Sorveteria Florean Fortescue

Ter Fev 23, 2021 10:06 am

Relembrando a primeira mensagem :

Florean Fortescue • BECO DIAGONAL
A sorveteria que tem todos tipos de sorvetes e doces possui entre sundaes, sorvetes e balas de todos os tipos a também o sorvete flutuante que faz a pessoa flutuar alguns centímetros. A parte da frente é toda aberta convidando os passantes a entrarem, e tem várias mesas com cadeiras confortáveis, os atendentes parecem estar sempre de bom humor com sorrisos simpáticos. A Sorveteria Florean Fortescue é um excelente local para se distrair e tomar um delicioso sorvete no Beco Diagonal, sendo considerada, sem duvida, a melhor sorveteria de todas.

Zona Bruxa Segura

Sáb Ago 21, 2021 1:04 pm

Sorvete

-Você promete? - retruquei rindo. -Tudo bem então, homenzinho.

Continuamos comendo tranquilamente. Fiquei de olho em Fleen para não se sujar ou comer demais. Dividimos bem o milkshake e quando terminou, abracei a criança loira.

-Então, vamos para casa? - perguntei já me levantando com ele no meu colo. Depois de tanto sorvete, imaginava que não fosse querer andar.

Saímos da sorveteria para casa, mas antes ainda demos uma voltinha pelo Beco e eu comprei outra pelúcia para meu irmãozinho, não que ele precisasse de mais alguma. Seu quarto era repleto de pelúcias, achava até que não poderia ter espaço para outra.

Saindo dali

Dezembro de 2051
Florean Fortescue
com Fleen Rüggerberg

Ter Dez 14, 2021 8:13 pm

icecream

new people

Edward não se sentia confortável em aparatar comigo, ele sempre me dizia que eu era nova de mais, e que quando eu crescesse mais uns anos me ensinaria a aparatar, mas que por enquanto era muito perigoso. Eu não entendia bem, mas apesar de me deixar irritada a proteção eu entendia. Chegamos ao beco diagonal depois de atravessarmos a parede do caldeirão furado. Nós fomos direto para a loja de trajes de festa.

Eu havia escolhido vários vestidos para experimentar, queria ter a chance de realmente ter um que gostava, havia puxado essa exigência em estilo de minha mãe. – Eu não gostei de nenhum – tio Ed olha para a pilha de vestidos que a moça estava tirando do provador. – Você ficou linda em todos eles, tem certeza que nenhum deles te agradou? – ele perguntou e eu neguei com a cabeça.

Sento-me no puff em meio a loja ao lado de meu tio. – Vocês vão casar na praia tio, isso quer dizer que eu não posso exatamente ir com um vestido preto.. e nem com um branco... não se usa branco em casamentos. – digo explicando um pouco de minha exigência. Passo meus olhinhos por mais algumas arraras até que um tecido azul me chama atenção.

Corro com minhas perninhas curtas até o vestido e o mostro para tio Ed – é esse daqui – eu digo e ele mais uma vez faz uma cara de surpresa. E me pergunta se não vou nem experimentar. – Não precisa tio, eu sei que é este mesmo. – digo sorrindo e seguro o vestido como se minha vida dependesse dele. Nos encaminhamos para o caixa onde tio Ed faz o pagamento do vestido. – Podemos ir a sorveteria agora? – pergunto com meus olhos brilhando de excitação por ter encontrado o vestido que em minha cabeça era simplesmente perfeito.

Seguimos para a sorveteria, enquanto eu tagarelava incessantemente sobre como estava ansiosa para logo ter meus 11 anos e poder ir para escola. Muitos de meus colegas na escolhinha bruxa diziam que seus irmãos retornavam para casa com varias histórias nas férias que tinham. – Mamae nunca fala sobre essas escolas, mas sei que ela foi para Hogwarts assim como você e tia Julie.

Entramos na sorveteria que estava um pouco cheia, e por isso acabamos escolhendo uma mesa na parte de fora do estabelecimento. – Tio... como era quando você estava na escola? Sua casa e seus amigos – pergunto querendo saber sobre sua vida.

Laura - Victoria - Edward - Julie

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Ter Dez 14, 2021 9:27 pm

quality time

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Shot through the heart and you're to blame Darlin', you give love a bad name

Haviamos passado tanto tempo vendo vestidos, que eu havia dado graças a deus quando Laura finalmente achou um que a agradasse. Eu jamais iria entender essa fissura que mulheres tinham com roupas, cores para cada ocasião. Meu guarda-roupa era muito simples, haviam ternos, roupas de inverno e roupas de verão simples como deveria ser. Logo que pago pelo vestido seguimos para a sorveteria.

Pegamos uma mesa do lado de fora da sorveteria pois as mesas em seu interior estavam todas ocupadas. Laura passou o caminho me contando sobre a escola que Victoria a havia matriculado. Era uma escola bruxa, para crianças que ainda não haviam atingido a idade para ir para Hogwarts ou qualquer uma das outras escolas, como Beauxbattons ou Durmstrang. – Mamae nunca fala sobre essas escolas, mas sei que ela foi para Hogwarts assim como você e tia Julie. – ainda não havia me acostumado com a aproximação de Laura e Julie. Foi natural como se tanto eu quanto Julie sempre estivéssemos na vida de Laura e não apenas alguns meses. – Tio... como era quando você estava na escola? Sua casa e seus amigos – a pergunta me pega de surpresa mas tiro alguns segundos para pensar na resposta enquanto deixo ela escolher o que iria pedir.

