Cemitério de Little Hangleton

palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia

O cemitério de Little Hangleton é um local escuro, mesmo durante o dia, parecem que as nuvens se posicionam exatamente sobre ali fazendo com que pareça ser noite. As lápides são escuras e judiadas pelo tempo, as plantas também não parecem ser cuidadas deixando claro que um jardineiro não trabalha por ali há muito tempo. Não é muito frequentado e está sempre vazio. Local onde vários dos Riddle foram enterrados, também foi o onde o ritual de renascimento de Lord Voldemort aconteceu.

Kall at Queen of Graphics

Eu havia mandado a Joel uma coruja, para que me encontrasse no cemitério de um vilarejo mais distante , Little Hangleton. Os Duchanne  haviam enterrado algumas coisas por lá, coisas que precisava reaver. Quanto Thomas, pai de Alex era vivo seguíamos seu comando para o que fazermos na escola. Alex tinha uma prima, eu havia encontrado a menina numa das viagens com John, consegui arrancar dela onde Thomas havia enterrado seus antigos pertences, havia algo meu junto com ele queria de volta.

Estava já no cemitério esperando meu querido colaborador, escutei alguns galhos sendo pisados logo a minha frente. – Por aqui Lilith – segui a voz do homem que estava a alguns metros de mim. – Devo acreditar que trouxe o que eu encomendei? – pergunto enquanto o mesmo entrega a mim um saco com diversos artefatos. – Tem bombas dentro, gás, fumaça, de cheiro, luz, e explosivas também. Distração perfeita. – ele disse e eu sorri. Era o que eu precisava. – Três de cada como sua encomenda especificou – eu sorrio olhando para ele. – Era o que eu precisava Joel, muito obrigada.

O homem solta apenas um sorriso amarelo e começa a se afastar – Sabe – eu disse colocando o saco com os explosivos no chão. – Quando estávamos no caldeirão furado, uma moça me seguiu porque ela nos ouviu conversando, eu gostaria de mandar uma mensagem para ela. Pode me ajudar? – eu digo e ele aparentemente com medo, assente. – Ótimo...espero que ela se lembre de você – sorrio e saco a varinha que estava no bolso atras de minha calça – Abeo – eu aponto para os braços do homem, ele começa a gritar como se não houvesse amanhã. Queimaduras começam a aparecer em grande escala por seu braço – Alarte Ascendare – seu corpo é projetado para o alto, mantenho-o suspenso enquanto o escuto gritar que ele não falara nada para ninguém, implorando por sua vida. Logo ele atinge o chão fortemente, escutou seu nariz fazer um estalo e sorrio. – Incarcerous – cordas surgem no chão o prendendo de costas.

Caminho em direção do homem e com um puxão rasgo sua camiseta deixando-o exposto. – Você é apenas um dano colateral Joel – eu digo e procuro ao meu redor uma pedra ou algo afiado. Assim que eu acho me agacho em cima de seu corpo preso pelas cordas. Começo a rasgar sua pele com a pedra afiada deixo a escrita firme em seu tórax e abdômen. “Malia, este é por ter dito que falhei com os comensais em Hogwarts.” No final ao lado esquerdo dei a letra - L. O sangue começara a escorrer pelos cortes fundos feitos em seu corpo. O homem sangrava enquanto se contorcia de dor. – Não é nada pessoal, eu preciso que o recado seja entregue – eu digo procurando minha varinha pelo chão ao seu lado. – Avada Kedavra! – Aponto a varinha para sua cabeça e logo o lampejo verde acaba com o sofrimento do homem, ele se encontrava morto.

