Sótão do castelo
Sótão do castelo
O Sótão de Hogwarts, fica na torre de Astronomia, ele é um refúgio tranquilo e relaxante, um contraste com o burburinho e a agitação do castelo. A luz do sol entra pelas janelas arredondadas, banhando o ambiente em uma luz suave e acolhedora. O piso de pedra polida estava livre de móveis, exceto por alguns fogões mágicos dispostos em frente às janelas para alunos que desejassem criar uma poção. Uma estante baixa de livros e revistas ficava ao lado da porta, oferecendo uma seleção de leituras leves para os alunos que desejavam descansar e esquecer suas preocupações. As paredes brancas eram adornadas com quadros de paisagens e camponeses bruxos, criando uma atmosfera de paz e ambientalista ao se unir com as plantas que envolvem as estantes.
Re: Sótão do castelo
Hey, olha pra mim, Eu disse e segurei em seu cotovelo, ele parou na hora de empilhar os livros e se virou para mim, pela primeira vez com expressão de que estava aberto a me ouvir. Você esta muito diferente desde que voltei das ferias, nao fala comigo, esta em um grau de agressividade altíssimo, esta tentando matar colegas... Aconteceu alguma coisa nas ferias que te deixou tão irritado? Eu perguntei para ele que apenas me encarou da cabeça aos pés como se pensasse se se abria ou nao para mim, que sou seu melhor amigo. Sabe que pode confiar em mim nao? Sabe que estou aqui para você. Eu disse olhando no fundo dos seus olhos, coloquei minha mão sobre seu ombro, mostrando a ele que estava sendo sincero, ele é meu melhor amigo e eu quero que ele saiba que eu faço de tudo por ele. Sai de meus pensamentos quando senti ele empurrar minha mão e com uma expressão mais fria me responder.
Re: Sótão do castelo
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Nao que tenha muita diferença nao é mesmo? Eu digo e dou as costas a ele novamente e pego uma das pilhas de livro que eu deixaria ali e coloco na estante do armário velho e cheio de teias. Escuto ele se explicar e me lembro de minha irmã, com um pesar em meu coração por nos últimos meses ter a tratado como lixo, mas eu nao consigo evitar minhas explosões de raiva. Eu nao ligo para a Kiara Eu digo sem olhar em seus olhos, apenas com indiferença enquanto pego outra pilha de livros para empilhar. Hey, olha pra mim,Escuto Viktor dizer mas meu corpo se nega a virar e olhar para o menino as minhas costas. Você esta muito diferente desde que voltei das ferias, nao fala comigo, esta em um grau de agressividade altíssimo, esta tentando matar colegas... Aconteceu alguma coisa nas ferias que te deixou tão irritado? Ele diz e eu sinto meu coração acelerar, eu desejo contar a ele de minha trágica morte, minha confusa volta e a sombra que morava dentro de mim.
Encerre isso ou vou mata-lo. A voz volta a minha cabeça, a maldição que controla meu corpo quando fica afim, que usa da minha raiva interna para tirar o controle de meus atos de mim. Empurro a mão dele ao ouvir sua ultima frase e relembro de sua viagem com Adora, seu namoro com Lillian, tudo que aflora minha raiva e deixa que a maldição fale por mim. Esta aqui aonde? Na primeira oportunidade me abandonou para ir viajar com a Adora e nem me contou que depois nao voltaria para o castelo. Fiquei aqui esperando que você voltasse como planejamos mas só voltou em Agosto. Eu digo e escuto o mesmo se explicar afirmando que havia marcado de seu resto de ferias ser com Lillian. Reviro meus olhos, nao quero nem imaginar eles dois as ferias todos juntos, quem dira aceitar esse relacionamento. Viktor sempre foi o mais tímido e eu contava com isso para ele nao arranjar alguém ate que eu tivesse coragem em revelar meus sentimentos a ele, mas Lillian infelizmente foi mais rápida.
