Salão Comunal Secreta

O relógio na parede parecia zombar de mim enquanto os minutos se arrastavam. A sala comunal secreta estava imersa em um silêncio opressivo, interrompido apenas pelo ocasional crepitar das velas nas prateleiras, que lançavam sombras dançantes nas paredes de pedra. Estava sentado no sofá de couro gasto, segurando os grimórios de Nicholas, meus dedos traçando os contornos das letras douradas na capa envelhecida. Foi ridiculamente fácil tirar dele os grimórios ,no fundo, ele não passava de um tolo. Alguém que, apesar de toda a habilidade com as artes arcanas, subestimava o poder da astúcia das pessoas a sua volta. Eu sabia que ela viria. Laura era ambiciosa, talvez até mais do que eu. E essa era uma das coisas que mais me atraía nela. Ela sempre soube o que queria, e não hesitava em usar qualquer meio necessário para conseguir.

Finalmente, o som esperado: passos leves e decididos. A porta rangeu e Laura entrou.  Ela apareceu. Laura entrou com a elegância felina que sempre a acompanhava, os olhos verdes penetrantes me encarando com uma intensidade que fez meu sangue correr mais rápido. Ela olhou para mim, seus olhos brilhando com uma mistura de expectativa e desconfiança. Conseguiu? Perguntou, sua voz baixa, quase um sussurro, mas cheia de uma autoridade que não permitia recusa. Meu corpo respondeu antes que eu pudesse pensar. Levantei-me do sofá, os grimórios ainda em minhas mãos, e os ergui à minha frente, mostrando-os a ela. Um sorriso de triunfo curvou meus lábios e os dela. Foi como tirar de uma criança... Nem suei para passar a perna em meu primo Minha voz carregada de uma satisfação maliciosa. Nicholas nunca foi páreo para mim. Ele tinha a habilidade, mas não a astúcia.

Os olhos dela brilharam com interesse enquanto observava os livros de pergaminhos. Ela se aproximou, estendendo a mão, os dedos finos e pálidos quase tocando a capa do grimórios. Mas antes que seus dedos tocassem o livro, eu o afastei, negando-lhe o que tanto desejava. Seus olhos encontraram os meus, surpresos e, por um breve momento, irritados. Ah, ah ahnh! Primeiro, você precisa cumprir a sua parte do acordo, ou se esqueceu? Declarei, minha voz firme, mas carregada de algo mais. Um desejo que eu não me incomodei em esconder. Eu me aproximei dela, devagar, sentindo a tensão no ar aumentar a cada passo que eu dava. Você se lembra, não é? Uma noite mágica... comigo. Cheguei tão perto que podia sentir a respiração dela, quente e acelerada. Minhas mãos, ainda segurando o grimório, estavam agora ao lado de seu rosto.

A sala parecia ter ficado menor de repente, as paredes mais próximas, o ar mais denso. Meu sorriso se alargou, assumindo um tom safado enquanto eu a empurrava suavemente contra a parede, não o suficiente para machucá-la, mas o bastante para que ela entendesse que eu não estava para brincadeiras. Você me deve uma noite, Laura. Vai me dizer que pretende abandonar sua parte do acordo?. Eu sorri, um sorriso que sabia ser tanto provocador quanto carregado de uma promessa não dita. Laura tentou manter a compostura, mas eu podia ver a luta interna em seus olhos. Ela queria o grimório. Precisava dele. Mas também sabia que eu não cederia tão facilmente. Ela conhecia as regras do jogo. E, por mais que isso a irritasse, ela sabia que teria que pagar o preço.

E se eu não cumprir?  Laura finalmente falou, sua voz soando quase como uma provocação. Eu sorri, aproximando meu rosto do dela, sentindo a respiração quente dela contra a minha pele. O jogo estava ficando interessante. Ah, vai mesmo me deixar na mao? Depois de tudo que fiz para pegar esses pergaminhos por voce? Eu perguntei com um pequeno sorriso de tristeza e manipulaçao. E entao dei um longo suspiro.  Uma pena...  Porque, se não cumprir, esses grimórios nunca chegarão às suas mãos. E nós dois sabemos o quanto você precisa deles. Murmurei, minha voz cheia de certeza.  Ela permaneceu em silêncio por um momento, os olhos dela faiscando enquanto me estudava. Podia ver as engrenagens girando em sua mente, calculando os prós e contras, tentando determinar se eu estava blefando. Mas eu não estava.

