Corredores de Azkaban

Sob a luz pálida da lua, Oliver se encontrava nas imediações de Azkaban, preparando-se para mais uma ronda noturna na prisão. Ao seu lado estava um guarda mais antigo, cuja expressão endurecida e olhar experiente denotavam anos de serviço. Oliver mantinha um sorriso amigável no rosto, mas seu olhar perspicaz percorria atentamente cada detalhe do ambiente. A brisa gélida do mar varria o local, trazendo consigo um ar de desolação e mistério. Enquanto eles começavam a caminhar pelas passagens escuras e úmidas da prisão, Oliver mantinha-se atento a cada som, a cada corrente de ar que passava por eles. Seus sentidos estavam aguçados, e ele estava determinado a absorver cada informação relevante para seu objetivo.
Conversas sussurradas entre os prisioneiros ecoavam pelos corredores, criando um ambiente repleto de murmúrios e inquietação. Oliver captava cada palavra, buscando entender os humores e as dinâmicas entre os detentos. Ele sabia que essa era uma parte crucial de seu plano: identificar possíveis aliados entre os comensais da morte e avaliar as fraquezas que poderiam ser exploradas. O guarda mais antigo compartilhava algumas observações sobre as diferentes alas e procedimentos de segurança, mas Oliver estava absorvendo muito mais do que estava sendo dito em palavras. Ele analisava as entradas e saídas, memorizava as rotas de patrulha e calculava o tempo de resposta em diferentes cenários. Cada canto sombrio e cela escura eram peças de um quebra-cabeça que ele estava montando meticulosamente.
Enquanto eles se aproximavam da ala de jantar, Oliver direcionou seu olhar para a porta maciça que conduzia ao refeitório dos prisioneiros. Ele imaginava como seria quando Jack e os outros comensais da morte fossem libertados e cruzassem aquele limiar. Era um pensamento poderoso e perigoso e ele sentia um misto de determinação e ansiedade. Durante o jantar, Oliver observava os prisioneiros de relance, sua expressão neutra ocultando o turbilhão de pensamentos que girava em sua mente. Ele analisava as dinâmicas de grupo, os gestos sutis e as trocas de olhares, tentando identificar possíveis líderes ou indivíduos influentes entre os comensais.
À medida que a ronda prosseguia, Oliver continuava sua vigilância discreta, participando de conversas ocasionalmente, mas sempre com um olhar crítico em relação ao ambiente ao seu redor. Ele sabia que estava reunindo informações valiosas, cada detalhe contribuindo para a estratégia que estava traçando para o futuro. Quando a noite chegava ao fim e a ronda estava prestes a ser concluída, Oliver trocou um olhar significativo com o guarda mais antigo. Um entendimento silencioso passou entre eles, como se compartilhassem um objetivo maior. Oliver estava determinado a usar cada detalhe que havia observado para fortalecer o nome da família Valak e pavimentar o caminho para a fuga dos comensais da morte.

Oliver continuou sua ronda pelos corredores sombrios de Azkaban. A atmosfera na prisão era pesada, um lugar onde a desesperança pairava no ar. No entanto, ele não estava ali para se deixar abater por essa sensação. Seu foco estava na missão, em encontrar as fraquezas da prisão e explorá-las em prol dos Valak.

Ele passava pelos corredores com uma expressão imperturbável, seu olhar penetrante vasculhando cada canto, cada cela, buscando pistas, falhas no sistema, qualquer coisa que pudesse ser útil. O som dos detentos, suas lamentações e gritos abafados, não o afetavam mais. Ele havia aprendido a bloquear aquelas vozes, a manter seu autocontrole.

A cada passo, Oliver memorizava as rotas, os pontos cegos, os horários das rondas dos outros guardas. Ele sabia que tudo isso seria essencial no dia da fuga. Afinal, libertar Jack e os outros comensais era apenas o primeiro passo. O que vinha a seguir era ainda mais crucial: aproveitar o caos que se seguiria, a distração dos dementadores e a confusão na prisão, para ganhar o controle e estabelecer a influência dos Valak.

À medida que suas botas ecoavam nos corredores de pedra, ele imaginava o que poderia acontecer quando aquele plano fosse colocado em prática. Jack e os outros comensais não seriam os únicos a se curvar à linhagem Valak. A influência da família cresceria, e com isso, eles se aproximariam ainda mais de seu objetivo: a ascensão do próximo Lorde das Trevas. Um sorriso sutil cruzou o rosto de Oliver. Ele estava determinado, confiante de que, no final, a linhagem Valak prevaleceria. E, enquanto continuava sua ronda, mantendo as aparências de um vigilante dedicado, ele sabia que cada passo o aproximava mais desse momento.

Oliver caminhava pelos corredores de Azkaban, pressionando Lucas a cada passo. - Qualé, Lucas, custa quebrar essa para mim? Oliver insistia, tentando obter informações valiosas. Ele sabia da influência que a irmã de Lucas tinha na seção de registros do Ministério e estava determinado a usar isso a seu favor.

- O garoto é primo de uma ex que quero reconquistar. Oliver mentia com facilidade. - Ela perdeu o contato com a família, e meu irmão disse que ele está em Hogwarts... Me quebra essa, e te apresento alguma gatinha qualquer dia desses. Oliver jogava sua cartada, sabendo como manipular as circunstâncias.

Por fim, Lucas o encarou, concordando. - Ótimo... O garoto se chama Daniel Walker. Era exatamente a informação que Oliver precisava, e ele agradeceu internamente por sua persuasão ter surtido efeito. Mas Oliver não parou por aí. - Inclusive Isadora Rizzi. Acrescentou. - Meu irmão tá interessado nela... E vou te apresentar uma gata por esse favor! Lucas soltou um suspiro resignado, cedendo à pressão de Oliver.  Oliver sorriu e os dois voltaram às rondas.