Cemiterio Abandonado

Com olhos cheios de determinação, adentrava a densa escuridão da Floresta Proibida. Meu coração batia forte, mas minha coragem me impelia adiante. Eu sabia que precisava do sangue de unicórnio para completar o antigo ritual que Laura precisava fazer para seu amigo e amiga e eu tinha interesse no erro que seria eles realizarem aquele ritual, a criatura que possivelmente quem fosse o escolhido se tornaria. Com passos cautelosos, eu avançava entre as árvores retorcidas, minha lanterna lançando feixes de luz vacilantes. Os sons da noite ecoavam ao seu redor, mas ele se recusava a deixar o medo dominá-lo. Ele estava determinado a alcançar seu objetivo, não importava o quão sombrio o caminho se tornasse. Finalmente, em meio à escuridão, avistei um clarão de luz, um brilho diferente, que transformava a floresta em um paraíso. Meu coração disparou de empolgação e nervosismo enquanto me aproximava sorrateiramente. Um majestoso unicórnio, sua pelagem brilhando à luz da lua filtrada pelas copas das árvores.

Prendi a respiração, temeroso de assustar a criatura mágica. Com movimentos suaves e premeditados, ele começou a caminhar lentamente, como se estivesse desfilando. Eu seguiu-o em silêncio, atravessando a densa vegetação até chegarmos a um local estranho e sombrio, um cemitério abandonado. Onde as lápides quebradas erguiam-se como sentinelas silenciosas. Sentiu um arrepio percorrer sua espinha, e sorri a gostosa sensação. Estava completamente absorto na tarefa de coletar o precioso sangue de unicórnio quando, de repente, uma voz me interrompeu. Eu virei-me abruptamente, meu coração disparando com a surpresa, para me deparar com o monitor chefe Garrett, que me encarava com uma expressão de desaprovação misturada com curiosidade.

O que você está fazendo aqui, Nicholas? Garrett perguntou, sua voz ecoando no silêncio da noite proibida. Eu o puxei para se agachar atrás da lapide em que eu estava para evitar a fuga da criatura de onde ele esta a pastar. Senti uma onda de frustração crescer dentro de mim, não podia permitir que Garrett me impedisse agora, muito menos me dedurasse depois, não quando estava tão perto de completar sua missão vital. Com uma lâmpada surgindo em sob minha cabeça, eu soltei um sorriso e puxei a varinha que roubei da aula de feitiços, a do ministério que permitia as maldiçoes. Imperio! Eu disse erguendo a varinha e proferindo as palavras de um feitiço proibido. A energia pulsante do feitiço envolveu Garrett, e seus olhos assumiram uma expressão vazia e sem vida enquanto ele se tornava cativo da minha vontade.

Mate o unicórnio para mim, Garrett. E pegue seu sangue. Eu disse tirando de dentro de minha capa da sonserina um frasco onde ele deveria colocar o sangue quando matasse a criatura a alguns metros de nós. Garrett, sob o domínio do feitiço, assentiu obedientemente e saiu correndo em direção ao unicórnio, seus movimentos desajeitados e sem hesitação. Eu observei com uma mistura de triunfo enquanto Garrett se aproximava da criatura mágica, sabendo que suas ações tinham consequências que talvez nunca pudesse desfazer.

Eu senti uma onda de vertigem atravessar seu corpo quando as palavras proibidas do feitiço ecoaram em minha mente. Meus olhos perderam o brilho da consciência, tornando-se janelas vazias para uma vontade estranha e sinistra. Eu tentei lutar contra a força que me dominava, pensei nos motivos de minha maior força, minha família, Lillian.... Mas minhas mãos se moveram independentemente de sua vontade, erguendo-se em obediência à voz de Nicholas. Sim, mestre! Minha voz saiu robotizada, por dentro eu me contorcia tentando impedir que meu corpo seguisse com seus pedidos ao mesmo tempo em que tudo parecia como um sonho. Meus passos eram desajeitados, movidos por uma energia que não era minha. Eu observava impotente enquanto meu corpo se aproximava do unicórnio, meu coração apertado por uma mistura de horror e desespero pelas ações que eu estava para fazer. Cada passo era como uma agonia, minha mente gritando por liberdade enquanto meu corpo se dirigia inexoravelmente para a criatura mágica. Quando cheguei perto do unicórnio, eu senti uma mistura de medo e determinação surgir dentro de mim. Meu corpo agia por conta própria, mas havia uma parte de minha mente que ainda se recusava a aceitar o que estava acontecendo. Eu erguei a varinha, apontando-a para a criatura com uma mão trêmula, enquanto a outra segurava o frasco fornecido por Nicholas. O unicórnio olhou para mim com olhos tristes e assustados, mim presença imponente contrastando com a fragilidade de sua forma. Eu sabia que não podia permitir que isso continuasse, matar um unicórnio trazia consequências péssimas a quem se ousasse,  mas minhas mãos pareciam estranhas e distantes, como se não pertencessem a mim.

