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palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia

Kall at Queen of Graphics

— Loucura é um pouco mas é claro que fico, será um prazer fazer o que for melhor para você, Marie. O que acha de me mostrar onde vou dormir? – meu coração quase salta com sua reposta, afinal eu realmente achava que a resposta não seria positiva. A mão do homem passeia por meu corpo, o que me causa alguns arrepios diferentes por toda a extensão de meu corpo, sorrio com o toque.

Em segundos, Nathaniel se levanta e estende a mão para mim, mas eu fico o olhando pensado no que eles estava fazendo, havia mudado de ideia. Mas logo em seguida ele brinca. E então me lembro de seu pedido. – Claro que não – rio e pego sua mão me levantando, toda desengonçada dentro de minha calça larga de moletom.

Segurando sua mão, avanço por alguns corredores dentro da casa e então abro a porta no final do corredor, que no caso era a porta do meu quarto. – Nós podemos nos acomodar por aqui... – eu digo mantendo o convite para que além de me fazer companhia ele dormisse comigo.

Eu sabia que talvez estivesse apressando um ou dois passos, mas eu sentia que estava segura de alguma forma com Nathaniel, então os pensamentos que rondavam minha cabeça mandando que eu fosse com calma, eu estava ignorando. -  você pode se acomodar, eu vou só ligar agendando meu retorno com Julie amanhã pela manhã. -  Eu digo deixando ele analisar o cômodo.

Saio rapidamente do quarto para pegar o telefone, mando uma mensagem de texto para Julie agendando a consulta para amanha pela manha em seu escritório. Quando volto procuro por Nathaniel no quarto.

Me pergunto porque havia comprado uma casa tão grande se era apenas eu sozinha, ainda mais com um quarto gigante como aquele. – Então, o que achou? – pergunto no momento que vejo ele próximo a algumas fotos que tinha com minha mãe, e uma de John que havia colocado ali logo que voltei para casa depois de sair do Mungus.

pizza, wine and a handsome man/ Marie - Lilith - John - Eliot - Emily - Nathalie - Alex - Nathaniel

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Eu perco meu filtro quando ela me chama para dormir em sua casa depois do beijo que compartilhamos eu me sinto mais livre para expressar o que realmente desejo. Marie não pode ficar sozinha, ela mesma afirma que não é o melhor para ela e não sou louco de discordar de uma mulher daquelas. Entro em seu quarto observando cada detalhe vendo que ela tem muito bom gosto de decoração. Eu consigo sentir o efeito do vinho forte que tomamos, pois meus olhos nao conseguem deixar de se fixar em Marie a cada segundo.

Fala e eu aceno com a cabeça a vendo sair do quarto me deixando sozinho, olho melhor o quarto sem ela ao lado para me distrair e me aproximo de suas fotos, era impressionante como ela conseguia se parecer tanto com sua mãe. Foco por fim na foto de John ao qual ela nos contou que era filha. Olho a imagem do homem por alguns minutos, eu não tinha qualquer sentimento por ele mas me irritava saber o quando Marie sofreu por culpa dele. Quando a porta se abre novamente eu me viro para ver Marie entrando e eu não havia me acomodado em nada, nem o tênis havia tirado ainda.

Ela pergunta o que acho de seu quarto e tudo o que penso é que é mil vezes mais elegante e confortável que minha casa simples e alugada. Deixo a foto de John no lugar que antes eu segurava em minhas mãos, noto que Marie percebe qual imagem eu estava olhando e imagino que ela espere que eu a pergunte o motivo de guardar aquela foto, apesar de tudo que ele fez com ela, deixando que ficasse quase três meses presa com os comensais.

Brinco ao decidir não entrar no assunto John, pelo menos não agora, fazia alguns dias desde todo o acontecimento e por mais que ele fosse uma pessoa horrível, era seu pai, consigo imaginar a ambiguidade de sentimentos que a ruiva deve estar sentindo no momento, Questiona-la iria apenas piorar a situação. Retiro pelo menos meus sapatos e meia e caminho ate Marie. Sabia que conversar sobre os acontecimentos, nenhum de nós queria, dormir muito menos e com a coragem que o vinho me trouxe eu me aproximo mais de minha auror chefe, coloco minhas mãos em sua cintura e subo um pouco sentindo a sua curvatura impecável.

