Gruta Sagrada

palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia

Ainda mais a fundo na Floresta Proibida é possível encontrar uma caverna e esta leva a uma profunda gruta que, embora tenha aparência de ser um simples lugar, é considerada sagrada para as Veelas do vilarejo, já que ali é onde os rituais mais sagrados delas ocorrem, além de que, de acordo com a sua tradição, para se tornar um Veela adulto o habitante do vilarejo deve passar uma noite inteira ali dentro com apenas suas vestes e mãos como armas, alguns acreditam que a gruta tem capacidade de projetar ilusões aos que nela por muito tempo residem, mas a verdade é que ninguém nunca fala como foi a passagem de sua noite ali, mas todos dizem que jamais desejariam repetir.

Kall at Queen of Graphics

Naquele dia eu e minha filha Ayn estávamos indo à um lugar chamado Gruta Sagrada por indicação de uma amiga minha do Coven. Ela havia dito que era um ótimo lugar para se conectar com a natureza e relaxar.

O lugar era em um vilarejo bruxo chamado Dryadalis, onde também tinham outros lugares indicados pela minha amiga, mas que ficariam para outra visita, como o Lago Prateado e a Floresta Perdida.

Depois de aproximadamente de trinta minutos de caminhada pela cidade, chegamos até a Gruta, um local de fato belíssimo. Assim que entramos pude sentir a energia do local e me senti até um pouco fraca, mas logo me recuperei.

Quando chegamos, me sentei com a Ayn e contei para ela sobre os planos que eu tinha para a nossa familia no futuro próximo.

- Filha, como você sabe, estou pensando em adotar uma criança e o orfanato me colocou en contato com uma estudante de Hogwarts. O nome dela é Eridan e ela vai fazer 12 anos. O que você acha dela? - disse mostrando a ficha mágica que o orfanato tinha me enviado. - Acho que ela se encaixaria bem na nossa familia e você?

Off: Interação com Ayn Kaija Peregrine

Eu imaginei que a reação de minha filha seria parecida com essa, realmente, trazer uma criança para a família agora, era complcado. eu não estava ficando mais nova, com os meus 36 anos e minha filha não poderia me ajudar por conta do Quadribol como ela mesma disse.

Mas quando eu vi essa garota e que ela tinha sido abandonada pela família, eu não pude deixar de querer adotá-la. Se eu pudesse, eu adotava todas as crianças do orfanato bruxo de onde a Eridan veio.

Abri a cesta de piquenique eu levei para mim e para minha familia comermos na gruta, agradeci aos Deuses pela comida, pedi licença aos espiritos sagrados da gruta e dei um dos sanduiches com um copo de vinho para que Ayn comesse para renovar as energias dela e servi um copo de vinho para mim também.

Antes que continuássemos a conversa, era importante que estivéssemos as duas com nossas energias por completo, afinal a conversa seria longa. Queria que a minha filha aceitasse a nova criança na familia.

- Então, eu sei que é dificil, mas acho que se tem alguém que consegue isso, somos nós duas. Sei que você será uma ótima irmã mais velha para Eridan e para qualquer outra criança que um dia eventualmente se junte a nossa família. Você sempre foi uma ótima filha e sempre que não está viajando com o time, você está me ajudando em casa e você sabe disso, então eu sei que você vai ser uma ótima irmã para essa garotinha que não tem ninguém.

Off: Interação com Ayn Kaija Peregrine

Eu tinha certeza que minhas ultimas palavras convenceriam Ayn a aceitar mais uma criança na família, mesmo que não concordando muito. Ela realmente já era uma ótima irmã mais velha para as meninas do Coven e tenho certeza que o seria também para Eridan.

Pelo que li de Eridan, na ficha dela tinham muitas idas para detenção e castigos e muitas restrições, falavam que ela podia ser um pouco revoltada, mas não falava nada sobre ela ter atacado alguém ou ter destruido algum lugar.

O que me fazia pensar que ela era apenas uma garota de personalidade forte e decisiva, assim como minha filha Ayn também era nessa idade, uma garota obstinada, inteligente, decidida e que odiava injustiças.

Quando me virei para encarar Ayn, vi que ela fazia o mesmo comigo, como ela fazia quando era pequena, quando ela fazia isso eu costumava pegá-la em meu colo e abraçá-la. Ela já estava grande para isso, mas eu nem liguei para isso, a puxei para perto de mim, a colocando no meu colo, como se ela ainda fosse a Ayn de 10 anos ainda e a abracei.

