Masmorras Profundas

Como um cavalheiro me ofereci de buscar Rosalie em sua comunal, e assim cumpri, embora subir ate a torre de Astronomia tenha me gastado um tempo maior do que eu esperava. A descida ao seu lado fora agradável, por mais que seu destino estava selado a uma terrível maldição e futuro, uma parte de mim sofria por sua perda futura mas sabia que ela se tornar um obscuro era necessário e benéfico a mim se a mistura de meu sangue com o de unicórnio desse certo como meus familiares afirmavam. Já pelos caminhos das masmorras profundas, riamos quando Laura surgiu a nossa frente, a varinha iluminando nossos olhos claros enquanto afirmava em um tom irritado que estávamos atrasados. Ergui meu pulso vendo meu relógio de ouro apontando as horas. Foram só dois minutos, as masmorras são... Difíceis. Eu expliquei em um tom mais tranquilo, apesar de odiar ser tratado como um serviçal ou servidor, eu sabia que precisava manter a faixada. Laura reconfirmou que estávamos atrasados e eu suspirei soltando um sorriso cedendo e concordando.

Rosalie interviu incomodada pelo lugar escolhido, as masmorras. Não… vamos fazer nos jardins Eu olhei interessado, jardins? No subsolo? Eu me perguntava enquanto em silencio seguia pelo caminho tortuoso atras de Laura. Em algum momento entre os questionamentos de Rosalie e as respostas de Laura, deixei-me ser segurado pela mão enquanto virávamos em uma curva apertada entre rochas mais espessas. Nos aproximamos de uma estranha penseira, suas bordas corroídas e faltando pedaços. Laura se aproximou cortando a ponta de seu dedo deixando o seu sangue pingar e como magia uma porta surgiu nas paredes de pedra. Eu sorri maravilhado, aquele jardim podia conter informações sobre o Scriptorium de Salazar, podia conter coisas segredos que me renderiam uma boa reputaçao com meus familiares, tantas possibilidades... Automaticamente, um zumbido baixo começou a preencher minha orelha esquerda, enquanto eu seguia sendo puxado pela loira para dentro do jardim que nos aguardava.

Eu estava completamente perdido nas profundezas das masmorras de Hogwarts. O labirinto parecia se mover, mudando seus caminhos diante dos meus olhos. Eu já havia percorrido esses corredores inúmeras vezes, mas sempre acabava voltando ao ponto de partida. Era frustrante, para dizer o mínimo. A luz escassa que penetrava pelas pequenas freshas aumentava a sensação de claustrofobia. O ar úmido e frio das masmorras se infiltrava em meus ossos, fazendo-me tremer involuntariamente. Em momentos como esse, eu entendia por que as pessoas evitavam tanto esse lugar. Preciso admitir, Nicholas, você se superou dessa vez. Murmurei para mim mesmo, dando um sorriso irônico. Eu estava determinado a encontrar o caminho para o jardim, assim como Laura havia feito. Afinal, não era possível que ela tivesse conseguido e eu não.

Se perder nas masmorras de Hogwarts... Não é para qualquer um. O eco da minha própria voz pelos corredores sombrios era a única resposta que recebia. Continuei a andar, virando em esquinas, mas, por mais que eu me esforçasse, os corredores conspiravam contra mim. Eu me lembrava vividamente de como Laura tinha encontrado o caminho para o jardim com tanta facilidade na semana passada. Era como se ela tivesse um mapa mental de Hogwarts gravado em sua mente, como se soubesse para onde ir. Como ela conseguiu encontrar o caminho tão facilmente? Eu me perguntava, irritado comigo mesmo por não ter prestado mais atenção quando ela me mostrou o caminho da última vez. Eu continuei a andar, esperando encontrar alguma pista, algum sinal que indicasse o caminho para o jardim. Mas, à medida que o tempo passava, eu percebia que estava ficando ainda mais perdido.

Os túneis das masmorras pareciam se estender infinitamente, sem nenhum sinal de vida ou vegetação à vista. Finalmente, eu decidi que precisava pedir ajuda a Laura, mesmo que isso significasse ter que inventar uma desculpa para minha curiosidade. Respirei fundo e continuei meu percurso, sabendo que voltaria a cair de cara com as escadas de retorno as masmorras comuns, o labirinto me levava sempre ao inicio mas nunca al jardim e eu sabia que estava perdendo meu tempo ali.