– Bom, todos de minha turma éramos amigos... ou quase isso – me lembro de Robert, e que não éramos nenhum pouco como amigos – tinha algumas desavenças mas nada muito sério – decido deixa-la acreditar na inocência dos tempos de escola. – Eu era da Corvinal, assim como uma grande amiga minha Emily... ira conhece-la no casamento. Sua mãe era da Grifinória assim como o irmão de Emily, Jack. Julie e Marie, uma amiga nossa que agora é auror chefe, elas eram da Sonserina. Não me recordo de nenhum amigo recente que tenha estado na Lufa-lufa, mas estas são as quatro casas que temos em Howgarts. Todos seguimos caminhos bem diferentes depois que teve a batalha em nossa época de Hogwarts. Estamos todos nos encontrando de novo – digo falando apenas aquilo que era necessário. Logo nossos pedidos chegaram, minha sobrinha havia pedido um milkshake e para mim um top sundae estava perfeito.

Continuamos conversando sobre as casas de Hogwarts, ela estava curiosa para saber sobre casa uma das casas, até que de longe vejo uma figura conhecida de aproximando de nossa mesa.

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Edward
Julie
Victoria
Laura

everytime I think I'm closer to the heart.

Qua Dez 15, 2021 5:57 pm

Parando Para Uma Conversa

Após minha ida no hospital retornei para casa, precisava almoçar e pegar algum dinheiro, afinal, havia recebido duas cartas importantes, uma de Emily e outra de Victória. Enquanto almoçava escrevi uma carta para Emily, marcando um encontro em alguns dias em um restaurante que havia em Londres, ao terminar chamei Trebor e amarrei o pergaminho em sua pata, soltando o mesmo e mandando-o para Hogwarts, depois me coloquei a responder Victória, convidando-a para um jantar naquela noite, em minha casa, ao contrário de Emily eu desejava um lugar privado para conversar com Victória e também não acreditava que ela pudesse me atacar como suspeitava de Emily, Victória tinha rancor de mim sim, mas minha história com Emily era complicada em um nível meio intenso. Após enviar as cartas ouço uma reclamação de Circe sobre a falta de mantimentos. Strong>Okay Circe, vou comprar mais roedores para você Sibilei para a serpente em minha cozinha. Vivosss... Respirei fundo e concordei, porque ela não podia fazer como Trebor e Cale e simplesmente caçar?

Por aquele motivo após meu almoço aparatei direto no Beco Diagonal, indo comprar o que precisava. As compras em si não demoraram muito e eu já estava pronto para partir quando avistei um rosto conhecido na sorveteria do beco, normalmente eu simplesmente ignoraria a presença de Edward onde quer que fosse, mas estávamos em uma nova fase e decidi, por amis estranho que fosse, cumprimentá-lo, caminhei ate sua mesa e sorri, da maneira mais amigável que eu conseguia. Olá Edward. O cumprimentei de forma amigável, tão amigável que Julie ficaria orgulhosa. Se soubesse que nos encontraríamos assim ao longo do dia teria deixado para conversar aqui ao invés de incomodá-lo no trabalho. Falei tentando fazer uma piada, mas a verdade era que eu estava relativamente perdido ali, não tinha o hábito de conversar com Edward então aquilo era estranho, muito estranho.

Desviei meu olhar para a garotinha, por algum motivo ela me parecia familiar. Essa deve ser sua sobrinha... Parece que essa pessoinha roubou toda a beleza do clã Summiregis para ela. Disse sorrindo, mas ainda observando a garota, os traços dela eram absurdamente familiares, mas não conseguia dizer de onde me lembrava deles, então apenas me virei para Edward. Desculpe por atrapalhar vocês vim apenas cumprimentar... Sabe? Amigavelmente. Falei olhando para Edward, eu tentava mostrar que realmente estava disposto a seguir com minha promessa e criar um relacionamento no mínimo saudável, por mais estranho que fosse conversar amigavelmente com Edward, afinal tinha anos de prática no contrário.

Olhei para a rua, estava realmente um dia quente, talvez a ideia dos dois ali de tomar um sorvete não fosse ruim, olhei para as mesas, todas ocupadas, então soltei um suspiro, ficaria para a próxima vez que estivesse no beco, voltei a olhar para a garotinha então soltei um sorriso. Ah, onde estão os meus modos, me chamo Robert e seu tio aqui em breve irá se casar com minha adorável irmãzinha. Sorri e encarei Edward, lançando um olhar que deixava claro que não ria atrapalhar o passeio dele com sua sobrinha e que já estava de saída. E você? Como se chama a princesinha mais bonita dos Summiregis? Disse sorrindo.

Robert - Emily - Victória - Nathalie - Marie - Edward - Julie - Malia - Circe - Outros

Sex Dez 17, 2021 12:25 am

icecream

new people

Escuto com atenção o pouco que tio Ed me conta sobre seus amigos na sua época de escola assim como suas casas. A maioria dos nomes que havia citado eu conhecia por histórias que mamãe compartilhava comigo, e bom, apenas um nome dentre todos os citados me deixava receosa e era o de Emily.