To cagando que era na casa da Lillian, o mínimo era ter me contado, nao somos melhores amigos? Eu pergunto com um com irônico no final e vejo ele abaixar os ombros culpado e desvia seu olhar de mim. Por dentro sinto sua vergonha me satisfazer, por mais que eu o ame. Fiquei como idiota te esperando aqui e você nem se lembrou de mim. Agora quer saber o que aconteceu comigo? Eu digo e me aproximo, deixo meu rosto bem perto do seu, apesar da sombra em mim fazer isso para intimida-lo, meu lado romântico nao deixa de olhar para seus lábios por alguns segundos. Pois saiba que o que aconteceu é que eu acordei! Percebi como Hogwarts esta imunda e é meu dever limpar, antes que seja tarde demais. Eu digo deixando a voz sombria dominar meus pensamentos, sua razão fazendo sentido para mim quando a falo. A começar por seus amigos. Eu digo me afastando e aponto minha varinha para ele ao dizer isso com superioridade e depois a abaixo, era minha forma de ameaça-lo. Eu já o havia perdido mesmo para a lufana, do que adiantava então continuar lutando contra a sombra que tenta me controlar?
Re: Sótão do castelo
O que faz aqui? Pergunta de forma mais agressiva Viktor ao encarar com fúria, Skriniar voltou seu olhar para ele, ficou alguns segundos sem responder pensando no que diria. O Corvino o odiava, o odiava por nao aceitar que em um jogo de esportes, problemas com a vassoura podem acontecer. Eu estava procurando o Kieran. Ele disse ao se desencostar da porta e se sentir a vontade para entrar no sótão, passando ao lado de Viktor com o nariz em pé e parando a frente do grifino que estava confuso com toda essa interação. Skriniar nao era próximo do menino da Grifinoria, no máximo dividiram algumas partidas de bexigas mas sua intenção ali era irritar Viktor seu inimigo. Estava te procurando pois queria levar voce ao baile como meu acompanhante. Aceita? Ele perguntou sem rodeios, ignorando totalmente a presença de Viktor atras de si, ele segurou a mao de Kieran que o encarava surpreso e sorriu enquanto esperava uma resposta do moreno.
Re: Sótão do castelo
Atrapalho? Ouvi a voz de alguém que nao esperava, minhas feições que já estavam fechadas, ficam mais ainda. Me virei podendo ver Skriniar, apoiado sobre a porta, com um sorriso debochado. O que faz aqui? Pergunto em um tom seco para o menino que pôs fogo em minha vassoura ano passado. Escutei ele me cortar afirmando que nao me procurava e sim Kieran, me deixei arregalar os olhos surpreso e me perguntei desde quando eles haviam se aproximado. Estava te procurando pois queria levar você ao baile como meu acompanhante. Aceita? Escutei o sonserino dizer e por pouco nao deixei minha boca cair mais surpreso ainda. O vi pegar a mão de Kieran e comecei a entender o que havia acontecido nas ferias. Uau, pelo visto muita coisa aconteceu nas ferias ham. Ate ficar próximo do garoto que ateou fogo na minha vassoura ficou ne Kieran? Eu perguntei perdendo meu autocontrole, talvez por com quem ele estava criando amizades, o menino que me fez quebrar o braço na ultima partida de quadribol que eu consegui jogar. Escutei Skriniar afirmar que eu nao havia provas de que ele tinha feito nada, mas eu sabia que tinha sido ele, seus proprios amigos o entregaram para mim quando a coisa ficou feia no dia. Voce sabe muito bem o que fez! Por sua culpa nao consigo montar uma vassoura de novo! Eu disse me aproximando de Skriniar como forma de afronta-lo mas fui empurrado por Kieran que entrou no meio de nos dois e voltou a falar.
Re: Sótão do castelo
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Viktor se prepara para falar mas eu me apresso em interrompe-lo. Esta com ciumes? Eu pergunto e deixo um sorriso escapar meus labios e vejo ele ficar nervoso e negar na mesma hora. Nao, você sabe que nao é isso! Eu estou com Lillian mas me preocupo com as amizades que esta começando a fazer. Ele diz e eu deixo meu sorriso se desfazer e me aproximo dele agora serio. Esta se preocupando com minhas outras amizades quando você nem mesmo consegue cumprir seu papel de amigo? Eu merecia uma satisfação Viktor e nao tive. Eu morri esperando você voltar e você nao veio. Eu digo com um tom magoado, consigo sentir que eu estou no controle do meu corpo quando digo aquelas palavras, posso ver o olhar magoado do menino, talvez percebendo sua parcela de culpa em algumas coisas.
