Histórias e Lendas da Magia - 4º Ano - 1ª Aula

Sala de Aula de Histórias e Lendas da Magia

Histórias e Lendas da Magia - Primeira Aula

Aquilo só podia ser brincadeira, como era possível que aquele idiota do Aaron pudesse simplesmente não me acordar, quer dizer, mesmo que eu raramente me lembre de acordá-lo, fazendo com que muitas vezes ele perca o café da manhã, isso não é desculpa para fazer o mesmo comigo. E graças àquilo, além de não tomar café da manhã e estar com fome, ainda estava atrasado para a aula, motivo pelo qual corria tão desesperadamente pelos corredores, claro que o fato de que era aula de história e lendas da magia, matéria que eu imaginava seria uma cópia de história da magia, não me motivava nem um pouco, na verdade acrescentando ao fato de que não iria ver Laura a pouca motivação que tinha se esvaía.
Ao entrar na sala de aula, um calafrio percorreu meu corpo quando me deparei com a professora Fuhrman, cuja expressão séria deixava claro que ela não toleraria desrespeito ou desatenção e, principalmente, atrasos. Sorri o melhor que pude. Desculpe pelo atraso. Disse já caminhando rapidamente para minha minha carteira, sentindo o olhar da professora sobre mim, na verdade aquele não era, exatamente, o lugar que eu escolheria, já que na mesa se encontrava o garoto da Lufa-Lufa que discutira com Laura, o encarei friamente enquanto me sentava, depois direcionei meu olhar pela sala, mas todos tinham outra dupla, por fim direcionei meu olhar para Aaron, que me olhou e sorriu. Eu te mato. Movi os lábios, apenas provocando um sorriso nele. Espero que não planeje atrapalhar ainda mais minha aula senhor Walker... Isso fora o fato de já ter chegado atrasado. Me virei rapidamente na direção da professora, assustado tanto por ela ter me chamado atenção quanto por saber meu nome. Peço desculpas novamente. Respondi rapidamente.
A professora me encara depois revira os olhos e volta a explicar, começava a falar sobre a importância da matéria que estávamos prestes a estudar, enquanto ela começa a falar noto uma leve risadinha ao meu lado. Algum problema idiota? Falo sem chamar atenção da professora, o garoto me encara. Pelo que vi não sou bem eu que sou o idiota da turma. Confesso que eu queria prestar atenção na aula, realmente fiquei um pouco ansioso ao ouvir sobre os eventos históricos, lendas e mitos que permeiam o mundo mágico, mas também muito curioso para saber mais sobre o passado da nossa comunidade, contudo sentar perto daquele ser seria problemático. Deveria ter mais atenção com quem está falando, não vamos querer que eu acabe por te arrebentar acidentalmente na sala não é mesmo? Ele riu. Com esse físico de grilo? Eu ia adorar ver quem arrebentava quem. Me virei para ele e forcei um sorriso, eu ia adorar socar aquele desgraçado, já estava prestes a responder quando a voz da professora atravessou a sala novamente. Derek Sinclair e Daniel Walker se eu voltar a chamar atenção de vocês os colocarei para fora da sala.
Eu sabia que essa aula seria importante, pelo menos futuramente, fora que odiaria ser expulso, embora aquilo me desse a chance de encher aquele idiota de porrada, porém sabia que aquilo não seria o ideal, de nenhuma maneira possível, então, novamente, me desculpei e me virei totalmente para frente, eu teria outras oportunidades de socar aquele idiota.
A professora Fuhrman voltou a falar sobre o que ocorreria aquele ano, ela disse que falaríamos sobre diversos eventos históricos, lendas e mitos que permeiam o mundo mágico. Eu fiquei animado com a perspectiva de aprender mais sobre a história da comunidade mágica. A professora começou explicando que o Ministério da Magia foi fundado em 1707, após a criação do Estatuto Internacional do Sigilo em Magia. Ela explicou que o Ministério é responsável pela regulamentação da magia no mundo bruxo e tem como objetivo manter a paz entre os diferentes países mágicos. Fiquei impressionado com a importância do Ministério da Magia na sociedade bruxa e entendi a relevância de aprender sobre sua história. Depois ela pausou por um momento, olhando para a turma para ver se estávamos prestando atenção, olhando para minha mesa duas vezes, mas, daquela vez eu realmente estava prestando atenção, embora ainda sentisse o cheiro de lixo do meu lado. Ela respirou fundo e continuou explicando que nem tudo foi sempre tão harmonioso no mundo bruxo. Durante a Segunda Guerra Bruxa, o Ministério foi infiltrado pelo Lorde das Trevas e seus seguidores, e muitos bruxos foram perseguidos e mortos.
