Lago Prateado

Ter Fev 23, 2021 12:23 pm

palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia

Lago Prateado

Dentro da Floresta Perdida, ainda que bastante próximo ao Vilarejo Dryadalis, existe um lago, embora este lago geralmente seja utilizado para prover água doce às moradoras do local, ele recebeu este nome pois é muito visitado durante a noite, uma vez que quando banhado pela luz da lua parece assumir uma coloração prateada como se as águas acolhessem a mais pura magia da noite.

Kall at Queen of Graphics

Qua Jun 02, 2021 1:45 am

Reencontro com uma velha crush

Ineração com Lynesse Rhys Mayer

Naquele dia eu tinha ido ver o treino de Quadribol de meu futuro cunhado e acabei me deparando com a bela Lynesse, uma pessoa do meu passado por quem eu tive sentimentos muito fortes. Quando nos reencontramos hoje, eu esqueci de toda e qualquer outra menina que eu estava ficando, todas elas passaram a não significar nada para mim, então eu cheguei em casa e enviei uma coruja para que ela me encontrasse naquela noite mesmo no lago, ao que ela respondeu sim.

Eu não sabia o porque isso estava acontecendo, ou melhor eu sabia, mas eu não imaginava que depois de tantos anos o sentimento por Lyn iria permanecer tão forte assim. Eu achei que tivesse superado isso, pela nossa diferença de 6 anos de idade, eu nem sei se ela vai gostar de mim também. ela deve ter vários outros pretendentes à seus pés. Eu sou só um Magizoologista de quem ela nem deve lembrar direito.

Esperava que aquele piquenique me ajudasse a trilhar o caminho pelo coração da ruiva, eu adorava caminhar e fazer piqueniques ao luar, mas eu não costumava fazer isso com alguém de fora da minha família. Não dividia esse momento com outra pessoa, mesmo a minha familia, porque era uma coisa só minha, me sentar à beira do Lago prateado com cesta de piqueniques, uma boa garrafa de vinho, uns sanduíches, umas frutas, umas sobremesas, uma toalha para colocar no chão, uma almofada para apoiar a cabeça para me deitar e ficar olhando as estrelas e meus pensamentos, os vagalumes e os bichos do lago eram as unicas companhias que eu tinha. Raramente algum membro da minha familia me acompanhava, normalmente era algum dos meus tios, quando não o tio Freyr, era a tia Skadi quando ela estava na cidade com o marido.

Mas essa noite eu estava pela primeira vez eu estava dividindo meu lugar especial com alguém de fora da minha família, mas não alguém qualquer, com Lynesse, alguém que só de reecontrá-la hoje, já me fez querer deixar para trás toda a minha vida de pegação e eu já inclusive falei para as minhas peguetes que não teríamos mais nada. Eu realmente queria conquistá-la e focar todos os meus esforços nela. Eu não conseguia tirá-la da cabeça desde que a vi naquele campo.

Fui tirado de meus pensamentos quando cheguei no ponto que eu gostava de sentar no lago, perto de onde os vagalumes mais gostavam de ficar, posicionei as coisas que eu havia levado, posicionei primeiro a toalha quadriculada, depois as duas almofadas, depois, coloquei a cesta com as comidas e duas garrafas de vinho entre as almofadas e escolhi uma para me sentar e fiquei aguardando a chegada da ruiva.

Quando a vi ao longe falei:

- Lynesse querida! Estou aqui.

Ciaran

Dom Jun 06, 2021 5:57 pm

Miss Mayer

Lynesse não sabia bem o que pensar naquele momento, ou mesmo, como processar a conflitante angustia percorrer todo seu pequeno corpo, da cabeça aos pés. Um misto de calor e frio, que tencionava seus músculos, fazendo-a se sentir pesada, enquanto tinha a impressão que ao menor empurrão poderia sair voando, tão difícil era controlar seus movimentos. Por instantes, parada nas proximidades do lago, rememorou seu primeiro beijo, e como o formigamento na pele, naquela época, era igual o que estava tendo agora, tal qual o embrulho no estômago.