Falo deixando que o vinho suma com meu filtro, a verdade é que sempre achei Marie uma mulher esplêndida, desde quando ela era ainda uma colega auror simples como eu, a única diferença era que agora meus sentimentos pareciam estar sendo retribuídos e isso deixava tudo mais amostra. Vejo surpresa em seu olhar, junto a uma bochecha extremamente avermelhada, igualmente a minha. Eu sinto tudo correr muito rápido mas a cada minuto a mais que passo com Marie me questiono se esses sentimentos sempre estiveram em mim porem adormecidos ate agora.

Sinto Marie colocar sua mão em minha nunca e quando eu olho em seus olhos consigo ver o convite que estava esperando e sorrio ao aproximar meu rosto do seu, fechar meus olhos e conectar mais uma vez nossas bocas. Eu desta vez não esqueço que a ruiva contem machucados ainda não sarados da batalha e aliso seu corpo com a maior delicadeza que posso ter. Com minha mão eu subo de suas coxas, passando por sua bunda, costas e paro perto de sua nuca onde seguro firme e lentamente viro Marie para que ela fique de costas para sua cama.

Enquanto eu intensifico mais nosso beijo, eu colo meu corpo ao seu bloqueando qualquer espaço livre entre nos dois. Acredito que o certo seria irmos mais devagar mas minha mente parece não querer pensar em nada mais do que aproveitar aquele momento intimo com a linda morena. Sem que percebemos, eu e Marie acabamos nos movendo durante o beijo de forma que eu acabo por prender ela contra a quina da cama. Eu separo o beijo e olho a cama atras dela, era um convite gritante.

Olho para a Marie e consigo ver em seu olhar permissão para que eu continuasse e com isso em minha mente eu volto a aproximar meu rosto do seu mas desço um pouco tocando meus lábios em seu pescoço perfumado. Um perfume unido da mulher a qual eu toco, minhas mãos voltam a passear pelo seu corpo enquanto sinto ela fazer o mesmo comigo. Seguindo o ritmo do beijo e de nossas mãos eu deposito Marie delicadamente em sua cama ficando inclinadamente sobre ela enquanto a acaricio delicadamente acelerando o beijo. Eu estava ficando sem ar mas ao mesmo tempo meu cérebro não quer parar o beijo de forma alguma mas a morena faz o trabalho que nossos corpos precisam e quando nos afastamos para pegar folego eu olho para a ruiva em baixo do meu corpo e espero para ver se ela ira querer continuar ou prefere interromper.

Recomeçando Juntos - Trama Pessoal - Casa de Marie

Eu solto alguns sorrisos enquanto escuto Nathaniel. Me perguntava o que ele dizia sobre como me via no trabalho era realmente a imagem que eu passava, apesar de ser um ambiente profissional eu nunca havia parado para pensar sobre e bom não seria neste momento que eu faria isso. – Se continuar com esses elogios vai ser impossível de te deixar sair de minha casa quando o dia amanhecer. – eu brinco e logo estamos próximos novamente.

O corar de minhas bochechas me entregam. Eu tinha certeza de que o vinho que tomamos era pelo menos 50% responsável por tudo o que estava acontecendo os outros 50% era por vontade de ambos.

Conforme tudo foi se desenvolvendo, eu estava com os braços em volta da nuca de Nathaniel, suas mãos estavam passeando por meu corpo, coxa, bunda, costas e por fim parou na nuca, fazendo um carinho que me deixou arrepiada. Meu ponto fraco e ele estava prestes a descobrir. Seu corpo agora colado ao meu, minha boca colada a sua deixamos a intensidade dos toques e de nosso beijo irem se adaptando as nossas vontades.

Ele me olha como se pedisse permissão para continuar, eu dou a ele a permissão, conseguia sentir em seu toque a forma que estava cuidando com os machucados que tinha pelo corpo. Mas não queria que nada daquilo nos impedisse. Eu estava deitada em minha cama com ele por cima de mim, a intensidade dos beijos e toques fazendo com que o ar ficasse escasso para ambos, e com isso nos separamos, apenas para recuperar o folego. Sem aviso, enquanto ele tirava tempo para respirar e me olhar eu inverto as posições em segundos. – Você ainda me acha assustadora? – eu pergunto levando meu lábios aos seus, em seguida descendo os beijos por seu pescoço em quando minhas mãos procuram a bainha de sua camisa para arranca-la.

Em segundo Nathaniel esta sem sua camiseta, volto a beijá-lo enquanto me mantenho por cima de seu corpo, com minhas mãos agora transitando livremente por seu corpo até encontrar o botão e fecho de sua calça. Se eu tinha lido todos os sinais bem, abrir a braguilha de sua calça. Assim o faço, suas mãos logo percorrem meu corpo para me tirar de minha camiseta também, deixando me semi nua por cima de seus corpo.