Sabia que minha mãe e ela não se davam bem na escola por conta de meu pai, apesar de tudo ela jamais entrara em detalhes muito específicos sobre essa rixa, mas agora que tinha mais contato com Edward e Julie talvez eu conseguisse descobrir mais sobre a época que minha mãe estava em Hogwarts, e até mesmo sobre meu pai. - Todos seguimos caminhos bem diferentes depois que teve a batalha em nossa época de Hogwarts. Estamos todos nos encontrando de novo – sua voz suave se silencia, e eu acabo me decepcionando por não ouvir nada sobre meu pai.

Não poderia simplesmente perguntar ao meu tio, ele contaria sobre minhas perguntas a minha mãe e isso causaria um certo transtorno no momento em que conversássemos. Apesar de ser meu direito saber sobre ele, eu teria que esperar o momento certo para arrancar, de forma sutil, informações. Pego meu copo de milkshake, puxando um longo gole pelo canudo quando observo os olhos de tio Ed focarem em algo atrás de mim, viro um pouco o rosto e consigo ver um homem, aparentando a idade de tio Ed caminhar em nossa direção.

Quando chega a nossa mesa ele cumprimenta tio Ed com uma voz quase amistosa. Podia perceber em seu tom que ele tentava ser amigável. Olho para meu tio esperando alguma reação, mas a voz do estranho volta a soar na atmosfera. Eles haviam se visto mais cedo, então realmente o encontro na sorveteria era por acaso. Dou de ombros e continuo a tomar meu milkshake. - Essa deve ser sua sobrinha... Parece que essa pessoinha roubou toda a beleza do clã Summiregis para ela. – o elogio me faz sorrir de orelha a orelha, deixo meu copo de sorvete em cima de mesa e me viro para o homem o analisando.

Eu tinha a impressão de já tê-lo o visto em algum momento antes, intercalo olhares por toda sua fisionomia, era quase irritante a sensação de que o conhecia de algum lugar. Eu sentia que ele também analisava meu rosto, meus traços. Havia me acostumado com aquele olhar, era o olhar que eu havia adaptado desde viemos para Londres, eu o usava sempre que conhecia alguém, procurava no rosto de todos meu pai, Mas era difícil quando eu apenas sabia seu nome e não podia perguntar a ninguém ao meu redor. - Ah, onde estão os meus modos, me chamo Robert e seu tio aqui em breve irá se casar com minha adorável irmãzinha.- ele dirige a palavra diretamente a mim, e solta um sorriso largo. Era o meu sorriso aquele.

Algumas similaridades começam cruzar em minha cabeça, agora que sabia seu nome. Seus olhos e sorriso eram muito parecidos com os meus. Seu nome era o mesmo nome de meu pai.... Seria ele? ‘Claro que não, Laurinha você esta vendo coisas onde não existem’ penso comigo mesma antes de retribuir o sorriso. – Eu sou Laura – digo com cordialidade. – Você é mesmo irmão da tia Julie? – pergunto agora procurando traços parecidos com os da loira. – Você não se parece com ela nem um pouquinho – comento o encarando.

Escuto a voz de Edward me repreender por ficar olhando fixamente para Robert. Dou de ombros e pego meu milkshake para tomar mais um gole enquanto escuto meu tio pedir desculpar por meu comportamento. Reviro meus olhos sem que ele veja. – Agora sei porque tenho a impressão de te conhecer... tia Julie tem algumas fotos suas e com você na sala... – comento lembrando-me dos porta retratos que havia visto.

Laura - Victoria - Edward - Julie - Robert

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Sex Dez 17, 2021 1:22 pm

Winchester

Pequeno Encontro

Observava a garota com atenção, seus traços eram de fato conhecidos por mim, fechei os olhos por um segundo e acabei por me recordar de meu encontro com Victória dias atrás, no Ministério, então abri os olhos novamente, era possível ver os traços de Victória naquela garota e pelo que havia calculado ela tinha entre oito e dez anos. Eu sou Laura. A voz da garota desviou meus pensamentos por um momento. Você é mesmo irmão da tia Julie? Você não se parece com ela nem um pouquinho. Sorri, a pequena Laura era observadora e notavelmente esperta, me lembrava Victória e, talvez fosse coisa da minha cabeça, mas também me via nela, além disso tinha uma idade que batia com a época que eu ainda vivia com Victória, mas aquilo não seria possível. Isso é porque Julie fez exatamente como você e roubou toda a beleza da família só pra ela. Respondi sorrindo.

Não é bonito encarar os outros assim. Lancei um olhar para Edward, seus olhos não apresentavam qualquer alteração ao me ver perto da pequena, na verdade eram os mesmos olhos de sempre, se Laura tivesse alguma ligação comigo certamente Victória teria contado para Edward e ele acabaria deixando escapar para Julie e não é possível que minha irmã me esconderia tal segredo. Peço desculpas... Aparentemente a filha da minha irmã não recebeu a educação adequada da família ainda. Ele disse com um sorriso, mas a fala era mais voltada para uma pequena implicância com Laura. Não se preocupe com isso... Crianças são curiosas na idade dela.