— Por quê? — Questionou-se. — Por quê!? Agora? — Indagava-se, dando lentos passos. A coruja que mais cedo lhe entregara o convite de Odinson não fora o bastante, igualmente o convite repentino de mais cedo. De fazê-la entender o real motivo de estar ali, prestes a encontrar o homem que, quando era menina, despertou nela os primeiros ensejos do que poderia ser o amor. Ela sofria em angústia contida, pois, nunca fora notada, não lembrava de ter sido desejada por ele. Foi uma adolescente sem graça, e, embora, hoje em dia tivesse beleza reconhecida, não se sentia muito distante da menina que o conheceu no primeiro ano escolar, e se encantou pelo veterano charmoso. — Distante de mais para eu me aproximar.

Seu estatuas febril não poupou a ruiva de seguir caminhando, com seu vestido cor de branco, todo adornado em flores azuis de pétalas esvoaçadas, encobertas por seu casaco de pele cinzento. O frio da noite não a abatia, e não tardou para o brilho do lago prateado afetar seus olhos azuis, quase a impedindo de ver o visual acalorado que a esperava nas margens. O anfitrião, parecia realmente querer cativa-la. A toalha claramente refinada, junto as almofadas que de longe já se mostravam macias, acompanhadas por vinho e taças para celebração, saltaram aos olhos da jovem, cuja pele branca parecia começar a avermelhar-se como ferro em caldeira.

— Lynesse querida! Estou aqui. — O ouviu.

Observando o intenso brilho do luar, tomando conta da noite através do reflexo nas águas, ela mal o escutou, absorta em seus próprios pensamentos sobre aquele cenário, mais lúdico do que ela podia imaginar.— O-o-olá... — Gaguejou se aproximando até enfim o encarar. — Boa noite. — Cumprimentou-o, estendendo a mão para demonstrar seu tímido jeito cortes. Era difícil aquela situação. Nunca tivera um encontro de verdade, e agora estava com um antigo interesse amoroso em uma situação como aquela.

— Errr... O-obrigada. — Disse-lhe olhando os preparativos para o piquenique. — Tudo aqui parece maravilhoso. — Sorriu, nervosa, porém, conseguindo disfarçar na melhor maneira que conseguia. — Desculpe. — Comentou fechando os olhos com certo pesar na voz e na expressão.— Mas, qual o motivo disso? — Prosseguiu com um sorriso de nervosismo. — Quero dizer, isso... Isso tudo. — Prosseguiu aceitando uma taça de vinho. — Eu diria que está tudo maravilhoso aqui. E isso que eu não entendo. Por que um convite agora? — Concluiu observando como seu companheiro parecia belo, com o intenso brilho do luar refletindo nele, o esplendor do lago envolto em ondulações do vento noturno.

Ter Jun 08, 2021 4:17 am

Reencontro com uma velha crush

Interação com Lynesse Rhys Mayer

Ela estava ainda mais bonita banhada pela luz do luar, meus olhos mal podiam acreditar na visão que eu estava tendo. Ela estava parecendo até um anjo com aquela roupa.

Ela queria saber o porque agora eu estava entrando em contato com ela e eu não podia reclamar, eu conseguia entender o lado dela. Na escola eu era seguido por muitas garotas e todos achavam que eu ficava com todas elas.

Mas a verdade é que apesar de ter realmente ficado com algumas ao longo da vida, inclusive na época de escola, a que tinha minha atenção era a Lynesse, eu era gostava muito dela, era apaixonado por ela, mas ela não fazia ideia.

Eu não podia tomar iniciativa alguma pela nossa diferença de idade e porque eu nem sabia se ela sentia o mesmo por mim. Agora depois de tantos anos eu a reencontrei e ela maior de idade agora, e isso significava que eu poderia tomar a iniciativa, que foi o que eu fiz.

- Antes eu não podia tomar a iniciativa por muitos motivos, agora não tem nada que me impeça de te chamar para sair e porque eu não tinha certeza se você estaria solteira, então quando te encontrei no campo me arrisquei, se você aceitasse o meu convite, significaria que você estaria solteira e eu ainda tinha uma chance.

Eu realmente queria ela na minha vida e não sabia como falar isso ou como chegar nela, só fui tomar coragem quando a vi hoje no amistoso do Peter. Eu era um homem confiante, bonito, e charmoso, mas quando se tratava de chamar alguém para sair, principalmente alguém como Lynesse, eu realmente podia voltar a ser um adolescente.

