Aaron Aaron - Astrid - Adora
Emily

Era como estar diante de um espetáculo grotesco daqueles que nos fazem questionar a própria humanidade, onde um palhaço desajeitado tenta arrancar risadas de uma plateia constrangida e envergonhada, só que ali, naquele momento, o palhaço era Aaron, com sua tentativa patética de me desafiar, de me enfrentar como se fosse um verdadeiro adversário, como se fosse alguém, na verdade, talvez aquele fosse o caso ali, uma situação onde tudo que eu conseguia sentir de Aaron era pena, pena por ele socar como se fosse uma menininha de cinco anos, pena pela cara feia dele, pena por sua expressão contorcida que provocava gargalhada ao invés de medo, pena por sua ilusão de que poderia, sem que um milagre ocorresse,  me vencer em um confronto, Cada gesto dele só aumentava a profunda pena que eu sentia por ele, por uma criatura tão inferior existir mas, ao mesmo tempo, eu me deliciava com aquela cena, queria continuar ali, prolongar aquilo, aproveitando aquele espetáculo, afinal, eu estava me divertindo muito.

Cada soco que eu recebia só me fazia sorrir ainda mais, pois eram golpes tão insignificantes que até mesmo o gosto de sangue em minha boca não me tirava o sorriso da face, aquela pequena explosão de fúria da verdadeira princesinha de Hogwarts era hilária. É patético ver você se esforçando tanto e ainda assim sair só isso... Minha voz soava arrogante, enquanto cuspi um pouco de sangue no chão. Talvez seja hora de aceitar que você nunca será mais do que um fracasso de ser vivo onde todos se aroximam por pura pena. Cada palavra que proferia trazia um sabor de superioridade, uma sensação de domínio sobre aquele tolo que se atrevia a desafiar minha grandiosidade.

Eu via a fúria nos olhos de Aaron, mas era tão cômico de se observar que eu simplesmente gargalhava, Aaron então agarrou a gola da minha camisa me prensando contra a beirada da escadaria, forçando a minha cabeça em direção ao corrimão. Por Merlim é como se estivesse lutando contra uma criança. Disse soltando uma bufada de desgosto antes de desferir um chute no abdômen de Aaron, o empurrando para trás, me ergu novamente e soltei um pesado suspiro, mas mantendo um sorriso amplo de arrogância e superioridade em meu rosto. Você é uma piada, um desperdício de espaço nessa escola. Ele ainda se recuperava do chute recebido, aquilo me fez apenas rolar os olhos, se ele perdera as forças com um simples chute era claro que lutar com ele não era um desafio era só uma perda profunda do meu tempo.

Então Aaron apontou a varinha e conjurou um feitiço, quando vi o lampejo da varinha de Aaron se aproximando, meu sorriso se ampliou, desviar daquele feitiço era tão simples quanto desviar de uma mosca irritante, mas eu precisava praticar feitiços também, então apontei a varinha para frente. Protego. Conjurei com um sorriso a barreira protetora, bem a tempo de ver o feitiço explodindo na barreira transparente a minha frente, o brilho do clarão refletia em meus olhos que expressavam apenas um desprezo crescente por aquele pobre verme. Patético. Murmurei com um sorriso de desdém enquanto encarava Aaron, ele era apenas um idiota tentando se destacar em um mundo onde minha presença reinava incontestável.

Acho que estava errado antes... Encarei Aaron, que me encarava com fúria, ter seu feitiço defendido certamente não estava em seus planos, sorri, por um momento pensei em terminar com aquilo de uma vez por todas, mostrar para Aaron quem realmente era o superior naquela situação, mas não havia necessidade, Já estava claro o quão inferior ele era, o quanto sua tentativa de me desafiar era risível. Você é um disperdício de vida Watsgrint...Aposto que sua própria mãe queria se livrar de você, mas sua avó te pegou por pura piedade, como quem resgata um animal abandonado na rua. No fim das contas, você não passa de um animal de estimação que transmite pena.

