Consultório de Danos por Magia

Havia dias em que ate tocar o braço se tornava impossível. No inicio era apenas uma cicatriz que achei que passaria com as semanas seguintes mas nao ocorreu. A cada dia, a mancha preta aumentava, a dormência central do braço também e no ultimo mes começou a latejar, uma dor constante que foi se tornando extremamente intensa. Tão intensa que precisei tirar um dia de folga para ir ao Mungus. Dei uma desculpa familiar a Emily que ja estava de volta a seu cargo de diretora e eu com meu nome de Vice.  Entro no mungus suado frio, segurando meu braço me aproximo ao balcao que me guia ate a ala de danos por magia. La sou atendido por enfermeiros, mostro meu braço e eles o enfaixam sem  dar muita importância a minha dor. Sou vice diretor de Hogwarts, garota! Eu exijo o medico chefe responsável por mim, AGORA! Eu digo ao segurar com força o pulso da enfermeira com minha mão boa. Ela me olha assustada e quando a solto ela sai em passos rápidos para fora da sala.  

Encosto minha cabeça na cama pela primeira vez e respiro fundo, meu braço parece pegar fogo e a demora para eterna. VAO ME LARGAR AQUI ASSIM? Eu grito para que alguém escute e segundos depois novamente um enfermeiro entra no quarto. Eu pedi pelo medico chefe nao? Pergunto em um tom paciente, ofegante e respirando entre as pontadas de dor. A medica chefe já esta a caminho, somente aplicarei uma poçao anestésica para que possa parar de sentir a dor. Ele falou e respirei fundo aceitando a poçao guela abaixo enquanto fechava meus olhos e tentava me manter calmo a espera. Devo ter esperado mais longos vinte minutos ali, a dor que estava angustiante agora era leve e meus pensamentos estavam levemente confusos.

Quando uma nova enfermeira linda aparece eu sorrio, esqueço por uns segundos minha situação atual e quando a escuto dizer meu nome, inocentemente deixo uma cantada sair por meus lábios. Pode me chamar de docinho se preferir.  Sua resposta mais seca me recobra a consciência, percebo que ela nao é enfermeira e sim a medica chefe da ala. Me ajeito na cama quando a escuto perguntar sobre meu braço e o estico em seguida, sentindo as intensas pontadas de dores voltando. Esse aqui, faz mais de um mês que a ferida nao sara e parece aumentar, alem de doer as vezes. Eu digo e vejo a mulher a minha frente se aproximar tirando as atadura feitas pelas enfermeiras e vendo a extensao da ferida, as manchas pretas em volta da queimadura com formando da mão de Jack. Como conseguiu esse ferimento? E desde quando essa mancha preta apareceu?  Ela pergunta colocando pela primeira vez a mao sobre meu braço, o toque doía mas dado a poçao, era tolerável.

Foi quando impedir o Watsgrint de destruir o castelo, imagino que tenha lido minha entrevista no profeta. Falo com um sorriso orgulhoso no rosto olhando para a linda medica a minha frente. Tivemos um duelo épico onde o derrotei de lavada Falo me gabando para ela que parece me ignorar e somente anota as coisas em uma prancheta que tem em sua mao. E foi um duelo simples ou com uso de maldiçoes? Ela pergunta sem se quer olhar em meus olhos e eu sinto minha empolgaçao em me exibir diminuindo, começo a aceitar que ela nao esta reparando o peixe enorme que tem a sua frente, o que é uma pena para ela. Sem maldiçoes...  Na verdade eu lancei a maldiçao da morte contra ele mas nao morreu. Eu digo e a mulher olha para mim depois de tanto tempo olhando para o papel, ela esta confusa e curiosa ao mesmo tempo e me pergunta como isso seria possível. Ele estava diferente,parecia possuído por alguma coisa. A maldição meio que os separou e consegui derrota-lo. Eu digo para a loira que abaixa a ficha e me encara por alguns segundos em silencio como se tentasse conectar os pontos de tudo.