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Não sei como vou olhar para a morena na manha seguinte quando estiver sóbrio, só sei que não iria deixar de aproveitar este momento com ela acessível como hoje. Eu sei que ela quer assim como eu mas me perguntou se não fosse pelo vinho se algum dia teríamos dado esse passo. Sempre fui um homem sem jeito para chegar nas mulheres, depois da morte de meus pais ai sim que eu perdi total meu foco em arranjar alguém com quem eu pudesse passar o resto de minha vida.

Tao focado em meu trabalho eu não via mas nem esperanças em encontrar alguém, mas aqui estava eu me pegando com a minha chefe em um encontro em que meu principal objetivo era somente ver se ela estava bem. Não consigo esconder minha alegria em poder estar tendo esse avanço emocional com alguém depois de anos me sentindo sozinho. Saio de meus pensamentos quando sinto Marie com uma força fenomenal apesar dos machucados, me girar inventando nossas posições, agora ela estava sentada em meu colo.


Falo quando sinto ela beijando meu pescoço enquanto ferozmente arranca minha camisa, sorrio sabendo que os limites estavam oficialmente quebrados, não me manteria educado como antes. Eu posso ver que Marie quer assim como eu e com muito cuidado eu pretendo trazer a ela a melhor noite que ela merece depois de meses no inferno. Sinto Marie abrir o ziper de minha calça e eu aproveito o momento para arrancar sua blusa deixando que ela fique seminua com seu corpo quente sobre o meu. Admiro a mulher sentada no meu colo por alguns segundos e sorrio apaixonado erguendo meu corpo e colondo ao seu enquanto volto a beijar ela.


Com Marie em meu colo somente de calcinha e sutiã, eu passo minhas mãos por seu corpo enquanto deixo que ela termine de tirar minha calça já se torna possível ver minha ereção, também como não conseguiria com ela em cima de mim? Marie volta a me beijar no mesmo tempo em que leva sua mão para dentro de minha cueca. Solto um suspiro ao sentir seu toque e sentindo a adrenalina do momento com uma única mão eu arranco seu sutiã deixando que seus peitos apareçam e eu os seguro com as duas mãos e minha boca vai ate seu pescoço. Meu aperto em seus seios é firme, eu aperto e massageio de forma a ser um prazer não só para mim como para ela.

Falo entre suspiros, seu toque por baixo de minha cueca quase me leva ao delírio. Sinto ela beijar meu cangote e eu me arrepio, solto seus seios com a mão e delicadamente eu deito Marie na cama e levo minha boca a seus peitos e minha mão agora livre entra dentro de sua calcinha e toco delicadamente sua vulva, começando a acaricia-la de forma a fazer Marie sentir o prazer que ela estava fazendo eu sentir. Quando me dou conta, nossos gemidos começam a se misturar intensamente enquanto um satisfaz o outro com as preliminares.

Marie me empurra e me tira de cima dela, foi de uma força tão intensa que por um segundo se passa em minha cabeça que eu tivesse feito algo que ela não havia gostado mas não tenho tempo de remoer essa ideia pois sinto mais uma vez ela subir em cima de mim. Com ela sentada sobre mim, tento me sentar para poder beijar seu pescoço mas sua mão me impede de levantar e ela começa a rebolar em cima de mim, consigo sentir seu calor sendo transferido para mim com a fricção que nossos corpos juntos começam a fazer.

Fico admirado com a beleza que é ver Marie no controle em cima de mim, seus peitos balançando em frente ao meu rosto era como se me deixasse hipnotizado. Consigo sentir minha ereção se tornando incontrolável tudo que eu mais quero naquele momento é misturar nossos corpos e torna-los um só.

Falo para a mulher que rebola em cima de mim e ela me olha soltando um sorriso sedutor que me faz derreter. Para muitos o homem deve controlar a relação mas eles não tem em cima deles uma mulher como Marie, vê-la me prendendo contra a cama e me controlando por cima era algo que me deixava louco.

Musica pro clima :

Recomeçando Juntos - Trama Pessoal - Casa de Marie

Quando estou em cima de Nathaniel nao consigo conter meus sorrisos de prazer em estar tão conectada com alguém como eu estava com ele depois de tantos anos. Coloquei minhas mãos sobre seu peitoral e forcei ele contra a cama mantendo ele sob meu controle enquanto eu tirava o ultimo resto de roupa que restava em nos dois antes de voltar para minha posição de antes em cima dele, só que desta vez com nossos corpos completamente conectados. Abaixei meu rosto e com minhas duas mãos eu peguei seu rosto e o beijei profundamente enquanto deixava que nossos corpos automaticamente nos dessem o prazer que tanto clamávamos.

