Minha cabeça estava estranha, tinha tido sonhos estranhos, algo próximo à lembranças, não eram como as que tivera nos jardins, eram mais fracas, mais simples, ainda assim eram vivas o suficiente para fazer com que minha cabeça doesse todas as vezes que acordava e, daquela vez não fora muito diferente, tinha cochilado debaixo de uma árvore nos jardins e havia sonhado com um lugar, um jardim magistral, um lugar incrível, mas havia algo mais ali, algo que me espreitava das sombras, não sabia o que era, mas quando despertei tive a sensação de algo me chamar para a floresta negra, já tivera aquela sensação antes, mas decidira simplesmente ignorar, e daquela vez fiz o mesmo.

Resolvi simplesmente entrar novamente no castelo, mas a sensação inquietante permanecia, enquanto caminhava senti que minha cabeça estava cheia demais, de maneira que quando avistei a porta do banheiro simplesmente entrei, talvez só precisasse jogar um pouco de água no rosto e pronto. Ao entrar meus olhos caíram no espetáculo loiro na frente do espelho, um sorriso percorreu minha face, era como se o destino tivesse enviado Regan para aquele lugar e, se tinha alguém que tinha o dom de me fazer me desconectar do mundo, de minha própria mente, esse alguém era ela. Delicinha... Disse observando seu reflexo no espelho. Assim poupas-me o trabalho de ter de te despir. Disse com um sorriso malicioso, me aproximando, embora fosse curioso o motivod ela estar daquela maneira, mas uma certeza eu tinha, ela estava sozinha ali e isso era bom para nós dois.

Saudades te de ver assim sabia? Disse me aproximando ainda mais, levando a mão até sua nuca e lhe puxando para um beijo, minhas mãos passeando pelo seu corpo, mas havia algo estranho, era como se ela não estivesse se rendendo como sempre, na verdade não apenas aquilo, seu cheiro, seu sabor, eram diferentes, estranhos, como se não fosse Regan, claro, podia ser coisa da minha mente, já que desde o beijo com Astrid minha cabeça estava um caos novamente, decidi que deixaria aquele pensamento esrtanho de lado, aquela ali certamente era Regan, reconheceria aquele par de peitos em qualquer lugar, mesmo que, de alguma forma, não sentisse que fosse ela, o que me causava uma sensação esquisita ao mesmo tempo em que o desejo se instalava. Hum... Para quê tanta pressa?

A encarei e então sorri, simplesmente a empurrando contra a parede, minhas mãos lhe segurando com força. Culpa sua por me deixar de lado. A segurei e a ergui, colocando-a em meu colo, arrancando a camisa. Ethan. Regan me chamou, mas apenas sorri e segurei seu rosto, puxando para outro beijo, mas mesmo ela cedendo ao beojo algo parecia estranho, seu toque, sua pele, a sensação era indescutivelmente diferente, era ela, mas não parecia ser ela, claro, havia uma expressão de prazer espalhada em seu rosto, mas era como se ela desejasse conter aquilo, o que não era nenhum pouco comum dela. Está tudo bem? Você parece... Distante? Disse me afastando um pouco, mas minha cabeça rapidamente ficou nublado pelo desejo novamente, meus lábios traçaram uma trilha de beijos pelo seu pescoço, para os seus ombros e voltando à sua boca, exigindo mais de sua atenção.

Apertei suas coxas, aproximando seu corpo do meu, deixando bem claro minhas intenções, seus lábios eram os mesmos, macios, sua pele macia e convidativa, mas os beijos e toques eram estranhos, como se fosse a primeira vez que nos encontrávamos, Regan sempre fora uma companhia interessante, intensa, diferente daquela ali diante de mim. Me afastei rapidamente, a encarando, ela me olhou, seus olhos levemente arregalados, seu rosto corado, apesar de algo estranho estar ocorrendo ali, aquele ar inocente exalando dela fez com que ela ficasse ainda mais apetitosa, mais sexy do que jamais sonhara. Que se dane... Por um segundo cogitei que aquela não fosse Regan, eu mesmo já fizera algo parecido, mas se fosse o caso a pessoa transformada nela não permitiria que eu avançasse daquela maneira, vai ver ela estava apenas distraída naquele dia e se esse era o caso eu só precisava lembrar com quem ela estava naquele momento.

Enquanto minhas mãos vagueavam por suas curvas, meu corpo pedindo mais, quase gritando, com um sorriso malicioso, carregado de charme, empurrei-a para a parede, com força, mas sempre com cuidado de não machucá-la, minhas mãos se moviam por todo o seu corpo, explorando cada centímetro daquele corpo excitante e desejoso, seu coração batia acelerado, voltei a beijá-la, descendo meus lábios até seu pescoço, dando leves mordiscadas enquanto, com um movimento rápido, retirei seu sutiã, voltando a beijá-la, voltando a colar nossos corpos, sentindo o calor de seu corpo.