Meu controle dura pouco e sinto uma parte da sombra retomando meus pensamentos. E agora quer me pedir satisfação? Depois de tudo? Tsh! Digo em um tom de desgosto, um sorriso maléfico se forma em meu rosto e eu dou as costas a Viktor, voltando a olhar para Skriniar e pego em sua mão. Vai sonhando Viktor. Ei digo ao passar ao seu lado puxando o sonserino junto comigo para fora só sótão, deixando tanto Viktor sozinho como também minha detenção por aquele dia.
Re: Sótão do castelo
Outra Face Sebastian
Seguia Sebastian de longe, me esforçando ao máximo para não ser notado por ele e para parecer natural para quem passava, afinal, não podia permitir que ninguém desconfiasse do que iria fazer e, para meu plano dar certo, Sebastian era primordial. Eu precisava apagar ele, arrancar um chumaço de cabelo, colocar na poção polissuco e então ir participar do jogo feliz da vida e, por isso, eu seguia pacientemente aquele idiota.
Em dado momento Sebastian tomou um caminho diferente do normal, indo em direção ao sótão do castelo, soltei um sorriso, aquela era, finalmente, a oportunidade que precisava. Rapidamente segui ele e, ao entrar no sótão, notei Sebastian parado, respirando pausadamente, provavelmente se concentrando para o jogo que ocorreria em alguns minutos, sorri e me aproximei dele sorrateiramente, sem fazer qualquer barulho excessivo ou desnecessário.
Quando estava próximo o suficiente o agarrei por trás, aplicando um mata leão, Sebastian começou a se debater tentando se soltar, mas eu o segurava firme, focado no que estava fazendo, com a compressão das artérias carótidas em seu pescoço o fluxo de sangue para o cérebro estava reduzido e como o cérebro não recebia oxigênio suficiente para funcionar corretamente não demorou muito para que Sebastian fosse perdendo a força até cair desacordado no chão.
Observei o corpo desmaiado de Sebastian no chão, a adrenalina do momento ainda correndo em minhas veias. Foi mal parceiro mas preciso de uma cara de bocó para jogar e você é o que me pareceu mais fácil de lidar e... Encarei Sebastian desmaiado no chão, sem me sentir nem mesmo um pouco culpado por ele ter sido meu alvo escolhido. No fim das contas eu estava certo. Sorri, teria uma chance de participar do jogo de Quadribol, mesmo que por meios não convencionais.
Rapidamente retirei os frascos com poção que havia preparado anteriormente da bolsa, apesar de ser uma poção difícil, no fim das contas, graças ao livro que encontrei na biblioteca e às páginas que arranquei sobre a poção, eu consegui preparar uma poção decente, embora aquele fosse o momento de ter certeza, respirei fundo e arranquei um chumaço de cabelo de Sebastian, inserindo rapidamente alguns fios de cabelo em cada um dos frascos, eu sabia que a poção polissuco agiria em minutos, então preparei-me para beber a primeira garrafa. Saúde! Sussurrei baixinho antes de virar um gole da poção.
Senti uma sensação quente percorrendo meu corpo e em questão de segundos a transformação começou, podia sentir minhas feições mudando, meus ossos se rearranjando e meus músculos se adaptando, não era doloroso, mas ainda assim era estranho pra caramba. Quando a transição finalmente terminou sabia que havia assumido a aparência de Sebastian, mas, por garantia, retirei um pequeno espelho e analisei minha face. Eu já fui mais bonito. Disse e sorri, a transformação fora um sucesso.
Eu lancei um último olhar para o corpo inconsciente do verdadeiro Sebastian. Agora os cuidados adicionais. Retirei outro frasco da bolsa, desta vez um contendo uma poção do sono, então fiz Sebastian tomar aquela poção, sabia que ela duraria boas horas, o que me permitira jogar sem maiores medos, então comecei a parte chata, que era despir Sebastian e vestir a roupa dele, com tudo pronto e, devidamente vestido, sorri novamente e, pegando a segunda garrafa, saí do sótão, dirigindo-me para o campo de Quadribol.