Senti suas mãos passeando pelas minhas costas ate chegarem a minha bunda onde ele apertou com força. Sorri entrei nosso beijo e o intensifiquei soltando um pequeno gemido quando ele percebe que minha dominância esta um pouco mais afrouxada e inverte nossas posições ficando por cima de mim enquanto acelera a movimentação e volta a me beijar intensamente. Levei uma mão minha a sua nuca e minha outra mão passeava por suas costas uma vez ou outra o arranhando quando ele me atingia no ponto certo.

Me afastei do beijo para poder respirar e levei meu rosto ao seu pescoço dando pequenas mordiscadas entre momentos ofegantes em que precisava buscar ar. Fechei meus olhos sentindo meu clímax se aproximando a cada movimentação que nossos corpos faziam juntos.

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Eu posso sentir que assim como Marie estou perto de meu orgasmo, fico ofegante e encosto meu rosto em seu pescoço enquanto começo a perder o ritmo dos movimentos deixando que o prazer guie o resto da ação. Fechei meus olhos encostando minha testa em seu pescoço quando finalmente gozo ao mesmo tempo da mulher abaixo de mim. Ofegante começo a diminuir o ritmo de nossa movimentação ate parar enquanto busco ar depois dessa longa sessão de exercícios. Ergo minha cabeça olhando Marie linda e sorrio aproximando meu rosto do seu, lhe faço um carinho com meus lábios em seu rosto enquanto caminho ate o encontro dos seus.

Beijo-a intensamente como amostra do quão feliz estou por estarmos juntos naquela noite. E saio de cima dela me jogando ao seu lado na cama e me desconectando a ela. Ainda ofegante retiro a camisinha e com minha varinha eu uso Reducio para que ela se desintegre e olho para Marie ao meu lado que estava começando a adormecer, sorrio olhando cada detalhe perfeito de seu rosto, a paz em seu olhar e o descanso finalmente vindo depois de dias talvez sem dormir. Me viro de lado passando delicadamente minha mão em seu rosto enquanto puxo a coberta para nos cobrir.

Por mais que eu quisesse ficar acordado admirando sua beleza, eu preciso dormir pois trabalho amanha. Tiro minha mão de seu rosto e me viro ficando de costas a cama. Fecho meus olhos para dormir, amanha a acompanharia ate Julie e de lá vou direto para o trabalho. Enquanto espero o sono vir, revivo os momentos de horas atrás com um sorriso bobo preso ao rosto e uma esperança de que Marie nao tenha se decepcionado. Quando caio no sono me lembro de sonhar com ela aos meus braços.

Recomeçando Juntos - Trama Pessoal - Casa de Marie

Estava mais difícil conseguir me fazer presente nas lutas na travessa do tranco, Nathaniel estava dormindo em minha casa com mais regularidade na semana o que não me permitia sair de lá, mas hoje seria diferente.

Durante o trabalho ele me disse que precisaria ficar em sua casa esta noite, apesar eu querer mesmo que ele fosse para minha casa respirei aliviada pois poderia ir para o clube.

Organizo minhas coisas e sigo para casa, dando de cara com Pietra que estava terminando de juntar suas coisas para ir embora. – Como foi o dia por aqui? – pergunto e ela me passa a relação das coisas que fez, mesmo não sendo necessário. – Obrigada Pietra, bom descanso. -  ela caminha para porta a fora.

Subo para um banho rápido e quando chego novamente ao meu quarto vejo uma carta em cima da cama, era um chamado noturno, algo havia ocorrido em uma das florestas, reviro meus olhos e me visto para voltar ao trabalho.  

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São na guerra, indomáveis dragões.

Deixo que Marie me convença a nao buscar Skriniar em uma missão sem planejamento algum, esqueço de meus deveres com Azkaban no instante em que ela pede para tratar de meus ferimentos, deixo meus desejos falarem mais alto e me deixo ser guiado ate o segundo andar da casa que um dia a gente dividiu. Nosso quarto continuava o mesmo com excessao da mudança do quadro da parede que antes era uma bela pintura de cavalas aos mato trotando mas agora é algo abstrato. Senta aqui Nate, deixa eu dar uma olhada. Ouço sua voz meiga e a sinto me guiar pelos ombros ate a cama onde me sento, ela ao meu lado olhando meu rosto com atenção. Acho que é só o nariz quebrado, os outros ferimentos eu curei antes de vir aqui Eu comento enquanto meus olhos apreciam cada detalhe de seu rosto próximo ao meu, meu coração bate acelerado e consigo sentir seu clássico e doce perfume.

