Eliot e eu havíamos aparatado bem em frente ao pub. Era um vilarejo completamente bruxo então não nos preocupamos com discrição. – É um pub com muitas.. muitas veelas – eu digo para alerta-lo. Isso iria o atrair com certeza, eram muitas veelas num lugar só, talvez até eu mesmo tivesse algumas dificuldades. – Lily – eu sou puxada para um canto escuro ainda fora da boate. – Porque revelou sobre a morte da herdeira para Alexia? E como sabe desta parte, Nathalie não nos disse isso na reunião – ele me prensou na parede no local.

Apesar de estar escuro seus olhos refletiam a pouca luz que vinha da rua iluminada e da entrada do local. – Eu escutei Nathalie falando com John sobre. E bom, eu não quero que Darligulv volte. Nathalie deve ficar no comando, ela deveria desde sempre ter estado no comando, ela tem visão para todos nós, e não só para si própria. – esse fato visivelmente não faz Eliot feliz. Ele logo reclama sobre ela poder me ver como traidora simplesmente por ter simplesmente aberto isso para alguém que tentaria de tudo para interromper o ritual. – Relaxa Eliot, se você não contar não tem como ninguém saber – eu o empurro para que me deixasse me descolar da parede. – Temos que entrar, vá primeiro, vou entrar em seguida.

Eliot foi primeiro, eu tirei alguns minutos para me recompor e respirar. Eu realmente estaria em maus lençóis se por um acaso Nathalie descobrisse meu vazamento de informações. Mas Ela não teria como saber, uma vez que tecnicamente somente ela e John possuíam tal informação, se por acaso ela descobrisse a desconfiança iria cair sobre John. Quase consegui sentir pena dele, mas no fim eu iria conseguir salvar minha pele como sempre. Depois de respirar fundo pela ultima vez sigo para a porta de entrada do lugar.

Apesar de ser um lugar bem simples, estava cheio. E o ar cheirava a veelas. Era como o lugar todo fosse feito com magia delas e elas impregnavam todo o local. Balancei a cabeça para não me deixar envolver pelo encanto das lindas mulheres. Senti uma mão tocar meu braço e me virei rapidamente, era Eliot que estava me esperando próximo da porta. – Aquela é Emily não é? – ele me puxa e me gira para ficar de frente para onde ele apontava. Meu corpo estava colado no seu, o que me deixou com muito calor. Engoli em seco procurando oxigênio para encher meus pulmões. – É sim... hm... vamos nos aproximar, ela esta com aquele cara. – eu seguro sua mão e nos aproximamos de onde estão os dois. Chegando próximo eu parei repentinamente e me virei para Eliot. – Ele tem o brasão do ministério nas vestes. Temo que pensar em como vamos abordar os dois. Apesar de sermos bom em destruir... – então um pensamento me pega de surpresa.

Se Emily estava na companhia de alguém do ministério seria interessante, uma vez que eu havia alertado Alexia sobre uma parte crucial do ritual, para alguém conseguir impedir teria que o ministério conseguir chegar no esconderijo. – O que ta passando na sua cabeça? – a voz do loiro me tira de meus pensamentos. – Eu tive uma ideia para manter Nathalie no poder e isso começou com a Alexia, mas não é o suficiente. Não quero te arrastar para a minha loucura. Mas se você for me ajudar e nos descobrirem mais tarde, saiba que vamos passar a vida fugindo do ministério e dos comensais. Agora se não quiser me ajudar tudo bem... Mas não pode tentar me impedir – Encosto no balcão de serviços, enquanto o escuto me dar uma resposta. – Hey, você teria um guardanapo, ou pergaminho e uma pena? – pergunto a atendente do balcão que assente sorrindo para mim e me entrega. Rapidamente transcrevi a localização do esconderijo dos comensais para o pedaço de papel que me foi arranjado pela loira e então devolvi a pena a ela. Dobrei o papel e coloquei no bolso traseiro de minha calça.

Estávamos bem próximos de Emily e o Auror o qual não havia visto antes. Eles conversavam relativamente alto por conta da musica. — Relaxa, minha informação nao é nada importante para a causa deles, é algo pessoal sobre o falecido filho dela, James que foi muito amigo meu na época de Hogwarts – eu arregalo meus olhos. Emily tinha informações sobre James? Será que era sobre quem o matou? Porque seria relevante para Nathalie, ela culpava Marie de qualquer forma. Continuei a prestar atenção no que a morena dizia. Ela falava sobre conseguir driblar a morte. Reviro meus olhos, ou era muita arrogância de sua parte presumir isso ou muita burrice. Eu ficava com arrogância. – Vamos logo com isso, shall we? – eu coloco minhas madeixas loiras todas para trás e dou os primeiros passos em direção ao casalzinho que estava mais a minha frente. – Se tem informações para Nathalie não deve perder tempo em contar a ela. – eu chego de surpresa enquanto o homem com Emily estava no meio de uma frese. – Nathalie esta requisitando sua presença. Você pode vir conosco por livre e espontânea vontade, ou eu vou te obrigar e como consequência muitas pessoas neste bar vão perder a vida. O que me diz Watsgrint? – em poucos segundos sinto Eliot como meu guarda costas atrás de mim.