Agora sei porque tenho a impressão de te conhecer... Tia Julie tem algumas fotos suas e com você na sala... Voltei minha atenção para Laura novamente, eu não tinha ideia de que Julie tinha fotos minhas, ainda mais espalhadas pela casa dela e do Edward, principalmente porque Edward e eu havíamos nos acertado apenas aquela manhã, sorri. É mesmo? Acho que Julie tem mais fotos minhas do que eu mesmo. O que era verdade, as únicas fotos que tinha de mim mesmo eram as de arquivos e registros em Ministérios. Sabe... Eu conheço seu pai desde os tempos de Hogwarts e não sabia que seu tio tinha outras irmãs além de Victória, ainda mais com idade para ter uma filha como tão princesinha como você... Você já tem uns sete anos? Perguntei sutilmente, tentando arrancar de quem ela era filha, normalmente crianças não gostavam quando erravam suas idades e certamente corrigiria caso não fosse afirmado sobre quem era sua mãe e com isso eu teria a informação que desejava, afinal, precisava confirmar se ela era filha de Victória e a idade exata da garota.

Robert - Emily - Victória - Laura - Marie - Edward - Julie - Circe - Outros

Sex Dez 17, 2021 5:25 pm

do you

know?

Robert pareceu um tanto surpreso quando falei de suas fotos pela casa de Julie, mas se eram irmão ele não devera ter ficado com aquela cara. Por fim olho para tio Ed que apenas se mantem num silencio estranho após ter chamado minha atenção. - É mesmo? Acho que Julie tem mais fotos minhas do que eu mesmo. – eu concordo com a cabeça, e sorrio de canto.

Arregalo meus olhos ao ouvir Robert mencionar meu pai, ele o conhecia? Será que eram amigos? Eles tinham o mesmo nome então isso não poderia realmente ser o acaso. Mas o insulto veio logo após quando ele assumiu que eu tinha apenas sete anos. Eu aparentava ser tão nova assim? De qualquer forma aquilo havia ferido meu pequeno ego. – eu sou filha da Victoria, e não tenho sete anos, eu tenho nove – digo ríspida indicando meu incomodo com seu erro.

Não que ele fosse obrigado a saber minha idade, mas poderia ter chutado sei lá, dez? Me ajeito na cadeira, ele de alguma forma sabia algo sobre meu pai, então provavelmente ele conviveu com minha mãe após eu nascer – Você disse que conhece meu pai. Mamae não me fala sobre ele porque ele nos abandonou quando ela estava gravida, seguindo as palavras de mamãe ele preferiu o trabalho nos Estados Unidos do que a família – termino o meu milkshake e volto a olhar para Robert que estava prestando atenção em todas as palavras que saiam de minha boca. – Se você o conhece mesmo, poderia me dizer se quando ele era adolescente ele fugia de suas responsabilidades como fez comigo?

Eu tinha certeza que Edward e eu teríamos uma longa conversa em casa, mas o que eu podia fazer, eu era a cópia idêntica de minha mãe, tudo havia aprendido dela, então as vezes eu realmente não tinha filtro nem sabia medir minhas palavras.

Laura - Victoria - Edward - Julie - Robert

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Sáb Dez 18, 2021 11:52 pm

Winchester

Pequeno Encontro

Eu senti meu estômago revirar levemente, eu tinha apenas jogado uma pequena indireta para descobrir mais sobre a a garota era de fato filha de Victória e sua idade batia perfeitamente com o tempo em que estávamos juntos, lancei um olhar para Edward, está certo que estávamos, por assim dizer, de construção de uma relação amistosa, mas aquele idiota não podia ser tão pamonha a ponto de não conseguir juntar pelo menos aquelas peças, por um segundo temi que se meus futuros sobrinhos puxasse o raciocínio dele nem desenhando elas entenderiam nada. Respirei fundo antes de voltar minha atenção para a pequena Laura, não haviam muitas dúvidas de que aquela pequena criança ali fosse minha filha, na verdade a cada palavra dita por ela eu tinha mais certeza daquilo. Você disse que conhece meu pai. Mamãe não me fala sobre ele porque ele nos abandonou quando ela estava grávida, seguindo as palavras da mamãe ele preferiu o trabalho nos Estados Unidos do que a família.

Claro que Victória diria algo assim, embora sequer ela tivesse me contado nada sobre Laura. Sobre seu pai...Tentei retomar a palavra, mas a pequena Laura voltou a falar. Se você o conhece mesmo, poderia me dizer se quando ele era adolescente ele fugia de suas responsabilidades como fez comigo? Eu a encarei, depois soltei um longo suspiro, as coisas em minha adolescência não foram, exatamente as mais calmas e mesmo quando deixara Victória não foi algo simplesmente para ir trabalhar nos Estados Unidos e sim caçar alguns dos Comensais remanescentes de Darliguv, Comensais que eu mesmo auxiliara por anos, em uma tentativa de me redimir e fugir da escuridão que estava mergulhado, mas aquilo não era justificativa para nada além de meus próprios desejos.