Eu deixei seu corpo por ali enquanto ia até o tumulo que a prima de Alex havia deixado escapar anos antes. Com alguns feitiços o tumulo estava aberto. Não demorou para eu achar o colar que Eliot costumava usar, eu havia dado para ele, o pingente era uma garra de hipogrifo e exalava seu cheiro – Queria saber onde você está Eliot – coloco em meu pescoço e volto a olhar o tumulo, vi a varinha de Thomas pairando sobre algumas vestes a peguei também, ela havia feito grandes coisas, apesar de Alex e eu não nos aturarmos, a perca de seu pai marcou ela quando se juntou aos comensais e pelo que eu sabia ela não tinha uma coisa sequer que lembrava ele. Podemos dizer que estou me sentindo solidaria com toda essa questão, tinha também um par de adaga usado por Marie Duchanne, sua prima, eu não sabia seu paradeiro, se estava viva ou morta mas levaria de qualquer jeito. Deixei o tumulo ajeitado do jeito que o encontrei e voltei ao corpo inerte de Joel. – Mosmordre – eu passo a varinha pela marca negra em meu braço e rapidamente aponto para o céu, onde ela se forma em tons de verde. Estamos de volta, e todos deveriam saber. Pego o saco com os explosivos e aparato para Oxford, precisavamos começar a agir.

Investigaçao paralela

Aquele chamado me fez ficar ansioso, nao era disso mas estava, uma morte de um homem nao era algo tão incomum mas em Little Hangleton  era mais incomum ainda por ser um dos bairros bruxos mais seguros da Inglaterra. Quando chego a cena do crime vejo um homem no chão do cemitério, preso a cordas que saiam do chão e sujo de lama, a noite foi chuvosa e ele so deve ter sido encontrado hoje pela manha.

Olho mais de perto o corpo e vejo que tem algo escrito em eu abdome, feito por algo afiado mais nao era uma faca pelas ramificações que os cortes apresentam.  Nao consigo dizer com precisão o que foi, começo a procurar em volta ate que me deparo com um pedaço de pedra pontudo e coberto de sangue.

Digo para um colega que esta a ajudar no  caso, ele afirma e sai para pedir que seja chamado alguem do St. Mungus, volto a me aproximar do homem morto, era muito sangue que nao dava para ter certeza de quem se tratava, suspiro, pela forma como morreu era obvio que havia sido um ataque de comensal. O que me pergunto é se foi alguém escolhido a dedo ou pura escolha na sorte que tenha sido este homem.

Puxo um saco de dentro da bolsa do jovem que  esta me ajudando com o caso e ando ate a perto da pedra e a pego com o saco ensacando ela sem deixar que minhas digitais se apeguem ao objeto do crime. Entrego ao jovem que esta me acompanhando para que ele guarde a possível arma do crime. Volto para mais perto do cadaver e o olho de perto focando meu olhar na ferida tentando entender o que estava escrito.

Franzo a testa mais confuso que antes, o sangue deixou algumas letras impossível de se enxergar, estava tudo um estrago ali. Eu precisava descobrir o que era aquela mensagem, ela podia ser algo importante ate mesmo relacionado ao ritual das Horcrux pensei quando vi alguem aparatar na cena do crime, olhei por cima e pude ver um jaleco, era um medi-bruxo.

Sorri me levantando e me afastando do corpo e caminho ate a medi-bruxa que chegou para me ajudar com algumas perguntas que eu tenho que apenas um expert no assunto poderia responder.

Digo olhando empolgado para a mulher a minha frente que parecia ainda esta olhando a cena do crime por inteiro, era realmente uma imagem desagradável, um homem preso por cordas no chão, brutalmente torturado nao era algo fácil de ver para ninguém. Dou a ela alguns minutos para que o choque saia e entao me aproximo mais uma vez.

Pergunto com a maior calma e simpatia do mundo, nao queria assustar a mulher a minha frente, muito menos obrigar ela a fazer algo que fosse emocionalmente demais para ela. Fico ali e espero uma resposta da pessoa.