Com um movimento brusco, puxei sua camisa, abrindo-a, deixando que os botões se soltassem e caíssem sem importância no chão. Seus seios, agora apenas cobertos pelo sutiã, estavam à mostra para mim, e não perdi tempo em deixar minhas mãos explorarem o que eu agora tinha à minha disposição. Laura não parecia se importar, pelo contrário, ela parecia ainda mais determinada a continuar com o que havia começado. Quando ela se inclinou para frente, continuando a beijar meu pescoço, eu senti a pulsação em minha virilha aumentar, o desejo crescendo mais forte e quase incontrolável. Eu queria devorá-la. Queria deixar a minha marca em seu corpo para que todos vissem, para que todos soubessem que ela havia sido minha.

Com uma ferocidade controlada, minha mão agarrou a base de sua camisa, puxando-a com força, arrancando-a de seu corpo. Seus olhos se arregalaram por um momento, mas logo um sorriso desafiador curvou seus lábios. Ela estava gostando disso tanto quanto eu. Com suas mãos ainda segurando meu peito, ela manteve o controle da situação, mas eu sabia que esse controle não duraria muito. Minhas mãos passeavam por suas costas nuas, enquanto meus lábios encontravam novamente seu pescoço. Eu mordi sua pele delicada, sentindo o gosto salgado e doce misturado ao perfume que ela exalava. A marca que deixei ali não era apenas um sinal de posse, mas um lembrete de que, por mais forte que ela fosse, ainda era vulnerável a mim.

Senti seu corpo estremecer ao meu toque, e isso me deixou ainda mais excitado. Meus dedos, agora impacientes, desceram até sua saia, puxando-a para cima, expondo ainda mais de suas coxas e do que ela escondia por baixo. Sua respiração estava ofegante, e eu sabia que ela estava tão imersa naquele momento quanto eu. Quando voltei a olhar em seus olhos, vi que ela também estava se perdendo. O jogo havia virado, e agora era ela quem estava lutando para manter algum controle. Mas não importava. Eu estava disposto a dar a ela o que queria, contanto que ela continuasse a me dar o que eu desejava.

Com um movimento rápido, eu a beijei, sugando seu lábio inferior com uma fome que eu sabia que ela compartilhava. Nossos lábios se moviam com urgência, e cada toque era uma promessa do que estava por vir. Minhas mãos deslizaram por suas costas, subindo até os ombros, antes de puxar o resto de sua roupa para longe de seu corpo, deixando-a quase completamente exposta para mim. Eu não me segurei. Deixei que minhas mãos explorassem cada centímetro de sua pele, cada curva, cada detalhe que eu ainda não havia descoberto. E enquanto eu fazia isso, seu corpo pressionava-se contra o meu, buscando mais, querendo mais. Laura estava entregue, e isso me deixava eufórico.

Finalmente, sem mais resistências, me despedi das últimas peças de roupa que ainda cobriam nossos corpos, sentindo o contato direto de sua pele contra a minha. A sensação era indescritível, um misto de poder, desejo e um prazer que eu mal conseguia controlar. Laura também parecia estar sentindo o mesmo. Seus movimentos tornaram-se mais intensos, seu rebolado mais firme, e eu sentia cada vez mais o calor entre nós aumentando. Quando finalmente nos conectamos, a sensação foi avassaladora. Senti meu corpo inteiro estremecer enquanto meus lábios voltavam a encontrar os dela, famintos, enquanto minhas mãos a guiavam, ditando o ritmo que eu desejava. Os movimentos eram lentos, mas carregados de uma intensidade que me deixava à beira do êxtase.

Eu gemi, incapaz de segurar o som que escapou de minha garganta, ao sentir Laura de uma forma tão íntima. A sensação era perfeita, e eu sabia que, naquele momento, eu havia conquistado mais do que apenas os grimórios. Eu havia conquistado ela, seu corpo, seu desejo, sua submissão. Enquanto nos movíamos em sincronia, senti o controle escorrer pelos dedos dela, e eu estava lá para agarrá-lo. Seus olhos, antes desafiadores, agora mostravam sinais de prazer puro, algo que ela não estava esperando sentir com tanta intensidade. Eu continuei guiando seus movimentos, aumentando a velocidade e a força, observando-a se perder cada vez mais na onda de prazer que estava nos consumindo.

A visão de Laura se entregando completamente ao prazer era uma das coisas mais belas que eu já havia presenciado. Ela não estava mais em controle, e eu sabia que, naquele momento, ela estava rendida a mim. Seus gemidos eram música para os meus ouvidos, e cada som que ela fazia só aumentava a minha satisfação. Quando puxei seu cabelo, a intensidade de seus movimentos aumentou ainda mais. Ela estava perto, eu podia sentir. E eu queria levá-la até lá, queria vê-la atingir o ápice, sabendo que fui eu quem a conduziu até esse ponto. E então, com um último movimento, senti seu corpo estremecer enquanto ela alcançava seu primeiro orgasmo. A visão dela naquele estado, completamente perdida em prazer, era algo que eu jamais esqueceria.