A professora se sentou na mesa e analisou-nos por alguns segundos antes de continuar sua aula, mais especificamente sobre a história de Voldemort,
eu prestava a atenção o máximo possível, estava animado para aprender mais sobre Voldemort, já que o personagem sempre me intrigou. A professora Fuhrman explicou a ascensão de Voldemort ao poder e a maneira como ele subjugou o mundo mágico. Ela disse que Voldemort, cujo nome verdadeiro era Tom Marvolo Riddle, nasceu em uma família de trouxas, mas desde cedo mostrou habilidades mágicas extraordinárias. Ele frequentou a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e se tornou conhecido por suas habilidades excepcionais em diversas áreas, especialmente em ocultismo e defesa das artes das trevas.
Ela descreveu como ele criou o grupo conhecido como os Comensais da Morte e espalhou o medo e a morte por onde passava, embora fosse uma história do passado e outros lordes tivessem surgido, ainda assim era complicado imaginar como era o mundo naquela época, viver em um mundo tão sombrio.
Após um tempo ela chegou na parte mais interessante, quando ela falou sobre como a queda de Voldemort foi resultado de um esforço conjunto de muitos bruxos e bruxas corajosos que se opuseram a ele. Eu já sabia que Harry Potter havia liderado esse esforço, mas não sabia muito sobre os outros bruxos que o ajudaram. De certo modo inspirador ouvir sobre suas histórias e sacrifícios. Comentei meio que pra mim mesmo. De fato. Ouvi a voz ao meu lado, nos encaramos rapidamente e então fechamos a cara, porém antes que algo pudesse ser dito a professora fez um sinal com a varinha e uma grande mesa apareceu no centro da sala, com uma série de objetos sobre ela.
Eu encarava aquilo atento, realmente curioso sobre tudo, então ela ergueu a varinha e fez uma série de gestos complexos, criando uma ilusão ao redor da sala, uma ilusão que levava a gente para dentro do Salão Principal de Hogwarts, enfrentando as forças Comensais, o chão estava coberto de destroços, as paredes estavam desmoronando e os feitiços explodiam em todos os lugares. Uma das partes mais importantes dessa história foi a Batalha de Hogwarts e hoje, vamos recriá-la em uma simulação ilusória, para que vocês possam entender melhor como foi a luta contra as forças de Voldemort. A encarei prontamente, aquilo não era meio extremo demais? Lembrem-se que durante a batalha os alunos tiveram duas funções principais, alguns foram designados para defender o castelo, enquanto outros deveriam entrar em ação para ajudar a destruir a Horcrux restante.
Era possível ver resmungos por todo canto da sala, resmungos ignorados pela professora, eu me levantei e empunhei minha varinha, embora alguns alunos tentassem se organizar eu sabia que seria um caos quando a ilusão se iniciasse. Não se esqueçam, alunos... Esta é uma simulação ilusória, mas os riscos são muito reais. Mantenham a concentração e trabalhem juntos para vencer essa batalha. Assim que ela concluiu a frase a simulação começou e assim como eu previra se tornou impossível se organizar de maneira adequada, uma vez que os feitiços, embora fossem realizados por ilusões, ainda eram fortes o suficiente para nos arremessar no chão.
Respirando fundo, eu avancei em direção aos comensais da morte, embora fosse uma ilusão, a situação era real a ponto de não importar. O som das explosões e feitiços ecoava pelos corredores enquanto eu corria para duelar e ajudar meus colegas, pela história aquela foi uma batalha era crucial e o destino de Hogwarts estava nas mãos daqueles que duelaram ali, então eu queria ver o quão complicada aquilo foi e se, caso algo assim se repetisse, se eu seria útil ou apenas um peso morto e impotente, como eu fui no último ano.