Re: Sótão do castelo
Com um movimento de varinha, conjurei o feitiço para acorda-lo. Enervate! Eu disse vendo a ponta de minha varinha brilhar rapidamente e ele começou a se remexer lentamente, os olhos piscando enquanto tentava se situar. O que... o que aconteceu? Ele murmurou, ainda atordoado se sentando lentamente no chão enquanto eu o encarava com preocupação. Só o encontramos aqui. Você está bem? Quem fez isso com você? Perguntei, minha voz carregada de atenção e calma diante do menino, enquanto eu o ajudava a ficar de pé. O aluno esfregou a cabeça, tentando se lembrar. Eu... Eu estava caminhando pelo corredor, e então... alguém me atingiu por trás. Não consegui ver quem era. Eu franzi a testa, preocupada pensando ser uma rivalidade de alunos de casas opostas após a partida de quadribol.
Eu vou investigar quem fez isso, você por acaso tem alguma inimizade que possa estar é inconformado com a vitória de sua casa na partida. Eu disse inocentemente crendo que o Sebastian que eu havia visto na partida na tarde daquele dia era ele mas sua expressão surpresa me entregava dicas importantes. Minha casa venceu? Ele perguntou de uma forma inocente, cerrei meus olhos intrigada, agora me perguntando quem era o Sebastian que eu tinha visto jogar. A quanto tempo ele estava desacordado Pirraça? Eu perguntei voltando meu olhar para o fantasma que soltou uma gargalhada enquanto flutuava e me afirmava que era muito tempo.
Pirraçinha encontrou a bela adormecida enquanto voces curtiam o jogo ihihihih. Ele disse e eu suspirei, sentindo-me inquieta com o mistério por trás do incidente. No entanto, minha prioridade era cuidar do aluno atacado. Hmm... Sebastian querido, aqui, se cubra com isso. Vou leva-lo a ala hospitalar só por garantia tudo bem? Eu disse e o envolvi em um cobertor antes de aconselhá-lo a ir à ala hospitalar para um exame mais detalhado. Dei-lhe apoio enquanto descíamos as escadas novamente. Minha mente girava com possibilidades e preocupações, determinada a descobrir quem estava por trás desse incidente misterioso.
Re: Sótão do castelo
No entanto, hoje não é um dia comum. Sinto a urgência pulsante em minhas veias, o instinto primitivo que me leva em direção ao sotão do castelo. Como um lobisomem, sei que é crucial tomar minha poção para o controle da licantropia antes que a lua cheia ascenda ao céu e desencadeie a besta dentro de mim.
O jogo de Quadribol se aproxima rapidamente, e sei que preciso estar no controle de meus impulsos selvagens para representar minha casa adequadamente. Não posso arriscar perder o controle em pleno campo de Quadribol, colocando em risco não apenas a mim mesmo, mas também meus companheiros de equipe.
À medida que desço as escadas que levam ao sotão, sinto o peso do meu fardo se tornar mais leve. A poção para o controle da licantropia é minha âncora, minha única defesa contra a fera que habita dentro de mim. Com determinação firme, avanço em direção à sala de poções, onde sei que encontrarei o remédio que me permitirá manter minha humanidade intacta, pelo menos por mais uma noite.
Ao alcançar a sala, o aroma característico de ervas e ingredientes mágicos preenche o ar. Sinto um alívio momentâneo ao ver o frasco reluzente, contendo a mistura que tanto necessito. Com mãos trêmulas, pego o frasco mas antes que possa finalmente jogar o liquido em minha boca meu pescoço é circundado por braços fortes me aplicando um mata leão. Debato com força meu corpo mas não tenho sucesso em escapar. Logo sinto minha consciência se esvair.
[...]
Minha cabeça começa a latejar incessantemente, e quando abro meus olhos dou de cara com a vice diretora sobre meu corpo chacoalhando-me para me acordar. O que... o que aconteceu? pergunto confuso primeiramente, e então as coisas vão se assentando em minha mente. Eu... Eu estava caminhando pelo corredor, e então... alguém me atingiu por trás, com um mata leão. Não consegui ver quem era.
Os olhos da vice diretoria pareciam vasculhar o ambiente em que estavamos enquanto me perguntava sobre minhas inimizades, e se aquilo poderia ter acontecido por conta da vitória de minha casa. Vitória? Minha casa… Minha casa venceu? Corvinal ganhou mesmo o jogo? Emily se vira para trás, e pela primeira vez eu me dou conta da presença do pirraça. Arregalo meus olhos, eu estava parcialmente nu e com o fofoqueiro do fantasma logo a escola inteira saberia que a diretoria me encontrou nessas condições.
Com a ajuda dela, e a cobertura de seu manto sou encaminhado para a enfermaria.
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