E o ferimento foi feito antes ou depois da maldição que lançou? Perguntou e eu respondi que havia sido antes, expliquei novamente que a maldiçao foia ultima coisa que fiz antes de derrota-lo. O ferimento foi no começo do duelo quando ele segurou meu braço com as maos e estranhamente conseguiu me queimar. Eu digo por fim e vejo a loira dar uns passos para tras e anotar mais coisas em minha ficha antes de voltar a me olhar e dizer algo que nao estava preparado para ouvir.

— Legendas

Ver a medica se preocupar me preocupa. Em pleno auge de minha carreira não posso lidar com um problema como aquele que me atrasa e me limita em tempos de dor, além de estar se alastrando para o resto do meu corpo. Sem falar que se Jack estava possuído por algo desconhecido pode ser um virus ou magia contagiante.   Ela diz e volto minh atenção a si. Eu havia estado com meu irmão, Emily, o conselho e com os alunos. O que quer dizer com isso? Eu pergunto preocupado em tê-los contaminando, nao pensando em qualquer outra coisa pior do que aquilo, pelo menos ate escutar as próximas palavras da medica.  Significa que não posso liberar você, pelo menos nao ate sabermos se isso é contagiante. Ela disse de costas para mim e eu começo a pensar no meu momento de gloria mais uma vez batendo contra um muro. Em alguns dias Emily voltaria para comandar o castelo ao meu lado, em hipótese alguma eu poderia ficar preso em um hospital.

Ao pouco a voz da medica começa a ficar abafada e confusa para mim, minha cabeça começa a doer com mais intensidade e a poção parece nao ter mais efeito algum. Meu braço volta a arder e sinto meu coração acelerar, meu medo em ficar internado se torna raiva e meus olhos se tornam pesados. Eu me levanto da cama e nao penso em mais nada além de impedir que aquela medica me interne. Saco minha varinha em sua direçao, sem notar meu braço infectado que emana uma fumaça negra em sua volta eu falo. Eu nao posso ficar. Isso chama sua atenção e por mais que eu saiba que posso apenas negar o tratamento e sair da sala, eu espero ela me olhar e sorrio em imaginar seu corpo explodindo. Bombarda! Eu digo apontando para seu abdômen e seu corpo é arremessado contra a parede do consultório quando se choca com uma explosão media invisível conjurado por minha varinha. Vejo ela cair ao chão e começo a ver a poça de sangue se formando em seu abdômen, certo uma laceração media pelo impacto.

Sinto meu braço infectado pulsar e um estranho prazer corre por minhas veias, uma sensação quase que magica que me faz anseia por mais. Caminho em direçao a loira caída ao chão e a pego pelo pescoço levantando e arrastando pela parede do consultório, minha pupila toda dilatada. Darei jeito em você para que nao mande ninguém atrás de mim. Eu digo  a jogando para o meio da sala e com a varinha lanço sua escrivaninha para a porta impedindo que qualquer um entrasse enquanto ela se levanta. Escuto abafadamente ela mandando que eu pare e a vejo apontar a varinha para mim mas ajo mais rápido. Expelliarmus! Conjuro a desarmando e em seguida corro em sua direçao que encara ainda surpresa e segurando o abdômen, sem tempo de resistir. Acerto minha mão com força em seu rosto e a vejo cair ao chão, próxima a sua varinha mas piso em sua mão e sento sobre seu corpo enquanto a escuto gritar. Cada grito seu parece fazer minha veia pulsar em prazer e eu gargalho com minha mão livro aponto a varinha em seu rosto que sangra por meus ataques.

Não tem ideia do prazer que isso esta me dando doutora! Eu digo, uma mistura de minha sanidade pedindo ajuda misturada a minha loucura e desejo em sentir as pulsações do braço. É como se meu corpo pedisse para que eu te matesse, cada ferimento que lhe causo, ela aumenta junto com o prazer. Eu digo me entregando a loucura que a cicatriz esta a me causar Sorrio e aproximo meu rosto do seu lambendo o sangue na lateral do seu rosto, lhe causando nojo, que também era uma dor. Não leve para o pessoal. Ele precisa do desespero e eu preciso de voce quieta. Me preparo para conjurar a maldição da morte e ter o ecstasy que aquela cicatriz em meu braço almeja quando a mulher abaixo de mim consegue pegar sua varinha novamente.

— Legendas