Enfermaria

 Mal havia chego no Mungus’s e um enfermeiro veio rapidamente a minha procura pois precisavam de uma avaliação em um paciente na enfermaria no setor de envenenamento. Achei de primeiro momento estranho, mas concordei com o homem. – Eu preciso pegar algumas coisas em minha sala e já sigo para lá.

Como informado fui até minha sala recolher alguns materiais, e meu jaleco em um tom de verde agua claro e me direcionei ao outro centro. Uma vez no andar correspondente caminho pela enfermaria e então me mostram onde estava o paciente que eu precisava dar uma olhada. Minha atenção foi chamada por uma moça, auror. Já a havia visto antes, quando tratei de Nathalie em Azkaban uns dias atras. Coloquei um par de luvas enquanto a escutava. – Vejo em sua expressão o quanto precisa de informações, mas como pode ver eu acabei de chegar estão quase tão as escurar quanto a senhorita – eu digo e solto um breve sorriso enquanto faço a ela um sinal para me acompanhar enquanto me dirijo ao paciente. – Por favor – chamo um enfermeiro – Pode chamar o médico ou médica responsável pelo paciente, preciso de informações e a auror Mitchell também. Obrigada – eu digo e me viro para o homem ainda inconsciente.

Uma boa parte do meu serviço enquanto psiquiatra era tratar de pessoas conscientes, afinal era como eu conseguia avaliar a situação mental da pessoa. – Eu preciso desde homem acordado, ou com o mínimo de consciência possível. – eu comento alto enquanto olho seu prontuário que foi deixado em sua cama, leio os procedimentos que foram feitos no mesmo. Coloco dois de meus dedos no pulso do homem, analiso seus batimentos que estavam estáveis e com isso decido por mim mesma diminuir a sedação. – Ennervate! – aponto minha varinha para o homem.

O rapaz dá um pulo na maca fazendo com que eu mesma me assuste, esta completamente desnorteado e até mesmo agressivo. Coloco minhas mãos rapidamente segurando ambos os braços – Senhor por gentileza me escute – eu peço enquanto o homem se debate embaixo de meus braços. – Senhor, houve um pequeno incidente o senhor está no Hospital St. Mungus – eu tento manter contato visual o tempo todo, algo que acalma as vezes os pacientes. – O senhor passou por uma cirurgia pois haviam traços de veneno e fragmentos de um objeto não especificado dentro de seu organismo. – passo as informações ao paciente, todas que estavam descritas em seu prontuário médico. – Posso soltar o senhor agora? – pergunto ainda o sentindo agitado, mas conforme passei as informações para o mesmo ele se acalmou.

Puxo uma banqueta ao lado da cama para conseguir conversar um pouco com ele e ver se conseguia perceber algo que indicasse algum dano psiconeurológico. – Meu nome é Julie, sou a medibruxa responsável pela área de psicologia e psiquiatria do Mungus. Como o senhor acabou passando por um trauma preciso fazer uma avaliação rápida – eu digo e percebo que seus olhos, apesar de estarem direcionados a mim não estavam focados em nossa conversa. Toco em sua mão e o trago novamente para realidade. – Pode me dizer seu nome, quantos anos tem? – o homem confuso me olha e divaga novamente.

Seu corpo permanece estático, e percebo um pequeno espasmo em um lado de seu rosto e corpo. Eu tinha certeza que qualquer coisa que havia acontecido com o homem estava afetando alguma parte de seu cérebro.

Ouço a voz de uma mulher chegando e ao olhar vejo que provavelmente é a médica responsável pelo caso. Escrevo em um pedaço de pergaminho alguns medicamentos e a quantidade que devem ser administrados ao paciente, passo para o prontuário igualmente – Pode ministrar os medicamentos nestas quantidades já – entrego ao enfermeiro e caminho em direção a médica que chegou.

Paro próxima da médica que se apresenta. – Prazer, sou Julie, psiquiatra. – me apresento e então quando a auror Mitchell se faz presente começo a falar. – Bom, eu algumas informações no prontuário do paciente, vi que esteve em cirurgia por conta de um envenenamento e algumas perfurações que houveram por um objeto não identificado. – olho para algumas anotações que fiz e volto a olhar a médica. – Eu o tirei da sedação, ele acordou, agitado, agressivo, mas conversando com ele consegui o acalmar. Ao conversar com ele, o mesmo não sabe me dizer seu nome nem idade, o que é compreensível devido ao trauma e a sedação. No entanto eu percebi que ele está divagando entre as tentativas de conversa, está também com alguns espasmos no lado esquerdo do rosto e corpo.  Ele parece muito perdido, mas não consigo dar um parecer definitivo por conta das variáveis que está exposto como o fato de ter saído de uma cirurgia e também da sedação. – eu entrego  o prontuário – De qualquer forma prescrevi alguns medicamentos para ele, atuação neuropsicológica. Aliviar os espasmos e para ver se essa distração para ou diminui. Hoje eu estou de plantão, então estarei o dia e noite toda por aqui caso seja necessário – encerro minha fala e espero alguém se pronunciar.