- Fica à vontade. Ao longo desse piquenique eu juro que você vai entender as minhas motivações para te chamar agora. Mas saiba que é desde a época da escola que eu queria fazer isso. - disse servindo vinho para ela nos copos que eu tinha levado. - Sei que isso tudo pode parecer exagerado, mas eu realmente quero te impressionar Lyn.

Ciaran

Sáb Jun 12, 2021 12:48 am

Miss Mayer

— Não podia?— A forma como ele falava soava misteriosa, e mesmo assim, com uma ponta de desconfiança, a bela garota sorriu para ele, timidamente absorvendo aquelas palavras incomuns para ela. Por anos teve nele um “amor” não correspondido, e agora se via diante dele, ouvindo que também era alvo de um amor, “não correspondido. — O destino pode ser engraçado! — Disse a si mesma, enquanto mais uma vez fitava o lago, admirando seu magnífico fulgor prateado ao espelhar o intenso brilho da lua.

— Você vai achar engraçado provavelmente. — Disse-lhe com um sorriso tímido no rosto, tentando não o olhar nos olhos. — Mas eu também,— Pausou ajeitando os cabelos vermelhos, tentando não demonstrar o quão constrangida estava. — Eu também era interessada em você naquela época. — Concluiu o encarando..— Obrigada. — Tomou o copo com vinho e saboreou-o com entusiasmo. Não tinha o hábito de beber, mas, sentia necessidade naquele momento.

— Olha. — Franziu as sobrancelhas. — Confesso que está conseguindo isso, me impressionar. — Não conseguiu esconder uma ponta de dúvidas em suas expressões. — ... Mas...— Mesmo não tendo muita experiência em encontros românticos, Lynesse, não era mais uma criança. Odinson não era um homem tão simples, ao contrário, era um garoto popular no colégio, e um homem atraente agora, então ela se questionou algumas vezes enquanto sorvia sua bebida.

— Quantas mulheres já trouxe aqui?! De verdade. — Pegou um morango. levando a boca. A aproximação dele a deixava sem graça. Estremeceu com o frio do local ou era dele? Pensou.

Seg Jun 14, 2021 1:03 am

Reencontro com uma velha crush

Interação com Lynesse Rhys Mayer

Acho que esse encontro tinha sido um erro. Acho que eu confundi os meus sentimentos do passado com os de agora.

A verdade é que eu não era mais o mesmo, eu tinha uma filha, e eu quando não estava com ela, estava me dedicando às minhas criaturas mágicas.

- Desculpa Lynesse, isso foi um erro. Eu não deveria ter vindo aqui. Eu realmente senti isso por você no passado, mas apesar de você tá linda, não é justo com você que eu continue esse encontro se não é você que ocupa a minha mente. Me perdoa. pode terminhar de comer as coisas que eu trouxe, afinal elas são para você. - disse pegando a toalha, a cesta vazia e pegando as almofadas de volta, mas não sem antes conjurar uma para ela se sentar também.

Eu saí dali sem olhar para trás, era errado? Sim, mas eu não podia continuar enganando-a, quando não era ela que habitava meus pensamentos.

| Balder saiu do local |

Ciaran

Seg Jun 14, 2021 1:16 pm

Anúbis

Caminhava pelos arredores do belo lago prateado absorto em pensamentos, ficara viúvo recentemente numa tragédia que não apenas ceifou a vida de sua esposa, como também de sua pequena filha. Possuía motivos suficientes para odiar o mundo e amaldiçoar todos os seres que neste habitavam. Contudo, sua personalidade compassiva não lhe permitia pensar assim, principalmente porquê no leito de morte de sua esposa, prometeu que seguiria a sua vida e tentaria buscar a felicidade. As coisas pareciam difíceis e sem perspectiva de melhora, mas Anúbis sabia que no fim de cada túnel escuro sempre havia uma centelha de luz, um feixe de esperança que pudesse fazê-lo tentar novamente, mesmo que no momento vivesse sob as mais profundas trevas. Naquele momento, lembrou do porquê seus pais o chamaram de “Anúbis”, fora para que ele sempre conseguisse “abrir os seus próprios caminhos”, quando estivesse com dificuldades. Pôs as mãos nos bolsos da calça social negra e continuou a andar pelos arredores do lago, observando as águas ímpias que o constituíam, as quais iluminadas pela noite traziam uma sensação ímpar e extasiante de beleza.

