Setor de Gestão de Pragas e Criaturas Mágicas Perigosas do Ministério da Magia

palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia

O escritório é amplo e bem iluminado, equipado diversas mesas de carvalho ao centro da sala, repleta de estantes com os mais diversos livros sobre criaturas mágicas e suas características, há também uma série de mapas pendurados nas paredes, marcando as áreas onde certas criaturas foram avistadas ou relatadas. Além disso, a sala também conta com diversos instrumentos mágicos para ajudar no gerenciamento das criaturas, como um detector de movimento para criaturas invisíveis, uma rede especial para captura de Nundus, um relógio que indica quando o sol e a lua estão alinhados para transformações de licantropos, entre outros. Os membros da equipe do escritório estão sempre ocupados, classificando, estudando e mantendo as criaturas sob controle, garantindo a segurança da comunidade mágica e dos trouxas.

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São na guerra, indomáveis dragões.

Sentado à minha mesa, na sala abafada e sombria do setor de controle de criaturas mágicas do Ministério da Magia, não consigo evitar o peso esmagador da infelicidade que me consome. As paredes fecham-se ao meu redor, carregadas com as lembranças dos recentes escândalos que mancharam meu nome. Três meses em Azkaban... ainda sinto o frio penetrante das celas, a sensação das dementadores drenando cada fragmento de esperança. Agora, aqui estou eu, rebaixado, lidando com papeladas sobre criaturas mágicas que se amontoam ao meu lado. Verificar licenças, registrar incidentes, preencher relatórios – uma rotina tediosa que antes era delegada a estagiários e novatos. Meu coração dói ao pensar na brusca queda do meu cargo. A ascensão meteórica que uma vez parecia inevitável agora se esvaiu como poeira ao vento.

Mas, apesar de tudo, não me arrependo. Fiz o que precisava ser feito por Skriniar, meu filho. Tudo o que sacrifiquei, todo risco que corri, foi para salvá-lo. E faria tudo de novo, sem hesitar. No entanto, minha mente está longe das tarefas mundanas. Minhas mãos movem-se automaticamente pelos documentos oficiais, enquanto meus olhos lançam olhares furtivos para a pasta ao lado. Uma pasta que carrega um segredo sombrio, uma investigação pessoal que mantenho em segredo, até mesmo dos meus superiores. Nela, os sequestradores, o grupo responsável pelo sequestro de Skriniar, ocupam todos os meus pensamentos.

Abro a pasta e reviso mais uma vez os nomes dos sequestradores que consegui identificar: Maisie, a manipuladora de memorias, Stella , a mestre das poções e Domenico, o brutamontes impiedoso. Mas ainda há duas figuras que escapam de mim: o líder supremo e seu fiel escudeiro. Quem são? Como conseguiram arquitetar um plano tão meticuloso e cruel? Minhas noites são povoadas por fragmentos de pistas, por vezes inúteis, por vezes reveladoras. Pego um pergaminho rabiscado com possíveis conexões entre os membros conhecidos e aqueles que ainda permanecem nas sombras. A frustração é constante, mas minha determinação é inabalável. Sei que estou perto de descobrir algo importante.

Entre um relatório sobre um dragão fujão e um pedido de licença para domesticar um lobisomem, minha mente volta aos sequestradores. Não vou descansar até descobrir quem é o líder supremo e seu escudeiro fiel. Eles arrancaram meu filho de mim e, por isso, vão pagar. Fecho a pasta, escondendo-a novamente entre os documentos oficiais. Ninguém pode suspeitar. Minhas investigações são solitárias, perigosas, mas necessárias. Eu vou descobrir quem está por trás dos sequestradores, e quando isso acontecer, não haverá misericórdia.