Eu desacelerei, mas não parei. Soltei seu cabelo e a deitei sobre o sofá, posicionando-me sobre ela, meus lábios voltando ao seu pescoço, beijando, mordendo, deixando mais marcas enquanto continuávamos a nos mover juntos. Ela estava completamente entregue, e eu me sentia vitorioso, sabendo que havia conquistado exatamente o que queria. E enquanto nos perdíamos juntos, a sensação de triunfo não me abandonava.

Meus movimentos sobre Laura eram lentos, quase preguiçosos, mas cada gesto era calculado para prolongar o prazer que ainda ecoava em nossos corpos. Sua resposta à minha pergunta sobre os grimórios havia sido evasiva, o que só aguçou minha curiosidade. Eu queria saber o que exatamente ela planejava com aqueles livros, mas sua recusa em responder, sua resistência, era algo que eu também apreciava. Ela não era uma garota fácil de se dobrar, e isso fazia com que cada momento ao seu lado fosse uma mistura perfeita de desafio e conquista. Eu poderia sentir a leve irritação em suas palavras, mas não me importava. Pelo contrário, sua teimosia apenas aumentava meu desejo de desvendar o que ela estava escondendo. Um sorriso apareceu nos meus lábios, mesmo que ela não pudesse vê-lo. Aquela resposta evasiva apenas me fez querer provocá-la ainda mais.

Minha mão deslizou até o seu pescoço, segurando-o com firmeza, mas sem força suficiente para machucá-la. Apenas o suficiente para lembrá-la de que, por mais que resistisse, estava sob o meu controle. Meus movimentos, antes lentos, agora tornavam-se mais firmes, mais determinados. Você realmente não quer me contar, não é?  Provoquei, minha voz carregada de uma mistura de diversão e irritaçao. Eu queria mais do que apenas respostas. Queria ver até onde ela estava disposta a ir para manter seus segredos. Talvez possamos fazer um novo acordo, então... Algo que te deixe ainda mais tentada a abrir a boca. Sussurrei mordiscando sua orelha. Os gemidos de Laura se intensificaram, e eu podia sentir que ela estava começando a se perder novamente no prazer que eu estava provocando. Isso me fez sorrir. Saber que, mesmo enquanto eu a pressionava por respostas, ela ainda se deixava levar pelo desejo, era uma sensação de poder que eu apreciava.

Sua resistência estava se dissolvendo, e eu podia sentir isso em cada movimento que fazia. Isso me deixou satisfeito, quase eufórico. Eu acho que você vai acabar me contando tudo, no final Murmurei enquanto meus lábios ainda exploraravam  sua orelha, mordendo com uma intensidade suficiente para deixá-la mais alerta, mas desacelerando meus movimentos para que ela tivesse um momento de clareza. Mas, antes de qualquer coisa... Eu preciso de mais alguns favores seus, Laura. Eu senti seu corpo estremecer sob o meu, e um gemido mais alto escapou de seus lábios. Estava claro que ela estava próxima de se perder completamente, mas eu queria mantê-la nesse limiar, nesse estado de vulnerabilidade. Eu soltei seu pescoço, permitindo que ela recuperasse o fôlego, observando o misto de confusão e desejo em seus olhos.

O que mais você quer? Perguntou, ofegante, seus olhos buscando os meus com uma mistura de curiosidade e apreensão. Eu sorri, afastando meu rosto do seu pescoço e olhando diretamente em seus olhos. Havia uma faísca de desafio em seu olhar, algo que me fez querer ainda mais. Eu quero mais noites como esta, e também... um pouco do seu sangue. Comecei, minha voz suave, mas cheia de intenção. O olhar que ela me lançou foi de pura dúvida. Eu sabia que ela não esperava por essa exigência, e isso apenas tornou tudo ainda mais interessante. Mas antes que ela pudesse reagir, antes que pudesse recusar ou questionar, meus lábios encontraram os dela novamente, e eu deixei que o desejo nos guiasse.

Afundei-me em seu corpo, intensificando meus movimentos, tornando-os mais fortes, mais rápidos. Queria levá-la ao ápice novamente, queria sentir o momento exato em que ela se entregaria completamente. Laura não resistiu; seus gemidos se tornaram mais altos, mais desesperados, e eu sabia que estava perto de conseguir o que queria. Finalmente, o clímax nos atingiu juntos, uma onda avassaladora de prazer que fez com que ambos gemêssemos alto, nossos corpos tremendo com a intensidade do momento. Por alguns minutos, tudo o que podíamos fazer era respirar, tentando recuperar o fôlego, nossos corpos ainda entrelaçados, suados, mas satisfeitos. Caí ao lado dela no sofá estreito, puxando-a para cima de mim, sentindo o calor de seu corpo contra o meu.

