Quarto Principal ( Suíte)

Alex ficou encarando aquela criatura parada na cozinha enquanto Malia lhe entregava a mala de roupas e falava para ela ir tomar um banho. A morena estava tão confusa e em choque que parecia uma marionete enquanto a loira a empurrava escada a cima em direçao ao quarto que agora era das duas. Assim que entrou ela caminhou ate a cama e se sentou e olhou para a medibruxa que estava em pé cutucando os próprios dedos. — Bem?? To esperando a explicação! — Falou um pouco nervosa e viu a loira se aproximar pedindo que ela ficasse calma mas era uma tarefa pouco possível para a morena naquele momento.

— Baby, com todo o respeito, nao tem como eu ficar calma sem entender como que do nada tem uma garota de  quinze anos morando com a gente como se fosse nossa filha... — Falou na mesma hora em que a loira se sentou ao seu lado na cama colocando suas mãos sobre as dela e começou a explicar como a menina havia perdido os pais e estava a horas no hospital se recusando a ir para casa. Alex nao dava a mínima para a perda da garota, na verdade se quer teria parado para falar com a menina se a visse pelo hospital chorando. — Devia ter oferecido levar ela para o Foster Home de Hogsmeade e nao nossa casa Malia... — Falou passando a mão pelo rosto enquanto escutava a loira ao seu lado argumentar seus pontos por ter tido a ideia de trazer a garota para cá.

Alex escutava a loira explicar ser somente temporário que a garota iria em poucas semanas voltar a Hogwarts. Isso é um pouco positivo, nao seria por muito tempo que duraria aquela cagada. — Ain... Okk mas que ela nao espere que eu seja nova mãe dela... Nem você! — Falou reforçando mais a questão da loira pois ela nao queria precisar dividir a atenção dela. Alex desviou o olhar por alguns minutos pensando com as vezes o excesso de bondade de Malia colocava elas em furadas, mas foi quando ela ouviu da loira algo que ela nao achava que escutaria.

— Eu sei que você não quer ter filhos, você sempre deixou isso claro mas nunca explicou o por que? — Falou e Alex ficou em silencio em choque por não esperar que Malia fosse algum dia a perguntar sobre filhos, a verdade é que a morena nunca se imaginou cuidando de uma criança, muito menos pensando no por que não se imaginava. — Por que... Por que eu não levo jeito Malia, fui criada por dois animais, não sei como entregar a uma criança o que ela espera. Como vou entregar a ela algo que eu nunca recebi entende? — Falou lembrando de sua infância morando sobre os cuidados de seu pai, os treinamentos exagerados, os castigos e punições quando se deixava se cumprir algo.

— Eu só sei cuidar de uma criança como meu pai criou eu, Maeve e Alec. Não acho se sou bom material materno, na verdade tenho certeza que eu sou o oposto. — Falou olhando para a loira que a escutava com atenção, Alex não gostava muito daquela conversa, talvez por mexer em sua insegurança. Ela deixou que o silencio ficasse entre as duas por alguns segundos e então tocou sua mão na da loira. — Você... Você quer ter filhos? — Perguntou apesar de não querer ouvir a resposta mas ela sabia que se a loira quisesse ter um filho, ela no final iria aceitar pois a morena fazia de tudo para não perder a medica, ate mesmo aceitar adotar uma criança.

Senti a loira levar sua mão ao seu rosto e isso a forçou a olhar mais uma vez para a loira que retribuía o olhar com um sorriso meigo no rosto enquanto seu dedo acariciava a bochecha da ex-comensal antes de falar alguma coisa.

Alex ficou admirando sua loira trocando de roupa enquanto falava, as curvas de Malia eram impecáveis, pareciam ter sido feitas por deuses. A viu vestir sua camisola enquanto pensava, para Alex a medibruxa era como um anjo caído na terra, ela nao teve muitos exemplos de humanos bons antes de conhecer a loira. Por mais que seu racional soubesse que existe mais pessoas com a bondade de sua namorada, por algum motivo ela tinha uma grande dificuldade em confiar nos outros. Se abrir para Adora é um pedido bem difícil mas ela nao se vê com argumentos para negar.

Não acho que eu vá me apegar a garota mas posso fazer um esforço para tratar ela bem. Falou olhando para a loira ao seu lado que sorri feliz com o que escuta. Mas estou fazendo isso completamente por você. Falou virando agora seu corpo e levando suas duas mãos ate a cintura de Malia a empurrando delicadamente para deitar enquanto a escutava soltar uma leve risada a respondendo que isso mudaria com o tempo. Veremos. Ela disse colocando seu corpo por cima do da loira dando um beijo em seu pescoço enquanto cruzava os dedos da mão.

