Alexia estava voltando para casa com varias sacolas em suas mãos, ela havia comprado muitas coisas durante o dia, em lojas de roupa, e utensílios e cheguei a me perguntar se ela esteve por aqui todo este tempo ou voltara de algum lugar. Mas um certo receio me passou pela cabeça. E se ela não estivesse morando com Emily? Isso seria um atraso em meu cronograma, mas não nos impediria de pegar Emily ainda nesta noite.

Eu e Eliot evitamos conversar durante o caminho pois estava silencioso de mais, e aparentemente a mulher não havia se dado conta de que estávamos a seguindo o que para nós dois era perfeito. Esperamos alguns minutos fora da casa depois de Alexia entrar. Consegui escutar Alexia murmurando algo pela sala. – Vamos entrar por trás – eu disse puxando Eliot para os fundos da casa.

Parecia uma casa padrão, tinha entrada na frente, atrás e diversas janelas. – Como vamos fazê-la falar? Já era para a bastarda estar em casa– escuto sua pergunta e paro para pensar alguns minutos. – Você é bom com legilimência não é? Tentamos isso e se não der certo Imperio a fará falar sobre Emily, estamos sem tempo– digo lembrando-me de algumas aulas que o vi treinar o feitiço. – Vamos! Alohomora – aponto minha varinha para a porta traseira e ouço um click de destranque. Eliot faz questão de que eu entre primeiro.

Deixo a porta entreaberta, o caminho até a sala de estar não é difícil, conseguimos ver a cabeça de Alexia no sofá, ela estava procurando algo para ver na teve quando eu esbarro em alguma coisa fazendo um ruido. Me agacho assim como Eliot, quando a cabeça de alexia gira para procurar a fonte do barulho. – Merda! – sussurro baixinho.

Alexia agora havia se levantado estava andando pela sala de estar com seus passos extremamente cautelosos – Porque estamos escondidos mesmo? – ouço sua pergunta e levanto os ombros sem saber o porque e sem saber o que responder. – Assim que nos levantarmos, precisa entrar na mente dela e vasculhar por qualquer informação que possa nos ajudar a pegar Emily – olhando em seus olhos vejo-o assentir com a cabeça levemente. – Um. Dois. Três. – Ambos nos levantamos Eliot chama a atenção de Alexia para ele. Eu dei a volta discretamente enquanto Eliot fazia seu trabalho.

Demorou alguns minutos para eu perceber que algo estava saindo errado. Eliot não parecia estar no controle de seus movimentos e atos. Seus olhos, ao meu ver, pareciam vidrados em Alexia, como se estivesse encantado. E então me odiei por ter esquecido que Alexia era meio-veela. É obvio que estava usando seu encanto. Ela ainda pareceu não perceber minha presença. Caminhei mais silenciosamente até a sala onde vi Eliot ajoelhado a seus pés. – Ninguém te disse que é feio encantar o homem de outra mulher Alexia? – eu chamo sua atenção para mim quebrando o contato visual que a mesma mantinha com Eliot. –  Ter sangue veela correndo em suas veias realmente lhe faz bem, a manteve conservada, sem rugas. – Digo apontando a varinha para ela enquanto falo. Sinto seu olhar pesar sobre mim, ela estava tentando usar seu encanto em mim. – Alexia, não sou tão suscetível ao encanto quanto os homens. – Eu dou um passo em sua direção e ela recua, mantendo a distância. – Eu só preciso saber onde esta sua querida filha. Só isso – pelo canto do olho consigo ver Eliot sentado no chão, enquanto Alexia murmura em algumas palavras que não iria me dizer onde Emily estava.  – Estou sem tempo para me divertir te torturando. Imperio! – o feitiço a atinge e ao entrar em contato com seu corpo seus músculos relaxam e então eu estou no controle de todos os seus movimentos, ações e fala. – Onde eu posso encontrar Emily? – pergunto objetivamente para a mulher, que manteve seus olhos vidrados e fixados em mim. – Ela esta no Aurora Pub, em Dryadalis – olho para Eliot que se levantou. Ouvi ele dizer algo e sorri. – Agora Alexia. Eu quero que ande até sua cozinha e pegue uma faca. Grande e mais afiada que tiver. – sem pestanejar Alexia faz como lhe foi mandado. Eliot me olha serio e me pergunta o que estou fazendo. Sem lhe responder eu apenas espero a volta de Alexia para sala. – Agora eu quero que você finque a faca no seu abdômen. O mais fundo que você conseguir.  – assim que ela fez ela gritou de dor o que me fez sorrir ainda mais. – Depois que sairmos pela porta, você vai ao Mungus. Vai pedir para falar com o diretor do hospital. E enquanto ele não aparecer você não vai deixar ser tocada e tratada. E quando você ver ele você vai dizer que levamos Emily. – Me agacho perto de seu corpo e aproximo minha cabeça de seu ouvido – E pra ele você vai dizer que ela é a herdeira, e que a herdeira vai morrer no ritual, é a ultima parte do ritual – eu me levanto e então olho para Eliot. – Vamos. – eu começo a puxa-lo para fora do da casa para seguirmos para o pub em Dryadalis.