Arquibancadas

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Claro que o rapaz tinha mais força do que eu e se esquivou da minha mão. Quase que me desiquilíbrio com a força que usou mas mantive-me firme. Ele tinha um sorriso desafiador na cara como se tivesse a apreciar todo o momento. * Quem é que este tipo julga que é?* Pensei enquanto mantinha a minha varinha erguida esperando qualquer contra-ataque vindo da parte dele. Todo o meu corpo exalava calor de raiva e nervosismo, assim como, o meu olhar faiscava na sua direcção.

O descarado riu-se como se tivesse a maior piada do mundo. Calma, garotinha. Não é como se eu estivesse tentando te machucar. - Disse ele com a maior sarcasmo e descontração o que me fez ferver ainda mais o sangue e estreitar os olhos na sua direção. Eu era impulsiva e não deixava que me insultassem sem dar troco. - Garotinha, a tua avó torta. - Respondi com desdém enquanto mantinha a minha posição de defesa, preparada para o que dali viesse. Ele podia ter razão, eu não tinha autoridade mas não ia ceder tão facilmente. - Posso não ter, tens razão. Mas posso falar com um professor ou com um monitor. - Ameacei mas o rapaz achou uma ameaça completamente vazia. - Querido, tu ainda não sabes do que eu sou capaz. - Retorqui da mesma forma usando o seu tom de sarcasmo.

-Mas quem vai acreditar na palavra de uma simples estudante de Grifinória como você? Afinal, eu sou só um rapaz inofensivo de Corvinal.
- Então e quem é que irá acreditar na tua, afinal, tem o mesmo peso e a mesma medida que a minha. - Retorqui não vendo outra alternativa senão baixar a varinha e conformar-me que acabara de fazer mais um inimigo. Como se não me bastasse o piriquito de aviário, agora tenha este miúdo da Corvinal para me testar os nervos. Só me faltava arranjar um inimigo de Gryffindor e outro de Slytherin para ter um quarteto completo de inimigos. Cada qual na sua diferente casa! - As desculpas não se pedem! Evitam-se. - Exclamei alto demais, pois, as pessoas nas arquibancadas viraram-se para nós para perceber o que se estava ali a passar. Eu tinha as mãos em punhos e continha-me a todo o custo para não lhe dar os dois pares de bofetadas que ele merecia.

-Quem sabe eu não dê o mesmo tipo de ajuda á tua equipa. - Menti com tantos dentes tinha na boca, pois, jamais faria algo que pudesse magoar alguém. Ele concentra-se novamente no jogo que se desenrola e, por alguma acção que eu perdi, reparei que o piriquito de aviário havia entrado em campo.*Merda*. Podia destesta-lo, até mesmo, odia-lo mas conseguia admitir que era bom jogador e a situação no campo não era a melhor.

Sem o poder confrontar, arranjei lugar mesmo atrás dele para o poder observar durante o resto do jogo. - Se tentares mais alguma gracinha, juro que não me importo de incendiar esta arquibancada para te deter. - Disse num leve murmúrio, a minha voz era ameaçadora e continuava a segurar na minha varinha mesmo que escondida. Eu poderia não usufruir do resto do jogo mas não iria deixar que este garoto levasse a dele avante.

Pensamentos
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aluno 1

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O tipo parecia um completo cubo de gelo. Um completo narcisista! Nada parecia perturbá-lo. E para confirmar as minhas suspeitas ele achava a ideia divertida se a arquibancada ardesse. Connosco lá. Olhei para ele completamente supreendida enquanto ele mantinha aquele sorriso arrogante no rosto e os olhos brilhavam. Ele não era parvo e ele sabia que estava a ganhar neste nosso duelo sem sentido.

- Tu também estarias aqui, Corvino. - Digo com um encolher de ombros fingindo indiferença. - O que te faz pensar que escaparias intacto? - Pergunto com desdém e curiosidade na voz enquanto olho para a partida que continua completamente frenética e agressiva. Ele apenas se riu ironicamente da minha questão enquanto encolhia os ombros. Apesar de só lhe ver as costas, sabia que mantinha aquele sorriso pateticamente arrogante no rosto.

- Não era minha intenção, querido. Mas não vou permitir que magooes ninguém. - Respondo usando a sua expressão e, apesar de não ver, percebo que ele sorri cinicamente como tanto adora fazer. Este era outro idiota que conseguia despertar o pior que havia em mim mas se eu queria ganhar neste duelo de interesses, teria de fazer um esforço para o ignorar e estar atenta.

Para meu descontentamento a apanhadora de Hufflepuff consegue apanhar a Golden Snitch. - Merda! - Exclamo irritada quando o rapaz se levanta e me dirige um último olhar e parecia divertido. -Talvez, tenham mais sorte da próxima vez ... - Diz com um sorriso deveras satisfeito no rosto e afasta-se como se fosse o dono do Mundo.

* Ao menos, não conseguiu magoar ninguém.* Penso enquanto estreito o olhar na direcção em que saiu. Os meus olhos ainda deviam chispar raiva e frustração. Teria de ficar de olho neste tipo e, mais importante, teria de contar a alguém o que ele tentara fazer. Com esse pensamento em mente, dirigo-me apressadamente para a saída.


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