Barraca de Advinhação

A ideia de Aaron havia mesmo sido boa, tão boa que ate entrarmos na barraca de adivinhação eu ainda me encontrava surpresa com seu feito. Entramos e claro encontramos uma grande fila de alunos que queriam saber alguma coisa, o que eu duvidava que fosse o mesmo que a gente. Olhei os detalhes da tenda e objetos como bolas de cristas, chás e xicaras de leitura. Além de outras coisas mais estranhas que nunca tinha visto em minha vida como um colar com um olho que mexia e um baralho de cartas que levitava e se embaralhava sozinho, com figuras diferentes. Permanecemos na fila por uns minutos, eu tentei prestar atenção nas previsões dos que estavam a nossa frente mas sempre o adivinho formava uma bolha de proteção que enclausurava o som entre eles. Pelo menos ninguém vai ficar de bituca nas nossas perguntas, nem mesmo os professores. Comentei olhando para o professor Adrien que guardava a portada daquela barraca. Dei mais um passo o para frente quando o ultimo grupinho de alunos  a nossa frente se aproximava da mesa do adivinho magico.

Chegou nossa vez e entramos e observei o adivinho nos envolver em uma bolha de Abbaffiato, qualquer um que tentasse escutar nossa conversa, ouviria chiados. O que desejam saber do futuro queridos alunos? Perguntou o homem forçando uma voz misteriosa, cerrei minhas sobrancelhas me perguntando por que ele parecia nos tratar como crianças do primeiro ano letivo.  Escuto Aaron perguntar sobre o futuro de um desconhecido e coloco minha mão sobre a testa, sua inteligência era momentânea. Olhei para Laura que segurava um sorriso ao meu lado. O bruxo responde a coisa mais obvia, que ele não podia prever o futuro de alguém que ele não sabia quem era. Coloquei minha mão no ombro do Aaron e o puxei para trás passando na sua frente. Eu tenho uma pergunta sobre mim mesma. Falei forçando o adivinho cortar sua comunicação com Aaron e iniciando comigo.  Por acaso eu estarei em perigo nos próximos meses? Devo me preocupar com alguém atrás de mim ou de meus amigos que estão aqui? Perguntei olhando para o adivinho que sorriu e levou suas mãos a bola de cristal.

Uma fumaça espessa apareceu na bola depois de algumas esfregadas e ele sorriu enquanto seus olhos pareciam ler o que fosse que tivesse  naquela fumaça. Hummm, interessantee! Hummm. Falou e eu revirei os olhos com todo o suspense que ele estava fazendo, eu sabia que se tratava de uma ceninha típica de bruxos que viviam disso. Desembucha logo. Comentei em um tom impaciente para o adivinho que fechou a cara e pareceu que todo seu teatro caiu por terra e finalmente eu conseguia ver o bruxo real por trás do uniforme de trabalho. Existira mais de uma pessoa atrás de você nas próximas semanas, mas se preocupar com isso ou não depende de sua avaliação única sobre os motivos da procura de cada um. Se será ou não um incomodo. Disse e eu cerrei os olhos, não era exatamente o que eu estava esperando ouvir mas fiquei com olhos bem abertos em saber que teria pessoas me procurando nas próximas semanas e mais ainda curiosa em saber por que me procurariam.

Em relação a perigo, vejo mais seus amigos perto desta linha tênue entre perigo e aventura do que você especificamente. Comentou e eu sai de meus pensamentos voltando a olhar para o adivinho, agora mais preocupada com a segurança de meus amigos do que a minha. Comecei a me perguntar se a pessoa que invadiu o castelo podia mesmo ser um ex comensal, como eu havia pensando antes, já que é um inimigo direto do pai e padrasto de Laura e Aaron. Sai de meus pensamentos quando vi um dos dois irmãos fazer uma nova pergunta ao oraculo.