Postagem 36 - Assassinato Paralelo - Little Hangleton

Eu estava na minha ala prenchendo algumas fichas antes de enviar ela para a sala de arquivos quando um enfermeio bateu duas vezes na porta aberda da sala em que eu estava, me virei olhando para ele que me encarava sem jeito, parecia ate um estagiário. — Com licença senhorita, estao a chamando para uma chamada em Little Hangleton — Disse e eu estranhei, nao era sempre que eu era chamada para emergências fora do Mungus, principalmente fora do meu turno de trabalho. Mas nao dependia da hora, eu estava sendo chamada, nao podia negar seja lá o problema que fosse. Afirmei com a cabeça para o enfermeiro.

— Okk, já vou para o local, me de alguns minutos — Disse e ele afirmou saindo de perto da porta, sorri me levantando e arrumando minhas coisas para poder ir ate onde estava sendo chamada. Sai da pequena sala onde esperava pela chegada de meu turno e então fui ate o jovem que me chamou para que ele me passassem as informações que precisava, em seguida aparatei direto para o local. Ao surgir no destino pude ver alguns aurores e funcionários do ministério cercando o perímetro de onde o acidente tinha ocorrido.

—  Prazer senhorita, venha comigo, este é o corpo, preciso de um relatório sobre a causa da morte deste homem o mais rápido possível! —  Disse um auror loiro que nunca tinha visto ainda ele parecia bem nervoso pois nem se apresentou, apenas me pediu para segui-lo. Fui passando entre os outros funcionários do ministério que estavam ali ate chegar ao cadáver a qual fui chamada. Um homem preso em cordas e todo cortado. Coloquei a mão sobre a boca por alguns segundos em choque, havia sido uma morte horrível. —  Ele possui uma enorme mensagem escrita em seu abdome mas nao conseguimos ver antes de que seja limpo uma parte do sangue, acha que consegue fazer isso? — Explicou me mostrando os cortes cobertos de sangue secos que complicavam seu entendimento que ele queria que eu limpasse para poder ler a mensagem.

— Deixa comigo senhor, vou limpar ele, me de alguns minutos — Disse e parece que foi exatamente isso que o homem fez, ele sorriu se afastando da cena do crime para que eu pudesse trabalhar. Coloquei minhas luvas e comecei a mexer em seus ferimentos tentando entender como ele morreu, se foi pela perda de sangue, pelos cortes ou por outra causa. Olhei seus olhos e pode ver a ausência de olhos esbugalhados que seria primordial para que eu pudesse dizer que ele havia morrido por algo doloroso mas pelo contrario, sua morte parece ter sido rápida e sem dor, possivelmente de uma maldição da morte. — Ele morreu por um ataque da maldição da morte provavelmente, mas antes foi torturado com cortes e outras coisas piores... — Disse sem olhar para o auror que estava próximo esperando por esses resultados.  

Apontei a varinha na direção do abdome do homem morto, iria limpar e tentar ler a mensagem podia ser importante, nao era de assunto meu mas eu tinha uma alma curiosa desde pequena, era obvio que eu estava curiosa em saber o que a mensagem dizia. — Tergeo — Disse e o sangue seco aos poucos foi desaparecendo de cima dos cortes que ja estavam com o sangue parando de fluir e aos poucos a mensagem começou a ficar mais clara e eu senti meu coração bater nos meus ouvidos ao ler meu nome na mensagem. Coloquei a mão sobre a boca ao me dar conta de quem havia matado aquele homem, senti o auror por cima de mim começar a ler a mensagem.

— Nao entendo, quem seria Malia? — Perguntou ele confuso com a mensagem, era realmente confusa pois era algo relacionada a meu passado em Hogwarts com Lilith, era claro que aquilo só podia ser obra sua. — Malia no caso seria eu... — Disse me levantando, tirando as luvas da mão e olhando para o Auror que agora me olhava mais confuso que antes. — A Malia a quem esta mensagem se refere sou eu, sei quem matou este homem, uma comensal que foi colega minha em Hogwarts quando menores e que agora esta perdida no lado escuro — Disse olhando para o homem morto sentindo meus olhos marejarem ao ver o horror que Lilith agora estava sendo capaz de fazer.