Me agachei para ficar na mesma altura de Laura, então sorri amavelmente para aquela que poderia ser minha filha, mas que eu não seria louco de comentar nada até ter uma conversa clara com Victória. Eu certamente cometi um erro ao dizer que conheci seu pai, porque não conheço ninguém que se soubesse que tem uma filha tão incrivelmente esperta e bonita como você não fizesse de tudo para estar sempre presente. Respirei fundo e voltei a encarar Edward, como aquele sonso não notara nada realmente me irritava, depois voltei a olhar para Laura. Sabe... Talvez seu pai tenha partido sem saber sobre você, quer dizer, talvez ele tenha sido uma pessoa muito, muito burra mesmo e que não era bom em fazer escolhas e tenha feito uma escolha muito ruim ao ir embora e não ter te conhecido. Sorri e me levantei. Porque qualquer um que olhe para esses olhinhos se encanta automaticamente. Disse sorrindo, eu realmente precisava conversar com Victória sobre Laura.

Minha cabeça tinha tantos pensamentos naquele momento que era difícil sequer organizá-los, aquela pequena criança com um rancor pelo pai tê-la abandonado poderia ser minha filha, na verdade as chances de não ser eram mínimas, tinha um jantar marcado com Victória, que inicialmente seria apenas uma forma de pedir desculpas pelo passado, mas que agora teria que ser uma conversa sobre o futuro também, caso a conversa não saísse de maneira amistosa, a convivência gerada pelo casamento de Julie com Edward seria magnifica. Voltei a respirar fundo, eu precisava ir para casa e me preparar para o jantar mais tarde. Bem, não quero continuar atrapalhando o passeio de vocês dois e ainda tenho muito o que fazer hoje, então vou ir andando. Olhei para Laura novamente. Você é uma garotinha incrivelmente maravilhosa sabia? Lembra muito sua mãe. Sorri e me virei para Edward o cumprimentando apenas com um manear com a cabeça, antes de me virar e ir embora, com minha mente a mil.

Robert - Emily - Victória - Laura - Marie - Edward - Julie - Circe - Outros

Dom Dez 19, 2021 10:29 pm

do you

know?

Eu esperava ansiosa pela resposta de Robert sobre meu pai. Ele se agacha ao meu lado, ficando alguns centímetros mais baixo que eu sentada na cadeira. Mas ele admitiu cometer um erro ao afirmar que conhecia meu pai, pois ele não conhecia ninguém que me tendo como filha, não faria de tudo para ficar comigo. Solto um sorriso, com os elogios feitos durante sua fala.

Ele volta a falar, após encarar meu tio que estava quieto observando nossa conversa. Eu não tinha muito o que falar, pois dele eu não iria conseguir arrancar mais nenhuma informação sobre meu pai, ele não o conhecia. - Você é uma garotinha incrivelmente maravilhosa sabia? Lembra muito sua mãe . – ele diz sorrindo e então apenas meneia a cabeça em sinal de despedida a meu tio e caminha para longe de nossa mesa.

Olho para meu tio que me encara com olhar de reprovação. – Encarar as pessoas é feio tio! – digo repetindo sua fala para mim. Enquanto ele balança sua cabeça em negativa. Ele começa a dar um sermão sobre como iria falar com Victoria sobre minha atitude e sobre as perguntas que eu estava fazendo. – Não não não por favor tio, mamãe não fala sobre meu pai, se ela descobrir que eu estou perguntando a pessoas sobre ele ela vai brigar comigo. Ela só me disse o nome dele, mas nunca me deu mais informações. – eu solto todas as palavras como um jato e ele pergunta o nome que me foi dado por minha mãe. Me sinto receosa em dar essa informação para meu tio, pois ele parecia não saber, o que era estranho dado a quantidade de tempo e conversas que ele tinha com minha mãe. – Robert, igual este seu amigo. Robert Winchester – eu digo e vejo sua expressão mudar um pouco – Tio você esta bem? – pergunto tocando sua mao trazendo-o de volta para a realidade.

Laura - Victoria - Edward - Julie - Robert

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Seg Dez 20, 2021 10:05 pm

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Shot through the heart and you're to blame Darlin', you give love a bad name

Vendo Robert e Laura lado a lado foi o que fizera minha ficha cair. Minha sobrinha era filha daquele que havia passado mais da metade de minha vida odiando, e o pior de tudo é que minha irmã sequer fora capaz de me contar a verdade sobre a paternidade de Laura.

Entendia agora a insistência de Julie ao dizer que eu precisava esclarecer isso com Victória, mas agora com os dois bem em minha frente estava mais do que nítido que as linhagens Summiregis e Winchester haviam se cruzado.

Laura havia puxado muito de Victória, inclusive quando falava certas coisas sem pensar, e mesmo quando a repreendia ela continuava a agir da mesma forma. No entanto me perguntava se havia puxado de Vic ou de Robert.

Robert se despede de Laura, e apenas meneia a cabeça em minha direção. Aceito seu cumprimento e volto a olhar Laura, um tanto bravo com sua atitude. – Vai ter que aprender algumas coisas agora Laura, nem tudo que pensa pode sair falando para estranhos! – digo a repreendendo. – E essas perguntas sobre seu pai, deve fazer para sua mãe, irei falar com ela sobre esta questão – no mesmo momento Laura começa a implorar para que não comente nada com sua mãe.

