Mystic Grill

Não é só ser um bruxo que resolve, se fosse isso já teria feito meu clã há anos. Precisa ter descendência vampirica, esse é o problema, caso contrario, nao sobrevivem ou ficam com problema de controles após a transiçao. Eu disse pegando o copo a minha frente, aceitando a oferta de sangue que ele havia me preparado. Era sangue animal mas dava para o gasto por enquanto. Escutei o comensal a minha frente voltar ao assunto sobre sua amada, o qual eu nao dava a mínima, mas havia feito minhas pesquisas que ele queria. Empurrei meu copo para ele com um sorriso e o vi estalar os dedos para que o garçom preenchesse o copo mas eu coloquei a mão sobre seu pulso. Ahn. Ahn. Se quer minhas informações, quero direto da fonte. Eu disse para ele que arqueou as sobrancelhas mas em pouco tempo voltou  a sua expressao mais seria e desviou o olhar enquanto puxava a manga de suas vestes. Com um sorriso eu segurei seu braço novamente e mordi seu pulso, senti ele tencionar na açao mas depois relaxou quando eu soltei e esperei que o sangue saísse pelos dois furos e caísse dentro do copo. Limpei meus lábios com o polegar e deixei minha mão sobre a de Elliot pressionando contra o copo para preenche-lo e voltei meu olhar para ele.

Fiz uma visita a ala isolada do Mungus onde estao os pacientes infectados, fiz algumas entrevistas e observei cada ponto infectado deles e estou trabalhando com os Aurores para encontrar a origem. Eu disse enquanto escutava cada gota do sangue de Elliot caindo dentro do copo, era como musica para meus ouvidos. Pelos meus estudos ate o momento, o vírus parece afectar cada paciente  de forma diferente. Bruxos emocionalmente mais instáveis tendem a morrer em poucos meses após a infecção, enquanto bruxos mais estáveis mentalmente parecem ser mais controlados pelo vírus do que deteriorados. Eu disse fascinado pois estávamos vendo a nossa frente um vírus bruxo que parecia seleccionar os hospedeiros que valiam a pena manter vivo e os que era preferível descartar. É como se o vírus estivesse nos selecionando, quem presta e quem nao presta. Eu disse com um sorriso e soltei seu pulso e o afastei do copo que agora tinha sangue ate o topo para eu beber. Peguei o copo e levei a meus lábios saboreando o maravilhoso gosto de um sangue morno e de humano.

Sobre sua amada se ela esta se deteriorando, significa que o vírus esta rejeitando o dela. Eu disse e o vi me olhar com desgosto, era claro que ele nao gostava que  eu insinuasse que sua esposa era fraca mas era a verdade, tendo ou nao sido uma mulher importante em algum momento, agora era somente um corpo moribundo prestes a perecer. Não faço a mínima ideia de como resolver seu problema. Essa semana que estamos concluindo como o virus funciona, quem dirá descobrir como acabar com ele. MAS... Eu falei antes que ele se levantasse revoltado e começasse a esbravejar ou quebrar alguma coisa. Eu andei mexendo em uns relatórios dos aurores, na verdade, olhei a interrogação do primeiro infectado, Adrien Zarek. Eu falei dando uma pausa para beber um pouco mais do sangue de Elliot, parecia um insulto fazer aquilo a sua frente, beber seu sangue como se fosse algo normal mas eu nao ligava mais, depois de tantos anos sendo assim.

Ele é o primeiro infectado considerado pelo ministério e para o publico mas ele foi infectado por Jack Watsgrint primeiro. Falei com um sorriso e ouvi Elliot me questionar por que entao ele era considerado o primeiro e nao Jack. Ai é que esta, Jack esta preso mas nao existe evidencia alguma de infecção nele. E Zarek afirma que para sobreviver, lançou a maldição da morte contra ele.  Falei e consegui ver a ruga de duvida no rosto do comensal, a mesma ruga que eu tive durante semanas estudando esse caso para ajudar meus companheiros de trabalho. Mas Jack continua vivo e estranhamente nao mais infectado? Eu perguntei de forma retórica para Elliot que agora eu via que suas engrenagens cerebrais começavam a se mexer novamente. É dai que pretendo começar meus estudos para uma cura, mas suspeito que quando Zarek tentou matar Jack, ele acabou matando somente o virus. Eu disse e vi os olhos de Elliot brilharem, como se eu tivesse dado uma luz no fim do tunel para ele o que na verdade podia ser um equivoco total.

Mas isso é somente uma hipótese minha sobre o que aconteceu tome cuidado com as escolhas que pretende fazer com essa informação Stackhouse. Nao quero que depois venha me culpar por que matou sua esposa e ela nao voltou. Eu disse a ele que revirou os olhos, ele parecia contemplado com minhas informações sobre a maldição da morte possivelmente ser eficaz contra o vírus. Terminei o copo de sangue dele e ate fiquei tentando em pedir outra dose mas nao havia mais nada que eu podia entrega-lo em troca. Terminamos o resto de nosso encontro refletindo um pouco mais sobre o virus, falei minhas ideias para uma poçao a base da maldição da morte que poderia resolver se conseguisse criar e por fim, antes de seguimos caminhos separados novamente, desejei a ele toda sorte em resolver os problemas de sua amada.