Com um esforço tremendo, Eu lancei um feitiço em direção ao unicórnio. Verdillious! Eu disse iniciando um duelo mágico contra a criatura.  Cada movimento era uma dança perigosa entre a vida e a morte, minha mente clamando por liberdade enquanto meu corpo continuava a obedecer às ordens de Nicholas. Defodio Após uma luta intensa, eu finalmente consegui que o unicórnio caísse derrotado ao chão, seu corpo exausto e sua respiração ofegante, um pequeno choro de sofrimento que rasgava minha alma. Meu corpo se aproximou do animal caído, as mãos tremulas enquanto me ajoelhava involuntariamente ao lado da criatura. Cortantis Eu disse e levei a varinha ate a garganta do unicórnio fazendo um corte, com o frasco eu apoiei deixando que o liquido prateado preenchesse por completo. Eu recuei lentamente, segurando o frasco contendo o precioso sangue da criatura, minha respiração pesada e irregular enquanto a da criatura ja nao se via mais. Com passos vacilantes, eu retornei a Nicholas, entregando-lhe o frasco com mãos trêmulas. Minha mente ainda estava turva, minha consciência lutando para me libertar do domínio do feitiço. Eu sabia que tinha sido usado como uma marionete nas mãos de Nicholas, e uma sensação de amargura e raiva queimava em meu peito. Com um movimento rápido e decisivo, Nicholas abaixou a varinha, desfazendo o feitiço de controle que me mantinha cativo. Eu  pisquei algumas vezes, tentando entender o que tinha acontecido, enquanto minhas mãos tremiam com a liberdade recém-recuperada. Eu olhei para Nicholas com uma mistura de horror e indignação, minha voz trêmula quando finalmente conseguiu articular suas palavras. O que você fez comigo, Nicholas? Você tem noção do que me obrigou a fazer?? Eu exigi, minha voz ecoando no ar noturno carregado de tensão. Nicholas sentiu uma pontada de irritação diante de minha resistência, mas logo substituiu por uma expressão calma e manipuladora. Com um sorriso sinistro nos lábios, ele ergueu a varinha mais uma vez, pronto para lançar um feitiço que apagaria as minhas memórias  e garantiria meu silêncio.

O que aconteceu aqui, Garrett, é melhor que você esqueça. Nicholas murmurou, sua voz carregada com uma autoridade mágica. Ele começou a conjurar o feitiço para apagar as minhas memórias, sua mente ágil e afiada tecendo as palavras mágicas com facilidade. Eu tentei erguer minha varinha para me proteger mas senti minha mente girar em confusão quando o feitiço começou a apagar as memórias. Imagens e pensamentos escorriam por entre meus dedos como água, deixando-me com uma sensação de vazio e perplexidade.  Gradualmente, os eventos recentes começaram a desaparecer de minha mente, como se nunca tivessem acontecido. Com um suspiro confuso, eu pisquei algumas vezes, tentando clarear minha mente turva. Eu olhei em volta, tentando reconhecer meu ambiente, mas tudo parecia estranho e distante. Foi então que ouvi uma voz distante, abafada como se viesse de um lugar distante. Era a voz de minha amada, Lillian, chamando por mim. Eu virou-me lentamente na direção do som, minha visão embaçada mostrando uma silhueta borrada surgindo atrás de Nicholas.

Eu observei com satisfação enquanto Garrett entregava o frasco contendo o sangue do unicórnio, minha mente já planejando o próximo passo de meu plano. Pegou o frasco com cuidado, sentindo a pulsante energia mágica emanando dele. Era o ingrediente vital que ele precisava para meus propósitos sombrios. Com um movimento rápido desfiz a maldiçao, dando liberdade a Garrett de me confrontar por meus atos, pelo menos por alguns segundos. O que aconteceu aqui, Garrett, é melhor que você esqueça. Eu disse em um tom firme, superior e autoritario. Peguei a varinha do ministério de dentro de minhas vestes mais uma vez, sentindo seu poder pulsar em suas mãos. Obliviate. Me  concentrei, comecei a conjurar o feitiço, a magia se manifestando como uma luz brilhante que envolveu Garrett. Enquanto o feitiço se desenrolava, Eu estava imerso no processo, minha mente ágil e afiada focada na tarefa em mãos. Foi então que eu fui interrompido por uma voz aguda e cheia de pânico.