Em hogwarts, juntar alguns alunos encrenqueiros para fazerem mini tarefas aos comensais era algo com que eu conseguia lidar mais isso?? Meu coração estava acelerado, estava nervoso e revoltado com o que Lilith havia feito e ainda me colocado no meio da sujeira. — A comensal se chama Lilith Ohmsford — Disse voltando meu olhar para o homem loiro que certamente amaria esta informação que estava a lhe dar, o nome de uma comensal que eles provavelmente antes nao tinham. — A alguns dias encontrei com ela em Londres e essa mensagem é sobre uma conversa nossa que nao acabou bem — Disse olhando para o homem, Lilith nao queria ser salva, eu agora entendia e via aquilo mas agora ela tinha criado uma inimiga pois eu iria prender ela ja que ela quer tanto ser má, sera tratada como tal por mim pensei pouco antes do auror dizer algo.

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Investigaçao paralela

Escuto a loira falar o motivo e como aquela mensagem é destinada a ela. Me admira que ela tenha tanta coragem de ter tido um encontro pessoalmente com uma comensal que podia matar ela sem dó nem piedade. A mensagem que para mim nao fazia sentido algum, para ela parecia fazer, algo relacionado ao seu passado eu imagino. Puxo de dentro do bolso um pedaço de papel e uma pena bem pequena quase anã e começo a anotar o nome que ela me diz.

Digo dobrando o papel e guardando no bolso, voltando a olhar para Malia que estava mexendo no corpo ainda curiosa pela morte daquele homem, eu me perguntava o motivo, seria realmente alguém capaz de fazer tudo isso apenas para perturbar mentalmente outra? E como aquele homem estranhamente veio parar aqui no encontro dela para ter esse triste final.

Digo me agachando para ficar mais perto do corpo tentando achar alguma semelhança com o banco de dados de criminosos que eu tinha na minha cabeça, mas nada me remetia a ele. Precisava de uma foto deste cadáver para depois procurar no ministério sua identificação e ver no que ele podia estar se metendo.

Digo olhando o homem mas de perto vendo todas as formas cruéis que ele foi torturado antes de ser morto, começo a me perguntar se ele devia algo a comensal ou se era possível que ele foi enganado por ela por algo. Saio de meus pensamentos quando escuto a Medi-Bruxa falar alguma coisa.

Postagem 36 - Assassinato Paralelo - Little Hangleton

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Investigaçao paralela

Escuto Malia com atenção, suas informações podem ou nao ser verdade mas são dicas que nao posso fingir que nao ouvi, Olho para o homem enquanto ela fala, o que ele possivelmente poderia estar negociando com a comensal penso olhando ele de todos os angulos tentando identifica-lo mas era um zé ninguém para mim. Olho ele mais alguns segundos e dou permissão para que retirem o corpo da cena do crime, nao havia mais por que deixa-lo ali.

Digo me afastando um pouco do cadáver, Malia vem logo atrás de mim, paro e olho para ela. Se aquele homem fosse um comerciante o Ministério iria descobrir e então poderia tentar imaginar o que ele poderia ter negociado com a comensal. Malia era um possível alvo

Digo saindo agora da cena do crime e ficando próximo aos demais investigadores, a medi-bruxa vem junto agora que terminou seu trabalho na cena. Precisava emitir um alerta sobre Lilith Ohmsford, uma possível comensal e suspeita deste assassinato, era bom ter mais um nome para o banco de dados de comensais do Ministerio penso batendo minhas botas em uma sepultura.

Digo esticando a mão para a jovem que aperta com firmeza, sorrio agradecido, sem ela na investigação nao teria descoberto metade das coisas que havia, ate por que ela era peça primordial para a investigação, era quem precisava receber aquela mensagem.

Postagem 36 - Assassinato Paralelo - Little Hangleton

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