É, esta bem quebrado, ele nunca foi tão torto assim. Deita um pouco para eu ver melhor. Ela diz com um sorriso e eu solto um sorriso igual mas deixo transparecer meu nervosismo quando sinto ela empurrar meu peito para deitar. A cama fofa me engloba e assisto a morena retirar a varinha das vestes. Vai doer um pouco ok? Ela pergunta, eu sei o processo e sei que é doloroso, mas duvido que irei sentir algo com ela a minha frente. Aceno lentamente com a cabeça e a vejo conjurar o feitiço, em instantes sinto o estalo em meu nariz e minha expressão de dor fica clara mas nao emito som, apenas levo a mão ao ponto de dor. Nem senti... Eu minto lhe arrancando uma risada leve enquanto ela puxa um algodão molhado de uma tigela e leva ate abaixo de meu nariz, limpando o sangue seco escorrido.

O silencio nos envolve, um silencio aconchegante e enquanto ela limpa meu rosto, eu nao deixo de olhar cada detalhe de seu rosto, me perdendo na paixão que nunca perdi por ela. Eu sinto tanta a sua falta... Eu comento em um suspiro e ela para de limpar meu rosto, seus olhos se encontram com o meu mais ela nao se afasta de mim o que me dá mais coragem de continuar falando o que ainda sinto. Eu ainda te amo tanto que todo dia desejo voltar no passado, na época em que você ainda me amava. Eu digo mantendo meu olhar preso ao seu e me ouso a levar minha mãos a seus cabelos brincando delicadamente com suas mechas. Na época onde eu podia evitar todas as merdas que me fizeram te perder. Eu digo me referindo ao acordo com Lillian que eu havia feito para ganhar o cargo que hoje tenho e me arrependo amargamente.

Te amo tanto que é quase impossível aceitar que te perdi. Eu digo por fim e me ouso mais ainda em fechar o espaço entre nós dois selando nossos labios em um beijo repleto de saudades, um beijo que foi bastante aceito por Marie no começo mas nao demorou muito para eu sentir meu corpo se afastado e empurrado novamente a cama, meus olhos voltam a se prender aos de Marie, vejo ela em conflitos internos enquanto respira fundo pegando o ar de volta. Descul... Eu começo a dizer por minhas ações egoístas que podem ter piorado mais ainda a minha relação com a mãe de meus filhos mas antes que eu termine a frase ela faz alguma coisa.

São na guerra, indomáveis dragões.

As palavras de Marie faziam meu sangue borbulhar de paixao, ouvir que seus sentimentos por mim ainda existem me deixa em extase. Puxo ela para cima do meu corpo quando nossos labios voltam a se enconstar, apesar de soltar um gemido de dor, minha inteçao é aprofundar mais o beijo mas Marie se afasta preocupada com minha saude, meus ferimentos e meu cansaço. Eu estou bem! Afirmo firmando mais minha pegada em sua cintura, afundando mais seu corpo sobre meu colo enquanto deixo minha mao passear por suas costas como antigamente. Afundo meu rosto mais uma vez no seu e esquento as coisas, puxando Marie junto a mim na cama, deixando que seu corpo se cole ao meu.

Eu sinto suas maos envolverem minha nuca, ela afundar mais seus labios aos meus e nossos batimentos parecem em sincronia, me deixo levar pelo momento, a emoçao e ao me afastar do beijo, eu procuro seu pescoço, despejando beijos profundos e lentos nele. Minhas maos lentamente começam a subir por debaixo de sua blusa. Nate, espera... Ouço ela falar, seu tom de voz parecia lutar contra o desejo de seu corpo mas eu me afasto respeitando e olho em seus olhos, o brilho perfeito. Eu quero muito mas... Ela tentava falar e eu somente sorri, nao era um homem tolo e no fundo compactuava pelo mesmo pensamento que ela, apesar de meus desejos. Shh, eu sei, precisamos focar em nosso filho. Eu concordo. Eu completo sua frase e a vejo sorrir, como antigamente, quando completavamos o pensamento um do outro. Marie lentamente foi saindo um pouco do meu colo  encostou seu rosto sobre meu peito.