Mas chega de falar da pirralha, não voltei da loja para ficar falando sobre crianças, voltei para ficar com minha gostosa. Falou dando beijos no pescoço de Malia enquanto ouvia rir e a sentia enroscar as próprias pernas em sua cintura, levando suas mãos ate sua  nuca. Alex sorriu e tirou seu rosto do pescoço da loira e levou seus lábios ao encontro das da loira enquanto fazia o belo dever de tirar a camisola da loira que foi colocada atoa.

Fim da Interação

Alex abriu seus olhos e piscou algumas vezes deixando a luz forte da claridade entrar, iluminando um quarto que ela conhecia muito bem. Lentamente se sentou na cama e olhou ao redor, nenhum sinal de Malia por perto. Flashs do dia seguinte voltaram a passar em sua mente, os segredos revelados e no final, levou sua mão ate o pescoço, se lembrando de Lilith. A atadura em seu pescoço indicava que a medica estava bem apesar de sua maldição, como ela previu. Com calma e um pouco de falta de equilíbrio ela se levantou da cama, sem desejar perder tempo começou  a arrumar suas malas, em meio a dobras de roupas ela chorava, deixando a dor da traição sair para fora. Alex estava angustiada, sem chão pois a única pessoa que ela confiava plenamente escondeu algo importantíssimo de si, algo imperdoável.

A morena nao sabia direito oque pensar, apenas tinha certeza de que nao conseguia mais ficar naquela casa, nao conseguia mais olhar na cara da medica com quem por anos dividiu a cama. Ela queria sumir, queria ir para um canto que jamais seria encontrada e era o que estava determinada a fazer, pelo tempo que precisasse. Pegando todas as suas coisas, ela vestiu por fim uma roupa preta e discreta e sem deixar um note, aviso ou carta aparatou para longe, o mais longe possível que ela pudesse ficar de Malia e Lillith.

Alex observava Malia com um olhar novo, sentindo uma atração avassaladora que jamais experimentara antes. Enquanto jantavam à luz de velas, ela notava cada detalhe da mulher à sua frente: os olhos brilhantes, o sorriso tímido, os gestos delicados. Aquele ambiente romântico, carregado de desejo e intimidade, despertava em Alex um sentimento profundo e incontrolável. Ao longo do jantar, Alex não conseguia desviar o olhar de Malia. Sentia-se consumida por uma fome crescente, uma necessidade de estar mais próxima, de tocá-la, de senti-la. Cada palavra trocada, cada riso compartilhado, aumentava a tensão entre as duas. Malia olhou para Alex com um brilho nos olhos, e naquele momento, Alex não conseguiu mais resistir. Puxou-a para um beijo profundo, deixando que todo o desejo acumulado fluísse.

Suas mãos começaram a explorar o corpo de Malia com uma urgência que surpreendia a ambas. Alex sentia uma necessidade desesperada de despir Malia, de sentir a pele dela contra a sua. Com movimentos rápidos e decididos, começou a tirar a roupa de Malia, cada peça caindo ao chão como se não pudessem esperar nem um segundo a mais. Malia, igualmente tomada pelo desejo, retribuía a intensidade, despindo Alex com a mesma fome. Em poucos momentos, ambas estavam nuas, os corpos entrelaçados em um abraço apertado. Caíram na cama, e Alex, dominada por um impulso possessivo, posicionou-se sobre Malia, prendendo-a sob seu corpo. Que saudades de te ter na minha mao. Alex provocou, seus labios roçando tentativamente os da loira. Era como se todo o seu ser implorasse por aquele contato, por aquela união.

Alex beijou Malia com uma intensidade inédita, cada toque carregado de paixão e desejo. Sentia a respiração acelerada de Malia contra sua pele, os corações batendo em uníssono. A conexão entre as duas era palpável, quase tangível no ar carregado de tesão. As duas se moviam em perfeita sintonia, seus corpos se encontrando e se entrelaçando em uma dança apaixonada. Enquanto se envolviam em beijos e carícias, a voz de Astrid soou distante, chamando pela mãe. Mae, cheguei em casa! Malia ficou tensa por um momento, mas Alex, sem parar de beijá-la, tampou-lhe a boca com a mão, forçando-se a ignorar o detalhe da menina ter-la chamado de mãe e sussurrou: — Não dê importância agora, meu amor. Ela sabe achar o proprio quarto... — Voltou a beijá-la com fervor, determinado a não deixar que nada interrompesse aquele momento. Malia, embora ainda um pouco nervosa, deixou-se levar pelo calor do momento. Alex a envolveu em seus braços novamente, o desejo tomando conta de cada fibra de seu ser.