Percebo o movimento quase sutil de Emily para pegar sua varinha, Eliot se adianta e segura o seu punho. Eu saco minha varinha e desarmo com facilidade o auror que havia empunhado sua varinha com agilidade – Expelliarmus! – agora eu estava com outra varinha em minhas mãos. A quebrei em duas partes, tornando-a inútil. – Uma nova custa, eu acho, 7 galeões no olivaras não fique triste. – me virei agora para Emily – Sua tentativa de pegar a varinha acabou de causar a morte de alguém Emily – eu peguei no braço de uma menina que passava sozinha ao meu lado. – Como é seu nome? – a moça então respondeu Aailyee – Bom Aailyee, você pode agradecer a Emily, esta moça em nossa frente – a garota fica confusa. Eu escuto os dois implorarem pela vida da menina. Eu coloco uma mão na base das costas da menina e forço, sentindo quebrar uma parte – Sem o movimento das pernas – subo a mão para mais próximo da nuca da menina e repito o estimulo de força, sentindo outro estalo. – Sem o movimento do braços. – Com as duas mãos eu torço o pescoço da menina na frente dos dois. – E agora morta. Essa está na suas mãos Emily... Quer escolher o próximo ou prefere que eu escolha? – Faço um sinal para que Eliot a solte. Logo alguém fala algo.

Com a garota caída morta um tumulto começou a tomar conta do lugar, muitas pessoas correndo e gritando, era musica para os meus ouvidos, estava me deliciando do tumulto até sentir um punho acertar em cheio meu rosto, forte o suficiente para de derrubar no chão, mas não para me deixar inconsciente. — Mesmo sem varinha nao vou deixar que toquem em Emily! Corre! – eu solto um riso alto quando vejo os passos de Emily passaram por mim enquanto Eliot foca no auror. Saquei minha varinha, ainda no chão – Bombarda! – apontei acertando a porta, Emily estava a poucos metros das entulhos que haviam se formado bloqueando a passagem.

Ela parecia ter desistido de fugir.  Ela se virara para mim, cada palavra saia de sua boca com raiva. Consegui me por em pé e mantive minha varinha apontada para ela, estava esperando por seu ataque, não iria revidar de inicio, deixaria ela me atacar e então a desestabilizaria. Com seu ataque fui jogada para cima e volta ao chão, ela usa mia sum feitiço, estupefaça. Eu voou alguns metros e novamente me encontro no chão. Fico imóvel para que ela ache que estou inconsciente, e por sorte ou burrice de sua parte minha estratégia funciona.

Ouço os passos agora se direcionarem a Eliot, com a atenção fora de mim eu me levanto e com cuidado vou para trás de Emily. Quando ela percebe estou ao seu lado, fecho meu punho e lhe acerto um soco no olho, o que a faz soltar sua varinha e levar as mãos em seu mais novo machucado.

Nesse meio tempo Eliot é estuporado. Piso na varinha de Emily e a chuto para longe. Minha varinha se direciona a Nathaniel. – Diffindo! – ponto para seu rosto, tórax e braços. Logo formam cortes nos mesmo e alguns gritos de dor saem de sua boca, mas ganho tempo para Eliot se levantar. E de soslaio o olho, ele estava bem, e isso me deixou mais tranquila. – Não entendo o porque você esta tão relutante Emily, achei que estaria feliz por estar indo rever seu pai – eu solto sem saber exatamente o que ela sabia, mas não importava de qualquer fora. – Mas eu me pergunto como esta o caso de Alexia. – desta vez a atenção dela e de Nathaniel ficam em mim. – Eu soube que ela teve um acidente muito feio em casa esta noite. Eu e Eliot nos convidamos para jantar, relembrar os bons momentos em hogwarts. E você acredita que ela tentou encantar ele? – faço uma cara de falsa surpresa, e seus olhos cheios de raiva estão vidrados em mim. – É feio tentar conquistar o parceiro de outra mulher, mas então sem querer ela acabou com um ferimento no abdomem. Um descuido e quando vimos, ela estava segurando uma faca, perfurando sua barriga... Ela esta com os comensais agora, em nossa casa. – eu minto para ela. – Talvez ela tenha mais alguns minutos, ou horas... Então se quiser salvar sua querida mamãe você vai vir conosco sem resistência, ou senão eu vou matar ele, e vou matar ela na sua frente. Vou entrar na sua cabeça e matar todos que você se importa. – digo com convicção e me aproximando dela sem medo. Pelo que eu via estava no controle agora. – Eliot, amarre Emily. Eu quero ir para casa agora – me afasto da morena e deixo Eliot cuidar dela pelos próximos minutos.

Os braços de Emily estavam nas mãos de Eliot indo em direção a porta que com um feitiço sumiram todos os entulhos. Eu me virei e caminhei em direção a Nathaniel. Com Incarcerous eu o amarrei a uma pilastra e me agacho em sua frente. – Você tem uma chance auror, de salvar ela. – eu tiro o guardanapo com o endereço do esconderijo e ponho no bolso interior de suas vestes. – Se conseguir, não pode dizer que eu o ajudei esta me entendendo? Se por acaso eles descobrirem que eu ajudei você com essa informação eu posso morrer, mas você vai comigo porque eu tenho certeza que alguém vai atrás de você. Em três dias, na lua cheia vai acontecer o ritual. Você pode salvar as duas – eu me levanto enquanto seu rosto confuso. – Sua chefe eu quis dizer bobinho. Não esquece. Lua cheia – eu caminho para fora do lugar seguindo Eliot. Quando achamos um lugar mais vazio aparatamos para Oxford.