- Poderemos conhecê-la em algumas semanas quando ela voltar de Hogwarts. Marquei uma semana de adaptação conosco logo na semana de férias para saber se se vamos nos dar bem. Você sabe que me parte o coração ver todas aquelas crianças desamparadas e eu só quero poder fazer alguma coisa. Sei que ela é só uma dessas crianças, mas pelo menos vou poder fazer a diferença na vida dela.

Eu ainda tinha que conversar também com a Sam e a Ayn precisaria me ajudar com isso, por isso quis conversar com ela primeiro e em um lugar reservado. Até porque Sam estava na escola ainda e eu só poderia contar para ela por carta ou nas férias e esse não era um assunto para ser discutido por carta.

Off: Interação com Ayn Kaija Peregrine

Minha maior preocupação agora nesse momento era se Sam gostaria dessa notícia, apesar de ser uma menina calma, não sei como ela iria reagir.

Ayn sempre foi a minha filha mais espoleta e aparentemente Eridan vai competir com ela pelo trono de criança mais agitada da casa. Mas agora que Ayn era uma pessoa mais centrada e calma, esperava que ela e minha nova filha pudessem se ajudar nisso.

Depois de algum tempo, terminei finalmente de comer o meu sanduíche e terminar o meu vinho, agradeci novamente pela comida, limpei tudo, guardando de volta dentro da cesta e voltei minha atenção novamente para Ayn.

- É dessa vez essa criança vai ter você como mentora e acho que ela vai precisar viu. Porque pela ficha dela, ela me lembrou muito alguém que conheço. Espero que você possa ajudá-la a se adaptar e que você e Sam a recebam bem na família minha querida, eu só quero que a gente tenha uma família feliz. Quem sabe um dia sua mãe não encontra também alguém para transformar nosso trio em quarteto hein? - disse dando uma piscadela para Ayn

Eu sabia que ela iria entender essa ultima parte, mas que não necessariamente iria gostar do que tinha sido dito, dei uma risada e fiquei esperando para ver o que minha filha iria dizer sobre a minha pergunta.

Off: Interação com Ayn Kaija Peregrine

Quando vi a cara que Ayn fez na gruta, percebi que de fato aquele não era um bom lugar para nós estarmos. Eu já havia sentido que a energia ali não era das melhores, mas não sabia que era tão ruim assim, até que percebi as pegadas no chão.

Tive um pouco mais de dificuldade para me levantar pois parecia que a energia do local estava começando a me sugar quando coloquei a mão para fora da toalha do piquenique, mas por fim consegui me recuperar e peguei a cesta e todo o resto e corri para fora dali com a minha filha deixando para me recuperar do lado de fora.

Me apoiei em Ayn por um tempo porque eu tinha perdido muita energia e estava me sentindo muito fraca ainda. Quando consegui voltar a mim me virei para ela e falei:

- A energia dessa gruta é sombria. O que esse lugar tem de bonito tem de tenebroso, me deu arrepios a forma como minha energia foi sugada assim que coloquei a mão para fora da nossa toalha de piquenique. Acho que esse local só é bom para meio-veelas. Vamos embora daqui, podemos fazer a conexão de lá de casa mesmo, temos que contar para a sua irmã sobre a adoção da Eridan, vamos.