Laura deixou escapar que sabia o nome de seu pai, e que isso fora a única informação que conseguiu obter de sua mãe. – E qual é o nome que sua mãe te deu? Qual o nome de seu pai? – pergunto, mesmo tendo absoluta certeza de sua paternidade precisava ouvir da boca de Laura – Robert, igual este seu amigo. Robert Winchester – sinto meu rosto perder todo sangue. E em seguida minha sobrinha pergunta de eu estava bem.

Balanço minha cabeça afirmando, e peço a conta para a garçonete que passava. – Estou bem minha princesa, nós precisamos ir pra casa agora. Preciso resolver algumas pendencias no hospital. – eu me levanto e ela faz o mesmo em seguida me olhando em dúvida. Mas não fez mais perguntas.

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Edward
Julie
Victoria
Laura

everytime I think I'm closer to the heart.

Qua Abr 13, 2022 2:27 pm

“Talvez ao contar histórias, por pior que sejam, não deixemos de pertencer a elas. Elas se tornam nossas. E talvez amadurecer signifique que você não precisa ser personagem seguindo um roteiro. É saber que você pode ser a autora.” - Cartas de amor aos mortos.

back to my old ways

Fechou a porta atrás de si com cuidado para não fazer barulho, se encolhendo com o breve clique da maçaneta da porta, era de manhã e acordar alguém não era uma opção. Maeve não estava fugindo — longe disso — a garota só não gostava de chamar atenção desnecessária para si em 99,9% das vezes, preferindo manter um perfil baixo e não responder perguntas que não queria além das clássicas “onde vai, com quem, que horas volta?”. Não o tinha feito nos últimos três anos, dar satisfações sobre sua vida para alguém, e velhos hábitos eram difíceis de romper. Ela disse que o faria, no entanto: sair, com a desculpa de que iria comprar o material escolar com o pouco dinheiro que tinha nos pertences. Uma mentira pequena, mas inofensiva.

E Maeve precisava sair. Não a entenda mal; Dunsmore não é tão dada a socializar como outros de sua idade, mas às vezes, quando se sentia sufocada e presa e como se o mundo fosse simplesmente a engolir em mordidas lentas e muito dolorosas, era inevitável querer escapar um pouco. Por isso, tinha mandado um recado apressado para o melhor amigo alguns dias antes, nada muito detalhado além da data, hora e local. Bash entenderia. Caminhou a passos rápidos e silenciosos, praticamente na ponta dos pés, pelo corredor vazio e ladeado por quartos quase tão quietos quanto. Tão logo saiu para a manhã cinzenta na cidade de Londres, respirou fundo e soltou o ar em um suspiro aliviado. Ajustou o casaco de número muito maior, muito largo, e passou as mãos pela saia escura, para tentar tirar qualquer amassado possível. Conferiu uma última vez se a meia calça não estava rasgada e se os cadarços dos all stars não estavam desamarrados. Pronta, caminhou na direção da estalagem conhecida por todos como ela.

O caldeirão furado não estava tão movimentado quanto esperava, mas as férias estavam apenas em seu começo e a maioria deixava as compras para o mês seguinte. Mae não se importava, quanto menos muvuca, melhor. Caminhou para os fundos e parou diante da parede de tijolos encantada, tirou a varinha do bolso interno do casaco e, com a ponta, tocou alguns tijolos específicos, que logo se afastaram; a rua principal do Beco Diagonal já mais apinhada se revelou e Mae deu o primeiro sorriso do dia e fez seu caminho pelo trajeto bem conhecido até a sorveteria.

Ela não pediria nada ainda, esperaria pelo amigo, então ocupou uma das mesas disponíveis na área externa, atenta aos arredores tanto quanto possível. Não deveria demorar.

Qui Abr 14, 2022 4:29 pm

Ice Cream

As férias era um momento de distração onde o Sonserino queria apenas uma única coisa, curtir a sua vida da melhor forma possível, já que não existia nenhum tipo de responsabilidade e isso era um alívio tremendo, um peso que saía dos ombros do sonserino, não que existisse algum peso nos ombros dele, afinal a responsabilidade que ele tinha ele acabava jogando para outros fazerem enquanto ele simplesmente ficava sentado na torre de astronomia lendo livros. Porém com as férias, tudo ficava bem mais tranquilo e divertido e por isso o jovem jogador de quadribol apenas queria saber de curtir ao máximo aquelas férias.

Com o início daquele dia, vinha a possibilidade de aproveitar um lugar bem apreciado pelo bruxo da casa réptil. O Beco Diagonal era um lugar bem amplo e diversificado onde muitos apenas passavam para compras coisas úteis como os materiais de cada ano letivo, porém Skriniar sabia como aproveitar aquele lugar ao máximo, fosse no Beco, fosse na Travessa do Tranco, um espaço "reservado" por aquelas bandas e muito bem frequentado pelo jovem sonserino. Porém não seria naquele local em que o moreno passaria o seu dia e sim no Beco Diagonal, para ser mais exato, na Sorveteria Florean Fortescue.

Para o seu dia, Skriniar tinha escolhido um traje bem casual, uma camiseta branca de gola v, com uma calça jeans e um tênis qualquer, o primeiro que havia visto no sapateiro. Como de praxe e até mesmo de forma automática, o moreno passou um perfume mesmo que nem necessitasse naquele momento estar completamente perfumado, porém para ele era algo básico e uma coisa meio que obrigatória, pegou os galeões necessários para aquele dia no Beco e partiu para o centro de comércio do mundo bruxo.