Eu via a fúria nos olhos de Aaron, então sorri, estava na hora de deixar claro para aquele merdinha a diferança que havia entre nós, então guardei a vainha nas vestes e o encarei. Espero que dure mais que o Valak. Disse com um sorriso sádico nos lábios, então avancei em sua direção, os olhos faiscando de pura malícia, como quem deixasse um instinto primitivo tomar conta de mim, uma sede avassaladora por demonstrar minha superioridade de forma visceral, não bastava derrotar Aaron, eu precisava fazê-lo sentir na pele a diferença gritante entre nós dois.

Cada movimento meu era calculado para infligir dor, para humilhá-lo, desferi um soco preciso em sua mandíbula, sentindo o impacto reverberar em meus ossos enquanto ele cambaleava para trás, um gemido abafado escapando de seus lábios. Você é patético Watsgrint! Não passa de um verme insignificante tentando se comparar a um verdadeiro bruxo. Não dei tempo para que ele se recuperasse, comecei a desferir uma série de golpes rápidos e implacáveis, atingindo-o com força desmedida, não havia espaço para compaixão, apenas o desejo de provar minha superioridade de maneira brutal.

O soco seguinte foi rápido e certeiro, atingindo o rosto de Aaron com uma força devastadora, o som do impacto ressoou pelas escadas misturando-se com o gemido de dor que escapava dos lábios de Aaron, um sorriso se mantia em meu rosto, um soriso frio, beirando a crueldade, continuei a chuva de golpes, cada um mais violento do que o anterior. Aaron tentou reagir, lançando seus próprios golpes em um esforço desesperado para se defender, mas cada investida de Aaron era recebida com uma esquiva, um movimento rápido, onde eu recuava e avançava, como se estivesse dançando entre os ataques de Aaron.

Cada golpe era calculado para infligir o máximo de dor possível, no fim Aaron era exatamente como Thomas, simplesmente uma vergonha em termos de combate corpo a corpo, msa é claro que Aaron tentava se defender, me atacar e virar a mesa a seu favor, mas ele era lento, na verdade ele não consegui sequer acompanhar minha sombra, de maneira que aquilo nem ra uma luta, era apenas violência unilateral, onde eu mostrava minha superioridade de maneira cruel e implacável, deixando claro para os ali presentes que, pelo menos em combate corpo a corpo, não havia esperança para Aaron contra mim.

Aaron tentava reagir mas seus contra-ataques eram tão desajeitados, tão ridículos, que apenas serviam para alimentar minha arrogância. Você não passa de um estorvo, um estorvo que sua mãe foi imcopetente de ter eliminado ainda na infância. Cuspia as palavras com desprezo, enquanto girava o corpo para a lateral, inclinando meu corpo para a direita e evitando um soco lançado por Aaron, voltando a girar o corpo novamente impulsionando meu punho esquerdo em um arco atingindo em cheio a costela de Aaron fazendo-o soltar um gemido de dor angustiante, vendo-o recuar momentaneamente, sua expressão contorcida pela dor. Sua família deve sentir vergonha de ter gerado um fracassado como você. Gritei enquanto meu punho direito voou em direção ao rosto de Aaron, acertando-o com uma força devastadora, sorri e continuei a atacar impiedosamente, me alimentando de sua agonia.

Enquanto continuava a trocar socos com Aaron, sentia um misto de adrenalina e desprezo, cada golpe que eu desferia era uma confirmação da minha superioridade sobre ele, então a voz de Adora se fez presente no corredor, desviei os olhos rapidamente para ela, vendo o desespero em seus olhos enquanto ela se aproximava, tentando nos separar, seus pedidos desesperados ecoavam pela escadaria, mas para mim eram apenas ruídos distantes, tudo que eu desejava, tudo que eu fazia, era agredir Aaron de forma cruel. Quando ela subiu em minhas costas, tentei ignorá-la, mas seu peso era como uma irritação constante que não desaparecia, sua voz ecoava em meus ouvidos, implorando para que eu parasse, mas eu estava além disso, minha fúria estava cega, alimentada pelo desejo de mostrar minha supremacia sobre Aaron, então, com um movimento brusco, a afastei.

