Armazém dos Professores (4º ano)

Caminho pelos corredores escuros da comunal da Grifinória, a luz fraca das tochas projetando sombras dançantes nas paredes de pedra. A madrugada pesa sobre Hogwarts, mas meus passos são determinados. Não posso hesitar. Meu destino está traçado. Chego ao armazém de aulas dos professores do quarto ano, as tábuas do chão rangendo sob meus pés enquanto me aproximo da porta trancada. Com um feitiço silencioso. Alohomorra. Desarmo o fecho e a porta se abre com um suave estalo. Adentro o recinto, o cheiro de poeira e livros velhos impregna minhas narinas. !As horas se arrastam naquela noite inquieta, enquanto reviro os pertences da sala, busco freneticamente por algo, algo que me ajude a enfraquecer Regan, tornando minha missão mais rápida e menos chamativa. Um pergaminho amarelado pelo tempo, cuidadosamente dobrado e escondido sob uma pilha de livros chama minha atenção Abro-o com mãos trêmulas, os olhos percorrendo as palavras escritas ali com uma mistura de ansiedade e determinação. Caixa contendo veneno mortal. Manuseie com extrema cautela. Mantenha trancada e fora do alcance de estudantes. A caixa está lá, no canto mais escuro do armazém, protegida apenas pela fraca luz da lua que se filtra pelas janelas empoeiradas. Meu coração bate forte no peito enquanto me aproximo dela, ciente do perigo que estou prestes a enfrentar.

Mas enquanto caminho ate a caixa, meu olhar é atraído para um outro canto escuro do armazém. Uma pequena gaiola, habitada por criaturas frágeis e indefesas. Um impulso sombrio revolve em meu peito, uma tentação que ameaça minha determinação, mas luto contra esses impulsos, cerrando os punhos com força enquanto resisto à tentação  Ao chegar a frente a caixa, a abro. O baú se desfaz diante de mim, revelando seu precioso conteúdo. Uma adaga está ali, reluzindo à luz fraca como uma serpente pronta para atacar. Com um pedaço de minha capa, cuidadosamente envolvo a adaga envenenada, sentindo uma onda de cautela percorrer meu corpo. Não posso arriscar um corte acidental. Minhas mãos tremem ligeiramente enquanto seguro a arma, uma sensação de poder pulsando em minhas veias. Guardo-a com cuidado, meu plano está se desenrolando como planejado, cada passo meticulosamente calculado em minha mente.

Enquanto deixo o armazém e retorno para a comunal, os pensamentos giram em minha cabeça. Regan será pega de surpresa, sua imundice será exterminada. Esta adaga envenenada será minha arma secreta, minha vingança contra um daqueles que nunca deveria  ter nascido. O nascer do dia  se aproxima lentamente enquanto retorno para meu dormitório, o peso da adaga em meu peito uma lembrança constante de meu propósito. Em alguns dias, quando chegar a hora certa, eu a usarei. E Regan sentirá toda a fúria de mim..