Torre Eiffel

Corbin Wylie estava em Paris, de pé no mirante da Torre Eiffel, observando o sol que lentamente se despedia no horizonte. O fim de tarde tingia o céu com tons de laranja e dourado, lançando uma luz suave sobre a cidade. Abaixo de seus pés, os prédios da capital francesa pareciam formar um intrincado mosaico, com ruas serpenteando e delineando formas geométricas precisas. Ele sempre teve um olhar atento para os padrões, fossem eles formados pela arquitetura ou pelas nuvens que, naquele momento, flutuavam preguiçosamente sobre o céu parisiense. Era inevitável sentir uma sensação de bons presságios. O vento leve e a beleza do entardecer apenas reforçavam a intuição de que seu futuro em Hogwarts, que começaria em poucas semanas, seria brilhante.

Corbin havia passado os últimos dias em Paris para encontrar-se com a Professora Rhonda Fournier, a renomada professora de Adivinhação de Beauxbatons. Foi um prazer inenarrável para ele aprender mais sobre o Tarot de Marselha sob a orientação de alguém tão experiente. Os arcanos do tarot revelaram segredos e sabedorias antigas que Corbin absorveu com admiração, sentindo uma conexão intensa com as cartas. Ele havia tirado algumas cartas durante suas aulas com Rhonda, e as imagens que surgiram lhe trouxeram ótimos presságios: o Mago, o Sol e a Estrela, todas indicando sucesso, iluminação e esperança para a nova fase de sua vida. Ele não podia evitar um sorriso ao pensar em como tudo parecia se alinhar de forma tão perfeita.

Sua estadia em Beauxbatons havia sido mágica. O castelo, aninhado entre os belos campos franceses, era uma obra de arte por si só. A arquitetura era graciosa, elegante, refletindo a beleza e o charme da França em cada detalhe. Corbin ficou encantado com os salões, as grandes janelas e os jardins exuberantes que cercavam a escola. Beauxbatons possuía uma energia própria, distinta das outras escolas que havia visitado, mas ao mesmo tempo acolhedora e inspiradora. O tempo que passou ali, absorvendo os conhecimentos de Rhonda e explorando o castelo, foi mais do que proveitoso — foi transformador.

Agora, ali na Torre Eiffel, ele sentia que estava se despedindo não só de Paris, mas de mais uma fase de sua vida. A viagem à França havia sido tudo o que ele precisava antes de embarcar em sua nova jornada como professor de Adivinhação em Hogwarts. Dentro de algumas horas, ele precisaria pegar uma rede de Flú para Londres, onde embarcaria no Expresso de Hogwarts. O trem o levaria ao castelo que, em breve, seria seu novo lar.

Enquanto observava as últimas luzes do dia sobre Paris, Corbin sentia-se em paz. Ele sabia que estava no caminho certo, e que algo grandioso o aguardava em Hogwarts. Os bons presságios das nuvens e dos arcanos de Marselha não o deixavam esquecer disso. Contudo, lá no fundo, seu espírito aventureiro, que sempre buscava novos horizontes e conhecimentos, ansiava agora por algo diferente — talvez um pouco mais de estabilidade. Ou seria apenas uma intuição? A sensação de estar no lugar certo, na hora certa, o acompanhava constantemente, como se o universo o guiasse conforme seus dons. Ele murmurou para si mesmo, repetindo uma frase que sua tutora, Nyalangka, sempre dizia e que ele havia adotado como um mantra: "Estar no lugar certo, ou na hora certa, às vezes são a mesma coisa...". A sabedoria de Nyalangka ecoava em sua mente, e Corbin sentiu-se confortado por sua lembrança.

Com um último olhar para o horizonte parisiense, ele se afastou da multidão de turistas na Torre Eiffel. Procurou um canto discreto, longe dos olhares curiosos dos trouxas. Com um movimento firme e silencioso, aparatou, deixando Paris para trás. Ao reaparecer, ele estava em uma pequena e aconchegante cafeteria típica, o ar preenchido pelo aroma de café recém moído. Ali, fora do alcance dos olhares trouxas, uma lareira escondida se conectava à rede de Flú. Corbin respirou fundo, sentindo o calor do ambiente, e entrou na lareira, pronto para sua próxima parada: Londres. O Expresso de Hogwarts o aguardava em breve, e sua nova jornada estava prestes a começar.