A Cabana

palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia

Dentro das propriedades da Mansão dos Riddle, existe uma Cabana malcuidada e abandonada pelo tempo, local de morada do antigo Jardineiro da família, Franco Bryce. O Jardineiro, veterano da Segunda Guerra Mundial, fora acusado pelo assassinato de seus patrões por ser o único a possuir a chave da Mansão fora os proprietários. Após a morte do velho jardineiro, pela qual ninguém parece ter se importado, causada por Voldemort, Rabicho e Nagini. A casa é bem menos comentada e sinistra que a Mansão, mas ainda assim é lar de várias superstições locais. Tendo poucas janelas às quais da para ver ao longe a imensa Mansão Riddle, a cabana possuí várias trepadeiras em suas paredes e vários buracos no teto. Por dentro, a cozinha outrora organizada se encontra revirada, como se um furacão tivesse passado por ali. A pequena sala com uma lareira tem restos de cinzas e carvão esparramados, um tapete gasto e duas poltronas empoeiradas, assim como um aparelho televisor bastante antigo que faz companhia para um rádio. Um banheiro sujo e com um chuveiro estragado é o terceiro cômodo encontrado na cabana. No andar de cima é possível ver um quarto intocado pelo tempo, mas úmido devido as pequenas goteiras em épocas de chuva. Um sótão velho e lotado de tranqueiras e aparelhagem de Jardinagem é o último cômodo do local. Vários jovens trouxas e bruxos gostam de usar o lugar como ponto de encontros sinistros ou desafios, já que apesar de sua fama (a de que o espírito do jardineiro assassino ainda habita o local), a cabana permanece longe dos olhos dos moradores do vilarejo e livre de qualquer fantasma.

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Trabalho em Campo

Em meio aos relatórios, que pareciam se acumular cada vez mais em minha mesa, achei um que me pareceu relativamente interessante, era um relatório sobre um bruxo suspeito de ser líder de uma pequena facção que era contra o sigilo mágico, isso além de outras pequenas acusações, como agressões e destruição de patrimônio bruxo e trouxa. O caso era simples e, normalmente, deveria ser repassado para um Auror de patente mais baixa, contudo estava entediado de ficar preso dentro do meu escritório e haviam relatos e informações suficientes que indicavam por alto a localização do suspeito, por isso decidi que eu mesmo iria até ele.

Pelos relatos de testemunhas o homem era frequentemente visto em Little Hangleton, mas nunca o encontravam, claro que o fato de ter alguns apoiadores de sua causa na região dificultava encontrá-lo, por aquele motivo decidi usar um raciocínio mais simples. Homens como aquele não eram grandiosos, normalmente era apenas alguém infeliz com algo e, como todo infeliz, no fim de uma noite ele encerraria a carreira em algum bar acabado perto de seu esconderijo e por aquele motivo esperei anoitecer antes de aparatar para o vilarejo. Não haviam, exatamente, muitos bares naquela vila, ainda assim eram muitos para apenas um vigiar, mas eu conhecia bem a região e sabia de um lugar onde ele poderia estar escondido que raramente recebia visitar, uma velha cabana no meio do nada, por isso resolvi aguardar o homem no bar mais próximo da rota para aquela cabana.

Me apoiei em uma parede em um canto escuro, que me permitia ver claramente a entrada do pequeno bar, bem como identificar quem entrava e saia. A noite  vinha decorrendo sem grandes novidades para o meu caso, mas por volta de duas da manhã meu olhar é atraído por um homem, o meu alvo de captura, solto um sorriso, o homem caminhava cambaleando em direção à trilha desconhecida pela maioria, trilha que levava até a cabana, aparentemente minha intuição estava certa, começo a segui-lo de maneira discreta. Ele caminhava despreocupadamente, as pegadas do homem eram visíveis na terra de modo que mesmo que o perdesse de vista seria fácil segui-lo.

Por todo o caminho até ao interior da floresta, tomei atenção a cada som que ouvia, nada parecia fora do normal, até cruzar uma grande árvore e encontrar a pequena cabana, toda coberta de ervas e algumas peles de animais presas em um varal mesmo ao lado da cabana, o cheiro vindo dali era horrível, mas já estivera em lugares piores que aquele. Não vou mentir... Você mora num lugar bem ordinário... Disse chamando atenção do homem, que se vira assustado em minha direção, buscando a varinha apressadamente nas vestes, chegava a ser engraçado seu desespero na busca pela varinha. Expelliarmus! Sou mais rápido lançando o feitiço, fazendo com que a varinha dele lhe salte das mãos, ele me encara em pânico e então decide correr bêbado pela floresta. Petrificus Totalus! Lanço o feitiço calmamente, vendo-o cair no chão, duro feito pedra, sorrio e caminho até ele enquanto uso o Accio para guardar a varinha dele, assim que paro em sua frente aponto a varinha em sua direção. Incarcerous! Ele me encara com ódio, mas sabe que não tem muito o que fazer. Admito que foi bem mais fácil do que achei que seria... O que é uma pena, esperava um duelo... Enfim... Está preso em nome do Ministério da Magia Inglês e será levado até Azkaban onde aguardará seu julgamento, alguma pergunta? Faço a pergunta de forma irônica, depois seguro o homem e aparato em direção ao Ministério da Magia, onde enviaria o homem para Azkaban.


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