Cada soco que eu desferia era uma libertação da minha própria raiva, uma confirmação do meu poder, ignorei completamente os pedidos de Adora, concentrando-me apenas em derrotar meu oponente, então o impacto veio, um feitiço me arremessou para longe de Aaron, mas aquilo me faria recuar apenas temporariamente, me levantei pronto para retomar a luta quando vi Adora se aproximar de Aaron, tentando ajudá-lo, senti uma mistura de desprezo e satisfação. Está desperdiçando seu tempo com esse perdedor. Disse encarando os dois, Adora continuava a me enfrentar, seus olhos cheios de determinação, a encarei com desdém, incapaz de entender por que ela estava se intrometendo em algo que claramente não era da sua conta.

Seus olhos mostravam uma coragem que eu não podia deixar de admirar, mesmo que fosse completamente fútil. Como monitora, eu ordeno que parem com isso agora! Ela gritou, sua voz ecoando pelos corredores, soltei um riso amargo, sacudindo a cabeça em descrença, ela realmente achava que podia me dar ordens? Saia do caminho antes que se machuque. Disse, minha voz carregada de desprezo, mas ela não recuou, em vez disso ela se posicionou diante de mim, determinada a me enfrentar, sorri e retirei a varinha das vestes, apontando para ela e Aaron. Ethan. Não! A voz de Astrid cortou o ar, como um raio de luz penetrando na escuridão da minha raiva e, por um momento, fui arrancado da minha fúria cega, o que me forçou a abaixar a varinha.

Eu me viro para encará-la, seus olhos se encontrando com os meus, havia algo neles que me fazia hesitar, como se eu não conseguia ignorar suas palavras, ela passou a mão na minha sobrancelha, onde o sangue escorria e, por um momento, eu me permiti sentir seu toque. Então se preocupa comigo loirinha... Eu sabia. Digo sorrindo com a resposta dela, de certa forma a presença dela havia me acalmado, mas isso até meus olhos cairem sobre Aaron e Adora novamente, fecho a cara e levo minha mão até a mão de Astrid afastando-a com certa gentileza, antes de me desviar dela. É melhor se afastar. Disse cerrando o punho na varinha, pronto para fazer de Aaron um exemplo.

Mas, antes que pudesse dar um passo sequer, Emily apareceu no alto dos degraus, exigindo saber o que estava acontecendo, eu me viro para encará-la, o olhar cortante que ela lançou para mim e para Aaron me irritava, como ela se atrevia a me encarar daquela menira, embora o motivo fosse óbvio, eu havia batido na filhinha dela, desviei meu olhar para Aaron erguendo o queixo em um gesto de desafio disfarçado com um sorriso sarcástico presente na face. Ethan, também não está isento de culpa. Ao ouvir as palavras de Emily, uma onda de arrogância e rebeldia percorreu meu ser, então desviei meu olhar para ela, que devolveu meu olhar com igual intensidade.

Quando Emily ordenou que nos limpássemos e fôssemos imediatamente para seu escritório, fechei a cara, eu não era do tipo que se intimidava facilmente e uma parte de mim queria desafiar sua autoridade, mas naquele momento decidi que seria mais prudente seguir as regras estabelecidas por ela. Que seja. Disse com desdén, mesmo com a arrogância ainda pulsando em minhas veias, iria obedecer, senti Astrid pegar minha mão para me arrastar dali, mas então olhei para Aaron. E eu que pensei que era o Valak que apelava para a proteção da mãe e de outras mulheres. O encarei meus olhos brilhando com triunfo. Quem diria que seriam tão parecidos. Com um último olhar de superioridade permiti Astrid me guiar para longe dali.