o mar. Havia agora um buraco enorme nela. – Deem seu melhor por favor – sorrio e então os dois lançam seus feitiços de imediato. – Protego! – eu olho para os dois falsamente ofendida. – Dois brutamontes contra uma mulher é covardia, não acham? – eles murmuram algo que eu ignoro.

Eles não me achavam frágil, e bom. Eles estavam certos. Eu ataquei um deles que se protegeu enquanto o outro acertou um estupefaça em mim. Voei alguns metros para trás e aterrizei batendo a cabeça no chão. Tive que fazer meu contra ataque do chão mesmo, pois ambos estavam avançando em minha direção. – Imperio! – apontei para um deles, logo em seguida o homem atingido pela maldição estava arrastando o outro pelo pescoço até a abertura que eu fizera na parede. – Solte-o – eu disse e este me obedeceu. Pude ouvir o outro guarda se tornar estridente até sumir. Eu olhava fixamente para o grande buraco feito na parede, sorrindo. – Ops... – digo e me levanto rapidamente. – Como eu tenho você sob a maldição você vai me ajudar – eu digo ainda sorrindo, mas desta vez eu tinha planos, eu não podia usar nenhum outra feitiço com minha farinha ou então eu o libertaria. – Vamos, me leve até a cela do senhor Smooken – eu disse descendo as escadas logo atrás do guarda amaldiçoado.

Nighterrors

É a primeira vez em anos que reflito sobre minha vida no alto da torre de vigia da prisão. Profissionalmente eu estou em me melhor momento, cargo chefe em Azkaban e um vasto leque de possibilidades, onde posso coordenar, melhorar e adequar a prisão a um modelo decente e todo moldado por mim. Desde minha chegada em 2055, nao houve mais nenhuma fuga ou tentativa de invasão, minha gestao estava sendo elogiada pelos comandos do ministério e ainda assim.... Eu me encontro a reflectir sobre a vida, minha vida pessoal. O vazio em que continuo sentindo no peito desde minha separação de Marie. Eu respeitava suas escolhas, compreendo que o seu amor por mim havia mudado de forma, mas ainda assim... Doi.  Actualmente somente minha filha Kiara e meu sucesso profissional me mantinham vivos, mas chegar em casa sozinho era uma tortura toda noite.

Kiara estava crescendo, se tornando um a jovem independente e eu sei que apesar de difícil preciso deixa-la sair do ninho. Sua viajem a Italia foi um começo, permitir apesar de me causar tristeza era minha forma de  demonstrar minha confiança em si. Meus maus hábitos de fumar voltaram com tudo depois da separação. eu nao me orgulho mas com tanto estresse sobre meus ombros em manter Azkaban em segurança perfeita. Senhor Cromwell, Jack Watsgrint acordou. Fala uma voz e eu tiro o cachimbo da boca, saio de meus pensamentos e encaro o guarda que me passou a informação. Obrigado Senhor Valak, avisarei ao Ministério que o prisioneiro já pode ser interrogado. Eu digo tampando a boca de meu cachimbo para que ele se apague antes que eu possa voltar para dentro.

Me faça o favor de fazer a segurança pessoal do prisioneiro? A ala hospitalar é a área mais fraca protetivamente por assim dizer da torre. Quero meu melhor guarda responsável por isso. Eu digo com um sorriso para o homem a meu lado que parecia disposto a seguir todas as minhas ordens, talvez de empolgaçao por ser recente no emprego. Se ele tentar qualquer coisa, sei que será capaz de impedi-lo. Assim que o ministério me informar que esta a caminho, passaremos ele para a sala de interrogatório e depois para a cela I ok? Eu pergunto para o homem e espero sua resposta para garantir que ele havia entendido os passos que daríamos com Jack agora que estava acordado e pronto para responder por seus crimes perante o ministério.