Ficamos assim por um tempo, em silêncio, apenas aproveitando a sensação de completude que vinha depois de uma noite como aquela. Depois de alguns minutos, senti Laura se mexer, levantando a cabeça para me olhar. Havia algo nos olhos dela, uma mistura de curiosidade e cautela. O que você quer com o meu sangue, Enric? Perguntou, sua voz ainda ofegante, mas firme. Eu sorri, olhando para ela, apreciando o fato de que, mesmo depois de tudo, ela ainda estava disposta a questionar, a lutar por suas respostas. Eu te conto se você me contar o que quer com os grimórios Respondi, minha voz carregada de malícia, sabendo que, assim como eu, ela não estava disposta a ceder tão facilmente. Ela me olhou por um longo momento, seus olhos tentando decifrar minhas intenções. Eu podia ver a dúvida passando por sua mente, a hesitação em suas decisões.

Enquanto Laura repousava em meu peito, senti a curiosidade dela aumentar. Seus olhos me analisavam, procurando respostas que sabia que eu poderia oferecer. Quando finalmente me perguntou sobre o que eu queria com o sangue dela, percebi que estou diante de um quebra-cabeça ainda maior do que imaginei. Seus dedos tamborilam suavemente no meu peito, um gesto que me diz que ela está impaciente, mesmo que tente disfarçar. Acariciei os cabelos dela suavemente, notando como a tensão nos ombros dela diminui levemente com o contato. Eu ando seguindo os passos do meu primo Nicholas. Dise, mantendo minha voz sedutora e baixa. Meus dedos continuavam desenhando círculos preguiçosos em sua pele enquanto pondero sobre o que devo ou não revelar. Ele tem andado muito interessado em um suposto jardim... Um lugar que dizem que só herdeiros podem entrar. Nicholas pode ser um herdeiro de Salazar, mas eu não sou. Não é como se eu pudesse simplesmente pedir o sangue dele, até porque... bem, você sabe como é o nosso relacionamento. Dou uma risada baixa, lembrando das muitas disputas que tive com Nicholas ao longo dos anos.

Então, quando precisei de outra fonte, me lembrei da família Winchester. Não que você seja minha unica opção, claro. Mas você estava disponível, e... digamos que sua companhia tem sido surpreendentemente agradável. Meu tom é levemente provocador, querendo testar até onde ela vai me permitir chegar nessa conversa. Laura me olhava conflituosa, embora meu tom parece tranquilo, ela sabia que minhas palavras carregavam perigo. Por que Nicholas estaria interessado no jardim?  Um sorriso cresceu no meu rosto, divertido, enquanto observo sua tentativa de desvendar as intenções do meu primo e no fundo, as minhas. Eu me aproximei, me inclinando um pouco mais para perto dela, meus lábios quase roçando os dela

Ah, Laura, essa conversa está ficando perigosa. Se continuarmos, você vai ter que me contar o que realmente quer com esses grimórios. Eu disse e ela afastou levemente o rosto, olhando em meus olhos hesitante. Consegui ver a relutância nos olhos dela, mas também percebi que não é hora de pressioná-la mais do que isso. Ela se vê diante de uma escolha, e a ameaça implícita é suficiente para fazê-la reconsiderar. Depois de alguns segundos de tensão silenciosa, ela suspirou e concordou em encerrar o assunto. Sabia que ambos entendiamos que não estamos sendo completamente honestos um com o outro, mas por agora, é o que temos. É um jogo que ambos jogamos, com as regras ainda sendo escritas conforme avançamos. Aproveito o momento para mudar o clima. Minhas mãos voltam a percorrer seu corpo com carinho, tocando sua pele quente.

Mas, por enquanto, vamos deixar esses mistérios para depois, não é? Há coisas mais... interessantes que podemos refazer. Minha voz baixa se transforma em um sussurro quente contra o ouvido dela, e eu beijo seu pescoço suavemente, sentindo-a tremer sob meu toque. Deixando meus lábios percorrerem o caminho de seu pescoço até seus lábios, onde a provoco antes de finalmente nos perdermos novamente um no outro. Laura hesita, mas quando finalmente responde ao meu beijo, é com a mesma intensidade da primeira vez. Estamos de volta ao jogo, mas agora sem a necessidade de palavras ou segredos. Apenas o calor do momento e a sensação de que, pelo menos por agora, ambos conseguimos o que queríamos. À medida que a noite avança, o sol começa a dar sinais de que está prestes a raiar, e nós dois continuamos a aproveitar a companhia um do outro, explorando cada centímetro de nossas peles até o último momento, até o último suspiro de cansaço e satisfação.