O Chamberlain parou próximo às margens do lago e retirou de seu bolso um maço de cigarros, pondo nos lábios um destes e o acendendo, tragando-o com os olhos fixos na bela visão que possuíam sobre os seus olhos. Quando para a sua surpresa — um tanto indiferente inicialmente —, notou a presença de um casal não muito distante, fazendo um piquenique e entretidos numa conversa. Porém, o que chamou a atenção do Ox. Chamberlain, foi a saída abrupta do homem, deixando a mulher sozinha. Única coisa que conseguiu pensar de início, fora como aquele individuo podia ser tão estupido de sair e deixar uma mulher sozinha ali, além de que certamente não era um cavalheiro para ter tal ação. Todavia, lhe ocorreu outro dos ensinamentos de seu pai, de que nem todo homem e aparência se portava como um verdadeiro homem em espírito, ações esdrúxulas só mostravam como tais indivíduos eram pobres em personalidade, logo não mereciam sequer menção. Anúbis deu de ombros e decidiu se aproximar da moça, percebendo logo de início os seus belos e longos cachos vermelhos.

— Olá. Você está bem? — Murmurou, descartando o seu cigarro e se agachando próximo à mulher, percebendo a sua pele alva, olhos claros e lábios carnudos e vermelhos, os quais roubaram a sua atenção de imediato. Ela era tão bela, quanto uma sereia de contos e fabulas magicas, talvez a própria encarnação da dama do lago, do mítico conto do Rei Arthur de Camelot e seus valorosos cavaleiros. Anúbis que possuía formação superior em história da magia, conhecia bem muito dos contos e histórias que cerceavam a comunidade mágica desde seus mais profundos primórdios. Por anos estudou sobre Merlim e suas aventuras, logo conhecia muito dos personagens que o cercavam, como, por exemplo, a citada Viviane, senhora ou dama do lago. Seria aquela moça a própria Fada Viviane recém-saída de sua morada? Questionou-se, encarando em silêncio: talvez fosse mesmo ela a dama do lago e aquele lago tão belo sua morada, o resplandecer do céu iluminado sobre as águas cristalinas somada a beleza da ruiva, causavam uma ilusão ótica que tornava isso possível.

Anúbis sorriu e aguardou uma resposta daquela bela e encantadora fada. Naquele momento todas as tristezas do seu passado, foram aplacadas pela imagem que possuía diante de seus orbes negros.

Ter Jun 15, 2021 12:49 am

Lynesse Rhys Mayer

“A verdade é sempre um abismo.” - Kafka

Observando o brilho das águas agitadas do lago, alheio a seus olhos, Lynesse relembrou desta frase de Frans Kafka, um escritor trouxa, cuja genialidade ficou registrada na cultura ocidental. Mesmo sendo uma atleta bruxa, sempre se viu interessada em assuntos literários, e, a cultura romancista dos não mágicos fora durante a adolescência algo que a causava curiosidades. Este, foi um escritor de textos criativos, tanto criativos quanto genialmente absurdos, sempre escancarando a complexidade e profundidade estranha das relações humanas.

E foi exatamente por esse motivo que a jovem se viu pensando nas palavras do escritor, ao passo que, um filete de lagrima solitário desceu de seus olhos tão azuis quanto o céu diurno, que, naquele instante tinham sua tristeza ocultos pela escuridão da noite, iluminada apenas pelo intenso brilho da lua, única testemunha até o momento, da noite de desesperança que ela estava tendo.

Instantes antes, se viu sendo abandonada abruptamente por seu acompanhante, justamente o homem que, sem mais nem menos, a convidou para aquele estranho, romântico, porém, estranho e inesperado piquenique. Alguém que ela teve como objeto de afeição durante anos, e para quem ela estava mais que disposta a se abrir. Por um momento, até mesmo se viu vivendo um romance, algo que nunca tivera.

Entretanto, se viu ser largada ali, em meio a floresta, como se nada fosse, pelo simples fato de questionar as razões de ter sido convidada para estar ali, tendo ela mesma vivendo sendo ignorada por ele anteriormente. Entre suspiros, a ruiva se perguntou se estava mesmo certa em suas suspeitas, e que, provavelmente foi vista como mais uma conquista fácil. E não se mostrando uma simples presa a ser abatida. Foi abandonada.

