Ala Hospitalar

Aaron estava ao lado de Rosalie, segurando sua mão com uma expressão de preocupação e dor. Quando Adora entrou na ala hospitalar, o coração batendo forte, ele levantou os olhos para ela, e sua expressão se endureceu. Adora, determinada a esclarecer a verdade, se aproximou com urgência. Aaron estreitou os olhos, sua expressão endurecendo ainda mais. Ele olhou para ela por mais alguns segundos, então desviou o olhar para Rosalie, que estava deitada na cama, parecendo tão frágil e vulnerável. Ele se ergueu de onde estava sentado, sua figura criando uma sombra sobre Adora enquanto se virava e jogava alguns papéis em seu peito.  Isso aí é um bebê que não existia??! Gritou ele, apontando para ela. Adora encarou nervosa os documentos mas logo ela jogou de volta os testes para Aaron, o moreno a encarou em choque enquanto ela ainda teclava na ideia de ser tudo uma farsa.

Ela se aproximou e colocou suas mãos em sua nuca, forçando que ele olhasse em seus olhos, que tendiam a olhar para seus lábios por mais que ele lutasse para nao olhar. Em um movimento rápido, a ruiva capturou os lábios dele que embora tenha demorado um pouco, empurrou Adora para longe, recusando seu beijo. Sua voz estava cheia de desgosto.   Como você pode ser tão louca? Como eu consegui gostar de alguém como você? Disse ele, as lágrimas escorrendo pelo rosto. Adora, chocada e magoada, tentou se aproximar novamente, mas Aaron a afastou com mais força, desta vez a jogando no chão da ala hospitalar.  Você é um monstro, Adora! Você atacou Rosalie e, por sua causa, nosso bebê está morto! Ela sentiu o peso de suas palavras como uma lâmina perfurando seu coração. As lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto, mas ela não desistiu.

Aaron, por favor, você precisa acreditar em mim! Implorou, sua voz quebrada pela dor enquanto se levantava e mais uma vez tentava tocar o moreno. Mas Aaron não queria ouvir. Ele a empurrou novamente, desta vez com mais força, fazendo-a tropeçar para trás. Saia daqui! Gritou ele, a voz cheia de ódio e desgosto, seus olhos com lagrimas que escorriam por sua bochecha. Eu não quero te ver nunca mais. Eu quero distância de você, Adora. Ela olhou para ele, o coração despedaçado. Ele estava chorando, a dor de ter perdido um filho queimando em seus olhos. Ele não acreditava nela. Ele a via como uma louca. Nosso amor não significou nada para você? Perguntou ela, a voz cheia de dor. Ele segurou o choro, ele ainda a amava mas nao tinha como aceitar aquilo.  Aaron a olhou com desdém, suas palavras cheias de veneno.

Esse amor? Disse ele, apontando para si mesmo e depois para ela, seu olhar repleto de raiva e decepção. Não significa nada para mim agora. Você matou nosso filho, Adora. Como eu poderia amar alguém que fez isso? Ela tentou falar, mas as palavras morreram em sua garganta. Ele estava destruído, e nada do que ela dissesse mudaria isso.  Saia daqui. Repetiu ele, a voz fria e dura.  Eu nunca mais quero te ver. Adora, sentindo-se esmagada pela dor e pela rejeição, deu um passo para trás. Ela olhou para Aaron, esperando que ele visse a verdade em seus olhos, mas tudo o que viu foi ódio e desprezo. Ela se virou e saiu correndo da ala hospitalar, as lágrimas escorrendo pelo rosto. O moreno respirou fundo, limpou suas lagrimas mantendo um olhar serio e voltou a se sentar por ultimo pegando a mão de Rosalie novamente.