Off: Interação com Ayn Kaija Peregrine | Saindo do local

Eu devia estar com mais sorte do que eu poderia imaginar ter naquela noite, para minha surpresa, após aquela reunião rídicula com Damon, ou melhor dizendo a troca de palavras que tivemos nas ruas eu decidira vir para um vilarejo veela de bosta, eu  precisava urgentemente de uma bebida e sabia que ali haviam bebidas fortes o bastante para me satisfazer, mas quem imaginaria que eu iria encontrar uma linda garota tão gritantemente carente de atenção, aquilo não podia ter sido melhor, na verdade parecia até um presente do destino. Enquanto eu bebia mais um gole de algo forte para cacete eu ouvia a pequena historia da garota a minha frente, de como seus pais descobriram que ela era uma bruxa, como aquilo os chocou e como ela viveu depois daquilo, sobre a tristeza deles com relação a saber sobre a magia e sobre como ela sofreu ao apagar suas memórias depois de formada por Hogwarts. Toda aquela história era apenas um misto de baboseira, em seu lugar eu simplesmente mataria todo mundo, mas nem todo mundo compreendia um gênio como eu.
— Compreendo... Mas, embora triste, você fez bem, eles não te compreendia e não é bom que trouxas saibam sobre o mundo bruxo, isso pode ser perigoso para eles. Embora falasse aquilo como se demonstrasse preocupação, aquilo estava longe de ser verdade, eu simplesmente detestava nascidos trouxa, trouxas ou qualquer um com ligação à eles, a garota continuou falando e sorrindo, era notável o interesse dela por mim, então ela simplesmente sugeriu que deixássemos aquele local, indo para algum lugar mais reservado. Deixei um sorriso escapar.
— Seria uma honra para mim te acompanhar aonde quer que vá. Eu quase vomitei ao falar aquilo, embora soubesse falar de maneira, digamos, educada, e obviamente soubesse me comportar bem, aquilo era um saco, mas necessário às vezes. —  Afinal, já conversamos demais aqui. Me levantei e a guiei para fora do recinto. — Tem uma gruta aqui perto onde podemos aparatar para onde você desejar. Falei com um sorriso no rosto, ela sorriu timidamente, aquilo seria divertido, caminhamos para a gruta e assim que chegamos ao mesmo olhei ao redor, estava realmente deserto, sorri e retirei a varinha do casaco, a garota não compreendeu, na verdade ela só compreenderia quando fosse tarde demais, antes que ela entendesse o que aconteceria apontei a varinha para ela. — Petrificus Totalus. A garota paralisou, caindo no chão, ela me encarava sem entender, sorri. — Sabe... Eu estou querendo dizer isso desde que te conheci... Então... Você é uma porcaria de um pé no saco, essa sua ladainha de triste por ter vindo de família trouxa quase me fez vomitar, na verdade eu deveria ganhar um prêmio por não te matar na hora em que abriu a merda dessa sua boquinha... Ah.. Sem dúvidas te torturar vai ser reconfortante e eu vou amar cada momento até que você morra. Lagrimas saiam do rosto da garota, gargalhei e me ajoelhei ao lado dela, puxei uma faca e sorri. — Tente não morrer rápido... Isso seria muito frustrante..
Eu realmente perdi a noção do tempo ali, enquanto matava lentamente a garota, mas uma coisa eu podia dizer, aquilo realmente me desestressou, tanto que agora estava até mesmo pronto para tolerar uma reunião com a tal lady que Damon tanto queria encontrar, claro que esperava que ela desse uma resposta rápido, antes que aquela alegria de torturar alguém até a morte passasse. Assim que terminei meu trabalho limpei minha faca e olhei ao redor. — Lugar maravilhoso para se matar alguém. Disse gargalhando, depois apontei a varinha para o corpo da garota. — Só por garantia... Avada Kedavra. O lampejo acertou o corpo sem vida, gargalhei novamente e aparatei dali.

Um Novo Ataque

Aquilo não podia ser pior, na verdade se tinha algo que poderia ser considerado horrível era justamente aquele ataque, além do estado em qual se encontrava o corpo da pobre garota ainda tinha que se levar em consideração o local, uma gruta sagrada dos Veelas, um povo orgulhoso e complicado de se lidar, principalmente com relação às suas terras, e tínhamos um corpo justamente onde?

Isso vai dar uma merda gigantesca... Bufei enquanto analisava o corpo e sentia olhares furiosos em minhas costas. Eu já tinha conversado com meia dúzia de Veelas desde que chegara no vilarejo, na verdade representantes do conselho da cidade, representantes do comitê de ligação com os bruxos e até mesmo a líder do lugar, ou seja, uma chuva de afrontosas ofensas, isso antes mesmo de chegar até o local do crime, na verdade quando chegara ali minha cabeça já doía o suficiente para o mês. Quem faria algo assim? Me questionei se não poderia ser o mesmo responsável pelo ataque em Hogsmeade, se fosse tinha uma situação complicada nas mãos, muito complicada, olhei ao redor. Pelo menos desta vez o Ministério chegou primeiro... Bufei novamente.

A garota tinha tantos ferimentos que chegava a ser assustador, fosse quem fosse que tivesse feito aquilo a pessoa precisava ser parada a qualquer custo e, sendo sincero, talvez Azkaban fosse até uma punição amigável para ele. Respirei fundo e me levantei, aquilo daria uma dor de cabeça incrível ao Ministério. A situação aqui é bem diferente do que ocorreu em Hogsmeade, portanto prestem atenção. Disse aos Aurores presentes ali. Removam o corpo com o máximo de cuidado e levem para o Mungus, porém não toquem em mais nada, essa gruta é sagrada para os Veela e não queremos causar mais problemas do que já estamos enfiados, enviarei um representante do Ministério para uma reunião com a líder para discutir como será realizado a limpeza daqui e como lidaremos com a situação como um todo.Bufei novamente, que problema realmente gigantesco. Até lá não façam nada que piore o que já está ruim... Entendido? Todos responderam que sim, respirei fundo e resolvi aparatar dali, tinha que ir ao Ministério e adiantar, o máximo possível, a resolução daquele incidente.


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