Sala de Interrogatório e Detenção Mágica do Ministério da Magia

Na penumbra da sala do Ministro da Magia, a atmosfera densa parecia carregar o peso de escolhas irrevogáveis, a lareira ardia, lançando sombras dançantes pelas paredes adornadas com tapeçarias antigas, meu semblante, normalmente imperturbável, revelava uma tensão sutil, uma mistura intricada de responsabilidade ministerial e angústia paterna.

Em meio aos relatórios uma mensagem urgente chegou, informando da presença de Comensais da Morte no Ministério, rapidamente me levantei, um alerta que reverberava na minha mente, contudo a mensagem informava mais, que os Comensais, Eliot e Lilith, estavam sendo guiados pacificamente para a sala de interrogatórios, sem perder tempo me dirigi para a sala.

Ao chegar à sala, deparei-me com uma cena carregada de hostilidades contidas, Marie, com sua expressão de indignação, representava a fúria justificada de uma mãe, Eliot e Lilith, envoltos numa aura de suspeita, mantinham uma postura desafiadora, o olhar firme de Lilith cruzou com o meu, buscando talvez encontrar alguma concessão ou fraqueza, contudo não haveria algo como aquilo ali.

Olhei para Skriniar, à margem da conversa, o elo mais frágil daquela equação, depois olhei diretamente para Lilith e Eliot, Llilith se aproxima de Skriniar pondo a mão em seus ombros e então liberando o garoto para ir com Marie, seu mãe. Temos assuntos a tratar agora. Veja a liberação de Skriniar como um sinal de que estamos aqui para cooperar. Lilith diz. mantenho minha expressão séria, olhei de relance para Marie, a seriedade do momento exigia que eu mantivesse o controle.

O que vocês pensam que temos para tratar? Vocês sequestraram meu filho de dentro da escola... demoraram meses para qualquer contato e o que? Deu crise de consciência? Marie lançava suas palavras com fúria, eu, por outro lado, encarava os dois com calma, não havia motivos para estar nervoso, sem poder usar Skriniar como escudo, Lilith e Eliot, naquele momento, já podiam se considerar presos, o local estava cheio de Aurores, todos autorizados a usar força letal contra os dois, me virei para Marie, era possivel sentir o odio em suas palavras, se aquele encontro estivesse ocorrendo em outro local era bem possivel de Marie atacar os dois. Marie.. Acalme-se. Digo com calma, indicando pelo olhar que ela deveria fazer o mesmo.

Lilith tomou a palavra, propondo que a liberação de Skriniar fosse vista como um sinal de cooperação, olhei diretamente para ela, minha expressão inabalada,a explicação seguinte, de Eliot, sobre sua não participação no sequestro era recebida com ceticismo, mas a intervenção de Skriniar mudava a dinâmica, as palavras do garoto, contando sua experiência no cativeiro, eram diferentes do que esperava, Marie, com razão, expressava sua desconfiança, porém o garoto poderia estar sob efeito de algum feitiço, sendo usado como um peão.

Qando Marie mandou Skriniar se retirar com Rodrick, aceno o autorizando a fazer aquilo, não que fosse realmente necessário, afinal, Marie era Vice-Ministra,  com a saída de Skriniar a sala ficava mais silenciosa, mas a tensão persistia, ao me virar para Eliot e Lilith, meu semblante era frio, minha voz, calma e firme, cortava o ar carregado da sala. Não sei que informação acreditam que possuem, mas... Pausei por um momento, deixando a pergunta no ar como uma espada prestes a ser desembainhada. A não ser que tenham descoberto como trazer mortos de volta à vida, a lista de crimes de vocês supera qualquer outra informação.  Os olhos se fixavam em Eliot, lembranças do duelo anterior ecoando no silêncio da sala.

Aliança com Darliguv, aliança com Nathalie, Participação em diversos atentados contra trouxas e bruxos, assassinatos, Incêndios criminosos, Torturas, tentativas e mais tentavias de assassinato contra membros do Ministério, aurores e Ministro da Magia, liderança dos comensais, planejamento e orquestro e ataques diversos e, mais recentemente, ataque a Hogwarts, onde por ordem de vocês um funcionário morreu, participação no sequestro de Skriniar, ordem para ataques no Beco Diagonal, Profeta Diário e Azkaban. A enumeração dos crimes era um exercício brutal de recordação, uma lista de horrores que Eliot e Lilith carregavam consigo, meu olhar não vacilava. Então... Qual informação vocês teriam que seria valiosa a ponto de toda essa lista de crimes ser ignorada e vocês deixarem o Ministério sem ser para irem direto para Azkaban ou para o cemitério mais próximo? A interrogação ecoava na sala, deixando claro a gravidade do momento enqaunto aguardava a resposta que poderia redefinir o curso daquela situação.



