Escritório do Editor-Chefe

A manhã raiou com uma luz especial, uma aura de conquista que se refletia em meu rosto. A notícia de que agora eu ocuparia o cargo de editora-chefe do Profeta Diário não era apenas um avanço na carreira; era a realização de um sonho que se desdobrava diante dos meus olhos.

Ao atravessar as portas do Profeta, o burburinho da redação tornou-se um fundo sonoro para os meus passos decididos. Cada olhar dirigido a mim continha uma mistura de admiração e reconhecimento pelo feito alcançado. Eu, Selene Dubois, a jovem destemida que sempre soube o que queria, agora ocuparia um dos postos mais cobiçados do jornal bruxo.

Chegando à minha nova sala, pude sentir o poder que emanava dali. Uma sala espaçosa, com uma vista privilegiada da movimentada Londres bruxa. O móvel em mogno e os pergaminhos dispostos com elegância refletiam a magnitude do cargo que agora era meu. Um sorriso de satisfação traçou-se em meus lábios, e eu não pude deixar de saborear aquele momento.

Com a bagagem da experiência como editora, sabia que este novo posto traria desafios e responsabilidades ainda maiores. Contudo, sempre fui hábil em transformar desafios em oportunidades. Ao me sentar na cadeira de couro macio, senti-me como uma rainha assumindo seu trono. Esta sala seria meu campo de batalha, e cada palavra que saísse dali teria o peso de uma varinha mágica.

No entanto havia trabalho a ser feito. Não demorou muito até que a redação fosse invadida pelo meu charme inconfundível e pela aura de determinação. Reuniões foram marcadas, ideias foram discutidas, e o Profeta Diário estava prestes a conhecer uma nova era sob minha liderança. Logo a sala estava preenchida pelo suave chiar de pergaminhos sendo movidos e o crepitar das chamas na lareira próxima.

Ao observar os arquivos antigos, mergulhei nas páginas do passado, lendo com atenção desde informes vindo de parceiros até cartas enviadas para o jornal. Lilith e Eliot, os últimos comensais, finalmente tinham se rendido, entregando Skriniar. Essa reviravolta intrigante não poderia passar despercebida. O sequestro em Hogwarts, o resgate, a entrega e tudo o que rodeava aquela situação formariam uma narrativa fascinante.

A misteriosa morte do Auror Noah ainda pairava no ar. Esse era um caso que merecia ser investigado, uma história de suspense e intrigas. Os eventos no Enterro Simbólico de Ethan e Theodore, sombrios e misteriosos, precisavam ser trazidos à luz. Ethan e Theodore... Um Enterro Simbólico Sussurrei para mim mesma enquanto imaginava as palavras estampadas na primeira página.

Damon Winchester, envolvido em organizações criminosas, era uma revelação chocante. As conexões perigosas da alta sociedade bruxa eram sempre um prato cheio para os leitores sedentos por intrigas. A morte de Florence E. Hewitt, dona do bar Ian the Fox, era uma tragédia que não podia ser ignorada. E, claro, a revelação sobre Emily Watsgrint matando Jack Aslan desarmado. Essa história tinha o potencial de abalar o mundo bruxo.

Minha caneta corria pelos pergaminhos enquanto eu organizava minhas ideias. Era hora de resgatar essas histórias do esquecimento e entregá-las aos leitores do Profeta Diário. O jornal estava prestes a entrar em uma nova era, uma era de revelações, intrigas e verdades inquietantes. Eu estava pronta para liderar essa jornada. Com um sorriso decidido, deixei minha sala e me dirigi à redação, pronta para guiar o Profeta Diário em direção a um futuro empolgante.