Nicholas! O que diabos você está fazendo com Garrett? Ela disse me empurrando para o lado com uma grandiosa força que me fez cair ao chão. Levei minha mao ao frasco escondido sobre minha capa garantido que ele estava seguro enquanto assistia ela se ajoelhar ao lado de Garrett que lentamente voltava a perceber seus arredores. Eu estava apenas... ah, como posso dizer... Tentando me livrar de uma punição? Disse com um sorriso, guardando a varinha do ministério, antes de me virar para encarar Lillian que ajudava Garrett a se sentar. Co... Como eu vi parar aqui? Lilly? Ele dizia e eu soltei um sorriso confiante vendo que meu feitiço havia funcionado perfeitamente, o menino parecia sem as memorias de seus atos recentes, o que me protegia em partes com a outra monitora. Voce apagou a memoria dele? Ela disse se levantando agora se virando completamente para mim, seu rosto vermelho de raiva enquanto eu mantendo minha calma, lhe respondia com naturalidade.

Só ele me encontrando aqui, nao queria que ele ferrasse meu encontro com... a Sophia. Nem queria uma punição por ser jovem. Eu disse  com um pequeno sorriso, ao me lembrar do nome de uma menina que era mais calada do que uma parede, o que me ajudava a manter a historia. Lillian cerrou os olhos para mim e apontou o dedo em minha direçao. Isso nao ficara assim Nicholas! Como monitora... Ela ia falando, explicando que me delataria a direçao, primeiro pelo encontro clandestino que eu teria com Sophia e segundo por apagar as memorias de outro aluno, uma ação proibida pelas regras do castelo. Ela se agachou novamente ajudando seu namorado confuso a se levantar e eu suspirei tenso sabendo que nao podia deixar que ela me dedurasse mas tentar um feitiço de novo, era arrsicado.

Lillian por favor espere! Eu disse forçando a menina a me encarar novamente, um olhar metralhador que parecia lançar milhares de projeteis em meu ser inteiro. Sei que podemos chegar a um acordo nisso tudo! Admito que exagerei em apagar as memorias de seu namorado mas nao precisamos levar a direçao. Eu disse me aproximando dela que segurava o namorado pelo braço, enquanto ele ainda estava meio tonto, aproveitei para ficar próximo dela de forma bem sedutora, tentando usar de meu charme para convence-la. Sei que podemos chegar a um acordo. Sei que posso lhe oferecer algo em troca de seu silencio. O que você desejar. Eu disse com um sorriso mais largo, estava disposto a tudo para que Lillian ficasse do meu lado e nao levasse aquilo tudo a direçao ou algum professor. Logo a menina me respondeu.

Eu senti uma onda de irritação e frustração se agitar dentro de mim quando Lillian se aproximou com sua postura desafiadora, pronta para defender seu namorado e confrontar me com sua presença intimidadora. Meu orgulho ferido como sonserino se rebelou contra a ideia de ser confrontado e subjugado por uma colega de casa rival. No entanto, eu sabia que não podia me dar ao luxo de criar problemas, especialmente agora que minhas ações tinham sido descobertas. Eu engoli meu orgulho e mantive minha expressão neutra, enquanto ouvia as opções apresentadas por Lillian. Você é ousada, Lillian. Eu respondi, meu tom de voz cuidadosamente controlado para esconder qualquer sinal de minha irritação. Mas entendo que não tenho muita escolha, dado o que aconteceu aqui esta noite. Eu disse e ponderei sobre as opções oferecidas por Lillian, considerando as implicações de cada uma delas.

Finalmente, eu decidi aceitar duas delas, sabendo que era o caminho mais seguro para manter seu segredo e evitar problemas maiores. Está bem, Lillian. Aceito ser seu guarda-costas e do Garrett, e também ajudarei a Lufa-Lufa no jogo contra a Sonserina. Nicholas concordou, sua voz firme e decidida. Eu sabia que isso significava que teria que me rebaixar a um papel de submissão temporária, mas também reconhecia que era a melhor maneira de garantir minha própria segurança e a do sangue que eu guardava em minhas vestes, evitar retaliações por parte de Lillian e Garrett era a melhor saída daquele pequeno problema

Com um sorriso de triunfo, Lillian assentiu, parecendo satisfeita com sua escolha. Nicholas reprimiu um suspiro de frustração, mas manteve sua compostura enquanto se preparava para acompanhar os dois de volta ao castelo. Temos um acordo entao? Voce nunca me viu aqui... Nem Garrett. Eu disse com um pequeno sorriso e Lillian apenas acenou seria com a cabeça, era claro que ela nao gostava da ideia de esconder meus segredos mas ao mesmo tempo ela queria o beneficio de me ter obedecendo seus pedidos. Enquanto caminhavam em direção ao castelo, eu já estava planejando como poderia usar suas novas posições para seu próprio benefício. Eu estava determinado a fazer o melhor possível das circunstâncias, mesmo que isso significasse tolerar temporariamente a autoridade de Lillian e me colocar em uma posição de servidão.