“A verdade é sempre um abismo.”, uma reflexão importante, no sentido de que, a realidade dos fatos é algo sofrível, em que devemos nos atirar como quem se joga de um abismo, donde, porém, podemos submergir como em uma piscina. E assim que ela se sentia agora, aliviada. Uma antiga paixão chegara ao fim, e daquela situação inútil, algo útil poderia ser tirado, no mínimo, pensou, a alegria de livrar-se de um idiota. Secando sua lágrima, sorveu um gole do vinho que fora deixado para trás junto dela, e seguiu buscando um alívio nas águas prateadas.

Até ter sua solidão cortada por um estranho que se aproximava.— Ah! Boa noite. — Respondeu-o brevemente assustada. Olhando envolta do sujeito, que, trajando um sorriso, parecia simpático. — Bem? — Respirou profundamente fitando o chão por alguns segundos. — Penso que ficarei sim. Melhor, eu estou bem.— Concluiu sua resposta animadamente, devolvendo ao desconhecido um sorriso de simpatia, donde seus lábios rosados, encantadoramente se abriram calidamente.

— Eu estava acompanhada agora pouco, mas, como pode ver, não fui uma companhia agradável.— Comentou ao homem que parecia elegantemente gentil. Notou então, que, além de educado, o sujeito era bonito, de feições masculinas marcantes, de porte robusto, um homem de tirar o fôlego, embora mais velho que ela. Quando se percebeu o analisando fisicamente, sua pele clara avermelhou-se, forçando-a desviar seu olhar envergonhada.

— Na verdade, não sei o motivo daquela reação inesperada. — Explanou massageando seu ombro direito. — Só questionei o motivo de ter me convidado para esse encontro. E isso ao que parece o chateou. Devo ser uma mulher estranha. — Concluiu cínica.— E você o que faz nesta floresta a noite? — O encarou com um novo sorriso. — Aliás, qual seu nome mesmo? — Mostrou-lhe uma almofada ao seu lado.

Sáb Mar 05, 2022 12:11 pm

Hunter

A próxima da lista não tinha tanta experiência quanto o Auror que duelara antes, mas ainda assim era algo complicado de se realizar tendo em vista o quão exausto eu estava com o duelo anterior, no fim das contas eu deveria mesmo ter deixado o Auror mais experiente pro final, mas para meu azar aquela era a única chance de derrotá-lo que eu teria, respirei fundo e caminhei até onde eu sabia que encontraria a Auror. A Auror em questão era uma meio Veela, Angelique Mirage, vinte e seis anos, Auror a cinco, apesar de ter experiência e crescer no mundo bruxo ela ainda mantinha certos hábitos dos veelas e um deles era o de ela era visitar o lago prateado.

Assim que aparatei pude avistá-la, sorri e caminhei até a borda do lago peguei minha varinha dentro das vestes e encarei a Auror, que me olhou de relance. - Acredito que não esteja aqui pelos mesmos motivos que eu. Sorri, mas antes que apontasse a varinha recebi um flipendo, que me jogou para longe, me levantei meio zonzo, a mulher se levantava calmamente, caminhando em minha direção, fechei a cara, ela lançou outro flipendo, mas estava atento ao duelo agora. - Protego. Conjurei a barreira bem a tempo, reforçando-a sobre meu peito, que foi onde ela acertou o primeiro feitiço.

Enquanto o feitiço ricocheteava a arremessando para trás sorri, ela se levantou e assumiu a pose de duelo, fiz o mesmo. - É tão arrogante assim? Vai mesmo duelar dessa forma contra um Comensal? Ela sorriu. - Por que não? Você não me assusta mesmo! Sorri. - Que pena... Em outras ocasiões eu poderia até mesmo me apaixonar por você... O que acha de um encontro? Ela respondeu lançando outro flipendo, saltei para o lado, evitando o feitiço e apontei a varinha para sua mão. -Expelliarmus. Assim que conjurei o feitiço comecei a correr de lado, ela rapidamente conjurou o protego, contra-atacando rapidamente. A sorte era que como eu estava em constante movimento o feitiço não me acertou, o meu azar foi que ela mudara o feitiço para a maldição da morte.