Quando chegou lá, reconheceu algumas poucas pessoas, os novatos da sonserina que lhe conheciam vinham até ele, mas o moreno apenas os desdenhava, dava um autógrafo para quem quisesse e partia para tomar o seu sorvetinho, afinal era um simples adolescente ainda. -Eu não acredito nisso...- Sussurrou para si mesmo quando viu uma jovem sentada em uma das mesas externas da sorveteria. Com seu jeito arrogante e orgulhoso, sem perguntar se podia, o moreno sentou-se à frente dela e sorriu de canto. -Vejam só quem eu acabo de encontrar aqui. A própria, ela mesma. A Freya da Corvinal.- Skriniar se referiu à jovem Maeve como a Deusa da Beleza Nórdica, dada a situação de que o sonserino simplesmente era encantado pela beleza da jovem corvina. -Veio saborear um sorvete hoje, Maeve? Ou só está aqui sentada esperando o seu grandioso amigo?- O sonserino se referia à um rapaz da mesma casa que a dela e que praticamente não desgrudava da garota, eram quase inseparáveis.

Skriniar não conhecia bem os dois, apenas de vista e muitas poucas vezes haviam trocado alguma conversa, será que aquele dia seria o dia em que ele conseguiria pelo menos uma conversa decente com os dois corvinos? Só de pensar em algo desse tipo fazia o jogador de quadribol ficar bem empolgado e sabia que aquele dia seria bem produtivo.

Qua Abr 27, 2022 1:31 am

“Talvez ao contar histórias, por pior que sejam, não deixemos de pertencer a elas. Elas se tornam nossas. E talvez amadurecer signifique que você não precisa ser personagem seguindo um roteiro. É saber que você pode ser a autora.” - Cartas de amor aos mortos.

the new kid

Não foi difícil se distrair, mesmo não portando algum livro ou algo assim. Maeve se perdeu na cacofonia de sons e e movimento ao redor, nas conversas paralelas, no riso e em reclamações de outrem, na superfície levemente arranhada da mesa em que estava, os dedos finos traçando com calma as ranhuras. Tão destruída estava que mal notou, a princípio, quem ocupou a cadeira que provavelmente seria ocupada por Sebastian. Percebeu o movimento com a visão periférica, sim, mas tão distraída que estava não notou que a figura era longe de ser parecida com o rapaz franzino que conheceu no primeiro ano; por tal, em uma enxurrada ansiosa de palavras, ainda fitando a mesa, soltou:

— Finalmente você chegou! Acredita que o idiota me arrastou até Londres do nada e vai ficar simplesmente… — finalmente olhou para o acompanhante, e as palavras morreram em sua boca imediatamente. Entenda, Maeve não tinha um grande leque de amizades - conhecia muita gente de vista, sim, mas podia contar nos dedos de apenas uma mão com quem conversava normalmente - e mal imaginava que o resto do seu ano sequer soubesse seu nome. Sua boca abriu, então fechou, e abriu de novo, quase como um peixe fora d'água, até que os lábios se curvaram em um sorriso um tanto envergonhado e descrente. — oh... você não é o Bash. — Um riso nervoso.

Novamente, a Corvina foi pega de surpresa com a alcunha vinda do… jogador de quadribol? Era, sim, era. Outra surpresa, se lhe perguntassem - Maeve tem pavor de altura e precisa de muita força de vontade para sequer subir em qualquer arquibancada (sua primeira aula de voo, no primeiro ano, foi uma vergonha total), ela mal gostava quando as escadas na escola eventualmente mexiam nos andares mais altos. Ficou em silêncio alguns segundos, lembrando a os atributos de Freya na mitologia nórdica, e aquilo a fez arquear as sobrancelhas levemente — Obrigada, eu acho? — respondeu, sem jeito — Bem, os dois, mas meu amigo provavelmente teve algum imprevisto — deu de ombros, mexendo nas pontas do cabelo cor de cobre. Não era incomum Bash ficar em casa depois de alguma discussão acalorada com os pais. Acontecia de vez em quase sempre.
— E você, Skriniar, o que o traz aqui? — Claro que não era completamente alheia à identidade dos colegas, o fato de não ser próxima de alguém não necessariamente significa ignorar completamente a existência dessa pessoa. — Aproveitando as férias, imagino?

Qua maio 04, 2022 11:30 pm

Reencontrando alguém do passado

Precisou da ajuda da funcionária da loja para que Amber aceitasse ir comigo na sorveteria, mas no final ela disse sim, claro que também precisou de um biquinho por parte do meu filho para convencê-la. Antes de sair da loja eu coloquei o Aegir no carrinho, afinal seria dificil comer sorvete com uma mão só, eu pensei em oferecer o garoto para a Amber, mas não sabia se ela iria querer pegar no colo.

Assim que chegamos na sorveteria, eu puxei uma cadeira para a mulher se sentar e depois ajudei o meu mais velho a se sentar também, já que era um pouco alto para ele conseguir sentar sozinho. Ele estava animado por ir tomar sorvete e por ter uma pessoa nova por perto, ao contrário do irmão, Búri era bem sociável e essa não era a única diferença entre eles.