A noite avançava, e as duas se entregavam completamente uma à outra, cada toque, cada suspiro, aumentando a intensidade da paixão entre elas. A conexão que Alex sentia naquela noite era diferente de tudo que já havia experimentado. Seu corpo parecia implorar por Malia, e ela não conseguia saciar a fome que sentia. Eu te amo... Sussurou Alex, guiada por uma possessividade que jamais sentira antes, aumentou a fricção de suas intimidade. Malia arqueou o corpo, perdida na intensidade do momento, seus gemidos abafados pela mão de Alex, que delicadamente tampava sua boca para que os sons não se espalhassem pela casa. Alex observava cada reação de Malia, seus olhos fechados, o corpo se contorcendo de prazer, e sentia um desejo ainda maior de marcá-la como sua.

Com movimentos firmes e ritmados, Alex acelerou, sentindo a tensão crescer entre elas. Inclinou-se para baixo, seus lábios encontrando o pescoço de Malia. Cada beijo era uma promessa, cada mordida suave, uma marca de possessão e desejo. Malia, por sua vez, entregava-se completamente, seus suspiros e gemidos abafados pela mão de Alex, criando uma sinfonia silenciosa de prazer. Cada movimento era calculado, cada toque meticuloso, levando Malia cada vez mais perto do êxtase. Alex sussurrava palavras de dominancia em seu ouvido, sua voz rouca e cheia de desejo: — Você é minha, Malia. Só minha. — E com essas palavras, sentiu a resposta de Malia, que a envolveu com mais força, os corpos das duas em perfeita harmonia.

O tempo parecia parar enquanto os corpos das duas se uniam, a fricção e os toques criando uma sensação avassaladora de prazer. Quando a voz de outro adolescente foi ouvida, Alex reconhecia esta como a de Adora, Malia abaixo de si voltou a tensionar mas Alex nao parou e levou sua mao ao pescoço dela mantendo-a no lugar. — Quantas crianças voce adotou enquanto eu estive longe??  — Alex disse abaixando seu rosto ficando a centimetros do dela, seus olhos admirando cada detalhe da loira enquantos seus movimentos continuavam no mesmo ritimo, ainda arrancando gemidos de Malia. — Espero nao precisar dividir sua atenção com tantos... — Sussurou Alex enquanto acelerava os movimentos, cada vez mais intensos, e sentia Malia se aproximando do clímax, seu corpo respondendo a cada investida.

Aquele momento era só delas, uma expressão pura e intensa de amor e desejo.   — Voce é minha acima de tudo. — Alex reforçou, sua voz rouca e firme enquanto continuava a guiar Malia, a marcando em seu corpo, até que a explosão de prazer fosse inevitável.  — Eu sou...  — Ela disse, se entregando completamente, seus olhos encontrando os de Alex em um olhar que dizia tudo sem precisar de palavras. A intensidade do momento crescia a cada segundo, os suspiros e gemidos abafados preenchendo o ar ao redor delas. Alex podia sentir o coração de Malia batendo em uníssono com o seu, e isso só aumentava o desejo de chegar ao ápice juntas. —  Eu sou toda sua Alex!

Com um último impulso, Alex sentiu uma onda avassaladora de emoção e prazer percorrer seu corpo, quase como uma corrente elétrica que a unia a Malia de forma inquebrável. Malia arqueou as costas, os olhos fechados com força, os dedos se agarrando aos lençóis enquanto um suspiro profundo escapava de seus lábios pouco antes de Alex juntar os seus em um beijo repleto de desejo. Os corpos das duas tremiam, em perfeita harmonia, compartilhando aquele momento único e poderoso. O ápice chegou como uma onda avassaladora, os corpos entrelaçados e tremendo em conjunto. Quando finalmente a onda de emoção e prazer começou a diminuir, Alex abraçou Malia com força, sentindo os corpos ainda tremendo do esforço compartilhado. As duas ficaram ali, envoltas em um abraço apertado, respirando profundamente e aproveitando a paz e a intimidade que aquele momento proporcionava. O quarto, iluminado apenas pelas velas, parecia um refúgio perfeito de amor e conexão.