Robert - Emily - Laura - Lillian - Aaron - Edward

O clima tenso pairava sobre a sala de interrogatórios, respirei fundo, mantendo minha expressão imperturbável diante das palavras desafiadoras de Lilith, seus olhos fixos nos meus, como se buscasse alguma fraqueza, mas eu já havia enfrentado inúmeras situações assim, claro, ela estava certa, minha jornada não fora fácil, tampouco limpa, estava marcada por escolhas duvidosas, alianças ainda mais duvidosas e uma busca incansável por poder, no entanto, ali, naquela sala, eu era o Ministro da Magia e minha postura refletia a autoridade que conquistei.

Robert, eu poderia citar sua lista de crimes contra a humanidade e a comunidade bruxa, assim como poderia citar os de Marie. Lilith falava com insolência, tentando criar uma narrativa que justificasse suas ações., eu me aproximei dela, mantendo meu olhar firme. Não... Não pode... Acredite, você não tem ideia do que eu fiz. Eu respondi, sem hesitar. De fato, minha lista de crimes supera facilmente a de vocês dois juntos... Mas sempre existiu uma clara diferença entre nós... Entre eu e seus amados antecessores Lilith.  Eu sorri, uma expressão confiante que refletia a verdade que eu conhecia. Eu sempre fui superior, sempre estive passos à frente deles... Motivo pelo qual Darliguv e Monreal caíram... Se você fosse metade do que eu um dia fui, jamais estaria em uma posição tão patética.

Mas, para sua sorte, aquele homem também não está mais aqui. Meu passado podia ser manchado, mas anos de ações reparadoras tinham moldado um homem diferente, eu tinha consciência de meus erros e estava determinado a corrigi-los, encarei Lilith, trazendo a conversa de volta para o presente, naquele momento, Lilith e Eliot estavam ali como prisioneiros e eu como Ministro da Magia. E goste ou não, aqui, nesta sala, eu sou o Ministro da Magia e você e seu namoradinho são dois meros marginais que se entregaram... Então seria melhor ter ciência disso ao dirigir a palavra a mim ou Marie.

Eu voltei a me endireitar, encarando Lilith com seriedade, era hora de focar nas informações que poderiam aliviar o lado deles, se é que havia alguma. Vocês dizimaram meus seguidores em Azkaban, tenho pouquíssimas coisas a perder. Tenho plena consciência de que ao entrar no Ministério eu dei um tiro em meu próprio pé com relação à liberdade que tinha, e nem que eu ressuscitasse Merlin, Eliot e eu sairíamos livres daqui, mas eu só quero a segurança de Astrid. Nossa filha. Ela está com um de nossos homens em Godric's Hollow agora. Você pode me garantir isso, Robert? Lilith me encarou com intensidade, Marie então falou, impondo sua própria autoridade, após a conclusão daquela conversa voltei a encarar Lilith e Eliot. E quem foi? Qual informação vocês têm que realmente podem aliviar o lado de vocês? Eu questionei, mantendo o tom firme e autoritário.



Robert - Emily - Laura - Lillian - Aaron - Edward

Meus olhos iam de Eliot para Lilith, as informações que eles forneceram eram intrigantes, mas permaneciam vagas, insuficientes para garantir-lhes qualquer forma de liberdade, fora que eu precisava de mais do que meras palavras para confiar, soltei um suspiro, meus pensamentos voavam enquanto ponderava sobre a próxima decisão a ser tomada, meu olhar se voltou para Marie, então, em um tom mais alto, direcionei-me aos guardas do lado de fora da sala de interrogatórios. Leve os dois para a cela do Ministério. Minha ordem foi seguida sem hesitação, os prisioneiros foram guiados para fora da sala, destinados ao confinamento enquanto a apuração das informações se desenrolava.

Virei-me novamente para Marie. Tire o tempo necessário para para ficar com seu filho, organizo a papelada sobre os dois e encaminho os Aurores para averiguar as informações... Manterei você informada sobre tudo e, quando estiver bem, nos reunimos para conversar sobre o que decidir. Marie me encarou, mas por fim cedeu às minhas palavras, eu acreditava que ela queria resolver tudo de uma vez, mas não era algo simples, ou rápido, fora que ela precisava ficar com o filho e se recompor, acompanhei-a para fora da sala e depois retornei à minha sala, sabendo que havia uma pilha de tarefas à minha espera.

Ao sentar-me à minha mesa soltei um suspiro, com os Comensais caídos em Azkabane  a prisão de Eliot e Lilith, não haviam dúvidas de que os Comensais haviam sido derrotados, claro, as sombras do passado ainda pairavam sobre o presente, mas sem uma liderança, e sem uma grupo formado, aquilo de fato marcava o fim de uma era, soltei um sorriso, mas meus pensamentos foram interrompidos por uma batida suave na porta. Ministro Winchester, os Aurores estão prontos para iniciar a investigação sobre Eliot e Lilith... Precisa de mais alguma orientação? Era um dos meus assessores, aguardando minhas instruções. Sim, por favor, certifique-se de que a investigação seja minuciosa, precisamos de informações concretas e precisas e mantenha-me atualizado sobre qualquer desenvolvimento. As palavras saíram com firmeza, o assessor assentiu antes de se retirar, soltei um suspiro longo, seria uma semana puxada.



Robert - Emily - Laura - Lillian - Aaron - Edward