- Isso evoluiu muito rápido não acha? Parei abruptamente e apontei a varinha para uma árvore. - Carpe Retractum. Fui atraído até a árvore, mas antes de acertá-la mirei outra árvore rapidamente. - Carpe Retractum. Mudei a rota para a nova párvore, apontei para outra e voltei a repetir o feitiço, eu realizei o feitiço rapidamente, de modo que permanecia no ar voando de canto a canto, mas sempre agindo rápido o suficiente para não acertar nenhuma árvore, minha adversária lançava feitiços rapidamente, tentando me acertar, mas por fim apenas ficou observando, quando vi que ela havia parado mirei a varinha no lago. - Carpe Retractum. Enquanto ia em direção ao lago voltei a mirar minha varinha na direção da Auror. Fogomaldito.

Uma rajada de fogo saiu da minha varinha indo em direção a Auror, me choquei contra a água com força, mas sabia que ela evitaria aquilo, nadei até a borda e assim que saí do lago um feitiço me acertou, me arremessando para longe, a Auror não somente lidara com meu feitiço como ainda teve empo de me atacar, girei rapidamente evitando outro ataque e me levantei. - Vamos terminar logo com isso? Começamos a correr na direção um do outro, apontei minha varinha para frente. - Fumus. Criei uma densa fumaça negra, impedindo tanto minha visão quanto a da Auror, sorri e logo em seguida lancei outro feitiço - Pericullum. Minha intenção era distrair a Auror, apontei a varinha para o chão. – Flipendo. Usei o feitiço para me impulsionar para cima, saindo do meio da fumaça, assim que saí avistei a Auror correndo e atirando feitiços na direção da fumaça, apontei a varinha rapidamente para ela. – Expelliarmus.

O feitiço acerta a mão da Auror, retirando-lhe a varinha, ela fica parada, sem compreender o que aconteceu, assim que ela me avista seus olhos se arregalam, ela começa a correr em direção à varinha, mas já é tarde demais para ela. - Avada Kedavra. O lampejo esverdeado a atinge na costa, ela simplesmente cai, poucos centímetros da varinha, caio no chão completamente exausto, ficando ali por algum tempo antes de finalmente me levantar, estava cansado demais para continuar minha missão naquela noite, então teria que encerrar naquela Auror, mas sabia que após aquela noite os Aurores ficariam mais atentos, no fim, eu não tinha escolha senão continuar, mas após aquele ataque iria descansar um pouco antes de dar continuidade na missão, caminhei até a Auror e fiz as marcas dos Comensais entrelaçada com a de Dommus. O próximo ataque será o último. Disse exausto, aparatando dali logo em seguida.

Narração ・ Michael ・ Damon ・ Auror

Sáb Mar 26, 2022 2:18 pm

Robert Slytherin Winchester

Um Terceiro Ataque

De todos os locais que poderia ter ocorrido um ataque, ali era de longe o pior lugar, a relação entre a liderança de Dryadalis e o Ministério estava por um fio, graças aos ataques antigos que ocorreram ali, os Veelas do vilarejo vinham questionando a capacidade do Ministério e realizando comitivas com outras criaturas mágicas, de maneira que para aquilo gerar uma revolta em grandes proporções não seria muito díficil, por sorte a atual liderança de Dryadalis, a Veela Elaira, havia tido a vida salva por um bruxo na juventude, o que a fez permitir a interação de seu povo com os bruxos da maneira como ocorria atualmente, até mesmo era possível aos bruxos viverem no vilarejo, contudo, aquilo não seria o suficiente para manter as coisas calmas.

Enquanto caminhava até o lugar do ocorrido via os Veelas me encarando friamente, soltei um suspiro. COmo está o clima aqui? Comentei aos cochichos com o Auror que me guiava. Tensos senhor... Os Veelas querem um responsável e pela maneira como estão agindo não se importam se quem for entregue é o culpado ou não. O Auror me passou a ficha da Auror atacada, abri e folheei algumas páginas. A vítima se chama Angelique Mirage, Auror a cinco anos e... Ele fez uma pausa, respirei fundo fechando o arquivo. Meio Veela. O Auror assentiu, se a situação era complicada antes ela acabara de piorar.