- Por favor Amber, me conta o que aconteceu com a gente? Me conta como foi a sua vida nos últimos anos - falei suspirando enquanto esperava o garçom para fazer um pedido. - Você comentou sobre as crianças crescerem sem um dos pais e nos primeiros meses foi bem ruim, principalmente para o Boo, mas ter a presença da Hella ajudou ele, bem ou mal era uma presença feminina, eu achei que fosse sentir mais falta dela, depois que ela se foi, mas acho que eu fiquei aliviado, ela já não estava bem há algum tempo então eu já estava esperando por isso. - afirmei um pouco triste. - Bom mas chega de falar dos meus problemas, eu quero saber de você.

O garçom finalmente chegou na nossa mesa e eu pedi sorvete de baunilha e flocos para mim e para o meu filho um de chocolate e morango para o meu mais velho, deixei que amber pedisse o que quisesse e depois o homem que veio nos servir se retirou novamente. Enquanto ele se afastava eu fiquei analisando o rosto da mulher, que não tinha mudado nada nos últimos anos, lembranças da nossa época de escola e de nós três andando juntos, inundaram a minha mente.

- Tia, você conhecia a mamãe? - Búri perguntou fazendo a cara de cachorrinho perdido dele

- Sim filho, eu, sua mãe e a tia Amber éramos muito amigos, mas a vida aconteceu e a gente se afastou. Mas tá tudo bem, você quer fazer alguma pergunta para tia?

- Sim papai, tia, a mamãe gostava de tomar sorvete? Se sim, qual deles? - bom, é a pergunta menos pior que ele poderia fazer e fiquei um pouco feliz de ele não ter perguntado algo muito mais complicado.

Off: Interação fechada com Amber Blackwood

Emme

Sex maio 06, 2022 5:40 pm

The good daughter...

Algumas pessoas têm uma teoria de que após grandes mudanças nas nossas vidas como a perda de um ente querido ou uma separação temos a tendência de fazer coisas que nunca faríamos em situações normais como ir tomar um sorvete com sua ex-paixonite de adolescência e os filhos que ele teve com a garota que ferrou com a sua vida. Eu era a prova dessa teoria.

Assim que chegamos a Florestan me acomodei na cadeira que ele me indicou e refleti se era muito tarde para sair correndo e a fala de Hodur me trouxe de volta à realidade. - Por favor Amber, me conta o que aconteceu com a gente? - sério que ele estava me perguntando isso? O encarei estupefata e emendei - Você não quer mesmo falar sobre isso na frente dos seus filhos, creia. - meu tom era sério e incisivo mas ele prosseguiu - Me conta como foi a sua vida nos últimos anos. Você comentou sobre as crianças crescerem sem um dos pais e nos primeiros meses foi bem ruim, principalmente para o Boo, mas ter a presença da Hella ajudou ele, bem ou mal era uma presença feminina, eu achei que fosse sentir mais falta dela, depois que ela se foi, mas acho que eu fiquei aliviado, ela já não estava bem há algum tempo então eu já estava esperando por isso.

- Sorte a de vocês que a Hella estava por perto. - fui curta na resposta, certa de que isso o faria entender que a última coisa que eu desejava era falar de Clarissa. Não era possível que ele não soubesse ou que nunca tenha desconfiado de nada, que ninguém dos Odinson tenha escutado os comentários maldosos de Clarissa. -- Quando falei sobre alguém crescer sem pais não estava me referindo a Clarissa, estava falando de forma mais generalizada.

- Bom mas chega de falar dos meus problemas, eu quero saber de você.- Fui salva pela chegada do garçom que passou a anotar os pedidos, como sempre pedi o meu de chocolate e menta enquanto respondia o mais sucintamente sobre a minha vida, afinal se ele estivesse mesmo interessado pela minha amizade, no mínimo, teria lutado por ela - o que não aconteceu.

- Não há muito o que dizer: fui pra Rússia, trabalhei com criaturas mágicas, casei, me divorciei e voltei para o Reino Unido graças a morte do meu pai. Nada tão excitante assim... - fui interrompida por uma indagação de Búri que o próprio Hodur respondeu mas o garotinho não se deu por vencido e resolveu me direcionar outra pergunta.

- Sim papai, tia, a mamãe gostava de tomar sorvete? Se sim, qual deles?

Inspirei fundo, a última coisa que eu queria era falar sobre as lembranças que tinha de Clarissa mas então foquei no garotinho e ele parecia tão interessado que seria maldade pura então respondi - Ela gostava e o preferido era de creme, o que sempre disse que era sem graça. - o que se pensarmos agora combinava com ela, enfim... controle-se Amber! - Afinal temos tantas opções de sabores gostosos por quê não experimentar? - sorri pra criança e continuei - O que você gosta além de sorvete e criaturas mágicas? Quadribol? - esperei que ele respondesse antes de emendar - E seus tios, como estão? Eu me lembro deles quando eram mais jovens... Continuam legais ou viraram velhos chatos? - brinquei. Sim, eu estava focada na criança porque não acreditava mesmo que Hodur estivesse tão no escuro sobre quem era Clarissa de verdade e como ela havia influenciado no meu afastamento da família Odinson.

Yeah you may think you’re winning this heartbreak But you aren’t gonna win it ‘cause checkmate

Sorveteria Florean Fortescue

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