Com minha varinha em punho, eu comecei a lançar feitiços em direção aos comensais da morte, desviando de seus ataques enquanto avançava, eu estava determinado, atento e considerava aquela simulação uma verdadeira ação de invasão, de maneira que queria sentir que, mesmo que isso fosse um caso real de vida ou morte, se eu seria alguém que terminaria aquilo vivo. O salão estava em caos, com escombros voando em todas as direções e os alunos lutando bravamente para defender a escola, em meio a batalha eu vi muitos rostos familiares enquanto lutava, personagens históricos, verdadeiras lendas, o que me motivou ainda mais naquela simulação.
Os comensais da morte eram implacáveis, lançando feitiços mortais sem hesitação, eu senti minha adrenalina aumentando enquanto continuava a lutar, sabendo que cada segundo contava, avistei um comensal da morte se aproximando de Derek e, sem pensar duas vezes, corri em direção a ele, lançando um feitiço no comensal e alertando Derek sobre ele. Ao me aproximar dele fomos cercados por dois Comensais. O da direita é meu. Disse iniciando meu duelo e deixando o outro comensal por conta de Derek, nós lutamos furiosamente, lançando feitiços em rápida sucessão, eu senti a tensão em meu corpo enquanto me concentrava em manter o controle de minha varinha e defender-me dos ataques de meu inimigo, finalmente, eu consegui atingi-lo com um feitiço de desarmamento e o vi voar para trás, desarmado, eu senti um enorme alívio, mas não tive tempo para comemorar, pois outros comensais da morte estavam se aproximando.
Eu lutei com todas as minhas forças, lançando feitiços de defesa e ataque em rápida sucessão, eu não tinha ideia de quanto tempo havia passado, mas parecia uma eternidade, quando finalmente a batalha acabou, eu me encontrei ofegante, coberto de poeira e suor, olhando em volta, vi que os alunos da escola tinham vencido a batalha, e Hogwarts estava a salvo. Mesmo sento uma ilusão eu me senti orgulhoso de ter contribuído para essa vitória, nesse momento a professora encerrou a ilusão, olhei ao redor novamente e ninguém da sala estava em melhores condições que eu. Bom, agora cada um me diga como foi a realização desta atividade, o que sentiram e como era a sensação de estar em meio a um campo de batalha. Todos ficaram em silêncio, eu respirei fundo antes de erguer a mão.
Foi uma experiência assustadora, mas eu aprendi muito com isso... Disse olhando ao redor. Claro que era só uma ilusão, mas dá para ter uma ideia do que foi a batalha de verdade, o medo real da morte... E, eu espero nunca ter que enfrentar uma batalha tão intensa quanto essa, eu sinto que estaria pronto se precisasse. Encarei a professora. A coragem e determinação dos alunos foram fundamentais na Batalha de Hogwarts e acredito que se tiver companheiros tão valorosos ao meu lado mesmo numa batalha assim eu poderia superar e lutar com tudo que tivesse... Mas admito que é algo assustador e imaginar que alunos fizeram aquilo de verdade mostra o quão incríveis eles foram. Disse em meio a pausas para recuperar o fôlego, depois disso a professora ouviu os demais alunos. Lembrem-se disso alunos... A história é importante, mas nunca esqueçam que cada um de nós tem um papel a desempenhar na construção do futuro... A história da queda de Voldemort é um lembrete de que a comunidade mágica é mais forte quando trabalhamos juntos para proteger uns aos outros e nossos valores. Devemos permanecer vigilantes e comprometidos em garantir que nossa comunidade mágica nunca mais seja ameaçada de maneira semelhante. Até a próxima aula.
Com aquilo a aula estava encerrada e eu estava exausto, na verdade se tivesse uma outra aula durante a manhã eu provavelmente mataria, respirei fundo e juntei minhas coisas, estava com tanta fome que sequer tive tempo de pensar em qualquer outra coisa que não fosse ir embora e tentar comer algo, de maneira que tentaria assaltar a cozinha antes de ir ao meu dormitório tomar um banho.  Embora tivesse sido um fim de aula complicado eu tinha que admitir que terminei a aula me sentindo mais sábio do que antes, agora eu entendia o porquê da história ser tão importante e, mesmo não falando aquilo em voz alta, eu não podia esperar pela próxima aula, sorri e deixei a sala.