Assim que cheguei ao local havia mais Veelas do que Aurores ali, alguns portando lanças, outros arco e flecha, embora a maioria dos bruxos não os considerasse perigosos, por não terem varinhas, eu conhecia bem os Veelas para saber como lutavam, a grande maioria era capaz de realizar feitiços sem o uso de varinhas, embora suas magias fossem relacionadas à natureza, aos quatro elementos básicos, fogo, água, vento e terra, eles conseguiam realizar suas conjurações com maestria, fora o fato de suas armas, pontas de flechas e lanças, terem um veneno afrodisíaco que impedia que quem fosse ferido fosse capaz de ferir qualquer Veela, não importando o quanto esse Veela o ferisse, aquilo fazia com que lidar com Veelas em combate fosse algo complicado, ainda mais em seu território. Diga aos Aurores para manterem a calma e, acima de tudo, não portarem varinhas, não queremos iniciar uma revolta aqui.

Me aproximei dos Veelas, então avistei, saindo por detrás de uma das árvores, a líder deles, Elaira, aquilo sim era algo ruim, a liderança raramente deixava seu recinto, mas se ela havia feito aquilo significava que os climas chegaram a um ponto complicado. Assim que me aproximei um pouco mais os Veelas apontaram as lanças, olhei rapidamente para os Aurores, deixando claro pelo olhar que não deviam deixar o nervosismo tomar conta, respirei fundo e voltei a olhar para a líder deles. Não estou aqui com a intenção de fazer mal algum... Apenas vim aqui para investigar o que aconteceu para capturar o responsável pela morte da Auror Mirage. Elaira olhou para seus servos, que lentamente abaixaram as lanças. Eu já o vi aqui antes... Assim como já ouvi falar de você... Ela caminhou até o corpo da Auror. Esta jovem compartilha nosso sangue e morreu em nossas terras... Por um bruxo... Eu sempre os respeitei... Eu permiti que vivessem entre nós... E é assim que retribui?

Líder Elaira... Esta jovem tem nosso sangue também e tenho tanto interesse em pegar o responsável quanto você. Encarei o corpo. Contudo se agir desta maneira será impossível para mim encontrar o culpado. A mulher soltou um sorriso, depois voltou a ficar séria. E então o que Winchester?... O jogará em suas prisões para que ele possa fugir novamente?... Isso se o capturar... Até onde posso recordar ainda não foi capaz de pegar quem cometeu atrocidades anteriores em meu vilarejo... Fiquei em silêncio por alguns segundos, sentindo o olhar dos Veelas sobre mim. Bom... Devo dizer que estou honrado pela líder de Dryadalis conhecer meu nome. Encarei a líder. Garanto que falhas como as do passado não irão repetir.

Elaira me encarou, depois olhou para os Veelas ali presentes. Deixarei que um de seus homens se aproxime... Sorri. Toda minha equipe será necessária. Ela me lançou um olhar frio. Não existe negociação Winchester... Fechei a cara e a encarei friamente, depois sorri. Líder Elaira... Acredita mesmo que com os seus recursos conseguirá ir mais longe que o Ministério? Permita que eu e meus homens investiguemos de maneira adequada e eu garantirei que receba atualizações sobre todos os ataques que ocorreram em Dryadalis... Uma transparência entre Ministério e o vilarejo. Elaira me encarou por um longo período antes de voltar a se pronunciar. Permitirei... Contudo... Você não terá acesso ao corpo... Você cheira a morte e isso contaminaria nosso lago... Mas já aviso... Winchester... Esta será a última vez que ofereço esse gesto de misericórdia...

Assenti, enquanto os Veelas deixavam o local acenei para que meus homens não se movessem, visando evitar algum mal entendido, assim que os Veelas se retiraram respirei fundo, aquilo era muito ruim. Façam o trabalho de vocês o mais rápido possível... Vou retornar ao Ministério para repassar o ocorrido aqui para a Ministra. Disse após ir até o corpo e verificar, procurando e encontrando a marca presente nos outros corpos, depois aparatei para o Ministério.

Robert - Emily - Victória - Laura - Marie - Edward - Julie - Veela Elaira - Auror

Lago Prateado

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