Podemos continuar isso depois, quando nosso filho estiver seguro, depois de uma bela ceia juntos nos Valaks, se estiver interessada? Eu pergunto jogando verde, sabendo de seus sentimentos por mim, eu lutaria a todo o custo poara retomar aquele relacionamento, a ceia dos valaks seria meu ponto de partida, depois que meu filho esteja seguro em minhas maos novamente. Ouço Marie concordar com a cabeça e nos perdemos no silencio do quarto ate pegarmos no sono, ela sobre meu corpo, aquecendo minha alma com seu calor, o prazer do passado voltando ao presente.

São na guerra, indomáveis dragões.

Kiara tenta me enrolar, eu seguro um sorriso para nao mostrar minhas semelhanças com si, meus atos parecidos em minha juventude. E vai por um vestido para ir buscar sua mãe e? Aquele menino esta indo para  festa nao? Eu questiono enquanto sinto minha filha me empurrar escada a cima em direçao ao banheiro do quarto de Marie. Claro que nao! Vou de pijama e tudo! Quando você sair do banho, eu já estarei de volta com Mamãe. Ela disse ao pararmos na porta do quarto de sua mãe. Eu me viro em um movimento brusco e coloco minhas duas mãos na quina da porta e Kiara me olha esperando a bronca.

Eu vou terminar meu banho em 20 minutos, é tudo que tem Kiara. Eu comento e a vejo sorrir, o que me força a sorrir de volta, eu temia pelo crescimento emocional de minha filha, temia em precisar ver ela como a adolescente que é mas ao mesmo tempo, eu sabia que nao podia impedir o inevitável. E coloque uma roupa decente filha... para ir a festa. moletom e calcinha não me parece de bom tom. Eu digo quando a vejo dar pulos indo em direçao as escadas mas ela para e solta uma risada e corre para seu quarto para por uma roupa. Eu fecho a porta da suíte e começo a tirar minha roupa suja da prisão, estando em uma festa com pessoas era mais seguro do que ela sozinha aqui com aquele rapaz, eu pensava enquanto me aproximava da banheira que Kiara fez questão de preparar com acenos de varinha durante nossa conversa.

Adentro na banheira e relaxo sentindo a agua quente englobar meu corpo inteiro, começo a passar a bucha tirando a sujeira do corpo e destampo o ralo depois de alguns minutos deixando a sujeita ir embora e terminando o banho no chuveiro, esfregando bem meu cabelo, barba e corpo. Ao sair do banho me seco com a toalha e a enrolo em minha cintura e saio pelo banheiro ate o quarto onde Kiara deixou umas roupas masculinas. Eu puxo as peças e as olho com cuidado curioso nao identificando elas como minhas do passado. Nao são minhas... Eu comento ao sentir um pequeno desconforto imaginando de quem poderia ser e as vistos apesar de tudo. Termino de abotoar a camiseta quando a porta do quarto se abre em um movimento brusco. Finalmente! Marie diz e eu me viro sendo recepcionado pelo beijo mais gostoso e cheio de saudades que alguém pode me dar. Envolvo meus braços em sua cintura enquanto o beijo se prolonga por alguns segundos ate nos separarmos para olharmos um ao outro.

Sua mao vai ate o colar de metal em meu pescoço. Isso é ridiculo! Ela comenta frustrada mas eu dou de ombros, deixando meus olhos cairem para seus labios, feliz de poder toca-los novamente. Isso nao é nada podendo estar com voce. Eu digo com um sorriso e a vejo se aproximar mais uma vez para que nossos labios toquem mas os degraus sendo pisados a fez se afastar de mim antes que Skriniar surgisse a porta. PAI! A voz dele soava como anjos em meu ouvido, eu me viro para ele e sinto meus olhos se encherem de lagrimas. SKY! Eu digo ao ver ele surgir na porta de nosso quarto e como um foguete ele entra me envolvendo em um abraço forte com muito amor.

Como é bom te ver meu filho e bem!! Me desculpa por nao estar lá quando você mais precisou! Eu lamento em seus braços mas sua voz me acalma mostrando nenhum rancor, ao me afastar vejo Kiara adentrando o quarto, se unindo a família que eu tinha orgulho em dizer que era minha. É tão bom ver nós reunidos novamente. Eu digo e puxo todos os três para um abraço familiar, estava cagando se era algo brega ou clichê, depois de duas semanas preso naquela prisão, eu nao queria nada além daquilo.